CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGIA PAULA SOUZA ETEC MARIA CRISTINA MEDEIROS Ensino Médio

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Transcrição:

1 CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGIA PAULA SOUZA ETEC MARIA CRISTINA MEDEIROS Ensino Médio GABRIELA BELO RAMALHO GABRIELLA QUINELATO ABE GABRIELLY PROVENZZANO DA SILVA CORES NA INFÂNCIA Ribeirão Pires 2017

2 GABRIELA BELO RAMALHO GABRIELLA QUINELATO ABE GABRIELLY PROVENZZANO DA SILVA CORES NA INFÂNCIA Trabalho Interdisciplinar do Curso do Ensino Médio, da disciplina de Artes e de Química na Etec Maria Cristina Medeiros, orientado pela Prof.ª Geni Conceição Zottola Benedito, como requisito parcial para participar da FETEPS/2017, Ribeirão Pires 2017

3 RESUMO O objetivo deste trabalho é descrever as etapas do desenvolvimento do projeto denominado Cores na Infância. Com intenção de participar da FETEPS de 2017, na área de Artes, a Profª Geni Conceição Zottola Benedito, solicitou no final do ano de 2016 algo que tenha relevância na área e que possa contribuir com a sociedade atual. Surge a proposta que é proporcionar ajuda e suporte para as pessoas com deficiência visual e portadoras do daltonismo. No início de 2017 demos continuidade aos estudos, com a contribuição do Coorientador Prof. Vilson Cipriano Ribeiro, responsável pela disciplina de Química. Ao longo das pesquisas e estudos, desenvolvemos a proposta voltada para crianças portadoras de daltonismo, uma doença que atinge os olhos no que diz respeito a capacidade de distinguir as cores e suas tonalidades. A partir disso, criamos um protótipo, um giz de cera com aroma que relaciona a cor a um cheiro, para facilitar e ajudar a criança a identificar e trabalhar com as cores na elaboração de pinturas e desenhos, haja vista que nessa fase da vida esses dois processos são fundamentais para o desenvolvimento intelectual criativo. Pudemos testar e verificar a eficiência do nosso protótipo, derretendo e criando nosso próprio giz, inserindo e trabalhando com as essências que pudessem ser associadas as cores. Nossa proposta é fazer com que essas crianças sejam envolvidas nas atividades escolares sem que haja nenhum tipo de discriminação, além de dar apoio e suporte para que elas possam desenvolver sua criatividade da melhor forma possível. Palavra-chave: cores, infância, artes e química.

4 ABSTRACT The objective of this work is to describe the stages of the development of the project called "Colors in Childhood. With the intention of participating in the FETEPS of 2017, in the area of Arts, Prof. Geni Conceição Zottola Benedito, requested at the end of 2016 something that has relevance in the area and that can contribute with the current society. The outline is to provide help and support for people with visual impairment and color blindness that can contribute to today's society. At the beginning of 2017 we continued our studies, with the contribution of Coorientador Prof. Vilson Cipriano Ribeiro, responsible for the discipline of Chemistry. Throughout the researches and studies, we have developed the proposal aimed at children with color blindness, a disease that affects the eyes with regard to the ability to distinguish colors and their tonalities. From this, we create a prototype, in wax chalk with aroma that relates the color to smell, to facilitate and help the child to identify and work with the colors in the elaboration of drawings, since at that stage of life these two processes are Fundamental for creative intellectual development. We were able to test and verify the efficiency of our prototype by melting and creating our own chalk, inserting and working with the essences that could be associated with the colors. Our proposal is to get these children involved in school activities without discrimination, as well as providing support and support so that they can develop their creativity in the best possible way. Key words: Colors, childhood, arts and chemistry

