Estudo sobre os Ingressados na Universidade de Évora Ano lectivo 2005/2006

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Transcrição:

Cadernos PRAI Nº 4 Estudo sobre os Ingressados na Universidade de Évora Ano lectivo 2005/2006 Carlos Vieira Mónica Morais de Brito Universidade de Évora Janeiro de 2006

ÍNDICE INTRODUÇÃO 2 I OBJECTIVOS E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 4 II O PANORAMA UNIVERSITÁRIO PORTUGUÊS 7 1 O ENSINO SUPERIOR PÚBLICO 7 2 O ENSINO SUPERIOR PÚBLICO UNIVERSITÁRIO 12 III ANÁLISE DIACRÓNICA DA RELAÇÃO ENTRE A OFERTA E A PROCURA DE VAGAS NA UNIVERSIDADE DE ÉVORA 1996-2005 21 IV PERFIL DOS INGRESSADOS NA UNIVERSIDADE DE ÉVORA NO ANO LECTIVO 2005/2006 30 1 CARACTERIZAÇÃO DOS ESTUDANTES 30 2 CARACTERIZAÇÃO DO AGREGADO FAMILIAR 41 3 DESEMPENHO ACADÉMICO DOS INGRESSADOS 43 4 ESCOLHAS, MOTIVOS, PROJECTOS, EXPECTATIVAS 48 A A CANDIDATURA AO ENSINO SUPERIOR 48 B A ESCOLHA DA UNIVERSIDADE 49 C A ESCOLHA DO CURSO 53 D A HIPÓTESE DE TRANSFERÊNCIA OU MUDANÇA DE CURSO 54 E EXPECTATIVAS EM RELAÇÃO À UNIVERSIDADE 59 CONCLUSÃO 60 ANEXO QUESTIONÁRIO DO INQUÉRITO AOS INGRESSADOS 62 [1]

INTRODUÇÃO As diversas instituições do sistema de ensino superior português procuram um equilíbrio concorrencial que lhes assegure o sucesso ou pelo menos a sobrevivência a médio e longo prazo. Num processo faseado, despoletado em 2001 por um súbito e pronunciado desequilíbrio entre a oferta e a procura que alarmou uma academia até então indiferente a essa questão, as instituições têm procurado ajustar a sua oferta ao número e às preferências dos candidatos, revelando simultaneamente alguma sensibilidade face às exigências do mercado de trabalho. Após algumas décadas em que o boom de oferta e de procura não punha em causa a ligação muitas vezes desconexa entre as instituições de ensino superior, os candidatos e o mercado de trabalho, a escassez da procura, induzida sobretudo por causas demográficas, despertou a necessidade de repensar o equilíbrio desta relação triangular. O desenvolvimento do sistema de ensino superior não deve passar somente pela harmonia quantitativa, traduzida numa proporcionalidade dinâmica entre a oferta e a procura, mas sobretudo por estratégias que lhe permitam uma adequação, em tempo real, às áreas de formação eleitas pelos candidatos e que cada vez mais traduzem a selectividade do mercado de trabalho. A área das Ciências e Tecnologias continua a ocupar o primeiro lugar, com 30% dos estudantes colocados, um factor positivo dado ser uma área crescentemente requerida pelo mercado de trabalho e considerada crucial para o desenvolvimento do país. No entanto, em termos globais, a diminuição das taxas de ingresso revela um desequilíbrio que tinha sido atenuado nos anos transactos. A Universidade de Évora é uma das instituições onde se procura uma adaptação constante à nova realidade do mercado de colocações no ensino superior. Recorrendo à reformulação curricular, à extinção de algumas licenciaturas e criação de outras, e à redução do número de vagas em áreas menos procuradas, esta instituição procura responder aos desafios, tentando antecipar-se à própria mudança. Os resultados das colocações no ano lectivo 2005/2006 revelam contudo que, apesar dos esforços desenvolvidos, existe ainda um claro desajuste entre a oferta e a procura, traduzido numa variação negativa da taxa de ingresso, comparativamente ao ano lectivo transacto, o que sugere a necessidade de novas estratégias mais agressivas. [2]

O estudo anual dos ingressados na Universidade de Évora constitui um importante canal de comunicação entre os potencias candidatos ao ensino superior e a organização, na medida em que identifica preferências e expectativas dos estudantes, permitindo uma maior adequação entre a postura da organização e o seu público-alvo. [3]

I OBJECTIVOS E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A apresentação sumária do estudo e a identificação e justificação das opções metodológicas que presidiram à sua elaboração, reflectem uma clara preocupação com a preservação da sua objectividade e com a acessibilidade do seu conteúdo. Os objectivos deste estudo incidem na caracterização sócio-económica dos ingressados na Universidade de Évora, na determinação da sua origem geográfica e no conhecimento das razões que conduziram estes alunos ao ensino superior. Pretende-se ainda conhecer os motivos que os levaram a incluir a Universidade de Évora e a licenciatura em que ingressaram entre as seis opções que lhes eram permitidas, bem como as suas expectativas em relação ao estabelecimento que os vai receber. Por outro lado, a possibilidade do curso em que ingressaram, tal como a Universidade, servirem de trampolim para o ingresso no ensino superior, levou-nos a tentar descortinar qual a sua posição face a um cenário de eventual mudança de curso e/ou transferência de Universidade. O enquadramento do comportamento da Universidade de Évora no contexto nacional, e a análise diacrónica dos ingressos na Universidade de Évora, com um horizonte temporal de nove anos, visam sobretudo facilitar a compreensão da situação actual, tentando extrapolar as tendências futuras. Implicitamente, tentaremos determinar a área de influência da Universidade de Évora, conjugando para isso a informação obtida através do Inquérito aos Ingressados com outra informação complementar, proveniente do Ministério da Ciência e do Ensino Superior. A técnica de recolha da informação na base deste estudo é o inquérito por questionário de administração directa. A forma de administração pode suscitar dúvidas, na medida em que pode originar dificuldades de interpretação e de preenchimento e colocar em causa a informação recolhida. Exemplos destes podem ser encontrados em diversos quadros deste estudo, onde o número de não respostas a determinadas questões elementares é bastante significativo. No entanto, tentou-se ultrapassar este obstáculo através da assistência presencial prestada pelos técnicos da Pró-Reitoria para a Avaliação, excepto na 3ª fase do Concurso Nacional de Acesso, cujo formato das matrículas não proporcionou as condições necessárias a este acompanhamento. [4]

A escolha do questionário como técnica de recolha de informação impôs-se pelo facto de a considerarmos como a mais adequada aos objectivos do estudo, ao modelo de análise e às características e dimensão do universo. O instrumento utilizado é composto por um formulário da autoria do Departamento de Avaliação Prospectiva e Planeamento do Ministério da Educação (Modelo nº 1885), e por um anexo concebido pela Pró-Reitoria para a Avaliação (ver anexo), numa tentativa de neutralizar algumas falhas de informação existentes face aos objectivos pretendidos, visando consequentemente o aprofundamento do mesmo e o aumento da sua utilidade institucional. A aplicação do questionário é exaustiva, abrangendo um universo constituído por todos os estudantes colocados e matriculados na Universidade de Évora no ano lectivo de 2005/2006. Os estudantes que ficaram colocados mas não se matricularam, por razões várias alheias ao nosso conhecimento, não fazem parte do universo, uma vez que o questionário é de preenchimento obrigatório no acto da matrícula. Os alunos que ingressaram por Concurso Especial (Exame Ad-Hoc, por exemplo) também fazem parte do universo, tal como os que ingressaram e se matricularam na 1ª fase do Concurso Nacional de Acesso na Universidade de Évora, e que na 2ª fase concorreram e ficaram colocados numa outra universidade. Estas situações inflacionam o número de alunos ingressados, e podem contribuir para desfasamentos que surjam pontualmente ao longo do estudo, sobretudo aquando da comparação entre dados cuja fonte é o inquérito e dados oficiais cedidos pela Direcção Geral do Ensino Superior, do Ministério da Ciência e do Ensino Superior. Os dados recolhidos foram introduzidos manualmente pela equipa técnica da Pró-Reitoria para a Avaliação e posteriormente verificados e tratados estatisticamente através da utilização do programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences). O universo em causa é constituído pelos 832 estudantes ingressados na Universidade de Évora no ano lectivo de 2005/2006 através da 1ª, 2ª e 3ª fases do Concurso Nacional de Acesso, bem como dos Concursos Especiais. Todas as variáveis serão sujeitas a uma análise essencialmente descritiva, onde predomina uma descrição do real através da quantificação. O aprofundar do estudo, a sua passagem de descritivo a explicativo, implica o cruzamento das variáveis, de forma a averiguar a influência de umas sobre as outras, numa lógica coerente. A dimensão do universo e a informação recolhida permitem avaliar a relação entre determinadas variáveis, nomeadamente entre os níveis geográficos de residência e a categoria localização geográfica, da variável motivos de escolha da UE; e entre a opção de colocação e a hipótese de mudança de curso e de transferência de Universidade. [5]

