CONTROLE DO ÁCARO-BRANCO (Polyphagotarsonemus latus BANKS) NA CULTURA DO ALGODÃO, COM O INSETICIDA TALISMAN 200 CE

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Transcrição:

CONTROLE DO ÁCARO-BRANCO (Polyphagotarsonemus latus BANKS) NA CULTURA DO ALGODÃO, COM O INSETICIDA TALISMAN 200 CE Octavio Nakano (Esalq USP / onakano@carpa.ciagri.usp.br), José Antonio Annes Marinho (FMC Química do Brasil Ltda), Fabiana Cristina Bortolazzo Romano (Esalq USP), Manuela Hiromi de Holanda Dodo (Esalq USP). RESUMO - Uma das pragas mais importantes da cultura do algodão é o ácaro branco, Polyphagotarsonemus latus. O experimento foi realizado na Fazenda Santa Rita, no município de Ribeirão Preto-SP, durante maio de 2004, utilizando-se o algodão cv. Delta Opal. Os tratamentos utilizados e respectivas dosagens foram: 1) Testemunha; 2)Talisman 200 CE 0,5 L p.c./ha; 3)Talisman 200 CE 1,0 L p.c./ha; 4)Talisman 200 CE 2,0 L p.c./ha; 5)Vertimec 18 CE 0,45 L p.c./ha; 6)Pirate 240 SC 1,25 L p.c./ha. O delineamento utilizado foi o de blocos casualizados com 6 tratamentos e 4 repetições. Foi realizada uma única pulverização. As avaliações foram realizadas aos 3, 7 e 15 dias após o tratamento (DAT), além de uma avaliação prévia antes das pulverizações, em folhas jovens, utilizando-se lupa de dez aumentos com área de 1,00 cm 2 (1,00 x 1,00 cm), através de 6 visadas por parcela, contando-se o número de ácaros vivos encontrados. Verificou-se que aos 3 DAT o inseticida Talisman 200 CE nas doses de 1,0 e 2,0 L/ha foi altamente eficiente no controle do ácaro-branco, superando o padrão Pirate. Nas avaliações de 7 e 15 DAT os resultados foram semelhantes aos da avaliação dos 3 DAT, confirmando os dados já obtidos. Palavras-chave: controle químico, carbofurano, bifentrina. Polyphagotarsonemus latus Banks CONTROL IN COTTON CROP BY USING TALISMAN 200EC INSECTICIDE ABSTRACT - One of the most important pest of cotton crop s is the Polyphagotarsonemus latus Banks. During May 2004 an experiment took place at Santa Rita Farm, in the Ribeirão Preto-SP, employed Delta Opal cv. The treatments and dosages were: 1)Check; 2)Talisman 200EC 0,5 L c.p./ha; 3)Talisman 200EC 1,0 L c.p./ha; 4)Talisman 200EC 2,0 L c.p./ha; 5)Vertimec 18EC 0,45 L c.p./ha; 6)Pirate 240SC 1,25 L c.p./ha. The experiment was installed in random blocks with 6 treatments and 4 replications. Only one pulverization was applied and the evaluations were made in 3, 7 and 15 (DAT) days after application, in young leaves using magnifying glass of ten increases with six area of 1,00 cm 2 (1,00 x 1,00 cm) by counting the number of alive mites. It was found that at the 3DAT the Talisman 200EC insecticide in 1,0 and 2,0 L/ha rates was highly efficient in the P. latus control and was better than Pirate s pattern. In the evaluations of 7DAT and 15DAT the results were similar to the ones at 3DAT, confirming the datas already obtained. Key words: chemical control, carbofuran, bifenthrin.

