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Transcrição:

Política de Investimentos 2013-2017 2013 Aditada pelo Conselho Deliberativo em 24/06/2013, conforme registro em Ata 011/RE/CD/2010/2014

SUMÁRIO 1. FINALIDADE DA POLÍTICA DE INVESTIMENTOS... 3 2. DA FORMA DE GESTÃO DOS RECURSOS... 4 3. A CARTEIRA ATUAL... 5 4. ALOCAÇÃO DE RECURSOS E OS LIMITES POR SEGMENTO DE APLICAÇÃO... 5 5. BENCHMARKS POR SEGMENTO E METAS DE RENTABILIDADE... 6 6. MANDATOS... 6 7. GESTÃO DE RISCO... 7 8 DA SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DE GESTORES TERCEIRIZADOS... 14 9 ESTRATÉGIA DE PRECIFICAÇÃO DE ATIVOS E NO CARREGAMENTO DE POSIÇÃO EM INVESTIMENTOS E DESINVESTIMENTOS... 15 10 DESENQUADRAMENTO... 16 11 OPERAÇÕES COM DERIVATIVOS... 16 12 VEDAÇÕES... 17 13 PRINCÍPIOS DE RESPONSABILIDADE SÓCIO AMBIENTAL... 17 14 TERMO DE RESPONSABILIDADE... 18 ANEXO A... 19 2

1. FINALIDADE DA POLÍTICA DE INVESTIMENTOS Este documento estabelece a forma de investimento e gerenciamento dos ativos da Fundação de Previdência do Instituto Emater (FAPA), segundo seus objetivos e características. Busca, prioritariamente, a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro, entre os seus ativos, e respectivo passivo atuarial e demais obrigações, com a prudência e eficiência necessárias, levando em consideração o grau de maturidade, o montante dos Recursos Garantidores das reservas técnicas e o modelo de gestão de recursos do seu plano de benefícios. A Política de Investimentos dita as diretrizes do Conselho Deliberativo para atingir os objetivos primordiais acima mencionados, conforme exigência imposta pela legislação aplicável. Considerando que as diretrizes estabelecidas são obrigatórias para gestão dos ativos da FAPA, este documento será disponibilizado a todos os prestadores de serviços que fazem a gestão dos ativos da FAPA, que devem adotar os ditames ora fixados. Sem prejuízo dos ditames e das restrições constantes da presente Política, cabe à FAPA, a seus dirigentes, aos empregados e aos gestores contratados, o fiel seguimento à legislação que regula as Entidades Fechadas de Previdência Complementar incluindo, mas não se esgotando, a Lei Complementar 108/01, 109/01 e a Resolução CMN 3.792 ou aquelas que vierem a substituí-las. Quando as restrições impostas pela presente Política forem mais rigorosas que a legislação em vigor, prevalecerão, para todos os fins legais, os limites aqui fixados. 1.1. Vigência da Política de Investimento Nos termos da legislação vigente, a presente Política de Investimentos foi formulada com um horizonte de 60 (sessenta) meses, a partir da data de sua aprovação, sem prejuízo da revisão anual obrigatória ou a revisão facultativa a qualquer tempo, uma vez que as diretrizes e premissas aqui fixadas podem ser alteradas, entre outros, por mudanças no cenário macroeconômico nacional e mundial, mudanças no perfil da massa de Participantes ou, ainda, alterações no regulamento do plano. 1.2. Objetivos e Características do Plano de Benefícios A FAPA foi criada por sua Patrocinadora Fundadora como uma Entidade Fechada de Previdência Complementar (EFPC) instituída na forma da legislação em vigor, sem fins lucrativos, com a finalidade de conceder benefícios previdenciários para seus Participantes e Beneficiários. Empresas Patrocinadoras: Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER Patrocinadora Fundadora; Fundação de Previdência do Instituto Emater - FAPA. 3

