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Boletimj Manual de Procedimentos Fascículo N o 01/2014 Piauí // Federal IPI Prazos de recolhimento.... 01 // Estadual ICMS Fato gerador e incidência... 03 // IOB Setorial Federal Automotivo - Programa Inovar-Auto - Regulamentação complementar.... 10 // IOB Comenta Municipal (Teresina) Desnecessidade de prévia inscrição de unidades autônomas no registro de imóveis para a cobrança de IPTU individualizado.... 11 // IOB Perguntas e Respostas IOF Derivativos financeiros - Base de cálculo - Apuração.... 12 Derivativos financeiros - Base de cálculo - Parcelas dedutíveis.... 12 IPI e-cac - Certificado digital... 13 ICMS/PI Base de cálculo reduzida - Condicionadores de solo e substratos de plantas.... 13 Crédito presumido - Camarões.... 13 Transferência de mercadorias ou bens - Ocorrência do fato gerador. 13 Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Fato gerador a ICMS - Alíquotas interna e interestadual a ICMS - Base de cálculo

2013 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Capa: Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo) 0800-724-7900 (Outras Localidades) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) ICMS, IPI e outros : IPI : prazos de recolhimento... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos) ISBN 978-85-379-2039-8 1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série. 13-13795 CDU-34:336.223(81) Índices para catálogo sistemático: 1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81) Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei n o 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998). Impresso no Brasil Printed in Brazil Boletim IOB

Boletimj Manual de Procedimentos a Federal IPI Prazos de recolhimento SUMÁRIO 1. Introdução 2. Prazos de recolhimento e códigos de receita do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) 3. Quadro prático 4. Preenchimento do Darf 5. Calamidade pública 1. Introdução O período de apuração do IPI incidente nas saídas de produtos do estabelecimento industrial ou a ele equiparado é mensal, exceto quanto ao imposto devido no desembaraço aduaneiro de produtos importados. Neste texto, examinaremos as datas de vencimento para pagamento do tributo, em relação aos fatos As datas de vencimento de tributos federais administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), devidos pelos sujeitos passivos domiciliados nos municípios abrangidos por decreto estadual que tenha reconhecido estado de calamidade pública, ficam prorrogadas para o último dia útil do 3º mês subsequente, abrangendo o mês da ocorrência do evento que ensejou a decretação do estado de calamidade pública e o mês subsequente geradores do exercício de 2014, inclusive em relação aos tributos incluídos na sistemática do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições Devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional). (RIPI - Decreto nº 7.212/2010, art. 259; Resolução CGSN nº 94/2011, art. 38) 2. Prazos de recolhimento e códigos de receita do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) O IPI deverá ser recolhido de acordo com o respectivo código de receita a ser inserido no Darf, observadas as instruções contidas no quadro a seguir: Prazos Produto Código de receita Período de apuração Prazo para pagamento Cigarros do código 2402.20.00 da TIPI Até o 10º dia do mês subsequente ao 1020 Mensal de ocorrência dos fatos geradores. Bebidas do Capítulo 22 da TIPI 0668 Cigarros do código 2402.90.00 da TIPI 5110 Veículos das posições 87.03 e 87.06 da TIPI 0676 Produtos das posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01, 87.02, 87.04, 87.05 e 87.11 da TIPI 1097 Todos os produtos, com exceção de bebidas (Capítulo Até o 25º dia do mês subsequente ao Mensal 22), de cigarros (códigos 2402.20.00 e 2402.90.00) e dos de ocorrência dos fatos geradores. 5123 produtos das posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11 da TIPI Regime especial de tributação - Cervejas (veja Nota 2) 0821 Regime especial de tributação - Demais bebidas (veja Nota 2) 0838 Notas (1) No caso de o dia do vencimento não ser considerado útil, o prazo será antecipado para o primeiro dia útil que o anteceder (Lei nº 8.383/1991, art. 52, 4º; Lei nº 11.933/2009, art. 4º). (2) O regime especial de tributação, opcional, instituído pelo art. 58-J da Lei nº 10.833/2003, aplica-se às bebidas classificadas nos códigos 2106.90.10 Ex 02, 22.01, 22.02 (exceto os Ex 01 e 02 do código 2202.90.00) e 22.03 da TIPI. Em relação às posições 22.01 e 22.02, esse sistema de tributação alcança, exclusivamente, água e refrigerantes, refrescos, cerveja sem álcool, repositores hidroeletrolíticos e compostos líquidos prontos para o consumo que contenham como ingrediente principal inositol, glucoronolactona, taurina ou cafeína. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 PI 01-01