5 INDICE DE ILUSTRAÇÃO FIGURA 01: GARATUJA DESORDENADA... 10 FIGURA 02: GARATUJA ORDENADA... 11 FIGURA 03: GARATUJA NOMEADA... 11 FIGURA 04: PRÉ- ESQUEMÁTICA... 12 FIGURA 05: OLHO... 16 FIGURA 05: VISÃO DO DALTÔNICO... 20 FIGURA 06: VISÃO DO DALTÔNICO... 23 FIGURA 07: TESTE DE CORES DE ISHIHARA... 25 FIGURA 08: GIZ DE CERA E ESSÊNCIA.... 26 FIGURA 09: DERRETENDO O GIZ, PARA RECEBER A ESSÊNCIA.... 27 FIGURA 10: PROTÓTIPO SECANDO... 27 FIGURA 11: PROTÓTIPO... 28 FIGURA 12: EQUIPE COM EPI... 28 FIGURA 13: EQUIPE COM O PROF. VILSON... 29 FIGURA 14: PROTÓTIPO... 29 FIGURA 15: EQUIPE SATISFEITA COM A PROFª GENI E PROF. VILSON... 30

6 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO... 8 1.1. A IMPORTÂNCIA DO DESENHO E DAS CORES NA INFÂNCIA... 8 1.2. DESENHO EVOLUI AO LONGO DA INFÂNCIA.... 10 A. Garatuja desordenada (1 a 2 anos)... 10 B. Garatuja ordenada (2 anos)... 11 C. Garatuja nomeada (3 anos)... 11 D. Pré- esquemática (4 aos 6 anos)... 12 2. JUSTIFICATIVA... 14 2.1. OLHO... 14 A. Coróide... 15 B. Córnea... 15 C. Retina... 16 D. Íris... 16 E. Pupila... 17 F. Cristalino... 17 G. Corpo vítreo... 17 H. Nervo óptico... 17 I. Esclera... 17 J. Corpo ciliar... 18 K. Humor aquoso... 18 L. Bastonetes... 18 M. Cones... 18 3. OBJETIVO... 20 3.1. DALTONISMO... 20 3.2. TIPOS DE DALTONISMO... 22 A. Deuteranopia... 22 B. Tritanopia... 22 C. Protanopia... 22

7 3.3. SINTOMAS... 23 3.4. DIAGNÓSTICO... 23 A. Anomaloscópio de Nagelan... 24 B. Lãs de Holmgren... 24 C. Teste de cores de Ishihara... 24 3.5 Tratamento...26 4. METODOLOGIA... 26 4.1. CRIAÇÃO DO PROTÓTIPO DO GIZ DE CERA COM CHEIRO... 26 A. Matéria Prima... 26 B. Procedimentos químico... 27 C. Fase de secagem... 27 D. Protótipo...,28 E. EPI no Laboratório de química... 28 D. Equipe... 29 E. Equipe & protótipo... 29 F. Equipe satisfeita... 30 5. CONCLUSÃO... 31 6. REFERÊNCIAS... 32

8 1. INTRODUÇÃO Este projeto está voltado a crianças portadoras de daltonismo, uma doença que atinge os olhos no que diz respeito a capacidade de distinguir as cores e suas tonalidades. A partir disso, criamos um giz de cera com aroma para facilitar e ajudar a criança a identificar e trabalhar com as cores e desenhos, haja vista que nessa fase da vida esses dois processos são fundamentais para o desenvolvimento intelectual criativo. As cores estão presentes em todo o ambiente a nossa volta e desde crianças aprendemos a relacioná-las a formas e objetos; entretanto problemas visuais como o daltonismo atingem diversas pessoas e trazem dificuldades para suas vidas. A proposta é voltada para as crianças que possuem essas dificuldades, tentando facilitar seu dia a dia, levando em consideração que é na infância que muitas das nossas capacidades essenciais de expressão são formadas, através de desenhos e rabiscos coloridos. 1.1. A importância do desenho e das cores na infância O que vemos no mundo não são os contornos, e sim o espaço preenchido por cores. São as diferenças de cores que determinam as formas e os contornos. Fazer uma criança desenhar os contornos com linhas seria forçar um desenvolvimento intelectual precoce, já que o contorno sem as cores é uma abstração que não corresponde à realidade percebida pela visão. Assim, é importante que a criança aprenda a criar os contornos a partir das superfícies, pelas diferenças de cores. É muito mais fácil preencher superfícies com cores usando giz de cera do que com lápis ou caneta. Em particular, os blocos (tijolinhos) são excelentes nesse sentido, principalmente para crianças pequenas. Com um lápis ou caneta hidrográfica a tendência é traçar linhas, e não criar superfícies completas preenchidas com cor. O giz de cera, por ser grosso, praticamente impede o traçado de linhas finas.

