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Transcrição:

Controlo de matos e redução de combustíveis Prevençâo de Incêndios Florestais U N I Ã O E U R O P E I A Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural A Europa investe nas zonas rurais

Ficha técnica Título Controlo de matos e redução de combustíveis Prevenção de incêndios florestais Autores Colaboradores Fotos Edição Tiragem Impressão Depósito legal ISBN Zita Saraiva, António Borges Sandra Fernandes António Borges Arbórea - Associação Florestal da Terra Fria Transmontana, 2007. Sede: Edifício da Casa do Povo - largo do Toural 5320-311 Vinhais Portugal Tel. 273 770 070 Fax 273 770 070 E-mail: arborea@mail.telepac.pt Intervenção Territorial Integrada Douro Internacional eladi@drapn.min-agricultura.pt 1000 exemplares Casa de Trabalho Dr. Oliveira Salazar Bragança 274709/08 978-989-95666-2-0

Índice Introdução... 4 Medidas de Prevenção contra Incêndios Florestais... 5 Faixas de Gestão de Combustivel... 5 Depósitos de Madeira e Outros Produtos Inflamáveis... 8 Condicionamento de acesso, circulação e permanência... 8 Sinalização Zona Crítica... 11 Remoção de materiais queimados... 11 Infomações úteis... 13 Bibliografia... 16

Introdução Ao longo dos anos ouvimos falar de incêndios florestais, principalmente na época de Verão, quando são noticiados os grandes incêndios e vemos aquelas imagens aterradoras da floresta a arder. Mas só quando vimos os números de área ardida, perda de bens e vidas é que ficamos alarmados e sensibilizados. Contudo podem-se prevenir estes incêndios se todos colaborarmos durante todo o ano, através da silvicultura preventiva e vigilância. As causas dos incêndios florestais são das mais variadas, porém a sua grande maioria é de origem humana: queimadas, queima de lixo, lançamento de foguetes, cigarros mal apagados, linhas eléctricas, fogo posto. Tendo os proprietários, produtos florestais e agricultores um conhecimento profundo dos espaços florestais, são importantes agentes de prevenção e detecção de incêndios, cumprindo as normas de silvicultura preventiva, mantendo a descontinuidade ao nível da paisagem e actuando como vigilantes. Face a esta problemática, em 2004, foram criadas Comissões Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios (CMDF- CI), Decreto-lei n.º 14/2004 de 8 de Maio, que são centros de coordenação e acção local de âmbito municipal/ intermunicipal, a funcionar sob a coordenação do Presidente da Câmara Municipal, de ond4e também fazem parte, presidentes das Juntas de freguesia, organizações de produtores florestais (como a Arborea), um representante da autoridade do exército, da DGRF, do ICN nos municípios que integram áreas protegidas, dos bombeiros, GNR e PSP. Têm como função definir os planos de Defesa da Floresta Contra Incêndios que é de cumprimento obrigatório. Neste manual iremos abordar alguns aspectos que consideramos mais importantes da legislação (Decreto-lei n.º 124/2006 de 28 de Junho) e conselhos de prevenção e actuação perante os incêndios. A floresta é um bem de todos e não só dos seus proprietários. Todos podemos dar o nosso contributo. A leitura do manual não substitui a leitura da legislação em vigor.

Medidas de Prevenção contra Incêndios Florestais (baseado na legislação) Faixas de Gestão de Combustível Os proprietários, arrendatários usufrutuários ou entidades que, a qualquer título, que detenham terrenos confinantes a edificações, designadamente, habitações, estaleiros, armazéns, oficinas, fábricas ou outros equipamentos, são obrigados a proceder à gestão de combustível numa faixa de 50 m à volta daquelas edificações ou instalações medida a partir da alvenaria exterior da edificação. Nos aglomerados populacionais inseridos ou confinantes com espaços florestais e previamente definidos nos PMDFCI é obrigatória a gestão do combustível numa faixa exterior de protecção de largura mínima não inferior a 100m, podendo face ao risco de incêndios, outra amplitude ser definida no PMDFCI. Como gestão de combustível entende-se a aplicação de técnicas silvícolas de modificação de espécies, corte e remoção (desramas, limpezas dos povoamentos, etc.) de material vegetal de modo a que não haja uma continuidade entre vegetação e também com as árvores. Nas faixas de gestão de combustíveis envolventes as edificações, equipamentos e infra-estruturas devem ser cumpridos cumulativamente os seguintes critérios gerais. A distância entre as copas das árvores deve ser no mínimo de 4m e a desramação deve ser de 50 % da altura da árvore até que esta atinja os 8 m, altura a partir da qual a desramação deve alcançar no mínimo 4 m acima do solo. Na restante vegetação (exemplo: matos, arbustos, etc.) deve ser limpa para que, em caso se fogo, não haja continuidade, entre a infraestrutura (casa, armazém,