A FAPA utiliza para seu planejamento, a taxa mínima atuarial projetada de 4,5% ao ano, acrescida da variação anual do INPC Índice Nacional de Preços ao Consumidor aferido e divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O cumprimento da meta atuarial no longo prazo é o principal objetivo das diretrizes traçadas na Política de Investimentos da FAPA, visando, assim a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro, entre os seus ativos, e respectivo passivo atuarial e demais obrigações. 1.3. Tipo de Plano Conforme enquadramento na Superintendência Nacional de Previdência Complementar - PREVIC trata-se de um Plano de Contribuição Variável (CV), com contribuição definida (CD) na fase de acumulação e benefício definido (BD) ou renda em percentual do saldo individual do Participante (CD) na fase de recebimento de benefício. 2. DA FORMA DE GESTÃO DOS RECURSOS A gestão dos recursos poderá ser realizada diretamente pela FAPA ou por meio da contratação de gestores especializados na administração de recursos de terceiros, devidamente registrado como administrador de carteira de valores mobiliários junto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). A FAPA adota como política, a utilização de carteira administrada e de Fundos de Investimentos Exclusivos ou Fundos de Investimentos em Cotas de Fundos de Investimentos Exclusivos, que hoje estão sob responsabilidade de um gestor terceirizado, não estando impossibilitada, porém, de aportar recursos diretamente em fundos não exclusivos, disponíveis no mercado a qualquer momento, sem a necessidade de alteração deste documento. 2.1. Responsabilidades do Gestor de Recursos terceirizado No processo decisório dos investimentos da FAPA, o gestor deverá: a. observar a legislação pertinente, especialmente a Resolução CMN nº 3.792, de 24/09/2009, e suas alterações, bem como a Política de Investimentos; b. observar os princípios de segurança, rentabilidade, solvência, liquidez e transparência; c. avaliar e administrar os riscos das aplicações dos recursos da FAPA, inerentes ao mercado financeiro; d. apresentar relatórios a FAPA que demonstrem o acompanhamento dos recursos sob gestão, bem como comparecer em reuniões quando solicitado pela mesma; e. exercer suas atividades com boa fé, lealdade e diligência, observando e atendendo o caráter previdenciário dos investimentos; f. zelar por elevados padrões éticos; g. adotar práticas que garantam o cumprimento do dever fiduciário em relação aos participantes dos planos de benefícios. 4

3. A CARTEIRA ATUAL A carteira atual, de acordo com a tabela abaixo, demonstra os percentuais de alocação assim como os limites legais observados por segmento na data 31/12/2012. SEGMENTO LIMITE LEGAL (Resolução CMN N 3.792) CARTEIRA Renda Fixa 100% 60,04% Renda Variável 70% 20,00% Investimentos Estruturados 20% 2,01% Investimentos no Exterior 10% 0,00% Imóveis 8% 13,82% Operações com Participantes 15% 4,13% 4. ALOCAÇÃO DE RECURSOS E OS LIMITES POR SEGMENTO DE APLICAÇÃO A modalidade do plano de benefícios, seu grau de maturação, suas especificidades e as características de suas obrigações, bem como o cenário macroeconômico, determinam as seguintes diretrizes dos investimentos: as metas de resultado do plano de benefícios e dos segmentos de aplicação; a alocação dos recursos nos diversos segmentos; os limites máximos de aplicação em cada segmento e ativos; os indexadores e prazos de vencimentos dos investimentos; a escolha por ativos que possuem ou não amortizações ou pagamento de juros periódicos; dentre outros. Os estudos de ALM Asset Liability Management (gerenciamento de ativos e passivos) são úteis na gestão dos planos de benefícios e definição das diretrizes de investimento. O controle de riscos em planos de previdência passa necessariamente pela identificação do passivo, que pode consistir em obrigações futuras ou expectativas de retorno, de acordo com os tipos de plano de benefícios. A avaliação do risco atuarial integrada aos investimentos tem como objetivo assegurar os padrões de segurança econômico-financeira, com fins específicos de preservar a liquidez, a solvência e o equilíbrio dos planos de benefícios administrados. 4.1. Limites por segmento A tabela a seguir apresenta a alocação-objetivo e os limites de aplicação em cada um dos segmentos definidos pela Resolução CMN nº 3792/2009. 5

SEGMENTO LIMITE LEGAL ALOCAÇÃO OBJETIVO INFERIOR LIMITES SUPERIOR Renda Fixa 100% 55,94% 40% 95% Renda Variável 70% 22,50% 5% 36% Investimentos Estruturados 20% 3,24% 0% 13% Investimentos no Exterior 10% 0,00% 0% 4% Imóveis 8% 13,82% 0% 17% Operações com Participantes 15% 4,50% 0% 6% 5. BENCHMARKS POR SEGMENTO E METAS DE RENTABILIDADE A Resolução CMN nº 3.792 exige que as entidades fechadas de previdência complementar definam índices de referência (benchmarks) e metas de rentabilidade para cada segmento de aplicação. Entende-se como índice de referência, ou benchmark, para determinado segmento de aplicação o índice que melhor reflete a rentabilidade esperada para o curto prazo, isto é, para horizontes mensais ou anuais, conforme as características do investimento. Esse índice está sujeito às variações momentâneas do mercado. Por outro lado, a meta reflete a expectativa de rentabilidade de longo prazo dos investimentos realizados em cada um dos segmentos listados a seguir rentabilidade esta que pode apresentar menor volatilidade e maior aderência aos objetivos do plano. SEGMENTO BENCHMARK META DE RENTABILIDADE Renda Fixa INPC + 4,5% ao ano INPC + 4,5% ao ano Renda Variável IBOVESPA + 4,50% ao ano INPC + 13,03% ao ano Investimentos Estruturados IFM IPCA + 4,90% ao ano Investimentos no Exterior MSCI World INPC + 6,0% ao ano Imóveis INPC + 4,5% ao ano INPC + 4,5% ao ano Operações com Participantes INPC + 4,5% ao ano INPC + 4,5% ao ano 6. MANDATOS A despeito da organização de seus investimentos baseada nos segmentos propostos pela legislação aplicável, a Entidade adota a estrutura gerencial de mandatos para o monitoramento de seus investimentos. 6