9 Um lápis permite muito poucas nuances de cor, e praticamente nenhuma na grossura do traço que, aliás, é uniforme nas canetas hidrográficas. Por outro lado, com o giz de cera conseguimos diferentes tonalidades de cor conforme o apertamos mais ou menos no papel. Juntando-se a isso grandes variações na grossura do traço pela inclinação do giz, obtêm-se formas muito mais plásticas. Note-se que na natureza cores uniformes só aparecem, e raramente, nos minerais. Nas plantas e animais, e também nas nuvens, rios e lagos, as cores nunca são uniformes. O exagero da uniformidade de cor e, portanto, do artificialismo, é prejudicial as crianças que são seres muito ligados à natureza e ao ambiente, separando-se deles gradualmente até os 21 anos, algo que ocorre nos desenhos feitos com computador. A textura do material é completamente diferente. No caso do lápis de cor entra-se em contato com um toco fino de madeira, envolvendo a grafite colorida que misteriosamente foi parar lá dentro. No caso da caneta hidrográfica, o contato é com um pedaço de plástico artificial, uniforme e de cheiro desagradável. No caso do giz de cera, a criança sente um material muito menos artificial; a cor do lápis ou bloco não é totalmente uniforme, e o contato é com o próprio material que vai produzir a cor no papel. O giz de cera pode ser usado por crianças muito pequenas, logo que começam a rabiscar até as paredes da casa. Para crianças pequenas, o uso dos blocos é preferível pois a superfície para riscar é muito maior, e exigem menos coordenação motora para segurar. Desenhar é fundamental para que a criança aprenda uma forma diferente de se expressar, a fazer representações sobre o que vê, imagina, sente, é uma outra forma de linguagem que permite desenvolvimentos distintos daqueles que a linguagem oral e a escrita proporcionam. É interessante considerar que o desenho da criança muitas vezes tem seu valor no processo, e não em seu resultado. A experiência que o ato de desenhar proporciona para as crianças, a experimentação do uso dos materiais, dos suportes e dos gestos que realiza é mais importante que o produto em si.

10 A criança se expressa através de cores, de traços, de imagens, do uso do suporte, pois tudo pode ter significado ou tudo pode ser só experimentação. Enquanto desenha, seu filho adquire muitos aprendizados. O primeiro deles é controlar o giz de cera, o lápis ou a caneta. Usar o dedo indicador e o polegar, em um movimento de pinça, é resultado do desenvolvimento da coordenação motora fina. Ao escolher o que desenhar, mesmo que os traços sejam entendidos apenas por ele, a criança está expressando seus pensamentos. Desenhar é uma forma de comunicação e é uma maneira de demonstrar sua percepção do mundo à sua volta, da situação que está vivendo, diz a educadora Lisie De Lucca, coordenadora de cultura do Colégio Porto Seguro, em São Paulo. 1.2. Desenho evolui ao longo da infância. A. Garatuja desordenada (1 a 2 anos) A criança não tem consciência de que o risco é a consequência de seu movimento com o lápis. Não olha para o que faz, segura o lápis de várias maneiras, com as duas mãos alternadamente. Todo o corpo acompanha o movimento enquanto faz o desenho. Faz figuras abertas (linhas verticais ou horizontais) em movimentos de vai e vem. Figura 01: Garatuja desordenada Fonte: Amigas da Educação 2017.

11 B. Garatuja ordenada (2 anos) A criança descobre a relação traço-gesto e se entusiasma. Passa a olhar o que faz, tentando controlar o tamanho, a forma e a localização no papel, variando as cores intencionalmente. Começa a fechar suas figuras de forma circular ou espiralada. Figura 02: Garatuja ordenada Fonte: História da Arte, 2017 C. Garatuja nomeada (3 anos) Representa intencionalmente um objeto concreto, através de uma imagem gráfica, passa mais tempo desenhando. Distribui melhor os traços pelo papel descrevendo verbalmente o que fez e começa a anunciar o que vai fazer. Alguns movimentos circulares associados a verticais começam a dar forma à figura humana. A cabeça é desenhada maior do que o restante do corpo. Figura 03: Garatuja nomeada Fonte: História da Arte, 2017

