SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

Documentos relacionados
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

respostasaoproblema habitacionalbrasileiro: o caso

CONVENÇÕES DE PROJETO E DESENHO ARQUITETÔNICO

Aula 17- ARQ-011 Desenho Técnico 1: Representação de projetos de arquitetura (seg. NBR-6492: 1994) Antonio Pedro Carvalho

ETAPAS DE UM PROJETO ARQUITETÔNICO

PLANO DE ENSINO - SEMESTRE

RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR FLEXÍVEL

COORDENAÇÃO DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

PROJETO DE ARQUITETURA

Tema: Habitação vertical de alta densidade junto à estação de transporte de massa em centro de bairro periférico de São Paulo

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS ARQUITETÔNICOS

DESENHO DE ARQUITETURA I

UNISALESIANO Curso de Arquitetura e Urbanismo Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I

EXERCÍCIO 2: EDIFÍCIO RESIDENCIAL EM ÁREA CENTRAL

PROC-IBR-EDIF 01/2015 Análise de Projeto de Arquitetura

Universidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

MEMORIAL DESCRITIVO. O projeto deverá obedecer integralmente às disposições do Regimento Interno. Deve-se apresentar:

13/05/2015 INSTRUÇÕES PARA TRABALHO FINAL (EXAME) EDI 64 ARQUITETURA E URBANISMO_ Profa. Dra. Giovanna M. Ronzani Borille

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO DEPARTAMENTO DE PROJETO DE ARQUITETURA 2 o. Período Letivo 2007

- Noções de estrutura das edifícicações, de instalações prediais e sua interface com o anteprojeto

Procedimentos. de projetos

O ADENSAMENTO COMO RESPOSTA À AMPLIAÇÃO DA QUALIDADE HABITACIONAL: O CASO DO PROJETO MORA[2]

PROCEDIMENTOS PARA APROVAÇÃO

COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS (60 h)

PRJ GALPÃO - otavio curtiss silviano brandão CLASSIFICAÇÃO: OPTATIVA DO TIPO 2 TERÇAS E SEXTAS 9:30 ÀS 12:50

Administração Central Unidade de Ensino Médio e Técnico - CETEC. Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

Administração Central Unidade de Ensino Médio e Técnico - CETEC. Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

Colegiado dos Cursos de Graduação em Arquitetura e Urbanismo

FUNCIONAL ENTORNO ELEMENTOS DE ENTORNO, CONSIDERANDO OS ATRIBUTOS DO LUGAR - MASSAS TOPOGRAFIA

PROJETO DE ARQUITETURA

Prof. Arq. Altamir Fonseca

PROCEDIMENTO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE ARQUITETURA

EDITAL REGRAS PARA A DISCIPLINA TCC ORIENTAÇÃO

Serviço Público Federal Universidade Federal da Bahia FACULDADE DE ARQUITETURA Coordenação Acadêmica

Serviço Público Federal Universidade Federal da Bahia FACULDADE DE ARQUITETURA Coordenação Acadêmica

UNISALESIANO Curso de Engenharia Civil Desenho Arquitetônico

UNISALESIANO Curso de Engenharia Civil Desenho Arquitetônico

A prática do projeto como instrumento de ensino: o projeto MORA 2 e o Programa Minha Casa Minha Vida

PROJETISTA (nome, CREA): 1. FASE A CONCEPÇÃO DO PRODUTO (Estudo Preliminar e subfases, conforme NBR )

Blog e Google Drive como ferramentas de incremento às experiências discentes em projeto e avaliação pós- ocupação

AULA 3 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA. (Continuação) Parte II. Prof. João Santos

PROJETO ARQUITETÔNICO

PROCEDIMENTOS PARA APROVAÇÃO DE PROJETO

Instruções para Uso dos Guias e Especificações Técnicas

DESENHO TÉCNICO E ARQUITETÔNICO

PROCEDIMENTO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE ARQUITETURA

DESENHO TÉCNICO 3. Prof. Mariana Gusmão e Gabriel Liberalquino

Desempenho Térmico de edificações Aula 12: Diretrizes Construtivas para Habitações no Brasil NBR15220

PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO FÍSICO E AMBIENTAL SEÇÃO 9: ZONEAMENTO AMBIENTAL URBANO

CBIC Projeto de Inovação Tecnológica / 2010

CONJUNTO HABITACIONAL NO GUARÁ II

Plano de Ensino IDENTIFICAÇÃO

UNISALESIANO Curso de Engenharia Civil Desenho Arquitetônico

PROCEDIMENTOS PARA APROVAÇÃO DE PROJETO

ELEMENTOS DE ARQUITETURA E URBANISMO

Trabalho de Conclusão do Curso

PROJETO ARQUITETÔNICO 1 PA1

ELEMENTOS DE ARQUITETURA E URBANISMO

Serviço Público Federal Universidade Federal da Bahia FACULDADE DE ARQUITETURA COORDENAÇÃO ACADÊMICA PLANO DE CURSO

ELEMENTOS DE ARQUITETURA E URBANISMO

Leitura e Interpretaçaão de Projetos. Prof. Osvaldo Gomes Terra Junior

DEFINIÇÕES INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL CONSTRUÇÃO CIVIL IV

Plano de ensino 1) Identificação Curso

UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA

PROCESSO SELETIVO DE DOCENTES, NOS TERMOS DO COMUNICADO CEETEPS N 1/2009, E SUAS ALTERAÇÕES.

FUNCIONALIDADE DO HABITAR SOCIAL

METODOLOGIA DE PROJETOS: CONSTRUÇÃO E APROPRIAÇÃO DA AÇÃO PROJETUAL DE DOCENTES E DISCENTES NO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO UGB

PLANO DE CURSO EMENTA DA DISCIPLINA:

PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA UFPR ANÁLISE DOS ESPAÇOS DE MORADIA PRODUZIDOS NA REGIÃO SUL DO MUNICÍPIO DE CURITIBA

PROCEDIMENTO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE ARQUITETURA

[MORA] Pesquisa em Habitação MORA [2]

PLANO DE ENSINO 2018/2

NORMA TÉCNICA ELEMENTOS ANEXOS PARA A INSTRUÇÃO DE PEDIDO DE INFORMAÇÃO PRÉVIA

NORMAS PARA REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE PROJETOS ARQUITETÔNICOS PARA APROVAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO GERAL ALPHAVILLE LAGOA DOS INGLESES

Trabalho de Conclusão do Curso

155 Anexo B Legislação

NORMA TÉCNICA ELEMENTOS PARA A INSTRUÇÃO DE PEDIDOS DE LICENCIAMENTO DE OBRAS DE EDIFICAÇÃO

Proposta de diretrizes para elaboração de Plano Diretor de Ocupação da Área 2 do Campus de São Carlos

TEC 159 TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES I

Projeto Arquitetônico Conceitos e elementos. Curso técnico em Eletroeletrônica

Mobilidade e Políticas Urbanas em Belo Horizonte

UNISALESIANO Curso de Arquitetura e Urbanismo Projeto Arquitetônico Interdisciplinar II

DESENHO TÉCNICO E ARQUITETÔNICO

Desempenho Térmico de edificações Aula 12: Diretrizes Construtivas para Habitações no Brasil NBR15220

ESPECIFICAÇÕES DE DESEMPENHO EM EMPREENDIMENTOS DE HIS

18/junho/2015 Caesar Business Faria Lima São Paulo, SP

Edifício Ambiental. Semestre. Estúdio Avançado ÊNFASES T.I.A A. Obra civil Patrimônio. Planejamento urbano e regional Livre AMB

ACRÉSCIMO DE ÁREA - aumento de área em uma construção em sentido horizontal ou vertical; o mesmo que ampliação;

ANTEPROJETO DE UMA ACADEMIA DE DANÇA

ARQUITETURA VERTICAL SEMESTRE. Estúdio Avançado ÊNFASES T.I. P A N. Obra civil Patrimônio. Planejamento urbano e regional Livre ARVE

Curso de Arquitetura e Urbanismo

Módulo IV - PIT CÓDIGO DE EDIFICAÇÕES NACIONAL. (Fase preliminar) Princípios a serem abordados

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Bauru. Curso Arquitetura e Urbanismo. Ênfase. Disciplina A - Desenho Arquitetônico

DESENHO TÉCNICO. AULA 06 - COBERTURA Curso: Engenharia Civil Matéria: Desenho Técnico

Análise de impacto de edifícios em altura, através de uso de Heliodon, no balneário Cassino, Rio Grande, RS.

