Introdução. Fundamentação

Documentos relacionados
POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO, E DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO, S.A. Introdução

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO, E DOS TITULARES. Introdução

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE

Política de Remuneração aplicada aos Colaboradores com Funções Chave

Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização. Eurovida Companhia de Seguros de Vida, S.A.

MONTEPIO GESTÃO DE ACTIVOS SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO, S.A. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO

A MBF é uma instituição de crédito e, como tal, compete-lhe definir uma política de remuneração para os colaboradores em questão.

DA AEGON SANTANDER PORTUGAL VIDA - COMPANHIA DE SEGUROS DE VIDA, SA.

AVISO n.º [ ] /2017 Política de Remuneração das Instituições Financeiras

Atrium Investimentos SFC, S.A. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO E DE CERTOS COLABORADORES RELEVANTES

Comissão de Remunerações da INAPA - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.

MONTEPIO GESTÃO DE ACTIVOS SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO, S.A. PROPOSTA DE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO

ASSEMBLEIA GERAL ANUAL DO BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS, S.A. (22/05/2019) PROPOSTA RELATIVA AO PONTO 4 DA ORDEM DE TRABALHOS

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO

PATRIS Sociedade Corretora, S.A. Sede: Rua Duque de Palmela, n.º 37, 3º piso, Lisboa Tel: Fax: Capital Social:

A presente política de remuneração aplica-se a todos os membros dos órgãos de administração e de fiscalização da Real Vida Pensões (RVP).

DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO RELATIVA À POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS EMPRESAS DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS E SOCIEDADES GESTORAS DE FUNDOS DE PENSÕES

Política de Remuneração dos Colaboradores da Real Vida Pensões, S.A.

POLÍTICA DE REMUNERAÇÕES CAIXA BANCO DE INVESTIMENTO, S.A.

Comissão de Remunerações da INAPA - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.

REGULAMENTO DA COMISSÃO DE REMUNERAÇÕES, NOMEAÇÕES E AVALIAÇÕES

REGULAMENTO COMISSÃO DE AUDITORIA CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL, CAIXA ECONÓMICA BANCÁRIA, S.A.

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO E DO REVISOR OFICIAL DE CONTAS

REGULAMENTO INTERNO COMISSÃO DE GOVERNO SOCIETÁRIO, AVALIAÇÃO E NOMEAÇÕES CTT Correios de Portugal, S.A.

Declaração sobre a política de remuneração dos membros dos órgãos de. administração e fiscalização

Declaração da Comissão de Vencimentos sobre a Política de Remuneração dos membros dos

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE ANADIA, CRL

Declaração da Comissão de Vencimentos sobre a Política de Remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização da PHAROL, SGPS, S.A.

Comissão de Remunerações da INAPA - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.

Comissão de Remunerações da INAPA - Investimentos, Participações e Gestão, S.A. PONTO 6

REGULAMENTO INTERNO COMISSÃO DE GOVERNO SOCIETÁRIO, AVALIAÇÃO E NOMEAÇÕES CTT CORREIOS DE PORTUGAL, S.A.

Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização e dos Colaboradores Relevantes. 21 de Março de 2018 Versão 4.

CONSELHO FISCAL DO BANCO POPULAR PORTUGAL, S.A. REGULAMENTO. (Aprovado na reunião do Conselho Fiscal de 17 de outubro de 2016)

Política de Remuneração dos Colaboradores da Banif Pensões, S.A.

Politica de Remunerações

Conselho Geral e de Supervisão REGULAMENTO INTERNO COMISSÃO DE VENCIMENTOS

Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos Sociais e dos Titulares de Funções Relevantes do Caixa Banco de Investimento S.A.

PROPOSTA. AG Caixa Económica Montepio Geral. O.T. ponto n.º 5. Considerando as seguintes fontes normativas:

Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização e do ROC

Declaração da Comissão de Vencimentos sobre a Política de Remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização da PHAROL, SGPS, S.A.

PROJECTO DE AVISO SOBRE DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO RELATIVA À POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO

Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização e Política de Remuneração dos Colaboradores

POLÍTICA DE REMUNERAÇÕES CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

Número: Versão: Data de Emissão: Entrada em vigor:

POLÍTICA DE REMUNERAÇÕES DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO DA SANTANDER TOTTA SEGUROS, COMPANHIA DE SEGUROS DE VIDA, S.A.