12 D. Pré-esquemática (4 aos 6 anos) Inicia a descoberta da relação entre o desenho, o pensamento e a realidade. Quanto aos espaços, os desenhos são dispersos inicialmente, não relacionados entre si. A representação da figura humana evolui em complexidade e organização aparecem lentamente os braços, as mãos, os pés, muitas vezes com vários dedos radiados, às vezes o corpo aparece. A criança desta fase não consegue organizar graficamente um todo coerente. Os objetos são desenhados de forma solta e a relação entre eles é subjetiva. Em relação à cor, a escolha é subjetiva e ligada às emoções do que está sendo vivido. Figura 04: Pré- esquemática Fonte: História da Arte, 2017 Além disso, colorir também é uma atividade que envolve as crianças e mesmo aqueles simples rabiscos, como consideram os adultos, feitos por elas ainda bem pequenas, incentivam o desenvolvimento de capacidades essenciais. Expressão, conhecimento das cores, coordenação, aperfeiçoamento das capacidades motoras, concentração, limites e a paciência de fazer a tarefa até o final: tudo isso pode ser observado em uma criança enquanto ela se diverte pintando. Segundo a pedagoga Márcia Murilo, nesse período que as crianças começam a identificar as cores dos objetos e relacionálas.

13 Eles ficam mais atentos com as cores que estão a sua volta, como por exemplo, observam que o céu é azul, que a grama é verde e que frutas como a maçã são da cor vermelha. Com o lápis de cor, eles repassam esse novo aprendizado para o papel. Explica a profissional. O bebê pode pintar e conhecer diferentes materiais, mas é no início da educação infantil que as crianças começam a utilizar os lápis coloridos, giz de cera, canetas hidro cores e tintas com maior ênfase. É nessa fase que elas passam a perceber as diferentes tonalidades, associá-las aos temas que as rodeiam e repassam isso para os seus desenhos. Pintar é uma experiência importante e desde pequena a criança investiga e transforma a possibilidade de colorir num mundo imenso de novas possibilidades. Por isso esse processo é tão importante no desenvolvimento infantil e deve ser levado a sério e estimulado tanto por pais quanto por professores e educadores. Tanto o desenho quanto o ato de colorir contribuem para o aprendizado da criança e a partir disso, nosso projeto visa ajudar no reconhecimento e associação das cores por crianças daltônicas, tentando ao máximo amenizar os impactos que a doença traz no dia a dia da criança e seu desenvolvimento.

14 2. JUSTIFICATIVA As cores estão presentes em todo o ambiente a nossa volta e desde crianças aprendemos a relacioná-las a formas e objetos; entretanto problemas visuais como o daltonismo atingem diversas pessoas e trazem dificuldades para suas vidas. Nossa proposta é voltada para as crianças que possuem essas dificuldades, tentando facilitar seu dia a dia, levando em consideração que é na infância que muitas das nossas capacidades essenciais de expressão são formadas, através de desenhos e rabiscos coloridos. 2.1. Olho O olho é o órgão responsável pelo sentido da visão. Encontrado em todos os animais vertebrados, ele é localizado em cavidades ósseas no crânio chamadas órbitas. Sua tarefa é converter as ondas de luz emitidas ou refletidas por objetos em impulsos elétricos, que serão enviados ao cérebro. Todas as informações fornecidas por este órgão fotorreceptor têm um papel dominante para a interpretação do mundo pelo ser humano. Ou seja, o olho é fotorreceptor e um conversor de energia luminosa em energia elétrica, ou impulsos nervosos, além de ser um eficiente transportador destes impulsos para o cérebro. São músculos, nervos, veias sanguíneas e lente que se ligam para permitir a rotação do globo ocular e a focalização das imagens. O nervo óptico, por sua vez, faz a conexão entre o globo ocular e o sistema nervoso central. O interior do olho é preenchido por um fluido que, juntamente com a camada de tecido externa, mantém a forma arredondada, protegendo o olho contra forças mecânicas exteriores. Da mesma forma, uma membrana mais externa ainda, denominada de conjuntiva, recobre a superfície interior das pálpebras e a superfície anterior do globo ocular. Ela produz muco para lubrificação do olho, evitando o ressecamento.

