Universidade Estadual de Goiás, Câmpus Niquelândia, situada na rua Itabaiana Q.1 L.1 Nº 2 - Centro

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Transcrição:

Sensibilização para a Preservação do Patrimônio Cultural de Niquelândia Joelma F. Pimentel (IC) do Curso Superior de Turismo UEG/Niquelândia *Rosilene P. Santos Godoy Graduada em História UNOPAR/SC (PQ) da Universidade Estadual de Goiás E-mail: rosilenepsgodoy@ueg.com Universidade Estadual de Goiás, Câmpus Niquelândia, situada na rua Itabaiana Q.1 L.1 Nº 2 - Centro Resumo: O presente trabalho apresenta a relevância da preservação patrimonial como elemento fundamental para a continuidade histórica e a valorização da identidade de cada povo, ocupando um papel de testemunho da memória. O patrimônio material e imaterial são legados dos antepassados e que, em uma abordagem de sustentabilidade, deverão ser transmitidos aos nossos descendentes, acrescidos de novos conteúdos e de novos significados, os quais, provavelmente, deverão sofrer novas interpretações de acordo com as realidades socioculturais vigentes. Os elementos patrimoniais são intrínsecos a formação cultural e a apropriação deste conhecimento, favorece o acesso do direito ao conhecimento, a promoção do bem-estar social, a participação e a cidadania. Em busca da mudança de comportamento frente à riqueza patrimonial e cultural herdados do período colonial no município de Niquelândia, a universidade vem desenvolvendo debates que contribuam com a criação de um novo olhar da sociedade frente ao valioso patrimônio que se encontra deteriorado correndo o risco de desaparecimento. Para conseguir este portento, a produção de novas concepções culturais é fundamental, pois implicará na formação cultural e na mudança de comportamentos dos autores envolvidos que serão instigados a atuarem de forma diferente diante da própria memória histórica de seu povo. Palavras Chaves: preservação. Legado. Direito. Identidade. Formação. Patrimônio INTRODUÇÃO Niquelândia é uma cidade com 280 anos de história, fundada no século XVIII, com a exploração mineral do período colonial, sendo um dos municípios mais antigos de Goiás, situado na região norte do Estado. De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2010) possui uma população de 42.361 pessoas. Atualmente com o desenvolvimento da arquitetura moderna, as cidades históricas como Niquelândia, com muitos casarões, igrejas e monumentos, têm adquirido características diferenciadas, descaracterizando o patrimônio. Com isso, tem sofrido impactos devido à falta de conhecimento e valorização da população em relação à relevância do seu patrimônio histórico para a manutenção da memória de seus ancestrais. Para manter a memória histórica é necessário conhecer a riqueza patrimonial do município, além de analisar como a mesma vem sendo ameaçada de

desaparecimento pela falta de iniciativas voltadas para a sua valorização e preservação, pois a própria sociedade local apresenta um comportamento de indiferença aos elementos que consolidam a identidade local e a sua própria memória. Outro fator, que reforça e estimula o interesse por essa pesquisa, é a inexistência de políticas públicas voltadas a sua manutenção e recuperação. Neste aspecto, a recuperação dessa história depende de uma correta gestão do poder público para viabilizar recursos destinados à restauração e também uma nova postura da sociedade, que precisa se despertar para reconhecer o valor do seu próprio Patrimônio Histórico. Neste sentido, afirma Horta (1999, p. 27), educação patrimonial é instrumento de alfabetização cultural possibilita ao indivíduo fazer a leitura do mundo que o rodeia, levando a compreensão do universo sociocultural e da trajetória histórico-temporal em que está inserido. O Câmpus de Niquelândia, por meio do curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo, busca desenvolver ações capazes de sensibilizar e envolver toda sociedade em prol da preservação e restauração do rico patrimônio histórico do município, e consequentemente mostrar as potencialidades desse legado histórico para o fortalecimento do turismo cultural. Portanto, são os habitantes da localidade e do entorno os primeiros a serem sensibilizados, considerando o apoio nos laços afetivos que os ligam. São as comunidades e grupos locais que irão garantir sua preservação por ver nesses patrimônios suas lembranças e sua própria história de origem. No limiar do século XXI, as cidades históricas se encontram cada dia mais associadas ao turismo. Sua função vem-se reforçando nos últimos anos, aumentando a simbiose entre cidade e turismo. Essa realidade propõe desafios em relação à preservação do patrimônio histórico cultural para melhor difundir o turismo nas cidades históricas. De acordo com Dias (2006, p. 46), A manifestação cultural, quando integrada pelos membros da comunidade, preenche todas as condições simbólicas para valorizar e para fortalecer a cultura da qual se originou, embora possa cumprir, muitas vezes, uma nova função, muito mais de construção ou de fortalecimento de uma identidade do que as funções originais. Turismo cultural é uma segmentação do mercado turístico que incorpora uma variedade de formas culturais, em que se incluem museus, galerias, eventos culturais, festivais, festas, arquitetura, sítios históricos e apresentações artísticas. A cultura é