Anexo Declaração de Cumprimento (nº. 1 do Artigo 4º da Norma nº 5/2010-R, de 1 de Abril, do Instituto de Seguros de Portugal)

Banif Pensões Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.

REGULAMENTO DA COMISSÃO DE VENCIMENTOS

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO OLIVEIRA DO BAIRRO POLÍTICA DE REMUNERAÇÕES PARA 2016

Relatório e Contas 2014

GALP ENERGIA, SGPS, S.A. Assembleia Geral Anual 16 de abril de 2015 PROPOSTA RELATIVA AO PONTO 13

COMISSÃO DE VENCIMENTOS DA SONAE, SGPS, SA

I. APROVAÇÃO DA POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO

POLÍTICA DE REMUNERAÇÕES BANCO INTERATLÂNTICO, S.A.

Regulamento da CMVM n.º 10/2005 (Altera os Regulamentos da CMVM no 7/2001 e n.º 4/2004 relativos ao Governo das Sociedades e a Deveres de Informação)

Declaração da Comissão de Remunerações relativa à política de remuneração dos membros dos órgãos sociais da Sociedade para 2018

Regras de Identificação e de Atribuição de Remuneração Variável aos Titulares de Funções Relevantes do BCG-Brasil

POLÍTICA DE REMUNERAÇÕES

Correspondências entre os n.ºs do Anexo I do Regulamento da CMVM n.º 4/2013 e as Recomendações do Código de Governo das Sociedades do IPCG de 2018

Política de Remunerações dos membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização do Banco BPI

CIMPOR Cimentos de Portugal, SGPS, S.A. Regulamento da Comissão de Auditoria

GALP ENERGIA, SGPS, S.A. Assembleia Geral Anual 28 de abril de 2014 PROPOSTA RELATIVA AO PONTO 4

Ponto 4 da Ordem de Trabalhos da Assembleia Geral de Accionistas do Banco BPI, S.A. de 22 de Abril de 2010

Relatório anual sobre a estrutura e práticas do governo societário do. Banco BAI Europa, SA. Estrutura do governo societário

CÓDIGO DE GOVERNO DAS SOCIEDADES DA CMVM 2013 (RECOMENDAÇÕES)

ASSEMBLEIA GERAL DE 25 DE MAIO DE 2013 PROPOSTA NO ÂMBITO DO PONTO QUARTO DA ORDEM DE TRABALHOS

2.2. REMUNERAÇÃO VARIÁVEL MOMENTO PARA A SUA DETERMINAÇÃO E CRITÉRIOS

REGULAMENTO INTERNO COMISSÃO DE AUDITORIA CTT CORREIOS DE PORTUGAL, S.A.

Regulamento da Comissão de Remunerações e Avaliação

Fundamento da não adopção. Recomendação Adoptada Total / Parcial Não adoptada. 1. Princípios Gerais

ASSEMBLEIA GERAL DE 27 DE MAIO DE 2019 PROPOSTA NO ÂMBITO DO PONTO QUARTO DA ORDEM DE TRABALHOS

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO

POLÍTICA DE REMUNERAÇÕES

ASSEMBLEIA GERAL ANUAL JERÓNIMO MARTINS, SGPS, S.A. 12 de Abril de 2018

REGULAMENTO SOBRE RELATÓRIO ANUAL DE GOVERNO DOS EMITENTES DE VALORES MOBILIÁRIOS ADMITIDOS À NEGOCIAÇÃO EM MERCADO

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO. GNB Gestão de Ativos, SGPS, S.A.

COMISSÃO DE VENCIMENTOS DA SONAE INDÚSTRIA, SGPS, SA

Declaração da Comissão de Vencimentos sobre a Política de Remuneração dos membros dos

DECISÃO (UE) 2017/935 DO BANCO CENTRAL EUROPEU

COMISSÃO DE VENCIMENTOS DA SONAE INDÚSTRIA, SGPS, SA

Regulamento Interno do Conselho Geral e de Supervisão e da Comissão para as Matérias Financeiras

38e4d40c1fcc4a63bbf88e543ae15034

REGULAMENTO INTERNO COMISSÃO PARA AS MATÉRIAS FINANCEIRAS

REGULAMENTO DA COMISSÃO DE AUDITORIA DA PARPÚBLICA, PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS, SGPS, SA REGULAMENTO

PROPOSTA. relativa ao Ponto Um da Ordem do Dia da reunião da Assembleia Geral de Acionistas da Luz Saúde, S.A. Sociedade aberta (a Sociedade )

EDIA Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, S.A.

