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Transcrição:

Margem EBITDA de 51% no Acumulado do Ano MRS mantém sólida performance e melhoria contínua Rio de Janeiro, Brasil A MRS Logística S/A, uma das maiores concessionárias de transportes ferroviários do Brasil, informa os resultados referentes ao terceiro trimestre de 2006. Principais Destaques 31 de outubro de 2006 Contatos: Marco André Guimarães Superintendente Financeiro Daniel França Gerente Financeiro Maria Lúcia Silveira Analista Financeira Praia de Botafogo, 228, sala 1201-E 22250-906 - Rio de Janeiro A performance financeira e de produção no trimestre e no acumulado do ano continuam apresentando melhora consistente. Dívida Líquida tem redução acentuada no Trimestre. Aquisição de novos equipamentos de via permanente para melhorar e agilizar a manutenção da linha. Projeto de implantação do novo sistema de sinalização encontrase dentro do cronograma previsto. Campanha de prevenção de acidentes ferroviários atinge cerca de 2 milhões de pessoas, entre motoristas e pedestres, ao longo de toda a Malha da MRS. Fone: 55-21-2559-4600 Fax: 55-21-2552-2635 daf@mrs.com.br 1

1. Análise Setorial A demanda mundial de minério de ferro, especialmente no mercado asiático, liderado pela China, vem se mantendo firme nos últimos meses. A recente formalização de contratos de longo prazo pelas siderúrgicas chinesas para fornecimento de minério de ferro, ao contrário da estratégia até então praticada de operar no mercado spot, sinaliza uma tendência de manutenção da demanda. Em paralelo, o governo Indiano vem estimulando sua indústria siderúrgica a investir em aumento de produção, o que poderá aumentar e acirrar ainda mais este mercado. Por outro lado, as mineradoras brasileiras têm ampliado sua capacidade de exploração e, também, suas logísticas de escoamento. Recentemente, entrou em operação a maior mina de minério de ferro em capacidade inicial do Mundo, com produção estimada para o próximo ano de 30 milhões de toneladas/ano. Tais movimentos reforçam a previsão de demanda firme de minério de ferro. Em relação aos produtos siderúrgicos, no 3T06, o mercado interno permaneceu no mesmo ritmo do 2T06, com um leve incremento no consumo. As exportações se mantiveram também nos mesmos patamares. Com o retorno à operação do AF-3 da CSN, que, após quase 6 meses, retomou no 3T06 o ritmo de produção de aço da usina, a Siderúrgica parou de importar placas e reiniciou a exportação de produtos acabados. Em setembro foi lançada a pedra fundamental da CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico), em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. O empreendimento do grupo alemão ThyssenKrupp, em parceria com a Companhia Vale do Rio Doce, tem prevista sua entrada em operação em 2009, com capacidade para produzir cinco milhões de toneladas de placas de aço por ano destinadas à exportação. A MRS deverá ser beneficiada no fluxo de transporte para abastecimento de matérias primas para a usina. No segmento agrícola, apesar do resultado negativo de preços e câmbio na safra de soja 2005/2006 no Brasil e ainda de previsão de redução da área plantada, a MRS apresenta crescimento em 2006 em relação a 2005 na ordem de 34% na soja e 86% no farelo, com perspectiva de fechar o ano em torno de 800 mil toneladas realizadas. 2