e o limite externo da faixa de gestão de combustíveis. A altura máxima da vegetação é a constante do quadro n.º1, variado em função da percentagem de cobertura do solo. Percentagem de coberto do solo Alt. Máxima da vegetação (cm) Inferior a 20 100 Entre 20 e 50 40 Superior a 50 20 Quadro nº1 Por exemplo: se no seu prédio tiver mais de 50% coberto por vegetação então essa vegetação não deve ter mais de 20 cm de altura. As árvores e a vegetação restante, têm de ser derramados para que em caso de fogo não haja continuidade de vegetação para a árvore. Consequências da existência da continuidade da vegetação Nas faixas de gestão da combustíveis envolventes as edificações (habitações, estaleiros, armazéns, oficinas, fabricas e outros equipamentos sociais e de serviços), para além do disposto devem ainda ser cumpridos, cumulativamente os seguintes critérios:

1.As copas das árvores e dos arbustos deverão estar distancia dos no mínimo 5 m da edificação e nunca se poderão projectar sobre o seu telhado. 2. Sempre que possível, deverá ser criada uma faixa pavimenta da de 1 m a 2 m de largura, circundando todo o edifício. 3. Não poderão ocorrer quaisquer acumulações de substâncias combustíveis, como lenha, madeira ou sobrantes de exploração florestal ou agrícola, bem como de outras substâncias altamente inflamáveis. O seguinte esquema mostra como se tem de fazer para cumprir a lei e defender a nossa casa ou armazém contra os incêndios florestais.

Depósitos de madeira e de outros inflamáveis É proibido o depósito de madeiras e outros produtos resultantes de exploração florestal ou agrícola de outros materiais de origem vegetal e de produtos altamente inflamáveis nas redes de faixas e nos mosaicos de parcelas de gestão de combustível, com excepção dos aprovados pela CMDFI. Durante os meses de Julho, Agosto e Setembro, só é permitido o empilhamento em carregadouro de produtos resultantes do corte ou extracção (estilha, rolaria, madeira, cortiça e resina) desde que seja salvaguarda uma área sem vegetação com 10 m em redor e garantindo que os restantes 40 m a carga de combustível é inferior ao estipulado nos critérios nas faixas de gestão de combustíveis Condicionamento de acesso, de circulação e de permanência Durante o período crítico, definido, por portaria, fica condicionado o acesso a circulação e permanência de pessoas e bens no interior das seguintes zonas: -Zonas críticas que são definidas por portaria. -Áreas submetidas a regime florestal e nas áreas sob gestão do estado, -Áreas onde exista sinalização correspondente a limitação de actividades. A sinalização destas zonas é da responsabilidade dos organismos gestores dos terrenos, dos proprietários e outros produtores e da câmara municipal. Para saber qual o período crítico e o risco de incêndios consultar a DGRF, Câmara Municipal, e a Arborea.

Durante o período crítico É PROIBIDO:. Fumar ou fazer lume de qualquer tipo na floresta ou nas vias que a delimita ou a atravessa. Durante o período critico e sempre que o índice de risco temporal de incêndios seja de níveis muito elevado e máximo, Não é permitido:. Lançamento de balões com mecha aceso e de quaisquer tipos de foguetes;. Utilização de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos (está sujeita a autorização da respectiva câmara municipal, que deve ser solicitado com pelo menos 15 dias de antecedência).. Realizar queimadas (para renovação de pastagens e eliminação de restolho) A sua realização só é permitida, após licenciamento da Câmara Municipal ou Junta de Freguesia e na presença de um técnico credenciado em fogo controlado ou equipa de sapadores ou bombeiro. A sua realização só é permitido fora do período crítico e desde que o índice de risco temporal de incêndios seja inferior ao nível elevado.. Realizar fogueiras para recreio ou lazer e para confecção de alimentos (excepto em parques de lazer e recreio quando devidamente infra-estruturados e identificados como tal) bem como utilizar equipamentos de queima e de combustão destinados à iluminação ou à confecção de alimentos. Queimar matos cortados e amontoados e qualquer tipo de sobrantes de exploração (ramos, etc.) (excepto quando a queima de sobrantes decorre de exigências fitossanitárias de cumprimento obrigatório, a qual deve ser realizada nas presença de uma unidade do corpo de bombeiros ou uma equipa de sapadores florestais).. Aceder circular e permanecer no interior das referidas áreas bem como nos caminhos florestais, rurais e outras vias que as atravessam. (excepto residentes, proprietários, produtos florestais e pessoas que exerçam aí a sua actividade profissional ou no caso da circulação a pessoa sem outra alternativa de acesso ás suas residências ou local de trabalho ou no caso de utilização de parques de lazer e recreio quando devidamente infra-estruturados e equipa para o efeito nos termos nos da legislação aplicável)