Relatório Governo Societário 2018

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS COLABORADORES RELEVANTES

Parte 2. Avaliação do Governo Societário

EFANOR INVESTIMENTOS, SGPS, SA

PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO PONTO 6 DA ORDEM DO DIA DA ASSEMBLEIA GERAL ANUAL DE 3 DE MAIO DE 2018

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS EMPRESAS DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS E SOCIEDADES GESTORAS DE FUNDOS DE PENSÕES

PROPOSTA. 1. Princípios da Política de Remuneração e Compensação dos Órgãos Sociais

f164db183a6a483c8e91371e2e57edd7

REGULAMENTO DO CONSELHO FISCAL DA NOVABASE, SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.

REGULAMENTO DO COMITÉ DE RISCOS CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL, CAIXA ECONÓMICA BANCÁRIA, S.A.

Política de Seleção e Avaliação da Adequação dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização e dos Titulares de Cargos com Funções

ASSEMBLEIA GERAL ANUAL DA VAA VISTA ALEGRE ATLANTIS, SGPS, S.A. 24 DE MARÇO DE 2017

Transcrição:

Política de Remuneração dos membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização, e dos Responsáveis por Funções-chave da Popular Seguros Companhia de Seguros, S.A. Introdução A presente Política de Remuneração dos membros do órgão de administração e fiscalização e dos titulares de funções-chave (abreviadamente referida como Política de Remuneração ou Política ) da Popular Seguros Companhia de Seguros, S.A. (doravante designada por Popular Seguros ou Companhia ) destina-se a dar cumprimento ao disposto no artigo 275º do Regulamento Delegado (UE) 2015/35 da Comissão, de 10 de outubro de 2014, que completa a Diretiva 2009/138/CE do Parlamento Europeu e do Conselho relativa ao acesso à atividade de seguros e resseguros e ao seu exercício (Solvência II), e a assegurar que a Popular Seguros adota os mais elevados padrões nacionais e internacionais de governo societário. Fundamentação Com a entrada em vigor da Lei n.º 28/2009, de 19 de junho - Lei das Remunerações -, foi estabelecido o dever de apreciação de uma declaração sobre a Política de Remuneração pela Assembleia Geral, pelo Órgão de Administração ou pela Comissão de Remunerações, caso exista, das entidades de interesse público, onde se enquadra a Popular Seguros, com o propósito de reforçar a transparência relativa à fixação de remunerações. Desta forma, deve ser submetida, anualmente a aprovação da Assembleia Geral, uma declaração referente à Política de Remuneração dos membros dos órgãos de administração e Fiscalização. O relevo central da política de remuneração pressupõe, por seu turno, um sistema de governo que assegure o efetivo acolhimento das melhores práticas nesta matéria. Neste contexto, a Assembleia Geral tem a competência para a fixação das remunerações dos membros dos órgãos sociais (artigo 399.º CSC), ao passo que ao Conselho de Administração compete estabelecer as remunerações dos colaboradores da sociedade. Soma-se que é aos órgãos de administração e de fiscalização das sociedades financeiras que cabe em primeira linha definir e fiscalizar a aplicação dos sistemas de governo que garantam uma gestão efetiva e prudente. Além disso, cabe ao conselho fiscal acompanhar o processo de preparação, de fixação e de divulgação de remunerações. A acrescer aos órgãos sociais referidos, a gestão sã e prudente das empresas de seguros assenta igualmente no desempenho de algumas funções-chave, ou essenciais, com especial relevância, como a de verificação de cumprimento (compliance), a auditoria interna, atuarial e gestão de risco. A essencialidade destas funções justifica que o estatuto remuneratório dos respetivos responsáveis seja objeto de tratamento separado, de modo nomeadamente a acautelar em termos adequados a sua independência. Assim sendo, a presente Política abrange também os titulares de tais funções e, bem assim, os colaboradores com um estatuto remuneratório equivalente aos de qualquer função cuja remuneração seja objeto da presente Política, desde que as respetivas atividades profissionais tenham um impacto material no perfil de risco da Popular Seguros.