É importante referir que existem algumas variáveis onde a categoria das não respostas tem algum peso face às restantes categorias. Tal facto poderá contribuir para o enviesamento da informação e para a distorção das conclusões. Existem outras variáveis para as quais existe informação complementar que permite controlar os desvios entre a realidade e a informação disponibilizada pelos estudantes. Nas restantes há que contar com algumas discrepâncias inerentes à falta de rigor da informação recolhida, e que se prende com o desconhecimento sobre o que é pedido (por exemplo, o rendimento do agregado familiar) ou um conhecimento impreciso. Como evidenciado anteriormente, a informação recolhida através da aplicação do questionário não contempla os estudantes colocados que não se matricularam, uma vez que o questionário é de preenchimento obrigatório no acto da matrícula, mas a informação oriunda dos boletins informativos provenientes da Direcção Geral do Ensino Superior diz respeito a todos os colocados, tenham ou não efectuado a sua matrícula. A informação relativa às notas de candidatura, apesar de cedida pela Direcção Geral do Ensino Superior, já não inclui os alunos que foram, na 2ª fase do Concurso Nacional de Acesso, colocados em outras universidades, uma vez que foi objecto de filtragem por parte da equipa técnica da Pró-Reitoria para a Avaliação. Ao longo do texto, caso a caso, tentaremos referir todos os factos anómalos que possam eventualmente contribuir para o enviesamento da informação apresentada, para que a análise da mesma seja feita com a consciência da sua existência. [6]

II O PANORAMA UNIVERSITÁRIO PORTUGUÊS 1 O ensino superior público O processo de candidatura ao Ensino Superior Público de 2005 confirmou a tendência global negativa que se tem registado, embora com alguma oscilação, desde 1995. Quadro I Candidatos e colocados no ensino superior público 1977-2005 (1ª fase do CNA) Ano Candidatos* Colocados Colocados/ Candidatos Variação relativa do nº de candidatos 1977 12.829 10.859 84,64% 1978 13.537 9.921 73,29% 5,52% 1979 17.200 10.280 59,77% 27,06% 1980 17.223 11.537 66,99% 0,13% 1981 17.222 12.224 70,98% -0,01% 1982 15.949 11.163 69,99% -7,39% 1983 25.126 13.589 54,08% 57,54% 1984 24.441 12.751 52,17% -2,73% 1985 23.273 13.345 57,34% -4,78% 1986 24.452 13.830 56,56% 5,07% 1987 25.035 15.570 62,19% 2,38% 1988 29.206 17.335 59,35% 16,66% 1989 51.118 21.937 42,91% 75,03% 1990 58.914 24.474 41,54% 15,25% 1991 55.673 27.125 48,72% -5,50% 1992 59.186 28.571 48,27% 6,31% 1993 58.431 30.476 52,16% -1,28% 1994 66.871 31.891 47,69% 14,44% 1995 80.009 33.473 41,84% 19,65% 1996 62.307 32.873 52,76% -22,13% 1997 52.122 35.452 68,02% -16,35% 1998 52.652 37.901 71,98% 1,02% 1999 48.051 36.762 76,51% -8,74% 2000 50.774 40.100 78,98% 5,67% 2001 45.210 36.381 80,47% -10,96% 2002 46.292 38.379 82,91% 2,39% 2003 41.662 36.077 86,59% -10,00% 2004 42.595 37.568 88,20% 2,24% 2005 38.976 33.520 86,00% -8,50% Fonte: Ministério da Ciência e do Ensino Superior - Direcção Geral do Ensino Superior *exclui os candidatos que não reuniam condições para se candidatarem [7]

Embora a oferta de vagas tenha aumentado ligeiramente, em 0,74%, o número de candidatos colocados na 1ª fase do Concurso Nacional de Acesso diminuiu, relativamente ao ano de 2004, em 10,78%, fazendo baixar o rácio colocados/vagas para o nível mais baixo desde 1979. Quadro II Vagas e colocados no ensino superior público 1977-2005 (1ª fase do CNA) Ano Vagas Colocados Colocados/Vagas Variação relativa do nº de vagas Variação relativa do nº de colocados 1977 12.920 10.859 84,05% 1978 13.215 9.921 75,07% 2,28% -8,64% 1979 14.415 10.280 71,31% 9,08% 3,62% 1980 14.435 11.537 79,92% 0,14% 12,23% 1981 14.785 12.224 82,68% 2,42% 5,95% 1982 14.425 11.163 77,39% -2,43% -8,68% 1983 14.620 13.589 92,95% 1,35% 21,73% 1984 13.757 12.751 92,69% -5,90% -6,17% 1985 13.823 13.345 96,54% 0,48% 4,66% 1986 14.385 13.830 96,14% 4,07% 3,63% 1987 15.914 15.570 97,84% 10,63% 12,58% 1988 18.186 17.335 95,32% 14,28% 11,34% 1989 22.300 21.937 98,37% 22,62% 26,55% 1990 25.081 24.474 97,58% 12,47% 11,56% 1991 28.235 27.125 96,07% 12,58% 10,83% 1992 29.207 28.571 97,82% 3,44% 5,33% 1993 32.007 30.476 95,22% 9,59% 6,67% 1994 32.389 31.891 98,46% 1,19% 4,64% 1995 33.541 33.473 99,80% 3,56% 4,96% 1996 35.899 32.873 91,57% 7,03% -1,79% 1997 39.703 35.452 89,29% 10,60% 7,85% 1998 42.224 37.901 89,76% 6,35% 6,91% 1999 45.156 36.762 81,41% 6,94% -3,01% 2000 46.965 40.100 85,38% 4,01% 9,08% 2001 48.229 36.381 75,43% 2,69% -9,27% 2002 48.468 38.379 79,18% 0,50% 5,49% 2003 45.357 36.077 79,54% -6,42% -6,00% 2004 46.057 37.568 81,57% 1,54% 4,13% 2005 46.399 33.520 72,24% 0,74% -10,78% Fonte: Ministério da Ciência e do Ensino Superior - Direcção Geral do Ensino Superior [8]

Gráfico I - Vagas, candidatos e colocados - 1977-2005 - Ensino Superior Público (1ª fase) 90.000 80.000 70.000 60.000 50.000 vagas candidatos colocados 40.000 30.000 20.000 10.000 0 1977 1979 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 Fonte: Ministério da Ciência e do Ensino Superior Direcção Geral do Ensino Superior De acordo com a informação presente nos Gráfico I e II, o crescimento global do ensino superior público português, no que se refere à disponibilização do número de vagas, não foi acompanhado pelo comportamento do mercado no lado da procura. Apesar do comportamento oscilante, podemos falar numa tendência crescente para o número de candidatos por vaga até 1995, ano em foi atingido o valor máximo desta proporção, com 2,39 estudantes a concorrerem a cada uma das vagas disponibilizadas. Gráfico II - Número de candidatos por vaga - 1977-2005 - Ensino Superior Público (1ª fase) 2,5 2 1,5 1 0,5 0 1977 1979 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 Fonte: Ministério da Ciência e do Ensino Superior Direcção Geral do Ensino Superior Desde o ano lectivo de 2001/2002 que o número de candidatos por vaga se situa aquém da unidade. O ano de 2005 não só dá continuidade a esta tendência que se tem vindo a verificar nos últimos cinco anos, como apresenta o valor mais baixo até agora registado (0,84). [9]

A opção em que os candidatos são colocados revela igualmente o grau de equilíbrio do sistema de ensino superior público. Como podemos constatar através da análise da informação disponível no Quadro III, referente à primeira fase do Concurso Nacional de Acesso de 2005, a maior parte dos candidatos foram colocados em 1ª opção (61%), e a colocação nas três primeiras opções foi um objectivo alcançado por 86% dos estudantes. Quadro III Candidatos colocados por opção (1ª fase do CNA) 2004 2005 Colocados Colocados Opção de colocação N.º % N.º % 1ª opção 23.978 64% 20.473 61% 2ª opção 6.473 17% 5.526 16% 3ª opção 3.236 9% 2.901 9% 4ª opção 1.983 5% 1.875 6% 5ª opção 1.222 3% 1.554 5% 6ª opção 676 2% 1.191 4% 37.568 100% 33.520 100% Fonte: Ministério da Ciência e do Ensino Superior Direcção Geral do Ensino Superior Um balanço sumário do Concurso Nacional de Acesso de 2005 revela 45.606 candidaturas nas duas fases, tendo sido disponibilizadas, pelos diversos estabelecimentos de ensino superior público (universidades e politécnicos), 46.399 vagas, o que se traduz numa taxa de cobertura de 101,7%. A taxa de utilização de vagas foi de 82% (73% no ensino politécnico e 89% no ensino universitário), valor muito próximo do de 2004, que se situou nos 85%. O valor homólogo para 2003 tinha sido de 89%. Comparativamente ao ano transacto, houve uma redução de cerca de 1.205 no número de novos estudantes matriculados (-3%), de acordo com a informação da Direcção Geral do Ensino Superior. Quadro IV Balanço do Concurso Nacional de Acesso 2005 (1ª e 2ª fase) Vagas 46.399 Candidatos 45.606 Colocados 37.896 Taxa de cobertura 101,7 Taxa de utilização de vagas 82% Variação percentual da taxa de utilização de vagas -3% Fonte: Ministério da Ciência e do Ensino Superior Direcção Geral do Ensino Superior [10]