Um mandato pode ser entendido como a consolidação de investimentos com características semelhantes em termos de risco, rentabilidade esperada, prazo etc. Além de servir de referência para a gestão dos recursos, tal estrutura de investimentos serve como parâmetro para o controle e monitoramento dos riscos financeiros inerentes a cada mandato. O quadro a seguir apresenta a estrutura de mandatos adotada, com seus respectivos benchmarks. Os índices de referência e as metas de rentabilidade estabelecidas anteriormente, para cada segmento, representam uma estimativa da consolidação dos mandatos. MANDATO Renda Variável Passivo Renda Variável Ativo Renda Variável Dividendos Renda Variável Valor/Small Multimercado Estruturado BENCHMARK IBOVESPA IBOVESPA + 3,00% ao ano IDIV IBOVESPA + 6,00% ao ano IFM A seguir, detalha-se resumidamente a estrutura de cada um dos mandatos observados: Renda Variável Passiva: representa os investimentos em renda variável que possuem o objetivo de acompanhar, ou superar em menor escala, os índices de referência tradicionais do mercado. Renda Variável - Ativo: esse mandato engloba os investimentos em ativos de renda variável com menor correlação com os índices tradicionais do mercado, e que buscam atingir retornos diferenciados no longo prazo. Renda Variável Valor: representa os investimentos em renda variável que não possuem a carteira atrelada a um índice de mercado, em geral são fundos que escolhem ações na qual acreditam na valorização, sem se preocupar em mitigar os riscos de concentração. Renda Variável Dividendos: representa os investimentos em renda variável que possuem o objetivo de comprar ações que tenham perspectiva de pagar bons dividendos. Multimercado Estruturado: esse mandato reúne os fundos multimercados que não obedecem, necessariamente, a todos os pontos da legislação aplicável às EFPCs. Por outro lado, os fundos que compõem esse mandato não devem utilizar as prerrogativas de investimentos destinados a investidores qualificados, de acordo com a exigência da Resolução CMN nº 3792/2009. 7. GESTÃO DE RISCO Em linha com o que estabelece o Capítulo III, Dos Controles Internos e de Avaliação de Risco, da Resolução CMN nº 3792/2009, este tópico estabelece quais serão os critérios, parâmetros e limites de gestão de risco dos investimentos. 7

Reforçado pelo Guia de Melhores Práticas da PREVIC a verificação e controle dos riscos inerentes a gestão do plano de benefícios deve ser realizada de forma proativa pela Entidade, estabelecendo os alicerces para a implementação do modelo de Supervisão Baseada em Risco. O objetivo deste capítulo é demonstrar a análise dos principais riscos destacando a importância de estabelecer regras que permitam identificar, avaliar, mensurar, controlar e monitorar os riscos aos quais os recursos do plano estão expostos, entre eles os riscos de crédito, de mercado, de liquidez, operacional, legal, sistêmico e terceirização. Esse tópico disciplina, ainda, o controle de riscos referente ao monitoramento dos limites de alocação estabelecidos pela Resolução CMN nº 3792/2009 e por esta política de investimento. 7.1. Risco Integrado O fato da Resolução CMN nº 3792/2009 dispensar a Fundação do cálculo da Divergência Não Planejada (DNP) entre o resultado dos investimentos e o valor projetado para os mesmos, ratifica a importância da implementação de um modelo próprio que reforça o que está descrito neste capítulo. A definição dos Objetivos de Riscos depende de alguns fatores, como: Definição das formas de medir e comunicar sobre o volume de risco (var, bvar, duration, gap, etc.). Identificação do apetite a risco do investidor; Dimensionamento da real capacidade do investidor para a tomada de risco (depende do ativo, passivo e dos objetivos); Definição de volume de risco compatível com o apetite e capacidade do investidor em termos de volatilidade ou perda máxima; e, Determinação da alocação eficiente do risco na carteira, mantendo o limite global (orçamento de risco) dentro do aceitável. Como a estrutura de investimentos de um plano pode atribuir a discricionariedade de parte da administração dos recursos a terceiros contratados, o controle de alguns dos riscos identificados será 8

