AÇÕES AFIRMATIVAS COM A DIVERSIDADE: REFLETIR, AGIR, REPENSAR, ATUAR

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Transcrição:

AÇÕES AFIRMATIVAS COM A DIVERSIDADE: REFLETIR, AGIR, REPENSAR, ATUAR SERGIO BAPTISTA DA SILVA 1 UFRGS Este número especial da Espaço Ameríndio tem como objetivo principal contribuir para a discussão sobre ações afirmativas na pósgraduação na universidade brasileira, especialmente na área da Antropologia, trazendo à cena diferentes experiências institucionais, docentes e discentes, colocando-as em diálogo. Na sua origem, ele é fruto das atividades desenvolvidas por uma comissão de professores e alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGAS/UFRGS), instituída no final do ano de 2014 por sua Coordenação, e composta pelos docentes Sergio Baptista da Silva, Emerson Alessandro Giumbelli e Denise Fagundes Jardim, e pelos discentes Miguel Herrera e Amanda dos Santos. Tal Comissão de Ações Afirmativas foi criada com o intuito de juntar elementos e informações sobre políticas afirmativas implementadas ou elaboradas por programas de pós-graduação em Antropologia no Brasil, refletir sobre elas internamente e, ao final, sugerir ao conselho do PPGAS uma proposta de política afirmativa que leve em conta os aspectos relacionados aos procedimentos seletivos para o 1 Professor no Departamento e no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFRGS. Coordenador do Núcleo de Antropologia das Sociedades Indígenas e Tradicionais (NIT-UFRGS). E-mail: sergiobaptistadasilva@gmail.com.

8 ingresso, às formas de acompanhamento e aos mecanismos ligados à permanência de aluno(a)s ligado(a)s a ações afirmativas no Programa. Partindo do princípio de que ações afirmativas dizem respeito a um conjunto de políticas públicas para proteger minorias e grupos que, em uma determinada sociedade, tenham sido discriminados no passado, visando remover barreiras, formais e informais, que impeçam o acesso de certos grupos ao mercado de trabalho, universidades e posições de liderança (OLIVEN, 2007, p. 30) e de que estas desigualdades sociais e raciais se agudizam nos contextos de hegemonia das epistemologias moderno-ocidentais, especialmente em universidades, a Comissão de Ações Afirmativas do PPGAS/UFRGS, propôs, organizou e executou o Seminário Ações afirmativas no PPGAS/UFRGS: diálogos com experiências de inclusão e permanência de estudantes indígenas, negros e de pessoas com deficiência na Universidade brasileira, nos dias 9 e 10 de novembro de 2015, no Auditório do ILEA, Câmpus do Vale, aberto a toda a comunidade da UFRGS, com a presença dos seguintes painelistas: Mesa 1 (9.11.15, manhã) - Antonio Carlos de Souza Lima (MN/UFRJ); Anderson Lucas da Costa Pereira (MN/UFRJ, aluno); Marcela Coelho de Souza (PPGAS/UnB); Francisco Apunirã (PPGAS/UnB, doutorando); Ana Elisa Freitas (UFPR) e Ailton Krenak (líder indígena).

9 Mesa 1 Mesa 1

10 Mesa 2 (9.11.15, tarde) - Antonella Tassinari (PPGAS/UFSC); Larisse Pontes (mestranda, PPGAS/UFSC); Willian Luiz da Conceição (mestrando, PPGAS/UFSC); Raimundo Nonato Pereira da Silva (PPGAS/UFAM); Rosilene Fonseca Pereira (PPGAS/UFAM, mestre, piratapuya); Rosani de Fátima Fernandes (PPGAS/UFPA, doutoranda, kaingang). Mesa 2 Mesa 3 (10.11.15, manhã) Parte 1: Karen Bruck (Coordenadoria de Acompanhamento de Ações Afirmativas - CAF/UFRGS); Maria Aparecida Bergamaschi (PPGEdu/UFRGS); José Rivair (PPGHist/UFRGS); Bruno Ferreira (PPGEdu/UFRGS, kaingang, mestre); Zaqueu Claudino (PPGEdu/UFRGS, kaingang, mestre); Danilo Braga (PPGHist/UFRGS, kaingang, mestre); Parte 2: Liliana Passerino (PPGEdu/UFRGS); José Carlos dos Anjos (PPGS/UFRGS); Marcus Morais (PPGEdu/UFRGS, pessoa com deficiência) e Felipe Mianes (PPGEdu/UFRGS, pessoa com deficiência).