AV. AMARAL GURGEL - um prédio de habitação com uso misto (serviços e comercio)

PROJETO DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO E PÂNICO

FUNCIONAL ENTORNO ELEMENTOS DE ENTORNO, CONSIDERANDO OS ATRIBUTOS DO LUGAR - MASSAS TOPOGRAFIA

Transcrição:

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO E DESIGN COLEGIADO DO CURSO DE DESIGN 1. IDENTIFICAÇÃO PLANO DE ENSINO COMPONENTE CURRICULAR: ATELIÊ DE PROJETO INTEGRADO API 5 UNIDADE OFERTANTE: FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO E DESIGN CÓDIGO: API 5 PERÍODO/SÉRIE: 5 período TURMA: A1 CARGA HORÁRIA NATUREZA TEÓRICA: PRÁTICA: TOTAL: 15h 75 h 90h OBRIGATÓRIA: (X) OPTATIVA: ( ) PROFESSOR(A): Simone Barbosa Villa, Rita de Cássia Pereira Saramago e ANO/SEMESTRE: Sandro Canavezzi de Abreu 2015/1º OBSERVAÇÕES: 2. EMENTA Projeto integrado de arquitetura, urbanismo e paisagem. O projeto da habitação como proposta de renovação urbana. Estudo das tipologias uni e multifamiliar da habitação urbana, agrupamentos de edificações. Relação entre os espaços públicos, semi-públicos e privados. As condicionantes sociais, ambientais e técnicas: estrutura comunitária, densidade e habitabilidade, sistemas prediais, prédimensionamento estrutural, fluxos. Acessibilidade de espaços de uso coletivos. Tecnologia e processo construtivo. Avaliação pós-ocupação como condicionante projetual. Qualidade Ambiental. Dimensionamento dos espaços, organização das funções, sistema construtivo e demais aspectos relativos ao processo do desenvolvimento do projeto. Representação gráfica, detalhes e modelos de estudo nível de anteprojeto. Memorial crítico. 3. JUSTIFICATIVA Em meio à revolução tecnológica que estamos vivendo, às transformações dos paradigmas culturais, sociais, políticos e econômicos, vemos uma cultura marcada pela variedade de modelos, pela velocidade das mudanças, pelo fugaz, pelo transitório, e por uma série de indeterminantes que fazem com que todo o processo acabado, hermético, se converta em obsoleto antes mesmo de ser colocado em prática (Orciouli, 2002, p. 62). Orciouli escreve que seremos, num futuro muito próximo, uma sociedade hiperconectada, onde parte das atividades diárias tem lugar no que se batizou como ciberespaço, na qual os acontecimentos individuais e coletivos têm repercussão imediata em nossas vidas. Une-se a isto o fato de vivermos de forma multíplice, onde muitas de nossas atividades se fazem simultaneamente a outras. Vivemos em uma sociedade radicalmente transformada pela inserção dos equipamentos eletroeletrônicos em seu modo de vida, fazendo alterar as necessidades e desejos, 1 de 8