Indíce 1. Objetivos 2. Âmbito e competência para aplicação 3. Política de remunerações dos membros do Conselho de Administração 4. Política de remunerações dos membros do Conselho Fiscal 5. Política de remunerações dos Responsáveis por funções - chave 6. Política de remunerações de outros Colaboradores com impacto no perfil de risco da Companhia 7. Remuneração do Revisor Oficial de Contas 8. Revisão da Política de remuneração 9. Aprovação, entrada em vigor e alterações 10. Interpretação 11. Publicação 2/10

1. Objetivos A presente Política de Remuneração tem os seguintes objetivos: a) Fixação clara e equilibrada das estruturas remuneratórias e seu alinhamento com o interesse de longo prazo da Popular Seguros; b) Sujeição das estruturas remuneratórias a uma gestão prudente do risco; c) Prevenção de conflito de interesses e promoção de processos decisórios robustos no plano do governo societário; d) Estabelecimento de regras de prestação de informação em conformidade com os requisitos aplicáveis. 2. Âmbito e competência para aplicação 2.1 A presente Política aplica-se aos seguintes dirigentes da Popular Seguros: 2.1.1 Membros do Conselho de Administração; 2.1.2 Membros do Conselho Fiscal; 2.1.3 Responsáveis por funções- chave de Compliance, Gestão de Riscos, Controlo Interno e Atuarial; 2.1.4 Outros Colaboradores, que venham a ser identificados como tal pela Companhia, cuja remuneração total os coloque no mesmo escalão de remuneração que o previsto para as categorias referidas nas alíneas antecedentes, desde que as respetivas atividades profissionais tenham um impacto material no perfil de risco da Popular Seguros. 2.2 Para efeitos da presente Política, por dirigentes entende-se todas as pessoas referidas nos números anteriores. 2.3 As prescrições previstas na presente Política devem ser aplicadas, ainda que parte ou a totalidade da remuneração dos dirigentes seja paga por outra entidade do grupo do Banco Popular no qual a Companhia se insere. 2.4 O Conselho de Administração da Popular Seguros (através dos seus membros não executivos) acompanha a aplicação da presente Política e assegura a sua plena eficácia no tocante à preparação, fixação e divulgação de remunerações. 3/10

3. Política de remunerações dos membros do Conselho de Administração a) Estrutura da remuneração 3.1. A remuneração do Presidente do Conselho de Administração comporta, apenas, uma parte fixa paga em numerário em catorze vezes ao ano. 3.2. A remuneração dos membros executivos do Conselho de Administração comporta uma parte fixa (com uma parte fixa ordinária e outra como complemento por desempenho individual) que será paga em numerário e uma parte variável. O montante a atribuir, em cada ano, no âmbito da componente variável não pode exceder o montante devido pela componente fixa no mesmo período. 3.3. A remuneração dos membros não executivos do Conselho de Administração compreende apenas uma componente fixa. b) Componente fixa da remuneração 3. 4. A componente fixa da remuneração é definida de acordo com o desempenho individual e, também, tem em consideração, a nível comparativo, as remunerações pagas por empresas semelhantes, em dimensão, que operem em Portugal, no sector segurador. Componente variável da remuneração 3.5. A atribuição de remuneração variável depende do cumprimento dos principais objetivos fixados, em cada ano, para a Popular Seguros e segundo os critérios recomendados pelo Grupo no qual se insere. 3.6. Os indicadores de desempenho têm em consideração: a) O desempenho dos dirigentes, em termos de critérios de natureza financeira e não financeira; b) O desempenho dos pelouros ou das áreas por estes acompanhados; c) Os resultados globais da Popular Seguros e do grupo em que se insere. 3.7. A remuneração variável será paga do seguinte modo: a) 50% é pago em numerário; 4/10