15 As três camadas de tecido que constituem o globo ocular, ou túnicas, são: fibrosa (externa), vascular (intermédia) e nervosa (interna). A primeira é composta pela esclera e a córnea. A esclera dá forma e proteção ao olho, além de sustentação para os músculos que o movimentam. Ela é a membrana branca e opaca encontrada na maior parte de sua superfície. A parte restante e frontal do globo é recoberta pela córnea, membrana transparente que atua como uma lente convergente. A. Coróide Coróide, corpo ciliar, íris e cristalino (lente) são encontrados na túnica vascular. Estes elementos estão relacionados, respectivamente, com a nutrição e proteção do olho, sustentação e mudança da espessura do cristalino e bloqueio do excesso de luz que poderia queimar a retina. A retina é a túnica nervosa, propriamente dita. Está repleta de fotorreceptores cones e bastonetes para a percepção visual, além de células bipolares e ganglionares para a transmissão dos impulsos visuais para o nervo óptico. B. Córnea Córnea permite a passagem de ondas de luz para o interior do globo ocular. Mas, nem toda a luz atinge a área posterior do olho, revestida pela retina. Isto porque, a íris um músculo contrátil opaco e pigmentado em sua superfície regula a quantidade de luz adequada que poderá penetrar no olho. Este músculo, que dá a cor aos nossos olhos, opera como um diafragma ao aumentar ou diminuir uma abertura em seu centro, a pupila. O recurso evita que uma quantidade excessiva de luz possa queimar a retina. Imediatamente atrás da íris, o cristalino toma a espessura adequada para focar o feixe de luz na retina, conforme constrição ou relaxamento do corpo ciliar ligado a ele. O feixe de luz chega à retina invertido, como a imagem de um espelho, e de pontacabeça devido à refração da luz pelo cristalino.

16 C. Retina A retina é como um filme fotográfico. Ela contém células receptoras pigmentadas cones e bastonetes que convertem a luz em pulsos elétricos. Outras células da retina, bipolares e ganglionares fazem a coleta destes pulsos. Os impulsos de várias células receptoras são coletados por uma única célula ganglionar. Esta convergência aumenta a intensidade de luz, ou seja, uma luz fraca estimulando mil bastonetes produz um estímulo fortíssimo. Os impulsos intensificados são levados pelo nervo óptico ao cérebro. Olhos e cérebro trabalham em conjunto para transformar ondas de luz em sensações que conhecemos por visão. A estrutura dos olhos: Figura 05: Olho Fonte: Museu escola, 2017 D. Íris A íris é um órgão interno que faz parte do globo ocular protegido pela córnea do olho, sendo colorida e cuja função é controlar os níveis de luz assim como faz o diafragma de uma câmera fotográfica. A pupila é a abertura para a entrada de luz que é controlada pela íris. A íris é formada no início da gravidez durante os três primeiros meses de gestação. Sua estrutura é completada aos oito meses e após esse tempo

17 E. Pupila A pupila é o círculo preto que nós vemos nos olhos das pessoas. Uma importante função da pupila é controlar a quantidade de luz que vai para o olho. Quando estamos em um ambiente muito claro, a pupila se retrai, permitindo a entrada de apenas uma pequena quantidade de luz. Quando o ambiente está escuro, a pupila se expande, fazendo com que uma grande quantidade de luz alcance o olho. F. Cristalino O cristalino é uma estrutura clara que fica localizada atrás da pupila. Sua principal função é prover fino-ajuste para o foco e a leitura. O cristalino realiza esta função alterando sua própria forma, conforme necessidade. Entre os 40 e 50 anos, a lente perde esta flexibilidade, podendo a pessoa adquirir Presbiopia. Aos 60 ou 70 anos, a lente pode se tornar escura e dura (formação da catarata), impedindo a entrada da luz no olho. G. Corpo vítreo Substância clara, parecida com um gel, localizada dentro da cavidade do olho. Sua finalidade é fornecer uma forma esférica para o olho. No vítreo podem aparecer pequenos pontos pretos, conhecidos como moscas volantes, os quais são mais comuns em pessoas com miopia. H. Nervo óptico Nervo óptico transmite as imagens da retina até o cérebro. I. Esclera Esta é a parte branca que nós conseguimos enxergar nos olhos das pessoas. O objetivo dela é prover força e proteção aos olhos.