A análise das colocações por área de formação, permite salientar que a área das Ciências e Tecnologias é a área com mais novos estudantes, após o decurso da 1ª e 2ª fases do Concurso Nacional de Acesso, representando 30% do total dos novos ingressos no ensino superior público. Quadro V Colocados por área de formação CNA 2005 (1ª e 2ª fase) Área de formação % de estudantes colocados Ciências e Tecnologias 30% Ciências Sociais, Comércio e Direito 28% Saúde e Protecção Social 18% Educação 6% Artes 6% Serviços 6% Humanidades 4% Agricultura 2% Fonte: Ministério da Ciência e do Ensino Superior Direcção Geral do Ensino Superior Quadro VI Taxa de ocupação de vagas, por estabelecimento de ensino CNA 2005 (1ª e 2ª fase) Estabelecimento de Ensino Taxa de ocupação Escolas Superiores de Enfermagem de Lisboa, Porto e Coimbra 100% Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril 100% Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa 100% Universidade Técnica de Lisboa 98% Universidade do Porto 97% Universidade de Coimbra 94% Instituto Politécnico de Leiria 92% Instituto Politécnico do Porto 91% Universidade do Minho 91% Universidade da Madeira 87% Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro 86% Universidade Nova de Lisboa 85% Universidade de Lisboa 85% Universidade de Aveiro 83% Instituto Politécnico do Cavado e do Ave 78% Instituto Politécnico de Castelo Branco 77% Universidade do Algarve 75% Universidade da Beira Interior 75% Universidade dos Açores 75% Instituto Politécnico de Viseu 73% Instituto Politécnico de Portalegre 72% Instituto Politécnico de Santarém 71% Instituto Politécnico de Lisboa 70% Universidade de Évora 70% Instituto Politécnico da Guarda 66% Instituto Politécnico de Coimbra 65% Instituto politécnico de Setúbal 59% Instituto Politécnico de Viana do Castelo 56% Instituto Politécnico de Beja 52% Instituto Politécnico de Tomar 52% Instituto Politécnico de Bragança 50% Escola Náutica Infante D. Henrique 41% Total dos estabelecimentos de ensino universitário 89% Total dos estabelecimentos de ensino politécnico 73% Total 82% Fonte: Ministério da Ciência e do Ensino Superior Direcção Geral do Ensino Superior [11]

2 O ensino superior público universitário O ensino superior público, analisado na secção anterior, engloba o ensino universitário e o ensino politécnico. A necessidade de enquadramento da Universidade de Évora num contexto mais restrito, para mais facilmente se percepcionarem as dinâmicas inter-sistémicas, impõe uma análise comparativa inter pares, direccionada somente para o ensino superior público universitário. A 1ª fase do Concurso Nacional de Acesso é, de entre todas as etapas que constituem o acesso ao ensino superior, a que mais reflecte a realidade imediata, da relação entre a oferta e a procura, e as tendências vigentes entre os potenciais candidatos ao ensino superior. Torna-se assim de particular importância a análise per si desta fase, que anualmente dá início a um processo que conduz ao ensino superior milhares de interessados na continuidade da sua formação académica. Gráfico III - Taxa de ingresso nas Universidades Portuguesas - CNA 2005-1ª fase Év ora Algarv e Açores Beira Interior Madeira Lisboa Trás-os-Montes Nov a de Lisboa Av eiro Minho Coimbra ISCTE Técnica de Lisboa Porto 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Fonte: Ministério da Ciência e do Ensino Superior Direcção Geral do Ensino Superior [12]

O cenário no ensino superior público universitário, em 2005, é marcado por uma diminuição das taxas de ingresso na maioria das instituições, comparativamente ao ano transacto, em alguns casos devido ao aumento do número de vagas, como se pode constatar na análise Quadro VII (pág. 14) e Gráfico. A redução ou manutenção do número de vagas foi opção de um número muito reduzido de instituições universitárias ocorrendo na maioria das situações, um aumento da oferta. Apenas as Universidades dos Açores e a Nova de Lisboa apostaram num decréscimo das vagas disponibilizadas, reduzindo a sua oferta em 12,7% e 1,4%, respectivamente (vd Gráfi. A Universidade de Évora foi a universidade com a taxa de ingresso mais baixa, contrariando a tendência de recuperação manifestada nos dois anos anteriores (vd Gráfico V). Gráfico IV - Variação 2005-2006: vagas e colocados (1ª fase) 5% 0% -5% -10% -15% -20% -25% Açores v ariação n.º v agas Algarve Aveiro Beira Interior Coimbra v ariação n.º ingressos Évora Lisboa Técnica de Lisboa Nova de Lisboa Minho Porto Trás-os-Montes Madeira ISCTE Fonte: Ministério da Ciência e do Ensino Superior Direcção Geral do Ensino Superior Na maioria das instituições houve uma diminuição significativa do número de colocados, salientando-se o caso das Universidades de Évora, da Beira Interior, dos Açores, do ISCTE e da Madeira, que num passado recente revelaram um comportamento mais positivo da procura, e que no ano de 2005 surgem com uma redução efectiva ao nível desta variável. [13]

Quadro VII A oferta e a procura: CNA 2001-2005 (1ª fase) Universidades Vagas 2001 2002 2003 2004 2005 Colocados Tx de Ingresso Vagas Colocados Tx de Ingresso Vagas Colocados Tx de Ingresso Vagas Colocados Tx de Ingresso Vagas Colocados Tx de Ingresso variação nº vagas 2004-2005* variação nº colocados 2004-2005* variação taxa ingresso 2004-2005* Univ. Açores 645 287 44,5% 590 358 60,7% 535 295 55,1% 590 370 62,7% 515 323 62,7% -12,71% -12,70% 0,01% Univ. Algarve 895 517 57,8% 845 419 49,6% 707 415 58,7% 717 482 67,2% 750 470 62,7% 4,60% -2,49% -6,78% Univ. do Aveiro 1427 980 68,7% 1427 1112 77,9% 1400 1065 76,1% 1390 1086 78,1% 1398 1130 80,8% 0,58% 4,05% 3,46% Univ.Beira Interior 1180 839 71,1% 1180 827 70,1% 1076 874 81,2% 1105 858 77,6% 1145 723 63,1% 3,62% -15,73% -18,68% Univ. Coimbra 3062 2601 84,9% 3182 2736 86,0% 3008 2617 87,0% 3019 2604 86,3% 3025 2485 82,1% 0,20% -4,57% -4,76% Univ. Évora 1125 702 62,4% 1120 657 58,7% 1039 684 65,8% 1037 728 70,2% 1042 569 54,6% 0,48% -21,84% -22,22% Univ. Lisboa 3538 2810 79,4% 3633 2854 78,6% 3459 2826 81,7% 3579 2921 81,6% 3609 2801 77,6% 0,84% -4,11% -4,91% Univ.Técnica Lisboa 3219 2557 79,4% 3284 3052 92,9% 3113 2851 91,6% 3133 3018 96,3% 3133 2815 89,8% 0,00% -6,73% -6,73% Univ. Nova Lisboa 2650 2029 76,6% 2620 2162 82,5% 2340 1916 81,9% 2438 1998 82,0% 2405 1868 77,7% -1,35% -6,51% -5,22% Univ. Minho 2236 1811 81,0% 2251 1900 84,4% 2121 1696 80,0% 2132 1739 81,6% 2142 1757 82,0% 0,47% 1,04% 0,56% Univ. Porto 3904 3617 92,6% 3984 3642 91,4% 3768 3447 91,5% 3870 3623 93,6% 3933 3618 92,0% 1,63% -0,14% -1,74% UTAD 1390 807 58,1% 1350 848 62,8% 1220 769 63,0% 1220 988 81,0% 1220 947 77,6% 0,00% -4,15% -4,15% Univ. Madeira 370 210 56,8% 375 271 72,3% 389 248 63,8% 444 372 83,8% 462 345 74,7% 4,05% -7,26% -10,87% ISCTE 990 990 100,0% 990 990 100,0% 891 891 100,0% 891 884 99,2% 891 780 87,5% 0,00% -11,76% -11,76% TOTAL 26631 20757 77,9% 26831 21828 81,4% 25066 20594 82,2% 25565 21671 84,8% 25670 20631 80,4% 0,41% -4,80% -5,19% Fonte: Cálculos efectuados com base nos dados disponibilizados pela Direcção Geral do Ensino Superior Nota: A informação disponível no Quadro VII não contempla as vagas e os colocados nos cursos cujo ingresso é feito através de Concurso Local de Acesso. [14]