notadamente aqueles relativos à habitação. Neste sentido, a célebre frase de Mies van der Rohe a habitação de nosso tempo não existe. Contudo, a transformação do modo de vida exige sua realização (1), de 1931, nos remete ao questionamento da produção arquitetônica do século 20. A sociedade contemporânea munida pelas novas tecnologias de informação, vivenciando novas formas de organização do trabalho, sociabilidade e formatos familiares tem, frequentemente, habitado espaços cujos programas, em certa medida, baseiam-se em necessidades identificadas na Belle Époque do século 19. Casas e apartamentos de quaisquer classes sociais têm se referenciado nos modelos tradicionais de morar, organizando seus espaços internos em três áreas social, íntima e de serviços, em cômodos monofuncionais, compartimentados e estanques. Fatos como as transformações do grupo familiar e a possibilidade de utilizar a habitação como lugar de trabalho fazem ou deveriam fazer parte da concepção dos projetos contemporâneos? Esta disciplina pretende discutir tais questionamentos e preparar os alunos a um exercício projetual crítico, calcado na real necessidade da sociedade brasileira. Em relação ao Projeto Pedagógico do Curso, pretende discutir na escala do bairro, questões relativas à produção de espaços de habitação coletiva de qualidade inserindo aspectos tecnológicos ao projeto arquitetônico em nível de anteprojeto. 4. OBJETIVO Objetivo Geral: Desenvolver projetos integrados de arquitetura, urbanismo e paisagem - com ênfase sobre a questão da habitação social. Objetivos Específicos: Considerar, no exercício projetual, os elementos de análise, discussão e síntese da resolução projetual, relacionando-os às disciplinas do mesmo período (interdisciplinaridade vertical); Desenvolver a temática do projeto da habitação como proposta de renovação urbana através do estudo das tipologias uni e multifamiliar da habitação urbana e agrupamentos de edificações; Pesquisar, analisar e propor a relação entre os espaços públicos, semi-públicos e privados; Analisar as condicionantes sociais, ambientais e técnicas do projeto habitacional, discutindo soluções quanto à acessibilidade de espaços de uso coletivos; Propor a utilização da avaliação pós-ocupação como condicionante projetual; Desenvolver o projeto e sua representação gráfica, detalhes e modelos de estudo em nível de anteprojeto. 5. PROGRAMA 1º CAPÍTULO Sociedade pós-industrial: modos de vida e maneiras de morar Arquitetura Contemporânea: reflexões e debate HIS hoje Gestão de Processo de Projetos e APO Formulações sobre os espaços internos da habitação: habitabilidade, individualidade, privacidade, apropriação, domesticidade 2º CAPÍTULO Relação entre Design, Arquitetura e Urbanismo Inclusão de conceitos humanizadores no processo de projeto de HIS 1 Publicado em Die Form nº 7, junho de 1931. Citado por Quetglas, J. Habitar. Campinas: Revista Óculum, nº 7/8, p. 94. 2 de 8

Flexibilidade na habitação Estudos de casos: arquitetura de interesse social nacional e internacional Implantação de conjuntos habitacionais: relação espaço privado x público x coletivo 3º CAPÍTULO Conforto ambiental e eficiência energética como premissas de habitações sustentáveis Implantação de conjuntos habitacionais e sustentabilidade do ambiente urbano: densidade urbana (sprawl x compacidade), zoneamento x multifuncionalidade, qualidade ambiental do espaço público CRONOGRAMA DE ATIVIDADES MARÇO 24 Apresentação programa da disciplina / critérios gerais Aula: Sociedade contemporânea e modelos de habitação/ Crítica aos modelos atuais de HIS 31 Aula: análise de inserção urbana/ densidade: estudos de caso Lançamento DO EXERCÍCIO 1: ESTUDO DE CASO EM UDI: ANÁLISE DO PROJETO E APO ABRIL 07 Aula: Qualidade ambiental e sustentabilidade da habitação vertical: estratégias e estudos de caso Ex. 1: assessoria 14 Ex. 1: assessoria 21 FERIADO TIRADENTES 28 APRESENTAÇÃO DO EXERCÍCIO 1: ESTUDO DE CASO EM UDI: ANÁLISE DE PROJETO E APO MAIO Aula: Elementos constituintes da habitação vertical (inserção, acessos, estruturas, vedos e instalações) 05 Lançamento do EXERCÍCIO 2: PLANEJAMENTO e ESTUDO PRELIMINAR HABITAÇÃO SOCIAL VERTICAL Prazo final para postagem do relatório (resultados e análises) do EXERCÍCIO 1 12 Ex. 2: assessoria 19 Ex. 2: assessoria 26 Ex. 2: assessoria JUNHO 02 Ex. 2: assessoria 09 APRESENTAÇÃO DO EXERCÍCIO 2: PLANEJAMENTO e ESTUDO PRELIMINAR HABITAÇÃO SOCIAL VERTICAL Lançamento do EXERCÍCIO 3: ANTEPROJETO HABITAÇÃO SOCIAL VERTICAL 16 Ex. 3: assessoria 23 Ex. 3: assessoria 30 Ex. 3: assessoria JULHO 07 Ex. 3: assessoria 14 Semana de apresentação dos trabalhos finais de graduação (pré-banca) 21 APRESENTAÇÃO DO EXERCÍCIO 3: ANTEPROJETO HABITAÇÃO SOCIAL VERTICAL 3 de 8

