Superior Tribunal de Justiça

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Dados Básicos. Ementa. Íntegra. Fonte: Tipo: Acórdão STJ. Data de Julgamento: 19/03/2013. Data de Aprovação Data não disponível

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RECURSO ESPECIAL Nº RS (2003/ )

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Transcrição:

RECURSO ESPECIAL Nº 1.265.509 - SP (2011/0142138-0) RELATOR : MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA RECORRENTE : COIFE ODONTO PLANOS ODONTOLÓGICOS LTDA ADVOGADO : FILIPO HENRIQUE ZAMPA E OUTRO(S) RECORRIDO : COOLABORE - COOPERATIVA DE CONSULTORES E PRESTADORES DE SERVIÇOS ADVOGADO : MARIA PAULA ROSSI QUIÑONES E OUTRO(S) EMENTA PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À MONITÓRIA. NATUREZA JURÍDICA. CONTESTAÇÃO. RECOLHIMENTO DE CUSTAS. EXIGÊNCIA DESCABIDA. 1. Os embargos à monitória têm natureza jurídica de defesa, motivo pelo qual a exigência do recolhimento de custas iniciais é descabida. 2. Recurso especial provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da TERCEIRA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, dar provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Paulo de Tarso Sanseverino, Ricardo Villas Bôas Cueva (Presidente), Marco Aurélio Bellizze e Moura Ribeiro votaram com o Sr. Ministro Relator. Brasília (DF), 19 de março de 2015(Data do Julgamento) MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA Relator Documento: 1393256 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 27/03/2015 Página 1 de 6

RECURSO ESPECIAL Nº 1.265.509 - SP (2011/0142138-0) RELATOR : MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA RECORRENTE : COIFE ODONTO PLANOS ODONTOLÓGICOS LTDA ADVOGADO : FILIPO HENRIQUE ZAMPA E OUTRO(S) RECORRIDO : COOLABORE - COOPERATIVA DE CONSULTORES E PRESTADORES DE SERVIÇOS ADVOGADO : MARIA PAULA ROSSI QUIÑONES E OUTRO(S) RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA: Noticiam os autos que COIFE ODONTO PLANOS ODONTOLÓGICOS LTDA. apresentou embargos à monitória ajuizada por COOLABORE COOPERATIVA DE CONSULTORES E PRESTADORES DE SERVIÇOS, os quais foram rejeitados em virtude do não atendimento da seguinte decisão: "Recolham-se as custas iniciais dos embargos ao pedido monitório. Trata-se, sabidamente, de ação autônoma ajuizada como defesa dentro do mesmo processamento, apenas. Isenções e diferimentos ao que se deve, ou seja, exceções à regra geral de recolhimentos do tributo do tipo taxa judiciária, encontram-se expressas na Lei Estadual n. 11.608/03. Não é o caso dos autos, pelo que, sendo pressuposto processual as custas, ainda neste momento regularizável, determino que sob pena de extinção do feito, sejam recolhidas elas, adequando-se o necessário no feito. Cumpra-se, intimando-se." Em apelação, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo manteve a sentença de primeiro grau nos termos da seguinte ementa: "PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - AÇÃO MONITÓRIA - EMBARGOS MONITÓRIOS - REJEIÇÃO PELA AUSÊNCIA DE PAGAMENTO DAS CUSTAS INICIAIS - APELAÇÃO NÃO PROVIDA." Nas razões do especial, interposto com fundamento no art. 105, inciso III, alínea "a", da Constituição Federal, o recorrente aponta violação do disposto no 2º do art. 1.102-C do CPC, argumentando que os embargos monitórios não têm natureza de ação e, por essa razão, é dispensável o recolhimento das custas processuais. As contrarrazões foram apresentadas às fls. 291/394 (e-stj). Documento: 1393256 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 27/03/2015 Página 2 de 6

Admitido o recurso na origem (fl. 298), ascenderam aos autos a esta Corte. É o relatório. Documento: 1393256 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 27/03/2015 Página 3 de 6