b) 50% é pago em instrumentos financeiros elegíveis de acordo com a legislação em vigor. 3.8. A remuneração variável é parcialmente diferida, sendo 50% paga no ano de atribuição e 50% paga em três prestações iguais condicionais anuais sucessivas. 3.9. Os instrumentos financeiros atribuídos ao abrigo da alínea b) do número 3.7 são intransmissíveis durante um período de três anos contados desde a data da sua atribuição. 3.10. As prestações diferidas referidas no número 3.8 apenas podem ser pagas se for confirmada pela Assembleia Geral a sua sustentabilidade à luz da situação financeira da Popular Seguros na data do pagamento e a sua adequação ao desempenho da Companhia, da área ou pelouro acompanhado e do dirigente em questão. 3.11. As prestações referidas no número anterior 3.8 condicionais, na medida em que só são pagas se a sua atribuição for sustentável à luz da situação financeira da Companhia e podem ser objeto de redução ou reversão, se o dirigente: a) Participou ou foi responsável por uma atuação que resultou em perdas significativas para a Popular Seguros; b) Participou ou foi responsável por falsificação da informação financeira da Popular Seguros ou pela adoção de outro comportamento ilícito que tenha resultado na manipulação ou adulteração dos critérios de desempenho; c) Deixar de cumprir critérios de adequação e idoneidade. 3.12. A componente variável da remuneração não pode exceder o valor da componente fixa da remuneração para cada dirigente, salvo se a Assembleia Geral o autorizar através de deliberação adotada por maioria qualificada de dois terços dos votos expressos. 3.13. A componente variável da remuneração não pode limitar a capacidade da Popular Seguros para reforçar a sua base de fundos próprios. Assim, a aferição do desempenho utilizada para calcular a componente variável da remuneração inclui ajustamentos considerando os vários tipos de riscos, atuais e futuros, bem como o custo dos fundos próprios e da liquidez necessários à Companhia. 3.14. Não pode ser concedida remuneração variável garantida ou independente dos resultados do dirigente ou da Companhia. 5/10

Compensações a pagar por destituição sem justa causa de administradores 3.15. Não estão previstos quaisquer acordos que determinem valores a pagar aos membros do Conselho de Administração em caso de destituição sem justa causa, além do previsto na lei geral. Planos de pensões 3.16. Não são assegurados quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, complementos ou indemnizações. 4. Política de remunerações dos membros do Conselho Fiscal Estrutura da remuneração A remuneração dos membros do Conselho Fiscal a ser determinada pela Assembleia Geral, tendo em conta as práticas e condições remuneratórias normais para serviços similares, compreende apenas uma componente mensal fixa, paga em numerário, em doze parcelas, e não integra qualquer componente variável. 5. Política de remunerações dos Responsáveis por funções - chave Estrutura da remuneração 5.1. A remuneração pode ser composta por uma parte fixa e uma parte variável. 5.2. Na sequência da revisão e aprovação anual da política de remuneração, a remuneração fixa é revista e aprovada pelo Conselho de Administração, de acordo com os resultados da Companhia, indicadores como a taxa de inflação, a taxa de aumento da Contratação Coletiva para a atividade seguradora ou outros indicadores de mercado. 5.3. Do mesmo modo, a atribuição de remuneração variável é revista e aprovada pelo Conselho de Administração e terá como principais referências a avaliação do desempenho, independentemente do desempenho das áreas de atividade sob o seu controlo. 6/10

Limites e equilíbrio na remuneração 5.4. A parte fixa terá os limites que forem fixados pelo Conselho de Administração e representará, no mínimo, uma média na Companhia de aproximadamente 80% da Remuneração Total Anual. A parte fixa é composta pelo ordenado base e por outras prestações regulares e periódicas, atribuíveis a todos os colaboradores da Companhia, formando o ordenado efetivo mensal. 5.5. Remuneração Total Anual para a totalidade dos colaboradores da Companhia, sendo que o valor máximo individualmente considerado não deverá exceder 35% do valor total da remuneração anual. Tal situação adequa-se às recomendações e às melhores práticas que favorecem uma percentagem elevada da componente remuneratória fixa em relação à componente variável da remuneração. 5.6. A componente variável da remuneração não pode limitar a capacidade da Popular Seguros para reforçar a sua base de fundos próprios. Assim, a aferição do desempenho utilizada para calcular a componente variável da remuneração deve prever ajustamentos considerando os vários tipos de riscos, atuais e futuros, bem como o custo dos fundos próprios e da liquidez necessários à Companhia. Critérios de definição da componente variável e momento do seu pagamento 5.7. Em caso de atribuição, o montante da remuneração variável anual (RVA) terá os limites definidos pelo Conselho de Administração. A RVA refere-se ao desempenho de curto prazo, oscilando o seu valor exato, em cada ano, em função do grau de cumprimento dos principais objetivos anuais corporativos e individuais (quantitativos e qualitativos), tendo como referência o modelo de Avaliação de Desempenho do Grupo Banco Popular. A avaliação dos Colaboradores abrangidos pela presente Política de Remuneração tem como referência principal as variáveis a seguir enunciadas, analisadas à luz do exercício das suas funções: Visão estratégica; Planeamento, organização e controlo; 7/10