6. METODOLOGIA A disciplina terá como metodologia de ensino, nas questões teóricas, a utilização de aulas expositivas com apoio de farto material iconográfico e a produção de debates e leituras extra-classe. Tal metodologia visa o desenvolvimento do potencial de reflexão e análise dos alunos, bem como a assimilação do conteúdo exposto. Nas questões práticas, a metodologia utilizada será: 1. Lançamento do exercício, sempre vinculado à aula teórica; 2. Assessorias reflexivas; 3. Exposição do resultado e avaliação coletiva. Nível de desenvolvimento dos projetos: os alunos deverão desenvolver as propostas no mínimo no nível de anteprojeto. Os temas terão abordagem social e serão distribuídos em três momentos da seguinte forma: 1º EXERCÍCIO: ESTUDO DE CASO EM UDI: ANÁLISE DE PROJETO E AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO (20 pontos) Em grupo A partir de estudo de caso dado (conjunto habitacional vertical localizado na cidade de Uberlândia), o exercício será desenvolvido em duas etapas: 1. Análise do projeto e 2. Avaliação pós-ocupação, descritas a seguir: 1. ANÁLISE DO PROJETO (10 pontos): essa etapa tem como objetivo analisar compreender a relação entre a unidade habitacional, os espaços coletivos e sua inserção urbana, a fim de identificar seu padrão morfológico urbano e sua densidade. Além disso, visa examinar todos os elementos que compõem um edifício habitacional vertical. Assim, os critérios principais para análise são: (i) restrições normativas (códigos de obras, zoneamentos); (ii) acessos/circulações (horizontais e verticais); (iii) inserção na quadra; (iv) estruturas; (v) invólucro exterior (fachadas e coberturas); (vi) serviços (instalações gerais e respectivos equipamentos); (vii) tipologias; (viii) flexibilidade; (ix) densidades (estudo do gabarito, área útil, área edificada, área uso coletivo); (x) impacto ambiental. Desenhos, gráficos, esquemas, fotos e plantas, entre outros instrumentos, deverão ser desenvolvidos para a apresentação dos resultados. 2. AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO (APO) (10 pontos): essa parte do exercício consiste na avaliação pósocupacional do estudo de caso, enfocando três escalas de análise: inserção urbana (entorno), espaços coletivos e unidade habitacional. Serão avaliadas questões relativas ao: impacto ambiental, conforto, mobilidade, funcionalidade, qualidade estética, atendimento às necessidades, entre outros aspectos. Pretende-se com a avaliação identificar a qualidade dos espaços ofertados, necessidades não atendidas pelo projeto, desejos e sonhos em relação à moradia em todas as suas esferas, assim como aspectos positivos e negativos da proposta. A avaliação deverá ser aplicada em pelo menos 35% das unidades do estudo de caso definido pelos docentes, a partir de questionário dado. Produtos a serem entregues: registros fotográficos, resultados da aplicação dos questionários, relatórios descritivos com resultados comentados. A formatação final das análises deverá ser postada no blogspot dos alunos. 2º EXERCÍCIO: PLANEJAMENTO E ESTUDO PRELIMINAR HABITAÇÃO SOCIAL VERTICAL (30 pontos) Em duplas ou individual 1. PLANEJAMENTO (10 pontos): Essa primeira etapa do exercício 2 objetiva coletar e analisar informações relevantes para o desenvolvimento do projeto, contemplando os aspectos definidos na tabela seguinte. As análises deverão ser apresentadas em pranchas impressas (seguindo o mesmo formato daquelas usadas para o projeto). 4 de 8