2. Desempenho Operacional Desde o início de 2006, a MRS está evoluindo na sua filosofia de manutenção, com o objetivo de aumentar a confiabilidade de seus ativos operacionais (material rodante, via permanente e eletro-eletrônica). Tal modelo se contrapõe à filosofia tradicional de manutenção preventiva, na qual se busca manter os ativos de acordo com regras pré estabelecidas pelo fabricante e em função apenas do nível de utilização dos mesmos. A fim de obter um melhor aproveitamento da utilização desses ativos, a MRS investe em equipamentos e sistemas de última geração. Estão sendo adquiridos equipamentos de manutenção preditiva, como detetores acústicos para monitoramento do estado dos rolamentos de vagões, a serem instalados à beira da linha, etiquetas de rádio freqüência para identificação dos vagões, e equipamentos de termografia. Além disso, está em processo de concorrência um novo sistema de controle de manutenção dos ativos, que permitirá monitorar a confiabilidade não só dos ativos propriamente ditos, mas também de seus componentes. Novas parcerias tecnológicas foram firmadas, principalmente no tocante à automação de locomotivas e desenvolvimento de dormentes de materiais alternativos, como plástico e aço, adaptados às peculiaridades da MRS. A disponibilização e a alta taxa de utilização de seus ativos operacionais é crucial para atingir as metas estimadas de transporte dos próximos anos. Os principais aumentos nas cargas transportadas no 3T06 foram: minério de ferro para exportação, carvão e coque, produtos siderúrgicos, cimento, bauxita e produtos agrícolas. O volume transportado no 3T06 de 30,9 milhões de toneladas representou um aumento de 10,5%, comparado ao 2T06. No acumulado do ano, a MRS transportou 83,8 milhões de toneladas, 4,1% acima do mesmos nove meses de 2005. Volume Transportado - Milhões de Tons 90 80,4 83,8 80 71,8 70 63,4 60 54,3 50 40 Jan-Set 02 Jan-Set 03 Jan-Set 04 Jan-Set 05 Jan-Set 06 3. Preços Ao longo do 3T06, a tarifa média praticada foi de R$20,84 por tonelada, representando um aumento de cerca de 6,1% comparada ao 2T06. No acumulado do ano, a tarifa média foi de R$19,94 por tonelada, um acréscimo de 10,0% em relação ao mesmo período de 2005. 3

Receita Líquida - Milhões de Reais 1441,9 1610 1252,6 1390 985,4 1170 889,4 950 573,5 730 510 Jan-Set 02 Jan-Set 03 Jan-Set 04 Jan-Set 05 Jan-Set 06 4. Receita Líquida No 3T06, a receita líquida atingiu R$556,5 milhões, um aumento de 17,4% em relação ao trimestre anterior. O maior volume transportado e o aumento da tarifa média contribuíram para o expressivo aumento da receita. No ano, a receita líquida atingiu R$1.441,9 milhões, 15,1% superior ao mesmo período de 2005, impulsionada também pela tarifa e pelo volume transportado. 5. Custos Os custos com combustíveis e lubrificantes apresentaram um aumento de 17,8%, em relação aos primeiros 9 meses de 2005, em função do aumento do volume transportado em 4,1% e da elevação do custo médio do óleo diesel em 11,0%. Os custos de materiais e serviços acumularam o total de R$123,1 milhões até setembro de 2006, representando um aumento de 7,7% e 13,0%, respectivamente, comparados ao mesmo período de 2005. Os custos e despesas com depreciação nos nove primeiros meses de 2006 aumentaram 22,5% em relação ao mesmo período de 2005, em função dos investimentos realizados ao longo de 2006, principalmente, em via permanente, locomotivas e vagões. 6. EBITDA O EBITDA de R$735,9 milhões nos nove primeiros de 2006 representou um acréscimo de 28,9% comparado ao mesmo período do ano anterior. No 3T06, o EBITDA alcançou R$325,4 milhões. A margem EBITDA, que vinha sendo mantida ao redor de 46%, no acumulado do ano, passou para 51%. Tal aumento de margem foi em função da combinação de receitas extraordinárias contabilizadas no trimestre, entre as quais alguns reajustes de tarifas retroativos, com custos unitários decrescentes. Jan-Set 02 30% 172,7 Jan-Set 03 EBITDA EBITDA e Margem EBITDA 51% 46% 45% 45% 399,8 444,4 571,1 735,9 Jan-Set 04 Jan-Set 05 Jan-Set 06 Margem EBITDA 4