11 Mesa 3 Parte 1 Mesa 3 Parte 2 A realização do referido Seminário teve por objetivos contribuir para a instituição e consolidação das políticas afirmativas para a inclusão de indígenas, negros e pessoas com deficiência em um ensino superior de qualidade, especialmente na pós-graduação, e criar um fórum institucional para a discussão sobre seu ingresso e permanência nas universidades, tendo reunido representantes dos programas de pósgraduação em Antropologia e de outras disciplinas que vêm

12 desenvolvendo políticas afirmativas, além de estudantes indígenas, negros e de pessoas com deficiência, de diversas regiões do país, que passaram por estas ações, objetivando uma ampla discussão, trocas de experiências e interaprendizagem, no sentido de alcançar uma melhor compreensão da questão, seus desafios e alcances em torno da construção destas políticas, especialmente na UFRGS, e, particularmente, no PPGAS. Aos painelistas convidados, para sua apresentação, foi solicitada uma avaliação: 1. sobre o processo seletivo diferenciado no seu programa de pósgraduação: critérios e procedimentos; 2. sobre a necessidade de algum mecanismo de acolhida do(a)s selecionado(a)s (antes de começarem a participar das disciplinas); 3. sobre as medidas que incidem sobre a permanência e acompanhamento de estudantes selecionado(a)s por ação afirmativa: a) relação com idiomas, b) necessidade de um tutor ou comissão de acompanhamento, c) importância de bolsa e outros auxílios, d) outros aspectos relevantes. A estrutura do Seminário comportou dois momentos, articulados entre si. O primeiro dia contou com duas mesas, uma pela manhã, outra à tarde, com as experiências institucionais, docentes e discentes, e suas reflexões, seguidas de ampla discussão com a plenária. No segundo dia, turno da manhã, houve uma mesa de relatos das experiências na UFRGS (Coordenadoria de Acompanhamento de Ações Afirmativas/CAF, PPGEdu, PPGHist, PPGS, orientadores e alunos de graduação e de pós-graduação), seguida de discussão. Para ambos os momentos, foi executada uma relatoria, tanto das apresentações como das discussões, por uma equipe composta por pósdoutorando, doutorandos e mestrandos do PPGAS/UFRGS, por um

13 doutorando do PPGS/UFRGS, por um doutorando do PPGAS/PUC-Lima, além de estudantes de graduação em Ciências Sociais e Letras da UFRGS. Tais relatórios, ora publicados neste número especial da Espaço Ameríndio, são trabalhos autorais, etnografias do evento que retratam a percepção de seus autores sobre as falas e os debates, e não foram revisados pelos painelistas. Eles têm os seguintes autores: 1. Valesca Ames (PPGS/UFRGS), Mesa 1 09/11/15 Sessão da manhã; 2. Pablo Quintero (PPGAS/UFRGS), Mesa 1-09/11/15 - Sessão da manhã; 3. Carmem Guardiola (NIT/UFRGS), Mesa 1 09/11/15 Sessão da manhã; 4. Bruno Guilhermano Fernandes (PPGAS/UFRGS), Mesa 2 09/11/15 Sessão da tarde; 5. Herbert Walter Hermann (PPGAS/UFRGS), Mesa 2 09/11/15 Sessão da tarde; 6. Cláudio Luís C. S. Ribeiro (PUC/Lima), Mesa 3 10/11/15; 7. Helena Fietz e Valéria Aydos (PPGAS/UFRGS), Mesa 3-10/11/15; 8. Alana Fries (NIT/UFRGS), Mesa 3-10/11/15. A intenção de publicá-los imediatamente após a realização do seminário foi a de divulgar as ideias e experiências compartilhadas pelos seus painelistas e participantes, objetivando construir e contextualizar um quadro de referências para a proposição pela Comissão de AA do PPGAS/UFRGS, no início de 2016, de uma efetiva política institucional de ações afirmativas no Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFRGS para esses grupos, assegurando sua permanência e sucesso acadêmico, sinalizando alternativas para a qualificação das políticas institucionais de inclusão destes estudantes na pós-graduação, e, em especial, sugerir as bases epistêmicas, culturais, sociais, bem como os critérios e os mecanismos práticos próprios, para alcançar a inclusão, formação e permanência de estudantes pertencentes a esses grupos no Programa de Pós-graduação em Antropologia Social.

14 Igualmente, esperamos que a leitura destes relatórios possa propiciar uma ampla reflexão sobre ações afirmativas na pós-graduação brasileira, permitindo um constante repensar e um aprimoramento destas políticas através de uma sempre renovada atuação com a diversidade. Referências bibliográficas OLIVEN, A. Ações afirmativas, relações raciais e política de cotas nas universidades: uma comparação entre os Estados Unidos e o Brasil. Educação, n. 1, jan./abr, 2007, p. 29-51. Recebido em: 14/11/2015 * Aprovado em: 14/12/2015 * Publicado em: 31/12/2015