condicionantes produtos a serem entregues C.L. cond. físicas levantamento topográfico cortes e esquemas (maquete topográfica) estudo da insolação / ventilação estudo do entorno fotos, mapas de uso e ocupação, gabarito estudos do acesso planta de localização imediata e regional restrições municipais recuos, taxas, c.a, etc normas de acessibilidade nbr 9050 normas específicas bombeiro, etc. cond. econômica / materiais custos gerais estimados metragens aproximadas materialidades pesquisa elaborada sistemas construtivos pesquisa e definições classe social a que se destina localização estudo do lugar cond. sócio culturais público alvo estudo dos aspectos socioculturais abrangência (bairro, município, regional, estadual, nacional) perfil social perfil econômico perfil cultural lista de atividades (programa de necessidades) cond. conceituais referências projetuais pesquisa elaborada referências conceituais (textos) resultados de apo (avaliação pós-ocupação) partido a ser adotado 2. ESTUDO PRELIMINAR (20 pontos): Será realizado um exercício de projetação, baseado nas discussões feitas em sala de aula, nos textos indicados para leitura e nos resultados do exercício 1. Tendo como foco a habitação social verticalizada, pretende-se discutir possibilidades projetuais para ampliação de sua qualidade através de sua inserção urbana, adensamento, impacto ambiental e adequação aos novos modos de vida da sociedade. Prioriza-se a utilização de conceitos humanizadores no processo projetual, discutindo a relação entre o espaço privado, público e coletivo. Pretende-se também a discussão sobre o uso misto nas cidades, como forma de qualificação urbana e tentativa de uma maior sustentabilidade do espaço urbano. Premissas: APO, análise inserção urbana/densidade, modulação e racionalidade estrutural, possibilidade de ampliação, qualidade ambiental (busca por conforto térmico, lumínico e acústico dos espaços), uso da flexibilidade no maior número possíveis de itens: (i) inserção urbana; (ii) estrutura fundações e elementos estruturais; (iii) invólucro exterior superfícies exteriores fachadas e coberturas; (iv) serviços instalações gerais e respectivos equipamentos; (v) acessos/circulação horizontais e verticais; (vi) elementos de vedação interna, acessos, ventilação e iluminação; (vii) mobiliários e equipamentos. Programa: Conjunto Habitacional Vertical implantado em área urbana no perímetro central, ou bairros contíguos de aproximadamente 2.000 m². Prever espaços de integração coletiva e pública, variedade tipológica das unidades, contemplando tipologias de 50, 60 e 70 m² (modulares, ampliáveis, flexíveis). Para a etapa do estudo preliminar, deve ser apresentado o que se pede na tabela a seguir: 5 de 8

PEÇA GRÁFICA DESCRIÇÃO C.L. Planta de situação Implantação geral (Escala 1:200) Plantas pavimentos Plantas unidades (Escala 1:50) Planta de cobertura Elevações Cortes Estudos volumétricos (perspectivas) Maquete física Memorial Cotas de afastamento do lote em relação aos limites da quadra Denominação de ruas e/ou praças limítrofes Identificar as áreas externas (acessos, limite da construção e projeção da cobertura, áreas ajardinadas, equipamentos previstos para lazer) Identificar os níveis (edificação, áreas externas e acessos, taludes) Informações técnicas: cotas/ sistema construtivo/ indicação prumadas paredes hidráulicas e shafts/ indicação modulação Indicar e locar mobiliários e equipamentos hidro-sanitários Variações tipológicas (mobiliário/ elementos de flexibilidade e cenários de uso) Indicar caimento e materiais a serem utilizados (impermeabilização, telhas, calhas e rufos, etc.) Dimensionar horizontalmente (largura e comprimento) Orientação solar (norte) Apresentar estudo das fachadas com indicação de materiais usados Dimensionar (pé direito, laje e altura final da edificação) Indicar níveis Indicar perfil natural do terreno Não só do conjunto, como também a partir altura pedestre/ indicar relação com entorno verificar impacto edificações Maquete física contendo volumetria Texto inicial + soluções e conceitos indicados nas pranchas Títulos, indicações textuais e cotas em todas as pranchas e desenhos 3º EXERCÍCIO: ANTEPROJETO HABITAÇÃO SOCIAL VERTICAL (50 pontos) Em duplas ou individual Esse exercício consiste no desenvolvimento da proposta do Exercício 2, em nível de anteprojeto, abrangendo também as discussões feitas em sala de aula, os textos indicados para leitura e os resultados do exercício 1. As pranchas do projeto devem ser impressas. Elementos a serem entregues no Exercício 3: PEÇA GRÁFICA DESCRIÇÃO C.L. Planta de situação Cotas de afastamento do lote em relação aos limites da quadra Denominação de ruas e/ou praças limítrofes Tabelas com áreas (área das unidades, de cada bloco, total da construção, projeção horizontal no terreno) Cálculo de densidade (comparativo com implantação térrea) 6 de 8

