MAPEAMENTO SOCIOCULTURAL

Documentos relacionados
CANTEIRO VÁRZEA DO TIETÊ ZL VÓRTICE

Exposição Fotográfica

Responsável: Andrea Claudia Miguel Marques Barbosa (Depto. de Ciências Sociais)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL MUNICÍPIO DE PELOTAS SECRETARIA DE CULTURA EDITAL 010/2017 PROGRAMA MUNICIPAL DE INCENTIVO À CULTURA PROCULTURA ANEXO I

Igreja da Penha de França, vista da avenida Almirante Reis (c. 1900)

Jundiaí. Se destaca como polos econômico, cultural e ambiental do Estado e ocupa a 4ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano no Estado (2013).

Relatório Trimestral de Atividades

Foto Carga Horária: 15h presenciais. Facilitador: Sandro Barros. Objetivo:

EACH oferece palestras, cursos e disciplinas para idosos 23/07/2010

Programa de Educação Ambiental na Ilha Diana - PEA

Quem educa quem? Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.

São as histórias de todos envolvidos nesse processo que queremos contar.

MAPEAMENTO URBANO E SOCIOECONÔMICO DA ZONA LESTE PLANO DE TRABALHO

InfoPress CLIPPING DE IMPRENSA JANEIRO/2013. Período 01 a 31 de janeiro de 2013

PROGRAMA DE AQUISIÇÃO

I Chamada Pública do Fundo Casa para Mobilidade Urbana

MARIA CRISTINA BRITO. 4ª feira 9 às 13 horas. Ester Leão (2º andar) 15 vagas

Piatan Lube 30 anos VIANA-Espírito Santo- Brasil 2016

O Centro da Indústria, Arte e Cidade inscreve-se na nova Praça da Liberdade como um instrumento potencializador desse abrangente projeto de futuro.

Museu da Abadia São Geraldo. Ação Educativa Extramuros Identidade e Comunidade - Aproximando Histórias

Políticas públicas: o que elas podem fazer por todos? Novembro, 2016

Educação Permanente na RAPS: a Experiência do Percursos Formativos

Definição: ( PÉRES, 2006)

IMAGO: Registro e Memória Audiovisual

Grupo de Estudos e Práticas Laboratoriais em Plataformas e Softwares Livres e Multimeios

Fotografias e documentação iconográfica

GRUPO DE TRABALHO EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Kharen Teixeira (coord.) Uberlândia, 29/04/15

A experiência da Comgás

PLANO DE CURSO DISCIPLINA:História ÁREA DE ENSINO: Fundamental I SÉRIE/ANO: 2 ANO DESCRITORES CONTEÚDOS SUGESTÕES DE PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

EDITAL SELEÇÃO ESTAGIÁRIO-FEOP

Correspondências Curitiba Fortaleza Goiânia Rio Branco São Paulo

Edital Nº 05/ PROEX IX VISUALIDADES

AUDIÊNCIA PÚBLICA NA CÂMARA MUNICIPAL DE GUARULHOS

CIRANDA DE MOVIMENTOS E CANTIGAS- UMA PROPOSTA INTERDISCIPLINAR E.E. ALFREDO PAULINO

Atuar com fotografia, audiovisual, educação e/ou jornalismo, em busca de novos aprendizados, técnicas e experiências

FAVELA COMO OPORTUNIDADE:

Quem sou eu? Podem me chamar de Abdulah!

Campus Zona Leste Audiência Pública Câmara Municipal de São Paulo 17 de junho de Profa. Dra. Soraya Smaili Reitora UNIFESP

ESCOLA SECUNDÁRIA MANUEL DA FONSECA, SANTIAGO DO CACÉM PLANIFICAÇAO DE OFICINA DE TEATRO ANO: 8º Ano ANO LECTIVO: 2008/2009 p.1/5

Discutir a escola portuguesa a partir da Biblioteca Escolar Perfil dos alunos

BOLETIM INFORMATIVO Novembro/Dezembro 2012

Anexo 3. Mapas por subprefeitura

PROGRAMA CINEMA E TEATRO À SERVIÇO DA CIDADANIA E DO COMPORTAMENTO SUSTENTÁVEL

CIÊNCIAS SOCIAIS. 1. Experimenta as Ciências Sociais

QUEM E COMO CONSEGUIMOS CONECTAR?