7. Resultado Financeiro e Dívida Apesar do bom cenário macroeconômico, com dólar estável, inflação baixa e queda na taxa de juros, o resultado financeiro até o 3T06 computou uma despesa de R$47,5 milhões, 24,4% superior ao apresentado no mesmo período de 2005, o que é explicado por uma variação monetária de aproximadamente R$8 milhões sobre custos de direito de passagem devidos. Endividamento Líquido - Milhões de Reais 1200 999,1 990 771,3 780 497,3 570 272,3 360 209,9 150 Jan-Set 02 Jan-Set 03 Jan-Set 04 Jan-Set 05 Jan-Set 06 A dívida líquida ao final do 3T06 atingiu R$209,9 MM, o que representa uma redução de 22,9% comparada ao 3T05. A acentuada redução da dívida líquida nos últimos trimestres deveu-se ao aumento constante do volume de carga transportada e, também, da forte geração líquida de caixa, que fez com que a empresa encerrasse o 3T06 com disponibilidade de caixa de R$511,6 milhões ante R$420,5 milhões no 3T05, apresentando um aumento de 21,7%. O custo médio da dívida líquida ao final do 3T06 em reais foi de 9,9% ao ano, equivalente a 64,4% do CDI. O custo médio da dívida bruta foi de 13,3% a.a., correspondente a 85,3% do CDI. O prazo médio da dívida ao final do 3T06 registrava 2,9 anos. O índice dívida líquida/ebitda, nos últimos 12 meses, ficou em 0,22x. No mesmo período de 2005, o índice verificado foi de 0,37x. No gráfico abaixo, constata-se a melhoria dos índices de endividamento da empresa nos últimos anos. Dívida Líquida/EBITDA 4,90 4,88 999 970 928 811 861 4,57 2,29 819 771 1,90 1,43 1,19 660 1,19 624 1,10 554 497 0,96 0,83 416 422 389 0,68 0,54 0,62 272 272 0,37 0,35 279 0,62 312 0,38 210 0,22 1 T 02 2 T 02 3 T 02 4 T 02 1 T 03 2 T 03 3 T 03 4 T 03 1 T 04 2 T 04 3 T 04 4 T 04 1 T 05 2 T 05 3 T 05 4 T 05 1 T 06 2 T 06 3 T 06 Dívida Líquida Divída Líquida / EBITDA 5

8. Lucro Líquido O lucro líquido no 3T06 alcançou R$178,0 milhões, 55,5% maior que o trimestre anterior. Nos nove primeiros meses deste ano, o lucro líquido atingiu R$390,9 milhões, 28,2% superior ao mesmo período de 2005. 9. Investimentos 505 345 185 25 (135) (295) (455) Lucro Líquido - Milhões de Reais -350,9 176,2 146,4 304,9 390,9 Jan-Set 02 Jan-Set 03 Jan-Set 04 Jan-Set 05 Jan-Set 06 Os investimentos no 3T06 alcançaram R$81,8 milhões; e no acumulado do ano, R$302,1 milhões. Os investimentos mais relevantes iniciados este ano e que serão acompanhados através deste relatório são: Duplicação do trecho Barra Mansa(Saudade) - Brisamar (Itaguaí): Várias obrasvêm sendo realizadas desde 2004, ao longo de toda malha, para eliminar os gargalos operacionais. As mais relevantes são as duplicações do trecho Volta Redonda a Barra do Pirai, com 30 km e a da Variante Japeri - Brisamar com 32 km. Desta forma, entre as estações de Saudade, no Município de Barra Mansa e Brisamar, no Município de Itaguaí, a MRS terá 124 km de linha dupla, uma vez que de Barra do Pirai até Japerí, a linha já é dupla. O orçamento 2006 previa a aplicação de R$60,6 milhões, porém a dificuldade para a obtenção de licenças ambientais, atrasou a execução orçamentária. A MRS espera investir R$46,5milhões nessas obras neste ano, dos quais R$23,3 milhões já foram desembolsados neste primeiros 9 meses. SIACO Sistema Integrado de Automação e Controle da Operação O projeto para desenvolvimento e implantação do SIACO se encontra em andamento desde 10/Abril/06, e de acordo com o cronograma previsto. No período de julho a setembro, foram feitos levantamentos de dados e elaboradas as Especificações Técnicas do CCO - Centro de Controle da Operação, Sistema de Sinalização e Controle e do Sistema de Controle de Bordo. No mês de agosto, foi efetuado o pagamento no valor de R$3,3 milhões referente ao sinal dos equipamentos importados do Sistema de Comunicação Móvel de Dados e Voz, com o primeiro embarque previsto para o mês de outubro de 2006. A seguir, o cronograma do projeto: 6