Sempre que o índice de risco temporal de incêndio de nível elevado, não é permitido: No interior das áreas referidas proceder á execução de trabalho que envolvam a utilização de maquinaria sem os dispositivos previstos: As máquinas de combustão interna a utilizar, onde se incluem todo o tipo de tractores, maquinas e veículos de transporte pesado têm de ser dotadas de dispositivos de retenção de faíscas ou faúlhas e de dispositivos tapachamas nos tubos de escape ou chaminés. Os tractores, máquinas e veículos de transporte pesado a utilizar têm de estar equipados com um ou dois extintores de 6 kg de acordo com a sua massa máxima, consoante seja inferior ou superior a 10 000 kg. Circular com veículos motorizados nos caminhos flores tais, rurais e outras vias que os atravessam. (excepto residentes, proprietários, produtos florestais e pessoas que exerçam aí a sua actividade profissional ou no caso da circulação a pessoas sem outra alternativa de acesso às suas residências ou local de trabalho ou no caso de utilização de parques de lazer e recreio quando devida mente infra-estruturados e equipados para o efeito nos termos de legislação aplicável) Todas as pessoas que circulem no interior destas áreas, durante estes períodos, e nos caminhos florestais. rurais e outras vias que os atravessam ou delimitam são obrigadas identificar-se perante as autoridades competentes (Guarda Nacional Republicana (GNR), Polícia de Segurança Pública (PSP), DGRF, Autoridade da Protecção Civil, Câmaras Municipais e vigilantes da natureza). 10

Sinalização Zona Crítica Remoção de materiais queimados Em áreas atingidas por incêndios florestais, e de forma a criar condições de circulação rodoviária em segurança, os proprietários devem remover os materiais queimados nos incêndios e numa faixa mínima de 25 m para cada lado das faixas de circulação rodoviária. 11

Período Critico Fora do Período Crítico Necessita licença? Queimadas Não Permitido Permitido Sim, tirar na Câmara Municipal Queima de sobrantes e realização de fogueiras Não Permitido Permitido, quando índice de risco de incêndio de níveis elevado ou inferior Não Lançamento de balões com mecha acesa e de quaisquer tipo de foguetes Não Permitido Permitido, quando índice de risco de incêndio de níveis elevado ou inferior Não Fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos Fumar ou fazer lume de qualquer tipo Permitido (com Autorizão) Permitido, quando índice de risco de incêndio de níveis elevado ou inferior Sim, tirar na Câmara Municipal com 15 días de antecedência Não Permitido Permitido Não Quadro resumo Queimada 12