Fórum Social Mundial Memória FSM memoriafsm.org

COLÉGIO CENECISTA DR. JOSÉ FERREIRA LUZ, CÂMERA, REFLEXÃO

Uma situação que tenha sido projetada com fins de gerar uma aprendizagem é uma situação didática (SD).

arquivos secretos olhar (in)visível CML _ Divisão de Arquivo Municipal

Luiza Alcântara expõe Adro no Plugminas

Cultura, Turismo e Patrimônio Cultural

Título do Projeto: Diretrizes para o Sistema de Espaços Livres no Centro de Florianópolis

11ª SEMANA DA MÚSICA DE OURO BRANCO

RECONHECENDO O PATRIMÔNIO MATERIAL E IMATERIAL DE AURORA

Curso PROEJA FIC ENSINO FUNDAMENTAL BILÍNGUE LIBRAS/PORTUGUÊS COM PROFISSIONALIZAÇÃO EM FOTOGRAFIA DIGITAL: EDIÇÃO DE IMAGENS

Cauda de cometa. Oficina de light painting com celulares - fotografia e animação Orientação: Denise Agassi e Eduardo Salvino

FORMULÁRIO DAS AÇÕES DE EXTENSÃO

FOTONOVELA EMEFI PROFESSOR MANOEL IGNÁCIO DE MORAES

A CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO DECRETA:

Foto: Rafael Neddermeyer

Plano de Auxílio Mútuo da Zona Leste de São Paulo. Eng. André Costa

!"#$"%&%'()*+,+-.,#)%/'01'2#/*%'01'(),.,%34#'5'6#.7).,%'8'!(2(69:;!<='8';"+1*

Ensino Técnico Integrado ao Médio FORMAÇÃO GERAL. Ensino Médio

ÁREAS TEMÁTICAS COMUNICAÇÃO CULTURA DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA EDUCAÇÃO MEIO AMBIENTE SAÚDE TECNOLOGIA E PRODUÇÃO TRABALHO

GT VILA ITORORÓ (2006 à 2009) MoSaIco. Escritório Modelo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Macienzie

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO SEXTA REGIÃO PROGRAMAÇÃO

Há vagas para oficinas e roteiros fotográficos do Fotógrafos em Ouro Preto e Mariana

Desenvolvimento urbano e revitalização urbana das Zonas Leste e Oeste de São Paulo a partir da construção da Linha 3 Vermelha.

Entrada gratuita. Geléia da Rocinha - Lixoiô - Casa Amarela. Exposição. Espaço Aberto UFF - Reitoria Rua Miguel de Frias, 9 Icaraí - Niterói

EspaCo Cultural ADAV., arte, educacao, ~ e cultura

SELEÇÃO DE PROJETOS DE SENSIBILIZAÇÃO E FORMAÇÃO DE PÚBLICO DO CACHOEIRADOC 2017

TERMO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA. Nº. 016/ 2012 CREA/MG E FUNASA Setembro/2013

No entanto, não podemos esquecer que estes são espaços pedagógicos, onde o processo de ensino e aprendizagem é desenvolvido de uma forma mais lúdica,

BIBLIOTECA VIRTUAL DE TURISMO DO CAMPUS RESTINGA 1

Cultura nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Sala Sidney Miller

CADERNO DO EDUCADOR EVENTO COMUNITÁRIO. patrocínio Sesame Workshop. Todos os direitos reservados.