Gráfico V - Taxa de ingresso nas universidades públicas portuguesas - análise comparativa 2001-2005 (1ª fase do CNA) 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Açores Algarve Aveiro 2001 2002 2003 2004 2005 Beira Interior Coimbra Évora Lisboa Técnica de Lisboa Nova de Lisboa Minho Porto Trás-os-Montes Madeira ISCTE Fonte: Ministério da Ciência e do Ensino Superior Direcção Geral do Ensino Superior [15]

100% 95% 90% 85% 80% 75% 70% 65% 60% 55% 50% Gráfico VI - Evolução da taxa nacional de ingresso no ensino universitário - 2001-2005 (1ª Fase do CNA) 81,4% 84,8% 80,4% 82,2% 77,9% 2001 2002 2003 2004 2005 Fonte: Ministério da Ciência e do Ensino Superior Direcção Geral do Ensino Superior A evolução da taxa nacional de ingresso no ensino universitário, representada graficamente no Gráfico VI para o período 2001-2005, revela que, após um crescente ajuste entre o número de vagas disponibilizado e o número de candidatos, o ensino superior público universitário se vê novamente confrontado com uma situação de maior desequilíbrio em 2005. Apesar das instituições universitárias, receptivas aos sinais de mudança emitidos pela procura, terem tentado adaptar a sua oferta quer à dimensão quantitativa da procura quer às áreas de formação que actualmente captam um maior interesse por parte dos estudantes, o comportamento um pouco instável da procura impõe uma análise prospectiva que permita reagir pró-activamente. Os resultados dos últimos anos impõem uma análise particularmente atenta da 2ª fase, pelo importante papel que esta tem assumido no âmbito do Concurso Nacional de Acesso face ao volume de candidatos que atrai e pelo seu manifesto contributo para a taxa final de ingresso. Este facto impõe uma reflexão mais cuidada sobre esta etapa e sobretudo sobre os resultados globais. A análise dos resultados globais respeitantes às colocações, e consequentemente às taxas de ingresso, encontram-se inflacionados pela dupla colocação de alguns alunos em ambas as fases, problema inerente ao facto destes valores se referirem aos colocados e não aos efectivamente ingressados. Um exemplo bastante visível desta situação surge no caso do ISCTE onde a taxa de ingresso em 2005, tal como em 2004, 2003 e 2002, é superior a 100%, resultado de vagas disponibilizadas por alunos colocados na 1ª fase e que não se matricularam, mas que apesar disso constam entre os colocados neste estabelecimento de ensino. É importante reter este enviesamento ao ler o Quadro VIII. [16]

Quadro VIII A oferta e a procura: CNA 2001 2005 (1ª e 2ª fase) Universidades Vagas 2001 2002 2003 2004 2005 Colocados Tx de Ingresso Vagas Colocados Tx de Ingresso Vagas Colocados Tx de Ingresso Vagas Colocados Tx de Ingresso Vagas Colocados Tx de Ingresso variação nº vagas 2004-2005 variação nº colocados 2004-2005 variação taxa ingresso 2004-2005 Univ. Açores 689 394 57,2% 644 481 74,7% 596 412 69,1% 642 455 70,87% 540 382 70,74% -15,9% -16,0% -0,2% Univ. Algarve 945 711 75,2% 941 603 64,1% 761 567 74,5% 797 590 74,03% 863 639 74,04% 8,3% 8,3% 0,0% Univ. do Aveiro 1493 1161 77,8% 1512 1299 85,9% 1497 1329 88,8% 1477 1262 85,44% 1493 1385 92,77% 1,1% 9,7% 8,6% Univ.Beira Interior 1307 1093 83,6% 1314 1140 86,8% 1253 1161 92,7% 1239 1052 84,91% 1255 1013 80,72% 1,3% -3,7% -4,9% Univ. Coimbra 3377 2964 87,8% 3369 3094 91,8% 3412 3188 93,4% 3325 2988 89,86% 3406 3094 90,84% 2,4% 3,5% 1,1% Univ. Évora 1213 890 73,4% 1189 849 71,4% 1122 961 85,7% 1192 925 77,60% 1158 810 69,95% -2,9% -12,4% -9,9% Univ. Lisboa 3714 3208 86,4% 3852 3297 85,6% 3729 3331 89,3% 3835 3317 86,49% 3868 3392 87,69% 0,9% 2,3% 1,4% Univ.Técnica Lisboa 3566 2947 82,6% 3603 3505 97,3% 3378 3300 97,7% 3507 3512 100,14% 3495 3424 97,97% -0,3% -2,5% -2,2% Univ. Nova Lisboa 2876 2350 81,7% 2822 2543 90,1% 2670 2431 91,0% 2614 2279 87,18% 2566 2269 88,43% -1,8% -0,4% 1,4% Univ. Minho 2352 2095 89,1% 2372 2187 92,2% 2223 2101 94,5% 2241 2009 89,65% 2263 2133 94,26% 1,0% 6,2% 5,1% Univ. Porto 4205 4016 95,5% 4309 4123 95,7% 4090 3973 97,1% 4184 4050 96,80% 4265 4120 96,60% 1,9% 1,7% -0,2% UTAD 1538 1076 70,0% 1507 1151 76,4% 1392 1146 82,3% 1441 1259 87,37% 1482 1296 87,45% 2,8% 2,9% 0,1% Univ. Madeira 383 252 65,8% 388 324 83,5% 394 342 86,8% 461 424 91,97% 479 431 89,98% 3,9% 1,7% -2,2% ISCTE 990 990 100,0% 1075 1102 102,5% 981 1006 102,5% 983 1007 102,44% 970 992 102,27% -1,3% -1,5% -0,2% TOTAL 28648 24147 84,3% 28897 25698 85,6% 27498 25248 89,0% 27938 25129 89,95% 28103 25380 90,31% 0,6% 1,0% 0,4% Fonte: Cálculos efectuados com base nos dados disponibilizados pela Direcção Geral do Ensino Superior Nota: A informação disponível no Quadro VII não contempla as vagas e os colocados nos cursos cujo ingresso é feito através de Concurso Local de Acesso. Para minimizar a inflação do nº de vagas, evitando-se que as vagas sobrantes e as vagas dos não matriculados surjam em ambas as fases, aplica-se a fórmula: [Vagas] = [Vagas 1ª fase] + [Vagas 2ª fase] - [Vagas sobrantes na 1ª fase] O nº de colocados encontra-se potencialmente inflacionado porque os alunos colocados na 1ª fase e não matriculados estão entre a informação, bem como os que na 2ª fase ficaram num outro estabelecimento de ensino, e por conseguinte aparecem simultaneamente em duas universidades. [17]

As Universidades de Évora, Beira Interior, Trás-os-Montes e Alto Douro e do Algarve foram, no cômputo geral, as que mais beneficiaram em termos relativos com a 2ª fase do Concurso Nacional de Acesso (vd Quadro IX e Gráficos VII e VIII). Apesar destas instituições se salientarem, no que respeita aos valores relativos dos indicadores na segunda fase, nas restantes universidades o contributo da segunda fase, embora menor, também é relativamente significativo, situando-se sempre acima dos 15%, à excepção da Universidade do Porto. A análise desta informação terá sempre que ser feita tendo em consideração o enviesamento provocado pelo inflacionamento do número de colocados, e que já foi anteriormente justificada. Gráfico VII - Taxas de ingresso - 1ª e 2ª fase do CNA 2005 100% 80% 60% 40% 20% 0% Açores Algarve Aveiro Beira Interior Coimbra Évora Tx ingresso 1ª fase Tx ingresso 2ª fase Lisboa Técnica de Lisboa Nova de Lisboa Minho Porto Trás-os-Montes e Alto Douro Madeira ISCTE Fonte: Ministério da Ciência e do Ensino Superior Direcção Geral do Ensino Superior [18]

Quadro IX O contributo da 2ª fase para o número de colocados Universidades Colocados 1ª fase Colocados 2ª fase Colocados 1ª fase + 2ª fase Contributo 2ª fase Universidade dos Açores 323 59 382 15,4% Universidade do Algarve 470 169 639 26,4% Universidade do Aveiro 1130 255 1385 18,4% Universidade da Beira Interior 723 290 1013 28,6% Universidade de Coimbra 2485 609 3094 19,7% Universidade de Évora 569 241 810 29,8% Universidade de Lisboa 2801 591 3392 17,4% Universidade Técnica de Lisboa 2815 609 3424 17,8% Universidade Nova de Lisboa 1868 401 2269 17,7% Universidade do Minho 1757 376 2133 17,6% Universidade do Porto 3618 502 4120 12,2% Univ. de Trás-os-Montes e Alto Douro 947 349 1296 26,9% Universidade da Madeira 345 86 431 20,0% ISCTE 780 212 992 21,4% Total 20631 4749 25380 18,7% Fonte: Cálculos efectuados com base nos dados disponibilizados pela Direcção Geral do Ensino Superior Gráfico VIII - Contributo da 2ª fase para o nº de colocados 4500 4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 0 Açores Algarve Aveiro Beira Interior Coimbra Évora Lisboa colocados na 1ª fase colocados na 2ª fase Técnica de Lisboa Nova de Lisboa Minho Porto Trás-os-Montes Madeira ISCTE Fonte: Ministério da Ciência e do Ensino Superior Direcção Geral do Ensino Superior [19]