RECURSO ESPECIAL Nº 1.265.509 - SP (2011/0142138-0) EMENTA PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À MONITÓRIA. NATUREZA JURÍDICA. CONTESTAÇÃO. RECOLHIMENTO DE CUSTAS. EXIGÊNCIA DESCABIDA. 1. Os embargos à monitória têm natureza jurídica de defesa, motivo pelo qual a exigência do recolhimento de custas iniciais é descabida. 2. Recurso especial provido. VOTO O EXMO. SR. MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA(Relator): A controvérsia a ser dirimida nos presentes autos cinge-se a definir a natureza jurídica dos embargos monitórios, se de ação ou de contestação, para se concluir se é obrigatório o recolhimento de custas iniciais, como reconhecido pelas instâncias ordinárias. Nos precedentes que deram origem à Súmula n. 292/STJ ("A reconvenção é cabível na ação monitória, após a conversão do procedimento em ordinário"), verifica-se a adoção da tese de que os embargos à monitória teriam natureza jurídica de defesa, consoante se colhe das razões da Ministra Nancy Andrighi no julgamento do REsp n. 222.937/SP, da Segunda Seção: "A doutrina não é pacífica quanto à natureza da manifestação apresentada pelo devedor. Consultando, porém, a mens legis vê-se que os embargos na ação monitória não têm 'natureza jurídica de ação', como ocorre nos embargos do devedor, em execução fundada em título judicial ou extrajudicial. Estes embargos identificam-se com a contestação, até porque inexiste ainda título executivo a ser desconstituído. Não se confundem com os embargos do devedor. Eis que, estes têm natureza jurídica de ação incidental proposta finalisticamente com o objetivo de extinguir o processo ou desconstituir a eficácia do título executivo. Como os embargos representam defesa, e esta dirige-se contra o mandado injuncional, que se apoia na pretensão inicial, pode o embargante opor-se à pretensão do autor sob quaisquer espécie de resposta admitida em direito, inclusive por meio de reconvenção." No mesmo sentido foi o voto do Ministro Teori Albino Zavascki no julgamento do REsp n. 845.545/RS, do qual destaco os seguintes excertos: "Ao admitir a reconvenção no procedimento monitório, o Superior Tribunal de Documento: 1393256 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 27/03/2015 Página 4 de 6

Justiça restou por definir que a natureza dos embargos é de defesa ou contestação. Sob essa perspectiva, não há mais o que discutir: caso se entenda realmente como cabível o procedimento monitório em face da Fazenda Pública, o prazo para que esta apresente embargos é de 60 (sessenta) dias, mercê da aplicação do art. 188 do CPC" (CUNHA, Leonardo José Carneiro da. A Fazenda Pública em Juízo, 8ª Ed., SP: Dialética, 2010, p. 454/455). [...] Desse modo, possuindo os embargos à ação monitória natureza jurídica de contestação, merece reforma o acórdão recorrido, aplicando-se, na hipótese, o prazo diferenciado inserto no art. 188 do CPC." Dessa forma, tendo os embargos à monitória natureza jurídica de defesa, impõe-se afastar a exigência do recolhimento de custas iniciais. Ante o exposto, dou provimento ao recurso especial para determinar o processamento dos embargos à monitória. É como voto. Documento: 1393256 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 27/03/2015 Página 5 de 6

CERTIDÃO DE JULGAMENTO TERCEIRA TURMA Número Registro: 2011/0142138-0 PROCESSO ELETRÔNICO REsp 1.265.509 / SP Números Origem: 1156971 3090120050260082 992070616697 PAUTA: 19/03/2015 JULGADO: 19/03/2015 Relator Exmo. Sr. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA Presidente da Sessão Exmo. Sr. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA Subprocurador-Geral da República Exmo. Sr. Dr. JOÃO PEDRO DE SABOIA BANDEIRA DE MELLO FILHO Secretária Bela. MARIA AUXILIADORA RAMALHO DA ROCHA RECORRENTE ADVOGADO RECORRIDO ADVOGADO AUTUAÇÃO : COIFE ODONTO PLANOS ODONTOLÓGICOS LTDA : FILIPO HENRIQUE ZAMPA E OUTRO(S) : COOLABORE - COOPERATIVA DE CONSULTORES E PRESTADORES DE SERVIÇOS : MARIA PAULA ROSSI QUIÑONES E OUTRO(S) ASSUNTO: DIREITO CIVIL - Obrigações - Espécies de Contratos - Prestação de Serviços CERTIDÃO Certifico que a egrégia TERCEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: A Terceira Turma, por unanimidade, deu provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Paulo de Tarso Sanseverino, Ricardo Villas Bôas Cueva (Presidente), Marco Aurélio Bellizze e Moura Ribeiro votaram com o Sr. Ministro Relator. Documento: 1393256 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 27/03/2015 Página 6 de 6