Orientação para os resultados com uma gestão cuidada do risco; Capacidade de análise e decisão; Espírito de equipa. Tendo presente as caraterísticas inerentes à estrutura de remuneração em vigor, os valores máximos considerados e os níveis de tolerância ao risco definidos, não foi considerado necessário procederem ao diferimento de uma parte da RVA. Assim, caso venha a ser atribuída, a RVA será paga de uma só vez, na sequência da sua aprovação, no período imediatamente a seguir á data de referência dos resultados. A RVA pode ser objeto de redução ou reversão, se o dirigente: a) Participou ou foi responsável por uma atuação que resultou em perdas significativas para a Popular Seguros; b) Participou ou foi responsável por falsificação da informação financeira da Popular Seguros ou pela adoção de outro comportamento ilícito que tenha resultado na manipulação ou adulteração dos critérios de desempenho; c) Deixar de cumprir critérios de adequação e idoneidade. Outros benefícios 5.8. Para além da remuneração fixa e variável descritas na presente política de remuneração, os Responsáveis funções-chave auferem ainda dos seguintes benefícios, conforme definido em CCT para o sector dos seguros ou em normativo próprio da Companhia para a generalidade dos colaboradores: Seguros de Vida e Saúde; Desconto no prémio dos seguros de que sejam tomadores; Planos individuais de reforma, em caso de reforma por velhice ou por invalidez. 8/10

6. Política de remunerações de outros Colaboradores com impacto no perfil de risco da Companhia A remuneração de outros Colaboradores com impacto material no perfil de risco da Companhia rege-se, com as devidas adaptações, pelo regime previsto no ponto 5. 7. Remuneração do Revisor Oficial de Contas A remuneração atribuída ao Revisor Oficial de Contas consiste nos honorários negociados anualmente e cujo orçamento é aprovado pelo Conselho de Administração. 8. Revisão da Política de remuneração 8.1. O Conselho de Administração procede com periodicidade anual à revisão da presente Política de Remuneração. 8.2. A revisão deve em particular cuidar de examinar se a Política de Remuneração opera como pretendido e se se encontra alinhada com os mais recentes desenvolvimentos regulatórios. 8.3. Na preparação da revisão, o Conselho de Administração acompanha a aplicação da presente Política e assegura a sua plena eficácia e pode solicitar o apoio de consultores externos. 8.4. O Conselho de Administração deve submeter à Assembleia Geral da Companhia, para aprovação final, com periodicidade anual, quaisquer recomendações fundamentadas para o aperfeiçoamento da presente Política de Remuneração. 9. Aprovação, entrada em vigor e alterações 9.1. A presente Política foi aprovada pela Assembleia Geral, no tocante aos membros dos órgãos sociais, entrando em vigor a partir de 30 de março de 2017, podendo ser alterada por deliberação deste órgão. 9.2. A política de remuneração dos responsáveis por função-chave e outros colaboradores com impacto material no perfil de risco da Companhia, foi aprovada pelo Conselho de Administração, entrando em vigor a partir de 30 de março de 2017, podendo ser alterada por deliberação deste órgão. 9/10

10. Interpretação Qualquer referência a uma disposição legal, a uma orientação ou a qualquer outro texto recomendatório ou de natureza análoga deve ser interpretada como uma referência a essa disposição, orientação ou texto de natureza análoga segundo a redação que estiver em vigor na data da respetiva avaliação, assim como às demais normas ou recomendações que venham entretanto a substitui-las, alterá-las ou complementá-las. 11. Publicação A presente Política é publicada no site da Popular Seguros. 10/10