Apesar dos resultados da 2ª fase terem contribuído para uma melhoria significativa da situação, os resultados do CNA 2005 revelam que, à excepção do ISCTE, todas as outras universidades portuguesas, incluindo as que apostaram na redução do número de vagas, não conseguiram preencher a totalidade das vagas disponibilizadas. Gráfico IX - Taxa de ingresso nas Universidades Portuguesas - CNA 2004 (1ª e 2ª fase) Évora Açores Algarve Beira Interior Trás-os-M ontes e Alto Douro Lisboa Nova de Lisboa Madeira Coimbra Aveiro M inho Port o Técnica de Lisboa ISCTE 0% 20% 40% 60% 80% 100% Fonte: Ministério da Ciência e do Ensino Superior Direcção Geral do Ensino Superior Gráfico X - Evolução da taxa nacional de ingresso no ensino universitário - 2001-2005 (1ª e 2ª Fase do CNA) 100% 95% 90% 90,3% 85% 80% 75% 84,3% 85,6% 89,0% 89,9% 70% 65% 60% 55% 50% 2001 2002 2003 2004 2005 Fonte: Ministério da Ciência e do Ensino Superior Direcção Geral do Ensino Superior As situações de desequilíbrio, dado o seu carácter pontual, não conseguem inviabilizar a tendência crescente da taxa de ingresso. Nos últimos cinco anos este indicador apresenta um percurso ascendente que, embora não signifique um aumento do número de candidatos e de colocados, revela uma resposta cada vez mais adequada por parte das instituições às solicitações, quantitativas e qualitativas do mercado. [20]

III ANÁLISE DIACRÓNICA DA RELAÇÃO ENTRE A OFERTA E A PROCURA DE VAGAS NA UNIVERSIDADE DE ÉVORA 1996-2005 O Quadro X disponibiliza uma informação pormenorizada e exaustiva sobre os estudantes colocados na Universidade de Évora no ano lectivo de 2005/2006, através dos diversos modos de acesso que o sistema universitário disponibiliza para possibilitar o ingresso no ensino superior, e a mobilidade intra e inter institucional. A análise da informação permite-nos constatar que das 1064 vagas disponibilizadas para o ingresso através do Concurso Nacional de Acesso, cuja colocação pode ocorrer através do regime geral ou do regime especial, foram colocados e matriculados na Universidade de Évora 797 estudantes, o que traduz uma taxa real de ingresso global de 63%. O valor homólogo para 2004/2005 foi de 75% e para 2003/2004 foi de 78,4%. As restantes colocações ocorrem em vagas disponibilizadas especificamente para cada um dos outros modos de acesso. No entanto, à excepção dos 57 estudantes colocados nos respectivos cursos através do processo de mudança interna, todos os outros contribuem para o aumento efectivo da população estudantil da Universidade de Évora, o que se traduz num acréscimo líquido de 916 alunos, um valor inferior aos dos anos transactos (2004/2005: 964 alunos e 2003/2004: 987 alunos). [21]

Quadro X Alunos matriculados na Universidade de Évora 2005 Modo de Acesso Licenciaturas Concurso Geral de Acesso Concurso Especial de Acesso Concurso Extraordinário de Acesso Mudança de Curso Externa Mudança de Curso Interna Regime Especial de Acesso Transferência Recandidatura Reingresso Recolocação Total Arquitectura 43 1 0 1 2 1 2 0 1 2 53 Arquitectura Paisagista 7 2 0 2 4 0 0 1 2 1 19 Artes Visuais 35 3 0 2 0 0 1 1 2 0 44 Biologia 37 4 1 1 0 2 0 0 4 2 51 Bioquímica 28 0 0 0 0 0 0 1 0 0 29 Ciências do Ambiente (Ramo de Qualidade do Ambiente) 8 0 0 0 0 0 0 0 1 0 9 Ciências Físicas 6 0 0 0 1 0 0 0 0 0 7 Economia 40 1 0 1 2 1 3 0 3 0 51 Educação de Infância 39 2 0 2 4 0 1 0 0 0 48 Educação Física e Desporto 23 0 0 1 0 0 2 0 1 0 27 Engenharia Agrícola 3 1 0 2 1 0 3 0 5 0 15 Engenharia Alimentar 2 0 0 0 0 0 1 0 0 0 3 Engenharia Biofísica Ordenamento e Gestão 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 2 Ambiental Engenharia Civil 18 8 0 3 10 0 7 0 0 0 46 Engenharia dos Recursos Hídricos 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 Engenharia Geológica 2 0 0 0 1 0 0 0 1 0 4 Engenharia Informática 17 0 0 0 2 2 4 0 2 0 27 Engenharia Mecatrónica 6 1 0 2 1 0 0 0 1 0 11 Engenharia Química 3 0 0 0 0 0 1 0 0 1 5 Engenharia Zootécnica 12 1 0 0 0 0 1 0 9 1 24 Ensino Básico (1º Ciclo) 7 5 0 0 1 0 2 0 0 0 15 Estudos Portugueses e Espanhóis 6 17 0 0 1 0 1 0 0 0 25 Estudos Teatrais 17 0 1 0 2 0 1 0 5 0 26 Filosofia 9 0 0 0 1 1 0 2 1 1 15 Física e Química 3 1 0 1 1 0 0 0 2 0 8 Geografia 18 1 0 0 3 0 0 0 0 0 21 Gestão 48 3 1 2 3 2 1 0 10 0 70 História 9 1 0 0 0 0 0 1 0 0 11 História (Ramo Património Cultural) 5 1 1 0 1 0 0 1 2 0 11 Informática e Gestão 6 1 0 0 3 1 5 1 0 0 17 Línguas e Literaturas 2 2 0 0 0 0 1 0 2 0 7 Matemática e Ciências da Computação 2 11 0 1 0 0 1 0 4 0 19 Medicina Veterinária 33 1 0 2 2 2 1 1 0 0 42 Música* 15 3 0 0 0 0 0 0 1 0 19 Psicologia 58 3 0 1 3 1 1 3 4 0 74 Química 16 0 0 1 0 0 0 0 1 0 18 Sociologia 32 1 0 3 2 0 0 2 6 1 47 Turismo e Desenvolvimento 37 1 0 1 6 2 2 2 0 0 51 TOTAL 654 76 4 29 57 15 42 16 71 9 972 Fonte: Serviços Académicos da Universidade de Évora *O ingresso na licenciatura em Música é feito através de Concurso Local de Acesso. [22]

A informação disponível nos Gráficos XI e XII e no Quadro XI estabelece a relação entre a oferta e a procura no ano lectivo 2005/2006, nas licenciaturas oferecidas pela Universidade de Évora, para a 1ª fase e para os resultados globais do Concurso Nacional de Acesso. Gráfico XI - Taxa de ingresso na UE - 1ª fase do CNA 2005 Engenharia dos Recursos Hídricos Engenharia Alimentar Engenharia Química Engenharia Biofísica - Ordenamento e Gestão Ambiental Informática e Gestão Engenharia Mecatrónica Arquitectura Paisagista Matemática e Ciências da Computação Engenharia Agrícola Línguas e Literaturas História (Ramo Património Cultural) Física e Química Estudos Portugueses e Espanhóis Engenharia Geológica Engenharia Informática Ensino Básico (1º Ciclo) Engenharia Civil Filosofia Engenharia Zootécnica Educação Física e Desporto Ciências do Ambiente (Ramo de Qualidade do Ambiente) Educação de Infância Ciências Físicas Economia História Química Geografia Estudos Teatrais Artes Visuais Biologia Música Bioquímica Turismo e Desenvolvimento Sociologia Psicologia Medicina Veterinária Gestão Arquitectura 0% 20% 40% 60% 80% 100% Fonte: Ministério da Ciência e do Ensino Superior Direcção Geral do Ensino Superior Nota: Os dados constantes no Gráfico XI referem-se somente aos alunos colocados através do Concurso Nacional de Acesso e incluem os alunos que na 2ª fase ficaram colocados noutras licenciaturas, na Universidade de Évora ou em outra Universidade. [23]