feito pelos próprios gestores externos, por meio de modelos que devem contemplar, no mínimo, os itens e parâmetros estabelecidos neste documento. Da mesma forma, caberá à entidade o controle de alguns riscos conforme define a tabela a seguir: RISCO Risco de mercado Risco de crédito Risco de liquidez Risco operacional Risco de terceirização Risco legal Risco sistêmico EXECUÇÃO DA ATIVIDADE DE CONTROLE Gestor Gestor Gestor Gestor/Entidade Gestor/Entidade Gestor/Entidade Gestor/Entidade O gestor que eventualmente extrapolar algum dos limites de risco estabelecidos nesta política de investimentos deve comunicar à Entidade, que deve tomar a medida mais adequada diante do cenário e das condições de mercado da ocasião. Os limites de risco estabelecidos nesta política de investimento também podem ser monitorados pela própria Entidade, com eventual auxílio de consultoria externa, uma vez que a mesma responde pelos seus investimentos perante órgãos fiscalizadores. 7.2. Risco de Mercado Segundo o Art. 13 da Resolução CMN nº 3792, as entidades devem acompanhar e gerenciar o risco e o retorno esperado dos investimentos diretos e indiretos com o uso de modelo que limite a probabilidade de perdas máximas toleradas para os investimentos. Em atendimento ao que estabelece a legislação, o acompanhamento do risco de mercado será feito através do Value-at-Risk (VaR), que estima, com base nos dados históricos de volatilidade dos ativos presentes na carteira analisada, a perda esperada. Também será utilizado o Benchmark Value-at-Risk (B-VaR), modelo que aponta, com um grau de confiança e para um horizonte de tempo pré-definido, qual a perda esperada em relação à carteira teórica do índice de referência. Cabe apontar que os modelos de controle apresentados nos tópicos a seguir foram definidos com diligência, mas estão sujeitos a imprecisões típicas de modelos estatísticos frente a situações anormais de mercado. 9

7.2.1 VaR Para o segmento em renda fixa e os investimentos que não possuem um benchmark bem definido, o controle de risco de mercado será feito por meio do acompanhamento do Value-at-Risk (VaR), que será calculado de acordo com os seguintes parâmetros: Modelo: não paramétrico. Intervalo de Confiança: 95%. Para fins de verificação da aderência dos investimentos aos mandatos estabelecidos na estratégia de alocação, a entidade usará os seguintes limites: MANDATO LIMITE HORIZONTE DE TEMPO Renda Fixa 4,12% 21 dias Assim como no caso do B-VaR, caso algum dos veículos exceda o limite, cabe ao administrador do plano avaliar, de acordo com as condições de mercado, a medida mais adequada a ser tomada. 7.2.2 Benchmark-VaR Para os investimentos em mandatos, o controle de risco será feito por meio do B-VaR, um modelo indicado para avaliar a aderência da gestão a um determinado mandato. Ele pode ser entendido como uma medida da diferença entre o retorno esperado do fundo ou carteira em relação ao retorno esperado para o benchmark definido. O cálculo do B-VaR considerará: O modelo não paramétrico; e Intervalo de confiança de 95%. O controle de riscos deve ser feito de acordo com os seguintes limites: MANDATO BENCHMARK LIMITE HORIZONTE DE TEMPO Renda Variável IBOVESPA 16,50% 21 dias Para a determinação dos limites de risco acima, foram utilizados os parâmetros que envolvem o Information Ratio, ou seja, o valor adicionado de retorno por unidade adicional de risco (medida pelo desvio padrão) com relação a um benchmark. 10

7.2.3 Análise de Stress A avaliação dos investimentos em análises de stress passa pela definição de cenários de stress, que podem considerar mudanças bruscas em variáveis importantes para o apreçamento dos ativos, como taxas de juros e preços de determinados ativos. Embora as projeções considerem as variações históricas dos indicadores, os cenários de stress não precisam apresentar relação com o passado, uma vez que buscam simular futuras variações adversas. Para o monitoramento do valor de stress da carteira, serão utilizados os seguintes parâmetros: Cenário: BM&F Periodicidade: mensal O modelo adotado para as análises de stress é realizado por meio do cálculo do valor a mercado da carteira, considerando o cenário atípico de mercado e a estimativa de perda que isso pode gerar. Cabe registrar que essas análises não são parametrizadas por limites, uma vez que a metodologia considerada pode apresentar variações que não implicam, necessariamente, em possibilidade de perda. O acompanhamento terá como finalidade avaliar o comportamento da carteira em cenários adversos para que os administradores possam, dessa forma, balancear melhor as exposições. 7.3. Risco de Crédito O risco de crédito caracteriza-se pela possibilidade de inadimplência das contrapartes em operações realizadas com os veículos de investimentos considerados (fundos de investimentos, carteira própria etc.) ou dos emissores de títulos e valores mobiliários integrantes de veículos de investimentos, podendo ocorrer, conforme o caso, perdas financeiras até o montante das operações contratadas e não liquidadas, assim como dos rendimentos e/ou do valor do principal dos títulos e valores mobiliários. O comitê de crédito dos gestores é responsável pelo acompanhamento do risco de crédito das instituições financeiras e não financeiras. Além dos critérios de análise de crédito usuais de cada gestor, deve ser considerada a classificação de rating estabelecida pelas agências de rating especializadas. No mínimo 80% das alocações nesta classe de ativos devem ser em títulos considerados de baixo risco de crédito. Serão considerados títulos de baixo risco de crédito aqueles classificados pelo menos por um dos ratings abaixo listados: AGÊNCIA CLASSIFICADORA DE RISCO "RATING" MÍNIMO Standard & Poor s Moody s FITCH BrBBB- ou bra-3 Baa3.br ou BR-2 BBB-(bra) ou F3(bra) 11