18 J. Corpo ciliar O corpo ciliar é um tecido da camada intermediária do olho, composto pelo músculo ciliar e os processos ciliares. Sua presença no olho apresenta três funções principais: a acomodação do olho, a produção do humor aquoso e a produção e manutenção das zônulas do cristalino. K. Humor aquoso Humor aquoso é um líquido incolor, transparente, de consistência aquosa, constituído por água e sais dissolvidos. Sua função é nutrir a córnea e o cristalino, além de, conforme citado, regular a pressão interna do olho. O líquido se localiza nas câmaras oculares, uma cavidade situada entre a cavidade do olho, a córnea e o cristalino. L. Bastonetes São células da retina dos olhos dos vertebrados, que detectam os níveis de luminosidade. São basicamente responsáveis pela visão noturna, têm este nome devido à sua forma alongada e cilíndrica e são também usados na visão periférica. Estas células estão concentradas mais externamente na retina e existem, na retina dos humanos, cerca de 120 milhões de bastonetes. São 100 vezes mais sensíveis à luz que os cones, mas detectam apenas tons de branco, preto e cinza. M. Cones São as células do olho dos animais que têm a capacidade de reconhecer as cores, segundo a teoria tricromática (teoria de Young-Helmholtz). Existem aproximadamente 6 milhões de cones em cada olho humano concentrados na região fóvea. Sendo estes

19 os responsáveis pela percepção das cores, quando existe uma anomalia ou ausência de algum dos fotopigmentos nas terminações dos cones estamos na presença do daltonismo. Há três tipos de cones: um que se excita com luz vermelha, outro com luz verde e o terceiro, com luz azul.

20 3. OBJETIVO Nosso objetivo é proporcionar ajuda e suporte para as pessoas portadoras do daltonismo, em especial as crianças, devido à importância que atividades simples como desenhar e colorir possuem nesse período e também ao longo da vida dessas pessoas, criando uma ferramenta de pintura com a identificação de nome e odor, para facilitar e relacionar cada cor da paleta de cores. 3.1. Daltonismo O daltonismo, também conhecido como discromatopsia ou discromopsia, é um tipo de deficiência visual em que o indivíduo não é capaz de reconhecer e diferenciar algumas cores específicas. Representa uma anomalia hereditária recessiva ligada ao cromossomo sexual X, caracterizando a incapacidade na distinção de algumas cores primárias, como o vermelho e o verde, por exemplo, que são as principais e mais raramente, possuem dificuldades com o amarelo e o azul. Um grupo muito pequeno de pessoas, porém, tem visão acromática, ou seja, só enxerga tons de branco, cinza e preto. Figura 05: Visão do Daltônico Fonte: Arquiteto Daltônico, 2017

21 Cada cor do arco-íris corresponde a um comprimento diferente de onda de luz. Quando refletida ou emitida por um corpo, ela alcança o olho, atravessa uma lente, o cristalino, e é projetada na retina, uma região no fundo do olho que capta os estímulos luminosos, transforma em impulsos elétricos e os transmite para o cérebro através do nervo ótico. Na quase totalidade dos casos, o daltonismo é uma condição geneticamente hereditária e recessiva, ligada ao cromossomo sexual X. Raramente, o transtorno afeta as mulheres, porque possuem dois cromossomos X. Por se tratar de uma anormalidade relacionada ao sexo, existe distinta interpretação genotípica e respectivos fenótipos para os gêneros masculino e feminino. Assim, é observado com mais frequência em homens do que em mulheres, em virtude de o gênero masculino possuir apenas um cromossomo X (o outro é Y), enquanto o feminino possui dois X (portanto XX). Dessa forma, uma mulher daltônica necessariamente deve possuir genótipo homozigótico recessivo XdXd. A heterozigose XDXd ou XdXD (apenas uma inversão na posição convencional da escrita), não condiciona a manifestação da anomalia, mas indica que essa é portadora e pode transmitir a característica em questão aos descendentes. Em homens, basta o seu único cromossomo X possuir o gene recessivo, que esse será daltônico. Já com as mulheres, quando elas recebem de um dos pais o cromossomo com a mutação genética, o outro, que é normal, compensa a alteração. Na retina, existem dois tipos de células fotossensoras: os cones e os bastonetes. Os cones são responsáveis pela visão diurna e a percepção das cores. Eles podem ser de três tipos diferentes. Cada um deles responde ao comprimento de onda das cores vermelho, verde, azul e suas variantes.