MEMÓRIA VIVA: UMA RECOMPOSIÇÃO DOCUMENTAL DA TRAJETÓRIA HISTÓRICA DO IFRN CAMPUS CURRAIS NOVOS

Projeto Comunitário Jornal Jardim Carolina: Uma experiência comunitária e cidadã

ANEXO D - Planejamento de Projetos de trabalho com as crianças. O PROJETO: MPB (Música Popular Brasileira)

SEMINÁRIO DA DISCIPLINA ESTÁGIO SUPERVISIONADO IAU_USP Prefeitura Municipal de Araraquara Secretaria da Cultura Coordenadoria Executiva de Acervos e

3º INTEGRAR - Congresso Internacional de Arquivos, Bibliotecas, Centros de Documentação e Museus PRESERVAR PARA AS FUTURAS GERAÇÕES

Procedimentos de organização da documentação fotográfica da CESP

ARTISTAS EM RESIDÊNCIA

Programa de Pós-Graduação Ensino em Ciências da Saúde

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA CULTURA

O TRABALHO POR LINHAS PROGRAMÁTICAS

e produtivo (CEDES 1. Centro de Desenv envolvimento Social ESP) Conv nvênio 260 pessoas frequentaram os cursos de:

REESTRUTURAÇÃO CURRICULAR DO PROGRAMA DE PÓS- GRADUAÇÃO EM MEMÓRIA SOCIAL E BENS CULTURAIS

DIA NACIONAL DA EAD 2016 Por que a Educação a Distância deve formar para a Economia Criativa

Protagonismo e apropriação cultural: a perspectiva da Infoeducação

Lei Rouanet: Tipos e segmentos de projetos aceitos

ANEXO I. QUADRO DE OFICINAS INTEGRANTES DOS PROGRAMAS DE FORMAÇÃO ARTÍSTICA DO CUCA (COM EMENTAS) Categoria I

Conexões: a poética das crianças de 0 a 3 anos e a arte contemporânea Relatório trimestral julho de 2016

4º ENCONTRO PAULISTA DE MUSEUS

PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA Fotografia e memória: as representações do negro na cultura Brasileira

Redação Oficial, Protocolo e Arquivamento AULA 11. Temas: Conceitos de Arquivamento

PROGRAMA PARA A VALORIZAÇÃO DE INICIATIVAS CULTURAIS VAI SECRETARIA MUNICIPAL DA CULTURA São Paulo, Janeiro de 2012.

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DESIGN

A sua obra, maioritariamente em fotografia e vídeo, tem um grande carácter subjetivo e é bastante marcada por referências literárias e históricas.

Transcrição:

ZL VÓRTICE MAPEAMENTO SOCIOCULTURAL em parceria com o SESC

ZL VÓRTICE MAPEAMENTO SOCIOCULTURAL O PERIGO DA HISTÓRIA ÚNICA Se ouvimos somente uma única história sobre uma outra pessoa ou país, corremos o risco de gerar grandes mal-entendidos Chimamanda Adichie Nosso objetivo é produzir conhecimento junto com a comunidade para construir narrativas, capazes de revelar a riqueza das diferenças e a potência da coexistência. Compartilhamento de histórias de vida como possibilidade de afirmação identitária e valorização da noção de pertencimento, através de relatos individuais e memórias coletivas.

ZL VÓRTICE MAPEAMENTO SOCIOCULTURAL Encontro com comunidades locais Organizar uma reunião preparatória com um pequeno número de pessoas representativas das comunidades locais, no SESC Itaquera. Nesse encontro serão discutidos os processos socioculturais e os grupos mais significativos a serem registrados. Será feita uma apresentação geral da proposta de mapeamento e também das atividades (canteiros) previstas. A reunião deve ser pautada pela apresentação clara dos objetivos do trabalho e, principalmente, permitir que os grupos se reconheçam no processo e vejam seus interesses e atividades contemplados. Levantamento de campo, organizado em conjunto com as equipes do SESC. A região será, a princípio, dividida em seis áreas. Em cada área, durante um final de semana (2 dias), as equipes do ZL Vórtice farão percursos e visitas aos locais de concentração e atividades comunitárias, fazendo entrevistas e registros fotográficos e em vídeo.