Independente da Política de Investimentos permitir até 20% em títulos considerados de médio e alto risco de crédito, caso ocorra rebaixamento de rating inferior ao grau de investimento, o gestor deverá comunicar imediatamente a FAPA, juntamente com a sua recomendação de manutenção ou não dos ativos rebaixados e, tomar as seguintes medidas: Verificar se a marcação a mercado do título foi ajustada; Verificar a existência de outros títulos na carteira do fundo de investimento que possam sofrer rebaixamento de rating pelo mesmo motivo; Analisar o impacto do rebaixamento na qualidade do crédito do fundo de investimento, de acordo com os parâmetros desta política; Avaliar se a mudança justifica resgate dos recursos. Se houver algum default na carteira do plano, a FAPA poderá adotar as mesmas medidas recomendadas para os casos de rebaixamento de rating e, adicionalmente, verificar se o gestor agiu com diligência. 7.4. Risco de Liquidez O risco de liquidez pode ser dividido em duas classes: Possibilidade de indisponibilidade de recursos para pagamento de obrigações; Possibilidade de redução da demanda de mercado. Os itens a seguir detalham as características destes riscos e a forma como eles serão geridos. É importante registrar que os instrumentos de controle apresentados são baseados em modelos estatísticos, que por definição estão sujeitos a desvios decorrentes de aproximações, ruídos de informações ou de condições anormais de mercado. Indisponibilidade de recursos para pagamento de obrigações A gestão do risco de indisponibilidade de recursos para pagamento de obrigações depende do planejamento estratégico dos investimentos do plano. A aquisição de títulos ou valores mobiliários com prazo ou fluxos incompatíveis com as necessidades do plano pode gerar um descasamento. O controle desse risco é feito por meio da elaboração do estudo de macro-alocação de ativos que projeta, com base nas características do passivo e em dados específicos, o fluxo de caixa do plano para os próximos anos e recomenda uma carteira de ativos adequada para atender a essas demandas futuras. 12

Redução de demanda de mercado A segunda classe de risco de liquidez pode ser entendida como a possibilidade de redução ou inexistência de demanda pelos títulos e valores mobiliários integrantes da carteira. A gestão deste risco será feita com base nos seguinte indicador: Percentual da carteira que pode ser negociada em condições adversas; O controle do risco de liquidez de demanda de mercado será feito por meio do controle do percentual da carteira que, em condições adversas (20% do volume médio de negócios), pode ser negociada em um determinado horizonte de tempo. Esses valores deverão obedecer aos seguintes limites: HORIZONTE PERCENTUAL MINIMO DA CARTEIRA 1 (um) dia útil 20% 21 (vinte e um) dias úteis 30% 7.5. Risco de exposição em derivativos O controle da exposição em derivativos será feito em conformidade com o que determina a legislação, por meio do monitoramento dos níveis de margem depositada como garantia de operações com derivativos e das despesas com a compra de opções. O controle da exposição em derivativos será feito por meio do monitoramento: Dos níveis de margem depositada como garantia de operações com derivativos; e Das despesas com a compra de opções. O controle da exposição a derivativos deve ser realizado individualmente por veículo de investimento. Os limites devem ser medidos em relação às alocações em: Títulos da dívida pública federal; Títulos de emissão de instituições financeiras (CDB, RDB, DPGE, etc); e Ações integrantes do Índice Bovespa. A soma dos investimentos nesses ativos deve ser considerada como denominador na conta da exposição, que devem respeitar os seguintes limites: Até 15% (quinze por cento) de depósito de margem para operações com derivativos; Até 5% (cinco por cento) de despesas com compra de opções. 13

