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Transcrição:

AÇÃO CIVIL PÚBLICA (7100) PROCESSO Nº 25204-41.2015.4.01.3400 AUTOR: DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO RÉ: UNIÃO FEDERAL DECISÃO Trata-se de ação civil pública, com pedido de antecipação da tutela inaudita altera pars, ajuizada pela DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO em desfavor da UNIÃO FEDERAL, objetivando, liminarmente, que seja determinado à Ré rever imediatamente o teor dos itens 3.1.2, alínea b, e 16.2 do Edital de Abertura do Concurso Público de Admissão à Escola Naval (CPAEN), de forma a viabilizar a inscrição no curso das pessoas casadas, que vivam em união estável ou que tenham filhos, bem como para obstar o desligamento de candidato(a)s aprovado(a)s aos cursos oferecidos pela Escola Naval que se encontrem nas situações anteriores ou em estado de gravidez, conferindo a estas últimas tratamento análogo ao previsto no art. 11-A, 1, da Lei n 12.705/12, bem como a assistência de que trata a Lei n 6.202/75. Sucessivamente, requer que seja determinado à Ré dar ampla divulgação da referida mudança editalícia no sítio do certame na internet (https://www.ensino.mar.mil.br/), em prazo suficiente para que os interessados possam ter conhecimento da alteração editalícia antes do término do período de inscrição (fls. 9/10). Argumenta que o item 3.1.2, alínea b, do edital que rege o certame, afasta potenciais candidatos do processo seletivo tão somente por terem Pág. 1/5

constituído família. Afirma que, na atual ordem constitucional, não é admitido verter o acesso à educação em instituições oficiais, ainda que junto às Forças Armadas, em forma de interdito do planejamento familiar dos candidatos. Assevera que o teor do artigo 144, 1 e 2, do Estatuto dos Militares (Lei n 6.880/80 que, a rigor, aplicam-se apenas àqueles já submetidos à disciplina militar, e não a candidatos dos processos seletivos de ensino da Marinha - colide frontalmente com o texto constitucional, sendo duvidosa sua recepção pelo atual ordenamento jurídico, que consagra a liberdade individual, aqui plasmada na inviolabilidade da intimidade, da vida privada e do planejamento familiar. Quanto ao item 16.2, argumenta que o referido dispositivo comporta críticas em todo semelhantes àquelas dirigidas ao item 3.1.2, alínea b, tendo em vista o evidente constrangimento ao direito de livre planejamento familiar das mulheres matriculadas em cursos da Escola Naval, mormente por se tratar a gravidez de estado fisiológico temporário, e não de patologia. Defende que a urgência do provimento jurisdicional antecipatório reside no fato de que o prazo para inscrição no certame está em curso até o dia 05/06/2015, de forma que a demora no julgamento da demanda contribuirá para o desestímulo dos candidatos e candidatas que constituíram família e/ou estejam grávidas. Junta documentos (fls. 11/34). É o relatório. Decido. Nos termos do artigo 273 do Código de Processo Civil, a antecipação dos efeitos da tutela pretendida exige a presença de prova inequívoca que convença o juiz da verossimilhança do pedido, além do fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ou, ainda, que fique caracterizado o abuso de Pág. 2/5

direito de defesa ou de manifesto propósito protelatório por parte do réu, desde que não haja risco de irreversibilidade do provimento antecipatório (art. 273 e incisos do CPC). Analisando o caso concreto ao menos nessa sede de cognição sumária constato que os itens ora impugnados, previstos no edital do certame, parecem contrariar diversos dispositivos constitucionais. Em primeiro lugar, o princípio da isonomia acha-se violado, haja vista que os critérios de discrímen adotados ser casado, viver em união estável, possuir filhos, engravidar são pautados em circunstâncias afetas à esfera individual, da vida privada e intimidade dos candidatos, e em nada contribuem para a seleção dos melhores e mais bem preparados profissionais para o desempenho das atividades inerentes à carreira em comento, finalidade última do concurso público. O item 3.1.2, alínea b, do edital em comento, fere ainda o direito fundamental ao planejamento familiar, consagrado no artigo 226, 7º, da Constituição da República, segundo o qual Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas (grifos nossos). Aliado a isso, os itens ora impugnados parecem contrariar o princípio da proteção especial do Estado à família, previsto no artigo 226, caput, da Constituição, haja vista que circunstâncias familiares terão o condão de impedir a inscrição de potenciais candidatos ou mesmo implicar seu desligamento do curso após a matrícula. Pág. 3/5

Como se não bastasse, os itens em comento parecem contrariar o princípio do amplo acesso aos cargos públicos, previsto no artigo 37, inciso I, da Lei Maior, sendo certo que os requisitos estabelecidos em lei para o acesso aos cargos, empregos e funções públicas ainda que previstos em diplomas legais editados na ordem constitucional anterior devem observar fielmente os valores e princípios estabelecidos nas disposições constitucionais vigentes. Especificamente em relação às candidatas que constatarem gravidez a partir da matrícula até a conclusão do curso hipótese prevista no item 16.2 do edital reputo razoável o pedido da autora, a fim de aplicar analogicamente a regra prevista no artigo 11-A, 1, da Lei n 11.279/2006, que dispõe sobre o ensino na Marinha, alterado pela Lei n 12.704/2012. Por oportuno, estabelece este dispositivo legal que A candidata grávida ou com filho nascido há menos de 6 (seis) meses não poderá realizar o exame de teste de aptidão física referido no inciso V do caput, sendo resguardado seu direito de adiamento desse exame por um ano, contado a partir do término da gravidez, mediante requerimento da candidata, desde que respeitados os demais requisitos no momento da matrícula no curso de formação. Da mesma forma, aplicar-se-á às candidatas gestantes o regramento previsto na Lei n 6.202/75, que atribui à estudante de gestação o regime de exercícios domiciliares. Constato a presença, ainda, do fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, haja vista que o período de inscrição do concurso em comento de 27/04/2015 a 05/06/2015 já se acha em curso. Revelam-se presentes, pois, os requisitos exigidos para o deferimento da medida antecipatória. Pág. 4/5

Ante o exposto, defiro a antecipação dos efeitos da tutela ora vindicada, para determinar à ré, até o julgamento da demanda, que afaste as exigências previstas nos itens 3.1.2, alínea b, e 16.2, do Edital de Abertura do Concurso Público de Admissão à Escola Naval (CPAEN), de forma a viabilizar a inscrição no curso das pessoas casadas, que vivam em união estável ou que tenham filhos, bem como para obstar o desligamento de candidato(a)s aprovado(a)s aos cursos oferecidos pela Escola Naval que se encontrem nas situações anteriores ou em estado de gravidez, conferindo a estas últimas tratamento análogo ao previsto no art. 11-A, 1, da Lei n 11.279/2006, bem como a assistência de que trata a Lei n 6.202/75. Determino à Ré, por conseguinte, que dê ampla divulgação da referida mudança editalícia no sítio do certame na internet, no prazo de 24 horas, para que os interessados possam ter conhecimento da alteração editalícia antes do término do período de inscrição. efeitos de citação. Intime-se para imediato cumprimento, por Oficial de Justiça, com Publique-se. Intimem-se. Brasília, 11 de maio de 2015. FREDERICO BOTELHO DE BARROS VIANA Juiz Federal Substituto da 4ª Vara/SJDF, em exercício na 2ª Vara/SJDF Pág. 5/5