Id Nome da tarefa 1 Início de Projeto 2 Revisão de Plano Geral do Projeto 2006 2007 2008 2009 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 10/4 4 Projeto Piloto (Trecho Brisam ar - Guandu) 17 Início Operação 18 Desenvolvim ento e im plantação do Sistem a 16/7 19 Comum aos trechos 21 Trecho Saudade - Guaíba 23 Início Operação Assistida 24 Trecho Ferrovia do Aço 21/12 26 Início Operação Assistida 27 Trecho Linha Centro 30/7 29 Início Operação Assistida 30 Trecho Linha São Paulo 32 Início Operação Assistida 33 CCO de Paranapiacaba 12/2 8/4 35 Início Operação Assistida 31/10 A companhia adquiriu três novas máquinas para melhorar e agilizar a manutenção da via permanente. Uma socadora Plasser 093X que corrige a geometria da linha, nivelando e alinhando a via, gerando maior confiabilidade e segurança para a circulação dos trens e duas reguladoras de lastro SSP110 que complementam o trabalho da socadora, regularizando o lastro após o trabalho da socadora. Foram investidos 2,6 milhões e 1,7 milhões, na socadora e nas reguladoras, respectivamente. 7

10. Principais negócios e realizações Em agosto, a companhia transportou 10,55 milhões de toneladas, alcançando um recorde de movimentação mensal. No 3T06, registrou-se um aumento de 7% no transporte de contêineres em relação ao 2T06, atingindo o volume de mais de 31 mil TEUs transportados. Recorde de transporte de escória de alto forno no 3T06, atingindo o volume de cem mil toneladas no período, o que representa um crescimento de 198% em relação ao 2T06. Início do transporte de minério de ferro para mais uma unidade do Grupo Arcelor, a partir da região de Belo Horizonte, prevendo-se o atendimento de 100% desta demanda (mais de meio milhão de toneladas/ano). Crescimento de 27% no volume transportado de produtos siderúrgicos, comparado ao volume realizado no mesmo período do ano anterior, alcançando a marca de 1 milhão e 965 mil toneladas transportadas no 3T06. A MRS intensificou seu programa de prevenção de acidentes em toda a malha. Quase 2 milhões de pessoas, entre motoristas e pedestres, receberam material gráfico sobre como prevenir acidentes ferroviários. A distribuição, realizada nos municípios da área de atuação da ferrovia, contou com a participação voluntária de colaboradores da MRS e familiares. Também foram ministradas palestras para motoristas de ônibus, instrutores de auto-escolas e alunos de escolas públicas. Foi uma das maiores campanhas de mobilização da opinião pública já realizadas pela MRS, atingindo toda a Malha da empresa, nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. A MRS iniciou uma parceria com a Cosan para o transporte de açúcar. Esse projeto foca a exportação de açúcar para o Oriente Médio, podendo alcançar um volume de 150.000 toneladas. 8