Gráfico XII - Nº vagas vs nº colocados - 1ª e 2ª fase do CNA 2005 Arquitectura Arquitectura Paisagista Artes Visuaisa Biologia Bioquímica Ciências do Ambiente (Ramo de Qualidade do Ambiente) Ciências Físicasb Economia Educação de Infância Educação Física e Desportoc Engenharia Agrícola Engenharia Aliment ard Engenharia Biofísica - Ordenamento e Gestão Ambientale Engenharia Civil Engenharia dos Recursos Hí dricos Engenharia Geológicaf Engenharia Informática Engenharia Mecatrónicag Engenharia Químicah Engenharia Zootécnica Ensino Básico (1º Ciclo) Estudos Portugueses e Espanhóis Est udos Teat rais Filosofia Física e Química Geografia Gestãoi História História (Ramo Património Cultural) Informática e Gestão Lí nguas e Lit erat urasj Matemática e Ciências da Computação M edicina Vet erinária M úsica Psicologia Química Sociologia Vagas Ingressos Turismo e Desenvolvimento 0 10 20 30 40 50 60 70 Fonte: Ministério da Ciência e do Ensino Superior - Direcção Geral do Ensino Superior [24]

Quadro XI Vagas e ingressos na UE por curso 1996 2005 1 1ª e 2ª fase do Concurso Nacional de Acesso 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Licenciaturas Vagas Ingr. Vagas Ingr. Vagas Ingr. Vagas Ingr. Vagas Ingr. Vagas Ingr. Vagas Ingr. Vagas Ingr. Vagas Ingr. Vagas Ingr. Arquitectura 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 30 33 30 30 35 43 35 50 50 63 Arquitectura Paisagista 25 27 25 27 25 35 25 26 25 26 25 31 25 25 35 42 25 30 25 8 Artes Visuais a 20 0 20 21 20 30 25 20 25 29 25 33 30 34 35 43 35 44 40 45 Biologia 30 34 30 32 30 34 30 41 30 34 30 33 30 38 40 49 45 57 50 60 Bioquímica 0 0 0 0 25 0 25 28 25 29 25 30 25 29 25 31 25 29 30 35 Ciências do Ambiente (Ramo de Qualidade do Ambiente) 30 32 30 31 30 32 30 36 30 30 30 41 30 35 40 22 30 6 20 14 Ciências Físicas b 0 0 25 5 25 7 25 3 0 0 0 0 0 0 15 1 15 3 15 9 Economia 65 76 65 70 65 72 65 74 65 75 65 52 60 41 42 45 42 48 50 51 Educação de Infância 20 22 25 26 25 27 30 32 30 33 30 33 30 36 35 42 35 43 40 42 Educação Física e Desporto c................ 35 43 40 28 Engenharia Agrícola 60 64 60 64 60 31 60 66 60 52 50 14 50 10 15 8 15 7 15 3 Engenharia Alimentar d................ 15 13 15 3 Engenharia Biofísica - Ordenamento e Gestão............... 15 1 10 2 Ambiental e Engenharia Civil 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35 42 45 52 50 22 Engenharia dos Recursos Hídricos 30 29 30 18 30 32 30 31 30 23 25 4 25 3 15 5 15 2 10 1 Engenharia Geológica f 30 25 30 35 30 32 30 31 30 24 25 5 25 2 15 9 15 2 10 2 Engenharia Informática 40 45 45 46 45 48 45 53 45 48 45 50 45 52 50 54 45 49 50 17 Engenharia Mecatrónica g 0 0 0 0 0 0 45 22 45 28 40 12 40 13 22 17 30 13 25 8 Engenharia Química h 0 0 0 0 0 0 25 26 25 15 25 7 25 0 15 15 20 6 20 4 Engenharia Zootécnica 45 46 45 45 40 42 40 44 40 45 40 48 40 37 35 36 35 18 30 16 Ensino Básico (1º Ciclo) 20 24 20 23 20 22 30 33 30 30 30 34 30 38 35 38 35 11 22 9 Estudos Portugueses e Espanhóis................ 15 9 15 6 Estudos Teatrais 20 19 20 25 35 15 25 16 35 26 25 13 25 15 15 18 20 23 20 24 Filosofia 25 27 25 25 30 33 40 48 40 47 40 50 40 47 35 34 35 19 30 14 Física e Química 30 30 25 26 30 31 30 36 30 34 30 7 25 2 15 2 15 5 10 4 Geografia................ 15 18 20 22 Gestão i 65 71 65 70 65 75 65 80 65 71 65 57 55 47 40 49 40 52 45 55 História 20 20 20 24 20 20 25 27 45 51 45 23 45 8 15 19 20 15 20 16 História (Ramo Património Cultural) 25 26 25 26 25 27 25 26 20 25 20 19 20 12 20 10 15 14 20 5 1 As hipóteses explicativas para a existência de mais ingressos do que vagas foram já anteriormente apresentadas. [25]

Licenciaturas 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Vagas Ingr. Vagas Ingr. Vagas Ingr. Vagas Ingr. Vagas Ingr. Vagas Ingr. Vagas Ingr. Vagas Ingr. Vagas Ingr. Vagas Ingr. Informática e Gestão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 25 20 25 17 25 6 Línguas e Literaturas j.................. 20 3 Matemática e Ciências da Computação 85 88 80 86 80 89 80 91 80 74 75 24 40 20 20 6 15 2 15 3 Medicina Veterinária 25 26 25 25 25 25 25 26 25 28 25 26 25 27 30 36 35 43 35 40 Música 20 11 20 14 20 20 25 21 20 17 25 21 20 25 25 10 27 12 22 19 Psicologia 0 0 0 0 35 39 40 48 45 48 45 52 50 55 60 77 60 79 60 67 Química 0 0 25 26 30 35 30 38 30 37 30 43 30 39 30 36 30 20 25 25 Sociologia 40 42 45 50 45 51 45 50 35 41 35 44 35 38 35 32 30 39 30 38 Turismo e Desenvolvimento 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 25 25 30 35 35 40 Cursos extintos l 285 232 275 226 280 236 265 221 285 211 270 101 230 76 135 43 30 9.. TOTAL 915 936 970 987 1055 1060 1140 1205 1130 1138 1175 961 1165 885 1064 974 1064 938 1064 829 Fonte: Ministério da Ciência e do Ensino Superior - Direcção Geral do Ensino Superior A análise e interpretação da informação presente no Quadro X têm que ser feita atendendo às seguintes alterações: a - O curso de Artes Plásticas, reestruturado, passou a designar-se por Artes Visuais, no ano lectivo de 2003/2004 b - O curso de Física, reestruturado, passou a designar-se por Ciências Físicas a partir do ano lectivo de 2003/2004 c- O curso de Ciências da Actividade Física Humana, reestruturado, passou a designar-se por Educação Física e Desporto, no ano lectivo 2004/2005 d O curso de Engenharia Agro-Alimentar, reestruturado, passou a designar-se Engenharia Alimentar, no ano lectivo 2004/2005 e - O curso de Engenharia Biofísica, reestruturado, passou a designar-se Engenharia Biofísica Ordenamento e Gestão Ambiental, a partir do ano lectivo 2004/2005 f - O curso de Engenharia de Recursos Geológicos, reestruturado, passou a designar-se por Engenharia Geológica, no ano lectivo de 2003/2004 g O curso de Engenharia de Produção Industrial e Energia, reestruturado, passou a designar-se por Engenharia Mecatrónica, no ano lectivo de 2003/2004 h - O curso de Engenharia de Processos Químicos Industriais passou a designar-se por Engenharia Química a partir do ano lectivo de 2003/2004 i - O curso de Gestão de Empresas, reestruturado, passou a designar-se por Gestão no ano lectivo de 2003/2004 j Os cursos de Línguas e Literaturas Português e Francês e Línguas e Literaturas Português e Inglês deram lugar ao curso de Línguas e Literaturas l Cursos extintos: Engenharia de Processos e Energia, Ensino de Física e Química, Ensino de História, Ensino de Matemática, Ensino de Português Francês, Ensino de Português e Inglês, História - Arqueologia, Matemática Aplicada, Tradução Variante Francês e Inglês, Línguas e Literaturas Português e Francês e Línguas e Literaturas Português e Inglês [26]

Os Gráficos XIII e XIV permitem analisar globalmente o percurso diacrónico do número de vagas disponibilizadas e do número de estudantes colocados na Universidade de Évora, no período entre 1996 e 2005. Uma interpretação generalista permite-nos constatar que, após o primeiro impacto e consequente reacção à crise de procura que afecta o ensino superior, esta instituição volta a evidenciar um agravamento da sua situação em 2005, materializado num aumento do desequilíbrio entre a oferta e a procura, em resultado da manutenção do número de vagas e da redução do número de ingressos. Gráfico XIII - Vagas e ingressos na UE (1ª e 2ª fase) - 1996-2005 1400 1200 1000 800 600 400 200 0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Vagas Ingressos Fonte:Ministério da Ciência e do Ensino Superior - Direcção Geral do Ensino Superior [27]