7.6. Risco Legal O risco legal está relacionado com as perdas financeiras derivadas do questionamento jurídico, da não execução de contratos, não cumprimento das normas legais entre outros. Esta categoria de risco é mensurada para as atividades da FAPA e para os investimentos que envolvam contratos específicos. Assim, para os aspectos legais, a FAPA utiliza-se de pareceres jurídicos especializados para os assuntos de caráter mais aprofundados. 7.7. Risco Operacional A gestão do risco operacional é feita, pelo gestor contratado pela FAPA, de forma preventiva, por meio da adoção de normas e procedimentos de controles internos, em linha com o que estabelece a legislação aplicável. Define-se risco operacional quando existe a possibilidade de perdas decorrentes da inadequação na especificação ou na condução de processos, sistemas ou projetos, bem como de eventos externos que causem prejuízos nas suas atividades normais ou danos a seus ativos físicos. 7.8. Risco Sistêmico O risco sistêmico se caracteriza pela possibilidade de que o sistema financeiro seja contaminado por eventos pontuais, como a falência de um banco ou de uma empresa. É, portanto, um risco que, por concepção, não se controla. Para tentar reduzir a suscetibilidade dos investimentos a esse risco, a alocação dos recursos deve levar em consideração aspectos referente à diversificação de setores e emissores. Outra abordagem utilizada pelo Gestor, na aferição do risco sistêmico da carteira da FAPA, é o Stress Test, uma técnica que visa analisar o impacto na carteira em função de variações extremas nos preços dos ativos e derivativos. 8 DA SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DE GESTORES TERCEIRIZADOS O processo de seleção, contratação e destituição dos gestores considerados aptos a administrar recursos da FAPA, deve seguir padrões técnicos e de performance a serem definidos pela Diretoria Executiva e aprovados pelo Conselho Deliberativo da FAPA, que levem em conta os riscos técnico, gerencial e de não compliance associados ao gestor. Na seleção de gestores de recursos, as instituições devem ser avaliadas, no mínimo, pelos seguintes critérios: Qualitativos: análise de relatórios e de fluxos de informações produzidos dentro de um grau de transparência da instituição, da capacidade técnica, dos instrumentos e ferramentas utilizados na gestão de carteiras/fundos e dos sistemas de gestão de riscos, da representatividade em comitês formados pelo mercado; Quantitativos: avaliação da performance dos seus respectivos fundos (dentro da classe específica) voltados para investidores institucionais e da representatividade da carteira de clientes institucionais, destacando as Entidades Fechadas de Previdência Complementar EFPC s. 14

No processo de seleção os gestores deverão ser submetidos a uma Due Diligence, que consiste na análise detalhada da instituição, respondendo a um questionário que permita ao Comitê de Investimentos da FAPA, avaliar aspectos importantes na condução dos investimentos. O Gestor de Recursos será avaliado, no mínimo anualmente, por critérios qualitativos e quantitativos, entre os quais: a. cumprimento da Política de Investimentos; b. desempenho obtido; c. fornecimento de relatórios; d. gerenciamento do risco; e. qualidade da equipe técnica; f. transparência; g. consistência das atividades efetuadas pelo Gestor na gestão dos investimentos, segundo o regulamento definido para o fundo; h. qualidade de comunicação com a FAPA; e i. avaliação dos custos envolvidos para a gestão dos recursos. 9 ESTRATÉGIA DE PRECIFICAÇÃO DE ATIVOS E NO CARREGAMENTO DE POSIÇÃO EM INVESTIMENTOS E DESINVESTIMENTOS Os títulos e valores mobiliários integrantes das carteiras de investimentos da FAPA ou fundos de investimentos, inclusive exclusivos, nos quais são aplicados os recursos da FAPA, são precificados (marcados) ao valor de mercado. Entretanto, para evitar o impacto das oscilações de mercado, a FAPA pode optar por contabilizar parte de seus ativos pela taxa do papel (marcação na curva), desde que tenha intenção e capacidade financeira de mantê-los em carteira até o vencimento, conforme Circular 3086 do Banco Central e Resolução nº 4 do CGPC. A FAPA mantém os serviços de custódia centralizada dos seus ativos, desta forma, a atribuição de valor dos mesmos ocorrerá conforme o manual de precificação do Custodiante. As operações de títulos de renda fixa no mercado secundário deverão ser realizadas por meio de plataformas eletrônicas de negociação, o que facilita a obtenção do preço de mercado do ativo e confere maior transparência às transações, em conformidade com a Resolução CGPC nº 21. 15

Caso alguma operação seja efetuada pelo gestor terceirizado fora do preço de mercado, este deverá em 24 horas comunicar e prestar todas as informações necessárias ao Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado (AETQ) por meio de relatório que contemple as seguintes informações: A demonstração da discrepância dos preços ou taxas aplicadas; A indicação da instituição, do sistema eletrônico ou das fontes secundárias que serviram de base para obtenção do valor de mercado ou intervalo referencial de preços; A identificação dos intermediários da operação; A justificativa técnica para a efetivação da operação. Este relatório será entregue ao Conselho Fiscal da Fundação num prazo máximo de 10 (dez) dias úteis, a partir do recebimento pelo AETQ (Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado). O Conselho Fiscal se pronunciará sobre o relatório em sua manifestação semestral. 10 DESENQUADRAMENTO Para efeito de avaliação de desenquadramentos consideram-se as seguintes definições: Desenquadramento passivo: no caso de desenquadramentos desta natureza, não será caracterizado como infringência dos limites da legislação vigente, sendo que o reenquadramento deverá ser realizado dentro do prazo estabelecido pela legislação. Os excessos referidos à desenquadramento passivo, sempre que verificados, devem ser eliminados no prazo de setecentos e vinte dias. A EFPC fica impedida, até o respectivo enquadramento, de efetuar investimentos que agravem os excessos verificados. Desenquadramento de regra: aplicações em títulos e operações de qualquer natureza que não autorizados pela Política de Investimentos ou legislação cabível, deverão ser liquidadas sem nenhuma perda à FAPA, além de responder o Gestor por todo e qualquer prejuízo ou penalidade advindo à FAPA e/ou seus dirigentes, decorrente de tais atos. 11 OPERAÇÕES COM DERIVATIVOS Quando das operações no mercado de Derivativos, o gestor deverá observar o disposto na Resolução CMN nº 3.792, nos termos do artigo 44, obedecendo as seguintes vedações: a. Realizar operações a descoberto; b. Realizar operações que gerem exposição superior a uma vez o patrimônio líquido; c. Locar, emprestar, tomar emprestado, empenhar ou caucionar títulos e valores mobiliários. 16