22 Os bastonetes não são sensíveis à diferenciação de cor. Como funcionam com pouca luz, possibilitam melhor visão noturna e periférica, produzindo imagens em preto e branco com todas as suas gradações. A causa do daltonismo, portanto, é uma alteração no pigmento dos cones, ou a ausência dessas células fotorreceptoras, o que interfere na capacidade de distinguir algumas cores e na percepção de outras cores do espectro. 3.2. Tipos de daltonismo A. Deuteranopia Ausência ou diminuição dos cones verdes sensíveis às ondas de comprimento médio. Na falta deles, a pessoa enxerga em tons de marrom. B. Tritanopia Dificuldade para enxergar ondas curtas como os diferentes tons de azul e o amarelo, que adquire tons rosados. C. Protanopia Diminuição ou ausência do pigmento vermelho, sensível às ondas de comprimento longo. Nesse caso, a pessoa enxerga em tons de bege, marrom, verde ou cinza. Obs: algumas pessoas podem apresentar a disfunção em dois tipos de cones e apenas distinguir uma das cores, em geral, o verde ou o vermelho.

23 Figura 06: Visão do Daltônico Fonte: Tipos de Daltônicos, 2017 3.3. Sintomas Os sinais e sintomas de daltonismo costumam variar de intensidade conforme a pessoa e de acordo com o tipo do distúrbio. Em geral, os sinais mais comuns podem incluir: - Dificuldade para enxergar cores e suas diferentes tonalidades e brilhos de maneira normal; - Incapacidade de distinguir a diferença entre as tonalidades de cores iguais ou semelhantes; Muitas vezes, os sintomas podem ser tão leves que algumas pessoas podem nem perceber que são daltônicas. Mas é muito comum que os pais notem sinais de daltonismo quando uma criança está aprendendo a diferenciar as cores. 3.4. Diagnóstico Existem três exames que permitem não só fazer o diagnóstico do daltonismo, como determinar o grau de comprometimento na percepção das cores: o anomaloscópio de Nagelan, as lãs de Holmgren e o teste de cores de Ishihara. Este último utiliza cartões com grande número de pontos coloridos, que têm no centro uma letra ou um número só identificados pelas pessoas com visão normal. Para as crianças não alfabetizadas, foram criados cartões que têm, no centro, desenhos ou figuras geométricas fáceis de serem reconhecidos.

24 A. Anomaloscópio de Nagelan O exame consiste em dividir o campo de visão do paciente em duas partes. Uma delas é iluminada por uma luz monocromática amarela padrão, enquanto a outra é iluminada por umas diversas luzes monocromáticas verdes e vermelhas. O examinado deve mexer em botões de ajuste para tentar igualar as tonalidades dos dois campos visuais, alterando a razão entre a intensidade das luzes vermelha e verde, e modificando a intensidade da luz amarela. Através da comparação entre a tonalidade real e a visualizada pelo paciente é possível determinar qual o tipo e o grau do daltonismo. B. Lãs de Holmgren Consiste na avaliação da capacidade de separar determinados fios de lã em diversas cores. C. Teste de cores de Ishihara Consiste na exibição de uma série de cartões pontilhados em várias tonalidades diferentes. Esse é o método mais frequentemente utilizado para se diagnosticar a presença do daltonismo, sobretudo nas deficiências envolvendo a percepção das cores vermelho e verde. Uma figura (normalmente uma letra ou algarismo) é desenhada em um cartão contendo um grande número de pontos com tonalidades que variam ligeiramente entre si, de modo que possa ser perfeitamente identificada por uma pessoa com visão normal. Porém um daltônico terá dificuldades em visualizála.