um processo eminentemente dinâmico, transmitido de geração em geração, que se aprende com os ancestrais e se cria e recria no cotidiano do presente, na solução dos pequenos e grandes problemas que cada sociedade enfrenta. Neste processo dinâmico de sociabilização, em que se aprende a fazer parte de um grupo social, o individuo constrói a própria identidade. O turismo transforma os bens culturais integrantes do patrimônio cultural histórico educativo em recurso econômico potencial, o que implica a necessidade de maior proteção a esses bens para que se garantam a continuidade e a sustentabilidade de sua exploração econômica. O turismo cultural apresenta um aspecto duplo: pode apresentar-se como um caminho para a obtenção de fundos necessários à preservação da herança cultural e como uma ferramenta para proporcionar o desenvolvimento econômico local, regional e até mesmo nacional. Nas palavras de Barreto (2007, p. 105), (...) um país é feito de homens e livros. Eu, por minha vez digo mais, um país é feito por homens, por livros e por memória. A memória é a forma mais alta da imaginação humana, e não a simples capacidade de recordar. Se a memória se dissolve, consequentemente o homem se dissolve. Para que o Patrimônio seja visto como recurso de grande potencial histórico e econômico é necessário à formação de um novo olhar e uma consciência responsável diante de uma história retratada na materialidade de seus elementos tangíveis e intangíveis para que se promova a sua valorização pela comunidade onde está inserido. Margarita Barreto (2007, p.96) afirma que: O Patrimônio em todas as suas formas deve ser preservado, valorizado e transmitido às gerações futuras como reflexo da experiência e das aspirações humanas, com o objetivo de nutrir a criatividade em toda sua diversidade e instaurar um verdadeiro diálogo entre as culturas. O patrimônio histórico de Niquelândia, encontra-se deteriorado pela falta de políticas públicas e pela indiferença da própria população local que apresenta desprovida de formação cultural, sendo a formação um único meio capaz de promover novas concepções e comportamentos frente ao objeto pesquisado. O aumento das receitas municipais será uma consequência dos investimentos no turismo cultural, pois atrairá novos turistas e pesquisadores, promovendo assim o desenvolvimento local e o aumento da renda de todos os setores

comerciais ligados ao turismo. A atividade turística é uma prática socioeconômica que tem o patrimônio cultural como ferramenta de grande valor peculiar para o seu desenvolvimento, não apenas sob o olhar financeiro, mas também como oportunidade de valorizar e preservar a cultura. MATERIAL E MÉTODOS O método de pesquisa selecionado para apreender o objeto investigado foi o fenomenológico, pois descreve o objeto estudado e exalta a interpretação dos sujeitos, intencionalmente. Nesse processo de busca, é possível entender que as coisas não podem ser isoladas de sua manifestação. Os materiais de consumo como papel, xerox será fornecido pela referida Instituição. O laboratório de informática do Câmpus, servirá de apoio para as pesquisas bibliográficas disponíveis na internet, a digitação dos estudos realizados e a tabulação dos dados coletados, bem como a biblioteca da universidade servirá como centro de apoio aos estudos. Na pesquisa de campo será realizado um levantamento das peças e monumentos existentes no Centro Cultural Municipal Hermínio de Morais, com apoio dos técnicos da SMC, atividade que é de fácil acesso e execução por parte da equipe de pesquisadores. RESULTADOS E DISCUSSÃO A presente pesquisa permitiu a discussão com a comunidade niquelandense sobre a temática patrimônio histórico cultural, promovendo a participação social, com isso à construção plena da cidadania dos indivíduos. A partir do levantamento das condições de preservação e manutenção, será criado um catálogo com as principais informações pesquisadas, tais como: peças e monumentos históricos, com a data de origem e local onde está. CONSIDERAÇÕES FINAIS Em busca do resgate cultural a pesquisa e a mobilização social, são fatores essenciais para alcançar a transformação do comportamento e a preservação da

memória. Os elementos patrimoniais são intrínsecos a formação cultural, a apropriação deste conhecimento, favorece o acesso do direito ao conhecimento, a promoção do bem-estar social, a participação e a cidadania. AGRADECIMENTOS Agradeço aos nobres colegas professores e coordenadores do Câmpus da Universidade Estadual de Goiás em Niquelândia, colaboradores desta pesquisa, que através das discussões e debates foram norteadores imprescindíveis para a execução das ações. REFERÊNCIAS BARRETO, Margarita. Cultura e Turismo: Discussões contemporâneas Campinas, SP: Papirus, 2007. BERTRAN, Paulo. História de Niquelândia: do julgado de Traíras ao Lago Serra da Mesa/ Brasília: Verano Editora, 3 Ed.2002. DIAS, Reinaldo. Turismo e patrimônio cultural-recursos que acompanham o crescimento das Cidades/ São Paulo: Saraiva 2006. GIL, Antonio Carlos. Metodologia e técnicas de pesquisa social. 6ª ed, 5. reimpr. São Paulo: Atlas, 2012 HORTA, Maria de Lourdes Parreiras. Guia Básico de Educação Patrimonial/. Brasília: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Museu Imperial, 4 Ed: fev. 2009. LONDRES FONSECA, Maria Cecília. (org.) Celebrações e Saberes da Cultura Popular. Pesquisa, inventário, crítica, perspectivas. Brasília: IPHAN / 2004 MARTINS, José Clerton de Oliveira. Turismo, Cultura e identidade. - São Paulo: Roca, 1 Ed. 2003. PORTUGUEZ, Anderson Pereira. Turismo, memória e patrimônio cultural. São Paulo (SP): Roca, 2 Ed. 2004.