ZL VÓRTICE MAPEAMENTO SOCIOCULTURAL Ao final, as equipes devem retornar à região para buscar as situações menos institucionalizadas descobertas ao longo do levantamento. Ou para completar o material produzido anteriormente. Nesse retorno, descobrir o que as pessoas tem em comum, através de uma roda de conversa, capaz de partilhar experiências e subjetividades identificadas com a noção de pertencimento e espírito comunitário.

ZONA LESTE MEMÓRIA Arcevo do Padre Ticão é referência para a construção de uma história da ZL. Trabalhar com a Escola da Cidadania e com os pesquisadores da USP Leste e da UNIFESP. Elaborar com eles narrativas a serem reconstituídas, relacionadas com as coletividades, os lugares, trabalho e movimentos sociais. Migração, olarias e fábricas (Matarazzo, Nitro Química), ocupações e lutas sociais.

ZONA LESTE MEMÓRIA Grupo de Estudo e Pesquisa em História Oral e Memória Gephom, sediado na escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP Leste. Obras de referência Memória e diálogo: Escutas da Zona Leste, visões sobre a história oral Ricardo Santhiago e Valéria Barbosa de Magalhães (org.), Letra e Voz, 2011 Face Leste: revisitando a cidade Mitra Diocesana São Miguel Paulista, 2011 (acompanha documentário em DVD)

ZONA LESTE MEMÓRIA Projetos Memorial da Zona Leste (entre a área da chaminé do campus USP Leste e o Centro de Treinamento do Corinthians). Concessão do Governo do Estado, com uma permissão de uso da área do Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) para a expansão do campus USP Leste. O prédio com um centro de cultura e exposição, que funcionará com um memorial da zona leste, sera doado pela Fundação Tide Setubal, e será projetado por Ruy Othake. Recuperação da Celosul recuperação da unidade das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, inaugurada em 1941, em Itaquera. O projeto de Ruy Othake preve, além de um centro de memoria, moradias e uma universidade do trabalho.

ZONA LESTE MEMÓRIA CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação São Miguel Paulista Fundação Tide Setúbal. Retomar o trabalho do Centro de Pesquisa e Documentação São Miguel Paulista, criado em 2008, com a proposta de formar jovens pesquisadores socioculturais, que passaram por formações em produção audiovisual (fotografia, rádio, blog e artes plásticas), técnicas de entrevistas, trabalho em equipe e metodologia de pesquisa. Produziu os cadernos Um Olhar sobre São Miguel Paulista, com a história do bairro, suas origens, o desenvolvimento da região com a chegada da Companhia Nitro Química no final da década 1930. Depois, nos movimentos culturais e as produções artísticas da década de 1940 até o momento. O CPDOC se dedicou a construção do acervo documental e visual, composto por livros, revistas, acervo de documentos digitais (fotografias, entrevistas em áudio e vídeo, textos e publicações) e acervo de vídeo documentário sobre o bairro e a cidade de São Paulo.

ZONA LESTE MEMÓRIA Redes de contatos Centro Cultural da Penha Movimento Cultural de Penha Grupo de Memória da Zona Leste Ururay Desenvolvimento Local Sustentável e os Patrimônios Culturais

COLETOR DE IMAGENS Interessam ao Coletor as imagens caseiras, feitas de formas despretensiosas e que alguma forma trazem o registro de rituais públicos e privados. São casamentos, festas de rua, passeios em parques, janelas de trens, cenas em igrejas, encontros dominicais, futebol de amigos, experiências únicas. Registros de situações singulares em dobras urbanas que remetem a um sentido possível de bricolagem de uma memória/fragmento.

COLETOR DE IMAGENS Usar o próprio repertório de imagens construído em décadas pelos moradores daqueles locais. Autores únicos de representações imagéticas singulares e ímpares. Dignas.

OFICINAS Artistas convidados vão realizar, com criadores e moradores locais, oficinas em diferentes bairros da região. Temas: fotografia e vídeo, materiais (madeira, metais, plásticos), sistemas informacionais e fabricação digital. Um mapeamento da região por meio de atividades criativas das comunidades, de acordo com os recursos e vocações dos lugares. Duração de cada oficina: 1 mês Apoio: Proac, FDZL