O imposto será recolhido, ainda, no ato do pedido de autorização da venda de produtos trazidos do exterior a título de bagagem, despachados com isenção do imposto ou com pagamento de tributos nas condições previstas na legislação aduaneira. (Lei nº 8.383/1991, art. 52, caput, I, a e c, 4º; Lei nº 8.850/1994, art. 1º; Lei nº 10.833/2003, art. 58-J; Lei nº 11.933/2009, art. 4º; RIPI/2010, art. 262, caput, II, III e IV, parágrafo único; TIPI - Decreto nº 7.660/2011; Decreto nº 6.707/2008, arts. 1º e 22 a 26; Ato Declaratório Executivo Codac nº 70/2008) 2.1 Importação Em relação aos fatos geradores relacionados ao desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira (importação), o IPI será recolhido antes da saída do produto da repartição que processar o despacho. (Lei nº 8.383/1991, art. 52, caput, I, 3º; Lei nº 8.850/1994, art. 1º, 2º; RIPI/2010, art. 262, I) 2.2 Optantes pelo Simples Nacional As pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional devem recolher o IPI juntamente com os demais tributos incluídos na sistemática de arrecadação instituída pela Lei Complementar nº 123/2006, por meio do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), até o dia 20 do mês subsequente àquele em que houver sido auferida a receita bruta. Não havendo expediente bancário na data do vencimento, o pagamento deverá ser efetuado até o dia útil imediatamente posterior. Nota Na hipótese de a microempresa (ME) ou empresa de pequeno porte (EPP) possuir filiais, o recolhimento dos tributos devidos pelo Simples Nacional será feito por intermédio da matriz (Resolução CGSN nº 94/2011, art. 38, 1º). (Lei Complementar nº 123/2006, art. 21, III; Resolução CGSN nº 94/2011, art. 38) 3. Quadro prático Prazos Produto/código de receita Cigarros do código 2402.20.00 da TIPI - código de arrecadação 1020. Vencimento: até o 10º dia do mês subsequente ao de ocorrência dos fatos geradores. a) bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres - Capítulo 22 da TIPI - código de arrecadação 0668; b) cigarros do código 2402.90.00 da TIPI - código de arrecadação 5110; c) veículos das posições 87.03 e 87.06 da TIPI - código de arrecadação 0676; d) produtos das posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01, 87.02, 87.04, 87.05 e 87.11 da TIPI - código de arrecadação 1097; e) todos os produtos, com exceção de bebidas (Capítulo 22), de cigarros (códigos 2402.20.00 e 2402.90.00) e dos produtos das posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11 da TIPI - código de arrecadação 5123; f) cervejas sujeitas a regime especial de tributação - código de arrecadação 0821; e g) demais bebidas sujeitas a regime especial de tributação - código de arrecadação 0838. Prazo para recolhimento: até o 25º dia do mês subsequente ao de ocorrência dos fatos geradores. ME e EPP optantes pelo Simples Nacional - DAS gerado pelo aplicativo de cálculo disponível na Internet. Prazo para recolhimento: até o dia 20 do mês subsequente àquele em que houver sido auferida a receita bruta. Período de apuração Prazos para recolhimento janeiro fevereiro março abril maio junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro janeiro fevereiro março abril maio junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro janeiro fevereiro março abril maio junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro 10.02.2014 10.03.2014 10.04.2014 09.05.2014 10.06.2014 10.07.2014 08.08.2014 10.09.2014 10.10.2014 10.11.2014 10.12.2014 09.01.2015 25.02.2014 25.03.2014 25.04.2014 23.05.2014 25.06.2014 25.07.2014 25.08.2014 25.09.2014 24.10.2014 25.11.2014 24.12.2014 23.01.2015 20.02.2014 20.03.2014 22.04.2014 20.05.2014 20.06.2014 21.07.2014 20.08.2014 22.09.2014 20.10.2014 20.11.2014 22.12.2014 20.01.2015 (Lei nº 8.383/1991, art. 52,caput, I, a e c ; Lei nº 10.833/2003, art. 58-J; Lei nº 8.850/1994, art. 1º; Lei Complementar nº 123/2006, art. 21, III; Resolução CGSN nº 94/2011, art. 38) 01-02 PI Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 - Boletim IOB

