Avaliação do Prêmio Itaú-Unicef busca fortalecer e dar credibilidade ao trabalho das organizações Escrito por Thais Iervolino Em cada ano de premiação, o Prêmio Itaú-Unicef percorre todas as regiões do Brasil para conhecer e valorizar as ações socioeducativas realizadas por ONGs. Esse trabalho envolve agentes públicos e especialistas que avaliam essas experiências e conferem credibilidade ao processo para dar luz a essas experiências. Especialistas participaram de processo de avaliação de projetos inscritos na 10ª Edição do Prêmio Itaú-Unicef. Foto: Divulgação. Construir uma sociedade cujos direitos sejam garantidos com a participação de diversos atores sociais por meio do fortalecimento do trabalho de organizações da sociedade civil. Este é um dos principais objetivos do Prêmio Itaú-Unicef. Em quase duas décadas de existência, o Prêmio Itaú-Unicef está presente em todo o País dando visibilidade às ONGs e seus projetos socioeducativos voltados a crianças, adolescentes e jovens. Ao todo, milhares de projetos, em uma rede que contempla mais de 7 mil organizações.
Para premiar e dar visibilidade a essas experiências, o Prêmio realiza uma série de ações que envolvem a participação de agentes públicos e especialistas, entre as quais ações de formação presencial e a distância em seu processo avaliativo. Os projetos são avaliados Avaliadores durante um dos encontros de seleção dos com base em sua matriz projetos inscritos no Prêmio Itaú-Unicef de avaliação, com indicadores que analisam os aspectos inovadores do projeto, como também a sustentabilidade técnica, política e financeira da organização. Em quatro edições sendo avaliadora, pude acompanhar a evolução dessa matriz. Ela é muito rica, traz pontos muito claros e importantes do contexto em que estamos, do que queremos avaliar, do que queremos para as crianças e adolescentes, de quais atores que podem colaborar. A matriz é uma ferramenta essencial para ser trabalhada e disseminada na rede pública e aqueles que queiram trabalhar com Educação Integral. A partir dela, nos distanciamos de opiniões pessoais para nos basearmos nas questões técnicas, conta Marcia de Jesus Costa Nunes, vice-diretora de uma escola municipal em São Roque (SP) e uma das avaliadoras desta 10ª Edição. O Prêmio conta com a parceria do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) para definir os avaliadores de cada edição. Os projetos classificados são avaliados por, no mínimo, dois avaliadores, indicados pelos parceiros, além de especialistas de diversas áreas, convidados para esse trabalho. Uma delas é Cecília Ribeiro Cabral, vereadora do município de Mangaratiba (RJ) e secretária de Ação Social no mesmo município até 2010. Segundo Cecília, ser avaliadora do Prêmio Itaú-Unicef é uma experiência enriquecedora. Ela dá a oportunidade de conhecer realidades distintas, de outras localidades. Essa condição existente para os avaliadores do Prêmio é imprescindível para assegurar a imparcialidade na avaliação, pois tive contato com projetos que desconhecia totalmente. Essas descobertas aprimoram o meu lado profissional e público, proporcionando-me um olhar mais crítico, inclusive, em relação a minha localidade.
Formação Para que as avaliações dos projetos participantes da 10ª Edição do Prêmio Itaú-Unicef sejam feitas com qualidade, os avaliadores contam também com um curso de formação online. A partir do curso, os avaliadores trabalham com a matriz avaliativa, trocam informações e sanam dúvidas a respeito da aplicação dos indicadores. O fato de fazermos curso à distância nos proporcionou mais segurança e condição para avaliar os projetos, fez com que tivéssemos uma bagagem de material no ambiente virtual para tirar dúvidas. A matriz de avaliação, que nos proporciona um suporte fabuloso, e a formação fazem com que estejamos totalmente neutros na hora de avaliar, explica Adolfo aparecido Teixeira, assistente social de Ilha Cumprida (SP). Para Marcia, a formação de avaliadores é um diferencial desta edição. O Prêmio é diferente a cada edição, sempre nos surpreendendo. Este ano ele exigiu mais da área de formação à distância. Foi muito rica a troca de ideias, os materiais disponibilizados para a gente nos deram uma base enorme na hora de avaliar, conta. Cecília também concorda: O curso de avaliadores foi incrível: houve uma troca de experiências muito intensa entre os avaliadores da regional da qual pertenço, Rio de Janeiro. A equipe do Prêmio foi extremamente competente ao promover esses encontros, pois possibilitou aos avaliadores uma visão mais imparcial, transparente e justa na hora de avaliar. O Prêmio Iniciativa da Fundação Itaú Social e do Unicef, com a coordenação técnica do Cenpec, o Prêmio realiza em 2013 sua 10ª Edição, cujo mote é Educação Integral: Crer e Fazer. Com o mote Educação Integral: Crer e Fazer, o Prêmio Itaú- Unicef inicia, em 2013, sua 10ª Edição. Este ano, sua linha de ação está voltada para divulgar e premiar projetos socioeducativos realizados por organizações nãogovernamentais (ONGs), sem fins lucrativos, responsáveis por Ações Socioeducativas para crianças, adolescentes e jovens entre 6 (seis) e 18 (dezoito) anos, em condições de vulnerabilidade socioeconômica, que estimulem o desenvolvimento integral e a participação na comunidade.
Processo de premiação De abril a novembro, o Prêmio Itaú-Unicef desenvolve todo o processo de premiação, que contempla ações como análise das fichas de inscrição, agrupamento dos projetos classificados de acordo com porte e região, seleção regionalizada dos projetos semifinalistas e finalistas, visitas técnicas e seleção dos vencedores nacionais. Regionais Os projetos serão distribuídos em oito áreas geográficas e, em cada uma, haverá uma cidade-polo que dará nome à Regional. São elas: Regional Belém Acre, Amazonas, Amaá, Pará, Rondônia e Roraima. Regional Belo Horizonte Minas Gerais. Regional Porto Alegre Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Regional Salvador Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Regional Goiânia Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Distrito Federal. Regional Bauru Interior de São Paulo. Regional Rio de Janeiro Espírito Santo e Rio de Janeiro. Regional São Paulo Grande São Paulo e litoral de São Paulo. Portes Com o objetivo assegurar que as ONGs concorram, nas fases regionais, com outras ONGs que tenham perfil financeiro semelhante, a partir da etapa classificatória, as organizações são agrupadas por portes. São eles: Grupo 1 ONGs de microporte; Grupo 2 ONGs de pequeno porte; Grupo 3 ONGs de médio porte;
Grupo 4 ONGs de grande porte. Premiações Regionais Cada uma das até 32 ONGs responsáveis pelos projetos vencedores regionais receberá, como prêmio, o valor de R$ 25 mil. Nacional Cada uma das ONGs responsáveis pelos até 4 (quatro) projetos vencedores nacionais receberá, além do prêmio de R$ 25.000,00, um prêmio no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais). A ONG responsável pelo projeto grande vencedor receberá, além do prêmio de R$25 mil, um prêmio no valor de R$ 225 mil (duzentos e vinte e cinco mil reais). Importante: Os prêmios em dinheiro devem ser usados exclusivamente para execução dos projetos vencedores. Notícia no site Educação e Participação Nov.2013