Volume Transportado - Milhares de Toneladas 3º TRIM 06 2º TRIM 06 3º TRIM 05 JAN-SET 2005 JAN-SET 2006 Minério de Ferro 22.768 20.581 20.629 59.351 61.779 Exportação 18.233 17.519 16.476 46.703 51.263 Consumo Interno 4.535 3.062 4.153 12.648 10.517 Carvão e Coque 747 423 852 2.722 1.802 Produtos Siderúrgicos 1.940 1.876 1.532 4.775 5.420 Cimento 454 448 485 1.347 1.349 Bauxita 389 372 356 962 1.145 Produtos Agrícolas 1.768 1.803 1.663 4.579 4.657 Containers 296 277 323 897 861 Outros 2.513 2.157 2.220 5.813 6.769 Total 30.875 27.937 28.060 80.446 83.782 Preços R$/TU (Média) 20,84 19,65 18,51 18,13 19,94 Investimentos - R$ Milhões 3º TRIM 06 2º TRIM 06 3º TRIM 05 JAN-SET 2005 JAN-SET 2006 Correntes 34,9 58,5 32,5 105,9 136,7 Melhoria 6,6 9,5 6,7 14,4 17,9 Expansão 40,4 82,9 71,6 140,8 147,5 Total 81,8 151,0 110,8 261,1 302,1 Nº.de Empregados (Fim do Período) 3.118 3.152 3.010 3.010 3.118 Locomotivas Disponíveis (Média) 353 347 334 325 346 9

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS - R$ Milhões 3ºTRIM 06 2º TRIM 06 3º TRIM 05 JAN-SET 2005 JAN-SET 2006 RECEITA OPERACIONAL BRUTA 643,30 548,95 519,42 1.458,17 1.670,32 (-) Deduções sobre Vendas 86,78 74,88 79,11 205,58 228,38 Impostos 86,78 74,88 79,11 205,58 228,38 - ICMS 26,45 23,35 30,69 69,40 71,87 - COFINS 49,41 42,33 39,79 111,88 128,43 - PIS 10,88 9,19 8,64 24,29 28,04 - ISS 0,03 0,01 - - 0,04 (=) RECEITA LÍQUIDA 556,52 474,07 440,31 1.252,59 1.441,93 (-) Custos e Despesas Operacionais 216,98 201,36 190,84 535,36 604,30 Mão de Obra Operacional 48,31 44,94 40,53 113,67 134,78 Serviços de Terceiros 18,85 17,34 16,86 46,43 52,37 Materiais 26,55 24,10 24,38 66,73 71,88 Combustíveis e Lubrificantes 92,44 84,92 76,33 215,53 253,95 Despesas Gerais/Energia Elétrica 19,70 18,44 16,26 50,55 56,11 Despesas com Seguros 2,86 2,82 3,28 9,10 8,62 Custos com Acidentes/Perdas e Avarias 0,04 0,01 0,19 0,35 0,09 Utilização de Via de Terceiros 5,46 4,89 5,26 14,86 16,06 Aluguel/Leasing de Locomotivas e Vagões 2,77 3,90 7,75 18,14 10,43 (-) Outras Despesas (Receitas) Operacionais (31,77) 3,23 11,06 15,73 (32,49) (=) Geração Operacional 371,32 269,48 238,41 701,50 870,12 EBITDA 325,41 224,33 195,14 571,08 735,86 (-) Despesas Não Gerenciáveis 77,32 75,83 70,61 208,74 227,59 Amortização e Depreciação 33,14 32,07 27,35 78,32 95,91 Concessão e Arrendamento 44,18 43,76 43,26 130,42 131,68 (=) Lucro Operacional Antes dos Efeitos Financeiros 294,00 193,65 167,79 492,76 642,53 (+) Receitas Financeiras 18,11 16,72 19,41 48,43 55,31 (-) Despesas Financeiras 27,51 26,97 34,28 91,69 83,73 (=) Lucro (Prej) antes da Variação Cambial 284,60 183,41 152,92 449,51 614,11 (-) Variação Monetária/Cambial do Período 13,70 6,82 (5,18) (5,09) 19,05 (-) Outras Despesas (Receitas) Não Operacionais 1,65 1,34 (1,43) 3,35 2,47 (=) LUCRO LIQUIDO ANTES DO IR 269,25 175,24 159,54 451,25 592,59 (-) IR / CSSL Sobre Lucro 86,52 62,78 40,09 110,72 194,56 (+) IR / CSSL Diferidos (4,69) 2,03 (13,66) (35,68) (7,09) RESULTADO LÍQUIDO 178,04 114,48 105,78 304,85 390,94 10