Gráfico XIV - Evolução dos ingressos na 1ª e na 2ª fase na UE - 1996-2005 1400 1200 1000 800 600 400 200 0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Ingressos1ª fase Ingressos 2ª fase Total de ingressos Fonte: Ministério da Ciência e do Ensino Superior - Direcção Geral do Ensino Superior A taxa de ingresso na 2ª fase 2 do CNA, à semelhança da taxa relativa de ingresso 3, aumentou face ao ano transacto, o que se traduz num incremento do peso desta etapa do Concurso Nacional de Acesso, para os resultados globais alcançados pela Universidade de Évora. Quadro XII Taxa de ingresso e taxa relativa de ingresso na 2ª fase do CNA 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Total de ingressos na 1ª fase do CNA 859 905 921 976 929 736 688 697 741 588 Total de ingressos na 2ª fase do CNA 77 82 139 229 209 225 197 277 197 241 Total de vagas 915 970 1055 1140 1130 1175 1165 1064 1064 1064 Taxa de ingresso na 2ª fase do CNA 8,42% 8,45% 13,18% 20,09% 18,50% 19,15% 16,91% 26,03% 18,52% 22,65% Taxa relativa de ingresso na 2ª fase do CNA 8,23% 8,31% 13,11% 19,00% 18,37% 23,41% 22,26% 28,44% 21,00% 29,07% Fonte: Cálculos efectuados com base nos dados disponibilizados pela Direcção Geral do Ensino Superior Uma outra variável a considerar na caracterização do universo de estudantes que ano após ano ingressam na Universidade de Évora, é a nota de candidatura, presente no Quadro XIII. Este valor, resultado de uma média ponderada segundo critérios definidos por cada instituição e para cada curso, com base na classificação obtida no secundário e na (s) prova(s) específica(s), permite a definição relativa do perfil académico dos ingressados. 2 A taxa de ingresso na 2ª fase é o resultado da aplicação da seguinte fórmula: nº de ingressos na 2ª fase/total de vagas*100. 3 A taxa relativa de ingresso resulta do quociente entre o nº de ingressos na 2ª fase e o nº total de ingressos, e traduz o peso relativo da 2ª fase face ao total de ingressados. [28]

Quadro XIII Notas de candidatura médias dos ingressados na UE 1996 2005 1ª fase do Concurso Nacional de Acesso Licenciaturas 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Média 96/05 Desviopadrão Variação 2004-2005 Arquitectura - - - - - 158,8 161,7 160,9 158,1 154,5 158,79 2,81-3,6 Arquitectura Paisagista 148,0 151,3 146 140,9 138,8 134,0 133,2 126,9 126,0 132,5 137,76 8,73 6,5 Artes Visuais - - - - 147,9 145,6 149,8 139,1 149,9 134,6 144,48 6,28-15,3 Biologia 149,9 159,4 161,8 154,7 153,7 144,9 147,5 136,3 127,8 128,8 146,48 12,03 1,0 Bioquímica - - - 157,2 153,5 153,4 150,2 139,9 134,6 130,2 145,57 10,56-4,4 Ciências do Ambiente (Ramo de Qualidade do Ambiente) 130,30 155,30 150,30 146,70 132,60 138,00 126,34 121,50 119,90 132,8 135,37 12,06 12,9 Ciências Físicas - 143,2 - - - - - 122,0 125,8 122,9 128,48 9,95-2,9 Economia 129,1 127,6 121,2 119,5 115,6 116,0 118,4 121,3 127,6 132,1 122,84 5,83 4,5 Educação de Infância 118,5 128,3 125,7 127,5 129,6 129,2 136,2 130,8 121,1 128,1 127,50 4,94 7,0 Educação Física e Desporto 120,3 120,4 114,9 114,2 116,1 117,17 2,96 1,9 Engenharia Agrícola 116,2 119,7 122,3 113,6 117,1 112,3 121,5 129,6 121,1 139,3 121,27 8,03 18,2 Engenharia Alimentar - - - - - 116,6 119,1 124,1 114,9 114,3 117,79 3,98-0,6 Engenharia Biofísica - Ordenamento e Gestão Ambiental 117,3 121,2 130,5 118,1 118,2 114,2 118,1-152,8 128,8 124,35 11,97-24,0 Engenharia Civil - - - - - - - 129,1 120,4 125,9 125,13 4,40 5,5 Engenharia dos Recursos Hídricos 83,8 99,3 113,1 115,5 113,7 114,3 123,2 120,4 110,7-110,44 12,01 - Engenharia Geológica 82,1 96,1 101,9 109,5 112,8 117,5 123,4 114,9 126,3 120,0 110,45 13,62-6,3 Engenharia Informática 128,9 133,6 128,3 131,0 136,1 118,8 126,4 119,3 118,2 122,6 126,32 6,38 4,4 Engenharia Mecatrónica - - - 108,8 117,2 111,2 125,5 126,5 123,2 131,4 120,54 8,38 8,2 Engenharia Química - - - 110,5 115,9 113,0-132,1 117,0 132,3 120,13 9,62 15,3 Engenharia Zootécnica 136,1 147 154,6 147,3 141,3 129,0 128,1 127,6 120,9 138,9 137,08 10,70 18,0 Ensino Básico (1º Ciclo) 135,6 132,6 138,8 136,1 131,5 132,5 128,2 125,2 125,3 124,3 131,01 5,07-1,0 Estudos Portugueses e Espanhóis - - - - - - - - 132,6 132,0 132,30 0,42-0,6 Estudos Teatrais - - - - - - 129,0 131,2 125,3 136,3 130,45 4,60 11,0 Filosofia 147,1 138,8 141,9 139 136,3 127,6 127,3 122,4 134,9 136,8 135,21 7,47 1,9 Física e Química - - - - - - - 120,3 134,0 122,0 125,43 7,47-12,0 Geografia - - - - - - - - 130,3 126,7 128,50 2,55-3,6 Gestão 115,8 124,4 109,1 113,8 115,8 116,0 116,4 120,4 130,5 151,7 121,39 12,19 21,2 História - - - - - - - 147,5 121,1 133,8 134,13 13,20 12,7 História (Ramo Património Cultural) 133,8 127,9 129,3 131,7 125,8 125,2 123,7 125,9 118,8 149,8 129,19 8,37 31,0 Informática e Gestão - - - - - - - 122,4 122,6 115,5 120,17 4,04-7,1 Línguas e Literaturas - - - - - - - - - 126,9 126,90 126,9 Matemática e Ciências da Computação - - - - - - - 116,7 138,0 158,25 137,65 20,78 20,3 Medicina Veterinária 154,9 172,5 172 173,2 167,7 168,7 171,7 165,8 163,6 166,0 167,61 5,53 2,4 Música - - - - - - 131,5 130,8 140,3 142,5 136,25 5,99 2,3 Psicologia - - 161,6 163,7 144,9 165,1 161,4 162,4 153,4 159,6 159,01 6,69 6,2 Química - 139,4 148,5 152,1 142,6 130,9 126,6 115,6 132,8 136,06 12,02 17,2 Sociologia 139,8 129,5 132,4 127,4 130,2 126,4 131,5 126,9 139,2 141,1 132,44 5,60 1,9 Turismo e Desenvolvimento - - - - - - - 144,4 140,7 135,7 140,27 4,37-5,0 Média 127,48 134,06 136,28 133,54 131,65 130,43 132,60 130,35 129,78 134,00 132,0 - - Desvio Padrão 20,65 18,89 19,06 19,07 15,38 17,04 14,73 12,62 12,87 12,33 12,54 - - Fonte: Ministério da Ciência e do Ensino Superior - Direcção Geral do Ensino Superior [29]

IV PERFIL DOS INGRESSADOS NA UNIVERSIDADE DE ÉVORA NO ANO LECTIVO 2005/2006 1 Caracterização dos estudantes Gráfico X V - O sexo 38,5% 61,5% O grupo de estudantes ingressados na Universidade de Évora, no ano lectivo 2005/2006 é maioritariamente constituído por elementos do sexo feminino (61,5%), embora o comportamento desta variável seja bastante heterogéneo ao nível das licenciaturas, como se pode constatar pela análise do Gráfico XVI. [30]

Gráfico XVI - A representatitividade dos sexos nas licenciaturas Engenharia Mecanotrónica Engenharia Geológica Engenharia dos Recursos Hídricos Engenharia Informática Informática e Gestão Educação Física e Desporto Engenharia Civil Engenharia Agrícola Geografia Ciências Físicas Economia Química Física e Química Ciências do Ambiente Turismo e Desenvolvimento Música Matemática e Ciências da Computação Filosofia Gestão Arquitectura Artes Visuais Hist ó ria Engenharia Zootécnica Medicina Veterinária Estudos Teatrais Arquitectura Paisagista Biologia História - ramo de Património Cultural Bioquímica Psicologia Engenharia Química Sociologia Línguas e Lit erat uras - Português e Inglês Ensino Básico - 1º Ciclo Estudos Portugueses e Espanhóis Engenharia Biofísica - Ordenamento e Gestão Ambiental Engenharia Alimentar Educação de Infância 0 10 20 30 40 % 50 60 70 80 90 100 A representatividade dos sexos ao logo do período em análise e entre a população ingressada na Universidade de Évora tem sido mais ou constante, manifestando pequenas oscilações pouco significativas em termos globais, como se pode constatar pela análise do Gráfico XVII. [31]