As aplicações em cotas de Fundos de Investimento Multimercado que se enquadram no segmento de Investimentos Estruturados não estão sujeitas às vedações acima apresentadas. O gestor responsável pela administração de recursos da FAPA deve comprovar por meio de relatórios de due diligence, que possui estrutura de risco e compliance, atendendo esta Política de Investimentos e a Resolução CMN nº 3.792. 12 VEDAÇÕES O gestor terceirizado responsável pela administração de recursos da FAPA deve obedecer as vedações previstas na Resolução CMN nº 3.792, nos termos do artigo 53. Além das vedações previstas na legislação vigente, a FAPA veda: Aplicações em títulos públicos estaduais e municipais; V E D A Ç Õ E S Aplicações/operações de qualquer espécie, com títulos de emissão de Instituições Financeiras e/ou Empresas ligadas aos Administradores ou Gestores dos Fundos, exceto em Fundos de Investimentos. Aplicações em imóveis ou papeis cujo enquadramento seja caracterizado como do segmento de imóveis, exceto o previsto no plano de enquadramento de Investimentos Imobiliários. Aplicações em ativos cuja garantia ou objeto do investimento não esteja performado, com exceção feita aos Fundos de Participações. O gestor terceirizado não poderá aplicar em ativos próprios o montante superior a 20% do valor do Patrimônio Líquido da FAPA. Para fins de apuração do limite estabelecido, são considerados os fundos de segundo nível dos fundos exclusivos. Caso este limite seja ultrapassado de forma passiva o gestor contratado deverá no máximo em 90 dias proceder ao resgate de valor que seja suficiente para o enquadramento. 13 PRINCÍPIOS DE RESPONSABILIDADE SÓCIO AMBIENTAL Os princípios sócio-ambientais podem ser entendidos como um conjunto de regras que visam a favorecer o investimento em companhias que adotam, em suas atividades ou através de projetos, políticas de responsabilidade sócio-ambiental. A maneira mais comum de adoção desse conjunto de regras ocorre por meio da adesão a protocolos ou iniciativas lideradas por órgãos da sociedade civil e organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU). A observância dos princípios sócio-ambientais na gestão dos recursos depende, portanto, da adequação do processo de tomada de decisões, de forma que os administradores da FAPA tenham condições de cumprir as regras de investimento responsável. 17

Como a estrutura de investimentos da FAPA atribui, a discricionariedade dos recursos a gestores terceirizados, decidiu-se que ao longo da vigência desta política de investimentos, os princípios socioambientais serão observados sempre que possível, sem adesão a protocolos e regras. A Entidade está predisposta a realizar investimentos em empresas com alto grau de governança corporativa e/ou socialmente responsáveis, respeitando os princípios de diversificação e liquidez e os limites da legislação vigente. Para tanto a FAPA tem a intenção de alocar uma parcela de seus recursos, em fundos, produtos, ou investimentos que tenham como foco principal do processo de gestão os princípios de responsabilidade sócio ambiental, tais como, fundos e produtos que visam a diminuição da emissão de carbono, conservação de florestas, ou outro objetivo que deve ser avaliado no momento de compra do produto. Esses investimentos deverão fazer parte do portfolio da Entidade em consonância com os demais investimentos e apenas serão realizados caso tragam ganhos de rentabilidade para a carteira em função do risco assumido. O alvo de alocação estimado para esse ano é de 1% do portfolio, podendo ou não este percentual ser atingido, devido as oportunidades de mercado. 14 TERMO DE RESPONSABILIDADE A presente Política de Investimentos entra em vigor na data da sua aprovação, sendo de 180 (cento e oitenta) dias o prazo máximo para total adequação às alterações ora aprovadas. Caso o AETQ entenda que a adequação no prazo acima mencionado trará algum prejuízo à FAPA, tal entendimento deverá ser formalizado com sugestão de qual o prazo e forma que considera como razoáveis para o enquadramento, podendo ser acatado ou não pelo Conselho Deliberativo. Ao assinarem ou tomarem conhecimento da presente Política de Investimentos todos os envolvidos na gestão financeira descrita neste documento, incluindo diretores, conselheiros, empregados e gestores, reconhecem que estão cientes de seu conteúdo, assumindo o compromisso de cumprir suas metas de acordo com os códigos de ética pertinentes, se responsabilizando pela sua execução. Curitiba, 24 de junho de 2013 Claudia Regina Janesko Diretora Presidente Celso Luiz Andretta Diretor de Seguridade e Administração Roberto Antônio Zardo Presidente do Conselho Deliberativo 18