Balanço Patrimonial - R$ Milhões Ativo 3º TRIM 06 3º TRIM 05 2º TRIM 06 Circulante 878,85 713,91 681,87 Disponibilidades 72,99 2,57 4,26 Aplicações Financeiras 438,60 418,05 400,16 Contas a Receber de Clientes 142,13 80,18 94,83 Adiantamentos a Terceiros 12,72 9,70 8,11 Impostos a Recuperar 152,04 126,69 107,69 Estoques 38,08 40,02 43,26 IR / CSSL Diferidos 5,45 21,58 6,09 Despesas Antecipadas 7,58 5,86 8,21 Sinal da Concessão 0,44 0,44 0,44 Sinal do Arrendamento 8,82 8,82 8,82 Realizável Longo Prazo 286,73 279,99 295,00 Sinal da Concessão 8,52 8,96 8,63 Sinal do Arrendamento 169,71 178,53 171,91 IR / CSSL Diferidos 34,45 36,39 38,50 Créditos Fiscais ICMS 53,76 40,80 56,31 Despesas Antecipadas 5,30 3,24 5,69 Depósitos Judiciais 15,00 12,07 13,96 Permanente 1.310,08 1.016,67 1.267,45 Investimentos 3,55 2,65 3,55 Imobilizado 1.275,68 962,08 1.227,78 Diferido - - - Despesas Diferidas 5,24 11,00 6,68 Arrendamento Diferido 25,61 40,93 29,44 Total Geral 2.475,66 2.010,56 2.244,33 11

Balanço Patrimonial - R$ Milhões Passivo 3º TRIM 06 3º TRIM 05 2º TRIM 06 Circulante 785,52 723,90 731,28 Empréstimos e Financiamentos 210,62 187,71 201,92 Empréstimos Curto Prazo 169,37 136,33 161,03 Juros Provisionados 41,24 51,38 40,89 Fornecedores e Empreiteiros 48,62 52,33 55,88 Fornecedores Estrangeiros 13,78 7,16 34,66 Dividendos a Pagar 98,37 44,77 98,39 Adiantamentos de Clientes 43,50 68,46 44,20 Impostos, Taxas e Contribuições 217,45 126,21 125,69 Obrigações Trabalhistas 37,64 30,47 33,90 Salários e Encargos 17,63 24,14 17,05 Férias e 13º Salário 20,00 6,33 16,85 Concessão e Arrendamento a Pagar 43,40 122,75 42,92 Provisões Trabalhistas 2,93 2,18 2,90 Provisão Causas Cíveis 3,96 2,49 3,53 Provisão Leasing Locomotivas/Vagões 12,11 43,04 47,99 Outros Valores a pagar 53,14 36,33 39,29 Exigível Longo Prazo 669,99 567,98 670,93 Financiamentos/Outros 256,34 163,61 260,43 Debêntures 254,51 341,59 254,51 Provisão Contingências Fiscais 45,61 34,95 44,21 Provisão Contencioso Trabalhista 11,72 8,73 11,60 Provisão Causas Cíveis 15,83 9,74 14,13 Provisão Leasing Locomotivas/Vagões - 1,79 - Concessão e Arrendamento a Pagar 79,21-79,16 Outros Valores a pagar 6,78 7,57 6,89 Patrimônio Líquido 1.020,15 718,68 842,11 Capital Social 413,80 315,30 413,80 Reserva Legal 20,55 9,38 20,55 Reserva de Lucros para Investimentos 194,87 89,15 194,87 (-) Lucro/Prejuízo Exercício Anterior - - - Lucro/Prejuízo do Exercício 390,94 304,85 212,90 Total Geral 2.475,66 2.010,56 2.244,33 12