Gráfico XVII - Evolução da representatividade dos sexos 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 39,4% 38,6% 37,8% 38,8% 42,9% 42,5% 38,5% 60,6% 61,4% 62,2% 61,2% 57,1% 57,5% 61,5% 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 A análise da variável idade revela-nos de uma população jovem, maioritariamente constituída por elementos com idade inferior a vinte anos (59,2% dos respondentes), e com uma média de idades de 21,2 anos. Gráfico XVIII - A idade 6,7% 8,8% 25,3% 59,2% <20 20 a 24 anos 25 a 29 anos + 30 anos A representatividade dos grupos etários em cada uma das licenciaturas aproxima-se muito da que caracteriza o universo em análise. Na maior parte das licenciaturas (64,9%), o grupo com idade inferior a vinte anos representa pelo menos 50% do total de ingressados. [32]

Gráfico XIX - A representatividade dos grupos etários nas licenciaturas Arquitectura Arquitectura Paisagista Artes Visuais Biologia Bioquímica Ciências do Ambient e Ciências Físicas Economia Educação de Infância Educação Física e Desporto Engenharia Agrícola Engenharia Alimentar Engenharia Biofísica - Ordenamento e Gestão Ambiental Engenharia Civil Engenharia dos Recursos Hí dricos Engenharia Geológica Engenharia Informática Engenharia M ecanotrónica Engenharia Química Engenharia Zootécnica Ensino Básico - 1º Ciclo Estudos Portugueses e Espanhóis Estudos Teatrais Filosofia Física e Química Geografia Gestão História História - ramo de Património Cultural Informática e Gestão Lí nguas e Lit erat uras - Português e Inglês M atemática e Ciências da Computação M edicina Veterinária M úsica Psicologia Química Sociologia Turismo e Desenvolvimento <20 anos 20 a 24 anos 25 a 29 anos + de 30 anos 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 % [33]

Quadro XIV Idade média dos ingressados nas licenciaturas Licenciaturas Média Nº respondentes desvio-padrão Arquitectura 19,5 49 2,8 Arquitectura Paisagista 22,8 11 9,3 Artes Visuais 23,4 46 8,2 Biologia 21,0 55 5,7 Bioquímica 19,0 29 1,1 Ciências do Ambiente 19,1 12 2,0 Ciências Físicas 19,6 5 2,7 Economia 20,5 47 4,5 Educação de Infância 19,9 43 2,5 Educação Física e Desporto 20,6 27 5,4 Engenharia Agrícola 24,0 6 5,9 Engenharia Alimentar 19,0 3 1,0 Engenharia Biofísica - Ordenamento e Gestão Ambiental 18,0 1 - Engenharia Civil 21,2 21 4,1 Engenharia dos Recursos Hídricos 23,0 1 - Engenharia Geológica 19,0 2 0,0 Engenharia Informática 19,3 22 1,8 Engenharia Mecanotrónica 22,3 9 4,6 Engenharia Química 20,4 5 2,1 Engenharia Zootécnica 24,6 23 8,8 Ensino Básico - 1º Ciclo 21,0 9 5,0 Estudos Portugueses e Espanhóis 22,8 8 6,9 Estudos Teatrais 22,0 25 7,1 Filosofia 24,3 14 8,9 Física e Química 23,0 6 6,1 Geografia 25,3 20 10,4 Gestão 20,6 59 5,3 História 21,2 14 6,4 História - ramo de Património Cultural 30,6 9 13,4 Informática e Gestão 22,4 9 7,3 Línguas e Literaturas - Português e Inglês 24,6 7 7,3 Matemática e Ciências da Computação 26,0 7 3,7 Medicina Veterinária 19,4 40 2,6 Música 22,1 16 4,3 Psicologia 20,6 67 4,8 Química 18,7 18 1,9 Sociologia 21,3 41 4,8 Turismo e Desenvolvimento 21,2 41 5,7 Total 21,2 827 5,8 [34]

A análise comparativa da média de idades de cada licenciatura, feita a partir da análise do Quadro XIV e do Gráfico XIV, não pode ter em consideração as graduações cujo baixo número de ingressados contribui para o enviesamento dos resultados, uma vez que não estamos perante valores ponderados. Gráfico XX - A média de idades nas licenciaturas 30 26 22 18 Arquitectura Arquitectura Paisagista Artes Visuais Biologia Bioquímica Ciências do Ambiente Ciências Físicas Economia Educação de Infância Educação Física e Desporto Engenharia Agrícola Engenharia Alimentar Engenharia Biofísica - Ordenamento e Engenharia Civil Engenharia dos Recursos Hídricos Engenharia Geológica Engenharia Informática Engenharia Mecanotrónica Engenharia Química Engenharia Zootécnica Ensino Básico - 1º Ciclo Estudos Portugueses e Espanhóis Estudos Teatrais Filosofia Física e Química Geografia Gestão História História - ramo de Património Cultural Informática e Gestão Línguas e Literaturas - Português e Inglês Matemática e Ciências da Computação Medicina Veterinária Música Psicologia Química Sociologia Turismo e Desenvolvimento Uma análise dinâmica desta variável nos últimos cinco anos (Gráfico XXI) revela, no período entre 2001 e 2005, uma ligeira tendência para um aumento da média de idade dos ingressados. A idade média passou gradualmente de 20,29 anos em 2001 para 21,2 anos em 2005. Em relação ao ano transacto, o aumento da idade média não é muito significativo (20,95 anos para 21,2 anos), embora a representatividade dos grupos varie substancialmente, como se pode constatar na análise do Gráfico XXI. [35]

Gráfico XXI - Evolução da representatividade dos grupos etários % 70 60 50 40 30 20 10 0 <20 20 a 24 anos 25 a 29 anos + 30 anos 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Dos estudantes ingressados na Universidade de Évora em 2005, apenas 6,6% não são de nacionalidade portuguesa, de acordo com a informação do Gráfico XXII. Gráfico XXII- Nacionalidade portuguesa? 6,6% sim não 93,4% [36]

Entre os estudantes de nacionalidade estrangeira seis têm nacionalidade europeia e cinco são oriundos dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, como se pode verificar na análise do Quadro XIV. Quadro XV Países de origem Países de origem Frequência de respostas % Angola 10 20,4% Brasil 4 8,2% Canadá 1 2,0% Cabo Verde 7 14,3% França 11 22,4% Alemanha 3 6,1% Luxemburgo 1 2,0% Moçambique 2 4,1% África do Sul 1 2,0% Espanha 2 4,1% EUA 1 2,0% Venuzuela 1 2,0% Outra Europa 1 2,0% Não especificados 4 8,2% Total 49 100 Não aplicável 777 93,4 Não resposta 6 0,7 O distrito de Évora é o mais bem representado entre os alunos ingressados na Universidade de Évora em 2005/2006 pois, de acordo com a informação disponibilizada pelos 774 estudantes respondentes, 34,6% dos agregados familiares residem nesse distrito. Com uma representação também significativa surgem os distritos de Lisboa, Santarém e Beja), constituindo a origem geográfica de, respectivamente, 11,8%; 9,9% e 8,0% dos respondentes (vd Quadro XVI). [37]

Quadro XVI Distrito de residência do agregado familiar Distrito de residência Universidade Frequência de respostas Aveiro Universidade de Aveiro 12 1,6 Beja 62 8,0 Braga Universidade do Minho 10 1,3 Bragança 3 0,4 Castelo Branco 14 1,8 Coimbra Universidade de Coimbra 18 2,3 Évora Universidade de Évora 268 34,6 Faro Universidade do Algarve 30 3,9 Guarda 11 1,4 Leiria 25 3,2 Universidade de Lisboa / Nova de Lisboa / Lisboa Técnica de Lisboa 91 11,8 Portalegre 49 6,3 Porto Universidade do Porto 13 1,7 Santarém 77 9,9 Setúbal 57 7,4 Viana do Castelo 6 0,8 Vila Real Universidade de Trás-os-Montes e Alto-Douro 4 0,5 Viseu 3 0,4 Madeira Universidade da Madeira 14 1,8 Açores Universidade dos Açores 7 0,9 Total de respondentes 774 100,0 % Não respostas 58 7,0 Total de inquiridos 832 100,0 Moda Évora Fonte: Inquérito aos Ingressados 2004 Figura 1 A origem geográfica dos ingressados A representação gráfica da informação constante no Quadro XVI evidencia a representatividade dos distritos entre a população estudantil ingressada na Universidade de Évora em 2005. Entendendo esta representação gráfica numa lógica de coloração decrescente, em que o tom mais escuro corresponde ao distrito mais representado, podemos concluir que a maioria dos estudantes colocados na Universidade de Évora são provenientes de agregados familiares com residência no Centro e no Sul de Portugal. [38]