INTRODUÇÃO São relatados cerca de 260 insetos que se alimentam do algodoeiro. Dentre as pragas ocorrentes nessa cultura, o ácaro-branco (Polyphagotarsonemus latus Banks), também conhecido como ácaro tropical, é considerado bastante importante, pois prefere ambiente úmido e quente, o que coincide com a época de verão (NAKANO et al., 1981). Além do algodoeiro, o ácaro hospeda-se em inúmeras outras culturas, dentre as quais destacam-se o mamão, maracujá, feijão, batata, café, citros, abóbora, pecã, uva, pêra, pimentão, seringueira e mamona. (OLIVEIRA, 1987). Populações elevadas de P. latus surgem da combinação de temperatura e umidade alta, com baixa luminosidade (GALLO et al., 2002). Por outro lado o desenvolvimento de P. latus em algodoeiro depende mais da idade da planta do que das condições de temperatura e umidade prevalecentes (CHIAVEGATO, 1975). O ácaro prefere se alimentar na superfície abaxial das folhas, que, conseqüentemente, se tornam curvadas para cima, encarquilhadas, ressecadas e bronzeadas, podendo chegar a cair prematuramente (GERSON, 1992). Geralmente, as folhas novas são mais intensamente infestadas, tornando-se coriáceas e freqüentemente necrosando, assim como as gemas apicais. OLIVEIRA e CALCAGNOLO (1974) avaliaram os danos do ácaro branco na produção de algodão e observaram que a praga pode causar uma redução de até 11,1% no peso do algodão em caroço, além da depreciação qualitativa da fibra. O ácaro-branco é praticamente invisível a olho nu. A fêmea tem coloração branca e amarelada, brilhante, medindo cerca de 0,2 mm de comprimento. O macho é ligeiramente menor, apresentando coloração branco-hialina, brilhante. Um hábito comum dos machos é o de carregar as pupas das fêmeas por algumas horas antes delas se transformarem em adultas. O macho carrega sua pupa segurando-a acima do corpo, numa posição transversal, servindo a extremidade posterior do opistossoma para sustentá-la firmemente nesta posição. Este hábito auxilia a disseminação e concorre para a propagação da espécie. (FLECHTMANN, 1974). A finalidade do presente ensaio foi avaliar a eficiência do produto Talisman 200 CE sobre o ácaro-branco na cultura do algodão. Este produto é uma mistura de dois grupos de inseticidas: carbamato sistêmico + piretróide; a idéia dessa mistura é a de tornar mais eficiente a bifentrina usualmente recomendada como inseticida-acaricida. A sua associação com carbofurano, recomendado para a praga em questão, por ser sistêmico em aplicação foliar, permite uma melhor penetração no tecido foliar, atingindo mais facilmente o ácaro cuja população se distribui sobre a parte superior das folhas que, ao enrolar os bordos, poderia se proteger de produtos por ação de contato. Tendo em vista que esse ácaro já apresenta alguma resistência aos acaricidas convencionais, procurou-se avaliar o efeito da mistura sobre esta praga. O objetivo dessa formulação é a de poder controlar simultaneamente outras pragas que podem ocorrer na cultura como o bicudo do algodoeiro, lagarta-da-maçã e pulgões que podem ser controlados com essa mistura.

MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi realizado na Fazenda Santa Rita, no município de Ribeirão Preto-SP, durante o mês de maio de 2004. Foi utilizado o algodão cv. Delta Opal, com espaçamento de 0,80 metros entrelinhas e 10 plantas por metro linear. Os tratamentos utilizados e respectivas dosagens estão relacionados a seguir: 1. Testemunha 2. Talisman 200 CE carbofurano + bifentrina 0,5 L/ha 3. Talisman 200 CE carbofurano + bifentrina 1,0 L/ha 4. Talisman 200 CE carbofurano + bifentrina 2,0 L/ha 5. Vertimec 18 CE abamectina 0,45 L/ha 6. Pirate 240 SC clorfenapir 1,25 L/ha O delineamento utilizado foi o de blocos casualizados com 6 tratamentos e 4 repetições cada, totalizando 24 unidades experimentais. Cada parcela constou de 5 linhas de algodão com 5 m de comprimento cada. A aplicação dos produtos foi realizada no dia 02 de maio de 2004, utilizando-se pulverizador costal motorizado, marca ECCHO, dotado de 3 bicos com vazão estabelecida para 300 L/ha e pressão constante de 45 lb/pol 2. No momento da aplicação, a temperatura ambiente era de 27 o C e a umidade relativa do ar, 74%. Talisman 200CE é um inseticida concentrado emulsionável, contendo 200 gramas de ingrediente ativo por litro do produto comercial, sendo uma mistura de um piretróide (bifentrina) com um carbamato (carbofurano). Os inseticidas Vertimec 18 CE e Pirate 240 SC foram utilizados como padrão. Vertimec é uma avermectina, formulado como concentrado emulsionável, contendo 18 gramas do ingrediente ativo por litro de produto comercial. Pirate é um análogo de pirazol, formulado como suspensão concentrada, contendo 240 gramas de clorfenapir por litro de produto comercial. As avaliações foram realizadas aos 3, 7 e 15 dias após a aplicação dos produtos (DAT), além de uma avaliação prévia antes das pulverizações, em folhas novas, utilizando-se uma lupa de dez aumentos com área de 1,00 cm 2 (1,00 x 1,00 cm), através de 6 visadas por parcela, contando-se o número de ácaros vivos encontrados. Para a análise da variância, os dados da avaliação prévia foram transformados em x, e os das demais avaliações em x+0,5, sendo os resultados analisados segundo o teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. Para o cálculo da porcentagem de eficiência (%E), foi utilizada a fórmula de Henderson e Tilton (1955).

RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados deste experimento estão contidos nas Tabelas 1 e 2 e referem-se ao número médio de ácaros vivos por parcela. Tabela 1. Número médio de ácaros vivos e eficiência aos 3 dias após o tratamento. Ribeirão Preto, SP. 2004. Tratamentos Dose (L/ha) Número médio de Ácaros Vivos Prévia 3 DAT %E 1. Testemunha --- 37,25 a 40,25 a --- 2. Talisman 200 CE 0,50 31,50 a 15,25 bc 55,19 3. Talisman 200 CE 1,00 39,50 a 1,75 de 95,90 4. Talisman 200 CE 2,00 43,00 a 0,00 e 100,00 5. Vertimec 18 CE 0,45 33,25 a 9,50 c 73,56 6. Pirate 240 SC 1,25 40,75 a 3,50 d 92,05 C. V. (%) 9,04 13,82 Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade Tabela 2. Número médio de ácaros vivos e eficiência aos 7 e 15 dias após o tratamento. Ribeirão Preto, SP. 2004. Tratamentos Dose (L/ha) Número médio de Ácaros Vivos 7 DAT %E 15 DAT %E 1. Testemunha --- 55,75 a --- 49,50 a --- 2. Talisman 200 CE 0,50 27,36 b 41,96 25,57 b 38,91 3. Talisman 200 CE 1,00 3,00 d 94,92 4,25 cd 91,90 4. Talisman 200 CE 2,00 0,00 d 100,00 1,00 d 98,25 5. Vertimec 18 CE 0,45 19,79 bc 60,23 29,74 b 32,69 6. Pirate 240 SC 1,25 8,25 c 86,47 7,25 c 86,61 C. V. (%) 11,66 12,53 Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade Verificou-se que aos 3 DAT (Dias Após a Aplicação) o inseticida Talisman 200 CE nas doses de 1,0 e 2,0 L/ha foi altamente eficiente no controle do ácaro-branco, superando o padrão Pirate. Nas avaliações de 7 DAT e 15 DAT os resultados foram semelhantes aos da avaliação dos 3 DAT, confirmando assim os resultados obtidos desde o início. Não foram observados sintomas de fitotoxicidade nas plantas de algodão em nenhum dos tratamentos utilizados.

CONCLUSÃO Talisman 200 CE pode ser recomendado no controle do ácaro-branco (Polyphagotarsonemus latus Banks) na cultura do algodão, nas doses de 1,0 e 2,0 L/ha. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHIAVEGATO, L. G. Flutuação de populações de ácaros na cultura algodoeira em algumas regiões do Estado de São Paulo. Bragantia, v. 34, n. 15, p. 241-255, 1975. FLECHTMANN, C. H. W.; Ácaros do maracujazeiro. In: SIMPÓSIO DA CULTURA DO MARACUJÁ, Campinas, 1971. Anais... Campinas: SBF, 1974. p. vi.1 vi 4. GALLO, D.; NAKANO, O.; SILVEIRA NETO, S.; CARVALHO, R. P. L.; BAPTISTA, G. C.; BERTI FILHO, E.; PARRA, J. R. P.; ZUCCHI, R. A.; ALVES, S. B.; VENDRAMIM, J. D.; MARCHINI, L. C.; LOPES, J. R. S.; OMOTO, C. Entomologia Agrícola. Piracicaba: FEALQ, 2002. 920p. GERSON, U. Biology and control of the broad mite, Polyphagotarsonemus latus (Banks) (Acari: Tarsonemidae). Experimental and Applied Acarology, v. 13, p. 163-178, 1992. HENDERSON, C. F.; TILTON, E. W. Tests with acaricides against the brown wheat mite. Journal of Economic Entomology, v.48, p.157-161, 1955. NAKANO, O.; SILVEIRA NETO, S.; ZUCCHI, R.A.; Entomologia Econômica. Piracicaba: Livroceres, 1981. 314 p. OLIVEIRA, C. A. L.; Ácaros. In: RUGGIERO, C. (Ed.). Cultura do Maracujazeiro. Ribeirão Preto: Legis-Summa, 1987. p. 104-110. OLIVEIRA, C. A. L.; CALCAGNOLO, G. Ação do ácaro branco Polyphagotarsonemus latus (Banks, 1904) na depreciação quantitativa e qualitativa da produção algodoeira. O Biológico, v. 40, p. 139-149, 1974.