SEGMENTOS DE APLICAÇÃO ANEXO A RES. CMN 3792 PLANO LIMITES SUBLIMITES LIMITES Renda fixa 100% 95% Títulos do Tesouro Nacional (TTN) 100% 100% 95% Outros de Ativos Renda Fixa (excluindo títulos públicos) 80% 80% 80% CCB, CCCB e Notas Promissórias 20% 20% NCE e CCE 20% 20% FIDC e FICFIDC 20% 20% CRI 80% 20% 20% CCI 20% 20% CPR, CDCA, CRA e Warrant Agropecuário (WA) 20% 20% Demais títulos e valores mobiliários de emissão de companhia aberta 20% 20% Renda Variável 70% 36% Novo Mercado 70% 36% Nível 2 60% 36% Bovespa Mais 50% 36% Nível 1 45% 36% 70% Demais companhias de capital aberto 35% 35% Fundo de Índice Referenciado em Ações admitidas à negociação em bolsa de valores 35% 35% Títulos de emissão de SPE 20% 0% Demais investimentos de renda variável 3% 0% Investimentos Estruturados 20% 13% Fundos de Participações 20% 13% Fundos de Empresas Emergentes 20% 13% 20% Fundos de Investimento Imobiliário 10% 10% FI ou FIC multimercado 10% 10% Investimentos no Exterior 10% 4% Ativos emitidos no exterior pertencentes a fundos constituídos no Brasil 10% 4% FI e FIC Dívida Externa 10% 4% Fundos de índice estrangeiros negociados em bolsa no Brasil 10% 10% 4% Certificados de depósito de valores com lastro em ações de cias estrangeiras (BDR) 10% 4% Ações de Cias sediadas no Mercosul 10% 0% Imóveis* 8% 17% Empreendimentos imobiliários 8% 17% Imóveis para aluguel e renda 8% 8% 17% Outros imóveis 8% 17% Operações com Participantes 15% 6% Empréstimos 15% 6% 15% Financiamentos Imobiliários 15% 6% *Os limites definidos para o segmento de imóveis estão de acordo com o disposto no termo de enquadramento definido no ofício nº 095/SPC/DEPIN/CAD, com prazo de encerramento até 2017. 19

DIVERSIFICAÇÃO DE RISCO RES. CMN 3792 PLANO Limites de alocação por tipo de emissor* Tesouro Nacional 100% 100% Instituição Financeira autorizada pelo BC 20% 20% Depósitos em poupança e as coobrigações de responsabilidade da Instituição Financeira 20% 10% Tesouro Estadual ou Municipal 10% 0% Companhia aberta com registro na CVM 10% 10% Organismo Multilateral 10% 10% Companhia Securitizadora 10% 10% Patrocinador do Plano de Benefícios 10% 10% FIDC e FICFIDC 10% 10% Fundo de Índice Referenciado em Cesta de Ações de companhias abertas 10% 10% SPE 10% 10% FI ou FIC do Segmento de Investimentos Estruturados 10% 10% Demais emissores 5% 5% Auto-alocação em renda fixa** - 0% Limites de concentração por emissor Capital total de uma mesma companhia aberta ou SPE 25% 20% Capital votante de uma mesma companhia aberta 25% 20% Patrimônio líquido de uma mesma Instituição Financeira 25% 20% Patrimônio líquido de um mesmo: Fundo de Índice Referenciado em Cesta de Ações de Cia Abertas 25% 20% FI do Segmento de Investimentos Estruturados 25% 20% FI do Segmento de Investimentos no Exterior 25% 20% Fundo de Índice do Exterior admitido à negociação em bolsa de valores do Brasil 25% 20% Patrimônio separado constituído nas emissões de certificado de recebíveis com a adoção de regime fiduciário 25% 0% Limites de concentração por investimento Mesma série de título ou valores imobiliários 25% 20% Mesma classe ou série de cotas de FIDC 25% 20% Mesmo empreendimento imobiliário 25% 20% Derivativos Derivativos - depósito de margem 15% da posição em TTN, Tít. De IF ou ações do Ibovespa 15% da posição em TTN, Tít. De IF ou ações do Ibovespa Derivativos - valor total dos prêmios 5% da posição em TTN, Tít. De IF ou ações do Ibovespa 5% da posição em TTN, Tít. De IF ou ações do Ibovespa * Integrantes de um mesmo conglomerado econômico ou financeiro, bem como as suas controladas pelos tesouros estaduais ou municipais ** Títulos de renda fixa de emissão do próprio gestor ou de empresas coligadas diretamente. 20