Informações Úteis Se mora a uma área florestal: Cumpra as normas de gestão de combustíveis já referidas; Guarde em local seguro e isolado, afastadas da habitação, a lenha, o gasóleo e outros produtos inflamáveis; Afaste da madeira, papel, roupa ou outros materiais combustíveis, as velas e candeeiros a petróleo ou a gás. Mantenha as botijas de gás de reserva, mesmo as vazias, longe da habitação; Mantenha os sobrantes da exploração agrícola ou florestal (estrumeiras, mato para a cama dos animais) afastados pelo menos 50 metros da habitação; Mantenha uma faixa de 10 metros limpa de mato de cada lado do caminhos de acesso á sua habitação. Conserve uma faixa pavimentada em redor da habitação (2 metros); Separe as culturas com barreiras corta-fogo (por exemplo: caminhos); Mantenha o jardim a cobertura e as goteiras da habitação completamente limpas de carumas, folhas ou ramos, pois estes elementos podem originar focos de incêndio; Pode as árvores deixando os ramos a 3m da chaminé; não deixe os resíduos à volta da casa, Cubra a sua chaminé perfeitamente com uma rede de retenção de faúlhas (rede de aço de malha fina); Proteja as zonas mais vulneráveis e os taludes com materiais resistentes ao fogo. Numa deixe as crianças sozinhas em casa e fechadas à chave; Certifique-se que a sua casa está perfeitamente visível para uma fácil identificação em caso de emergência Certifique-se que a sua casa está localizada perto de uma bocade-incêndio, ou que possui poços ou reservas de água de pelo menos 5000 litros para usar em caso de emergência. Tenha sempre à mão: Algo com que possa extinguir um foco de incêndios (extintor, mangueira, enxadas, pás) Rádio e lanterna a pilham, pilhas de reserva, material de primeiros socorros e sapatos fortes e isolantes de calor. Prepare e treine com a sua família um plano de evacuação de sua casa; combine um ponto de encontro, ou modo de contacto, para evitar ficarem separados durante um incêndio. 13

Caso o incêndio estiver perto da sua casa: Corte o gás e electricidade; Avise os vizinhos; Solte os animais, eles tratam de si próprios; Molhe abundantemente as paredes e os arbustos que rodeiam a casa; Em caso de evacuação ajude a sair as crianças, idosos e deficientes; Não perca tempo a recolher objecto pessoais desnecessários, Não volte a trás por motivo algum; As autoridades só aconselham a evacuação se existir risco de vida. Em caso de incêndio como agir Ligue de imediato para o 112 ou 117, ou Bombeiros da área; Se vir que não corre perigo, tente apagar o incêndio utilizando ramos, pás, abafadores ou enxadas; Repare na presença de pessoas e viaturas com comportamentos estranhos na zona, anote as marcas, cores e matrículas dos veículos. Relate tudo o que achar suspeito ás autoridades competentes; Siga as instruções dos Bombeiros ; Retire a sua viatura dos caminhos de acesso ao incêndio. Se ficar cercado por um incêndio: Saia na direcção contrária à do vento; Refugie-se numa zona com água ou com pouca vegetação; Cubra a cabeça e o resto do corpo com roupas molhadas; Respire junto ao chão, através de roupa molhada, para evitar inalar o fumo; Aguarde a chegada dos Bombeiros se não conseguir sair sozinho. Depois do incêndio: Colabore nas operações e na sua vigilância sempre que solicitado pelas autoridades competentes, a fim de evitar reacendimentos; Caso tenha havido evacuação só regresse a casa quando os bombeiros lhe disserem; Assegure-se de que a sua casa não está em risco de ruir. Tenha cuidado com os fios eléctricos expostos e outros perigos; Em caso de queimadura passe-a por água fria. Nunca use gorduras. 14

Os Incêndios Floresteis previnem-se todo o ano, com aplicação de medidas silvícolas (limpezas,desrramas,etc. ) e de vigilância. Cumpra a Lei e colabore na Prevenção. Visite a ARBOREA para esclarecimentos adicionais 15

Bibliografia Direcção Geral das Florestas (2002). Manual de Silvicultura para a Prevenção de Incêndios. DGF. Lisboa. InforFamily. Segurança de Pessoas a Bens. Acedido em 23 de No vembro de 2007 em: http://inseguranca.no.sapo.pt/bombeiros2.html Ministério da Educação, Direcção Geral de Inovação e de Desen volvimento Curricular (2006). Educação para a Cidadania, Guião de Educação Ambiental: conhecer a preservar as florestas. (Versão electrónica). Acedido em 17 de Dezembro em: http://www.dgidc.min-edu.pt/cidadania/ficheiros/floresta.pdf Legislação consultada Portaria n.º 1169/2006 de 2 de Novembro. Diário da República n.º 211 I.ª Série. Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas. Lisboa. Decreto- Lei n.º 124/2006 de 28 de Junho. Diário da República n.º 123 Iª Série-A. Ministério da Agricultura, de Desenvolvimento Rural e das Pescas. Lisboa. 16

Controlo de matos e redução de combustíveis Zita Saraiva António Borges

U N I Ã O E U R O P E I A Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural A Europa investe nas zonas rurais