Implantação geral (Escala 1:200) Plantas pavimentos Plantas unidades (Escala 1:50) Planta de cobertura Elevações Cortes Estudos volumétricos (perspectivas) Maquete física Memorial Identificar as áreas externas (estacionamento, guaritas e acessos para pedestres escadas e rampas, limite da construção e projeção da cobertura, áreas ajardinadas, tipos de pisos usados, equipamentos previstos para lazer) Identificar os níveis (edificação, áreas externas e acessos, taludes) Indicar a locação dos cortes e das elevações a serem apresentados Informações técnicas: áreas/ cotas/ sistema construtivo/ indicação prumadas paredes hidráulicas e shafts/ indicação modulação Indicar níveis e orientação solar Indicar a locação dos cortes e das elevações a serem apresentados Quadro de áreas com metragens dos ambientes Indicar e locar mobiliários e equipamentos hidro-sanitários Variações tipológicas (usos/ perfis familiares/ mobiliário/ elementos de flexibilidade e cenários de uso) Indicar caimento e materiais a serem utilizados (impermeabilização, telhas, calhas e rufos, etc.) Dimensionar horizontalmente (largura e comprimento) Orientação solar (norte) Indicar a locação dos cortes e das elevações a serem apresentados Apresentar estudo das fachadas (com representação dos pisos, vegetação, aberturas, etc.) Especificar os materiais (revestimentos e materiais usados) Dimensionar (pé direito, laje e altura final da edificação) Indicar sistema de cobertura e forros (gesso, madeira, acústico, etc.) Especificar os materiais a serem utilizados Indicar níveis Indicar perfil natural do terreno Não só do conjunto, como também a partir altura pedestre/ indicar relação com entorno verificar impacto edificações Maquete física contendo volumetria (inclusive telhado), aberturas e áreas externas (modelagem do terreno, diferenciação de piso/ áreas permeáveis). Texto inicial + soluções e conceitos indicados nas pranchas Títulos, indicações textuais e cotas em todas as pranchas e desenhos 7. AVALIAÇÃO A proposta de avaliação para a disciplina acontecerá de forma contínua durante todas as atividades solicitadas, tanto as de confecção dos estudos através dos mapas, desenhos, fotografias, até a finalização e apresentação do projeto. Todas as entregas por etapas serão avaliadas assim como as pesquisas e leituras programadas. Ao longo do curso são estabelecidos momentos para avaliação, onde professor e aluno discutem os degraus alcançados no processo utilizando-se auto-avaliação. Todo o processo de desenvolvimento do projeto será acompanhado e registrado na ficha do aluno. 1. EXERCÍCIO 1: ANÁLISE DE PROJETO E APO: 20 pontos; 2. EXERCÍCIO 2: PLANEJAMENTO E ESTUDO PRELIMINAR HABITAÇÃO SOCIAL VERTICAL: 30 pontos; 3. EXERCÍCIO 3: ANTEPROJETO- HABITAÇÃO SOCIAL VERTICAL: 50 pontos. 7 de 8

8. BIBLIOGRAFIA BÁSICA BONDUKI, N. Origens da habitação social no Brasil. São Paulo: Estação Liberdade, 1998. EDWARDS, B.; HYETT, P. Guía básica de la sostenibilidad. Barcelona: Gustavo Gilli, 2004. RIFRANO, L. Avaliação de projetos habitacionais. Determinando a funcionalidade da moradia social. São Paulo: Ensino Profissional, 2006. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BRASIL. Estatuto da Cidade. 2001. Estatuto da Cidade: Lei n. 10257, de 10 de julho de 2001, que estabelece diretrizes gerais da política urbana. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2001. DUNSTER, D. 100 casas unifamiliares de la arquitectura del siglo XX. México: Gustavo Gili, 1998. FOLZ, R. R. Mobiliário na habitação popular: discussões de alternativas para melhoria da habitabilidade. RIMA: São Carlos, 2003. LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F. O. R. Eficiência energética na arquitetura. São Paulo: PW, 1997. MARICATO, E. Brasil, cidades: alternativas para a crise urbana. Petrópolis: Vozes, 2002. MORETTI, R. S. Normas urbanísticas para habitação de interesse social: recomendações para elaboração. São Paulo: IPT/FINEP, 1997. REBELLO, Y.C. Estrutura de aço, concreto e madeira: atendimento da expectativa dimensional. São Paulo: Zigurate, 2005. ROLNIK, R. A cidade e a lei: legislação, política urbana e territórios na cidade de São Paulo. São Paulo: Estúdio Nobel, 1997. ROMERO, M. A. B. Princípios bioclimáticos para o desenho urbano. São Paulo: Pro Editores, 2001. ZANETTINI, S. Arquitetura, razão, sensibilidade. São Paulo: EDUSP, 2002. 9. APROVAÇÃO Aprovado em reunião do Colegiado realizada em: / / Coordenação do Curso de Graduação em: 8 de 8