25 Figura 07: Teste de cores de Ishihara Fonte: Tipos de Daltônicos, 2017 3.5. Tratamento Quanto ao tratamento, muitas vezes, a pessoa nem sabe que é portadora de daltonismo, uma condição que não tem cura nem tratamento específico por enquanto. O único recurso que não corrige o daltonismo, mas melhora um pouco o contraste é a utilização de lentes de óculos com filtro de cor. No entanto, quando o daltonismo for um defeito adquirido e não uma herança genética, pode regredir ou estabilizar desde que a causa da disfunção seja combatida e a pessoa responda bem ao tratamento. O cromossoma X consiste em um dos cromossomos responsáveis pela determinação do sexo do ser humano. Em cada conjunto de seus 23 pares de cromossomos, os seres humanos possuem um par de cromossomos responsáveis pelo sexo. As mulheres possuem dois cromossomos X e os homens, um cromossomo X e um cromossomo Y. Das 3.200 doenças hereditárias identificadas até hoje, 307 podem ser atribuídas a ocorrência de mutações ou falhas no cromossomo X, como por exemplo, o daltonismo.

26 4. Metodologia O projeto visa proporcionar ajuda e suporte para pessoas portadoras de daltonismo, em especial, as crianças, haja vista que é nesta fase que atividades como desenhar e colorir auxiliam no desenvolvimento de determinadas capacidades do indivíduo. Para isso, voltamos para pesquisas científicas sobre a doença em questão, além de estudos acerca das consequências que essa deficiência traz para os portadores. Além disso, foram consultadas opiniões médicas e relatos de portadores. 4.1. Criação do protótipo do giz de cera com cheiro A. Matéria Prima Figura 08: Giz de cera e essência. Fonte: Foto do acervo da equipe 2017

27 B. Procedimentos químico Figura 09: Derretendo o Giz, para receber a essência. Fonte: Foto do acervo da equipe 2017 C. Fase de secagem Figura 10: Protótipo secando Fonte: Foto do acervo da equipe 2017

28 D. Protótipo Figura 11: Protótipo Fonte: Foto do acervo da equipe 2017 E. EPI no Laboratório de química Figura 12: Equipe com EPI Fonte: Foto do acervo da equipe 2017

29 D. Equipe Figura 13: Equipe com o Prof. Vilson Fonte: Foto do acervo da equipe 2017 E. Equipe & protótipo Figura 14: Protótipo Fonte: Foto do acervo da equipe 2017

30 F. Equipe satisfeita Figura 15: Equipe satisfeita com a Profª Geni e Prof. Vilson Fonte: Foto do acervo da equipe 2017 Nos voltamos para o desenvolvimento de um giz de cera com a inclusão de fragrâncias para representação de cada cor, onde cada cheiro reconhecido pelo olfato da criança seria equivalente a identificação da cor em questão. Para isso, contamos com a orientação do Professor Vilson Cipriano Ribeiro, de química, a fim do desenvolvimento de um protótipo. E após, unindo o cheiro ao giz. Este seria testado em escolas primárias, onde ocorre as bases do aprendizado e quando as cores são essenciais no desenvolvimento.

31 5. CONCLUSÃO Visando que atualmente 5% da população mundial possui daltonismo, nosso projeto se volta para esse problema durante a infância, buscando uma alternativa que ajude os portadores a se integrarem em meio ao ambiente escolar vigente nesta fase. Após alcançarmos os resultados almejados com o protótipo, partiremos para os testes e assim, a proposta de inserção, sendo divulgada em toda a sociedade escolar da região, para logo em seguida ser difundida no mercado.

32 6. REFERÊNCIAS AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia em Contexto. 1. Ed. São Paulo: Moderna, 2013. ARAÚJO, K. S. Qualificação no desenvolvimento e controle de qualidade visual das cores. Cerâmica Industrial. v. 7, n. 4. Julho/Agosto, 2002. Disponível em:. Acesso em maio 2017. COSTA, G. L. S. C. Daltonismo e suas conseqüências. Rev. Oftalmologia. Goiás. Agosto. 2011. Disponível em:. Acesso em maio 2017. Vieira, T.O.C. Cerca de 15 milhões de brasileiros, são acometidos pelo daltonismo em menor ou maior grau [entrevista]. Jornal Direitos, out.-nov., 2011. Disponível em:. Acesso em: mar. 2017. Fernandes, L.C.; Urbano, L.C.V. Eficiência dos testes cromáticos de comparação na discromatopsia hereditária: relato de casos. Arq. Bras. Oftalmol, v. 71, n. 4, p. 585-588, 2008