4. Preenchimento do Darf Admitindo-se que determinado contribuinte, não optante pelo Simples Nacional, tenha apurado no mês de janeiro/2014 débito do IPI no valor de R$ 150.000,00, com prazo para recolhimento até 25.02.2014, e que o produto por ele fabricado esteja classificado em Demais produtos - código Darf 5123, o pagamento deverá ser efetuado por meio do Darf, em 2 vias, cujo preenchimento ilustramos a seguir: DARF 5. Calamidade pública As datas de vencimento de tributos federais administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), devidos pelos sujeitos passivos domiciliados nos municípios abrangidos por decreto estadual que tenha reconhecido estado de calamidade pública, ficam prorrogadas para o último dia útil do 3º mês subsequente, abrangendo o mês da ocorrência do evento que ensejou a decretação do estado de calamidade pública e o mês subsequente. A prorrogação do prazo aplica-se também às datas de vencimento das parcelas de débitos objeto de parcelamento concedido pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e pela RFB e não implica direito à restituição de quantias eventualmente já recolhidas. (Portaria MF nº 12/2012) N a Estadual ICMS Fato gerador e incidência SUMÁRIO 1. Introdução 2. Incidência 3. Fato gerador 4. Irrelevância dos aspectos jurídicos para a caracterização do fato gerador 5. Importação 6. Serviço de transporte 7. Serviço de comunicação 8. Ulterior transmissão da propriedade da mercadoria 9. Diferencial de alíquotas 10. Considerações finais 11. Quadro prático das hipóteses de não incidência 12. Exemplo prático 13. Penalidades 14. Jurisprudência 1. Introdução A Constituição Federal dispõe, em seu art. 155, 2º, I, que os Estados e o Distrito Federal têm a competência para instituir imposto sobre as opera- Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 PI 01-03

ções relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. A competência para instituir ou exigir tributos é regida pelo princípio da legalidade consagrado no art. 150, I, do texto constitucional, o qual dispõe que, sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. O Estado do Piauí consolidou as disposições legais referentes ao ICMS por meio do Decreto nº 13.500/2008 - RICMS-PI/2008, e suas alterações posteriores. Neste texto analisaremos as hipóteses de incidência e do fato gerador do ICMS. 2. Incidência São hipóteses de incidência do ICMS: a) as operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares; b) as prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores; c) as prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive geração, emissão, recepção, transmissão, retransmissão, repetição e ampliação de comunicação de qualquer natureza; d) o fornecimento de mercadorias com prestação de serviços compreendidos na competência tributária dos municípios, com indicação expressa da incidência do ICMS, como definida em lei complementar; e) a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, qualquer que seja sua finalidade, por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto; f) o serviço prestado ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; g) a entrada de energia elétrica e petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando não destinados à comercialização ou à industrialização; h) a entrada, em estabelecimento de contribuinte, de mercadoria oriunda de outra Unidade da Federação, destinada a consumo ou ativo permanente; i) a utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outra Unidade da Federação e não esteja vinculada à operação ou prestação subsequente; j) a entrada, no estabelecimento do adquirente ou em outro por ele indicado, de mercadoria ou bem sujeito à exigência do imposto por substituição tributária. A seguir, demonstramos uma representação sobre a incidência do ICMS. (RICMS-PI/2008, art. 1º) 01-04 PI Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 - Boletim IOB

3. Fato gerador Ocorre o fato gerador do ICMS no momento: a) da saída, a qualquer título, de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro do mesmo titular; b) do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer estabelecimento; c) da transmissão, a terceiro, de mercadoria depositada em armazém-geral ou em depósito fechado deste Estado; d) da transmissão de propriedade de mercadoria ou de título que a represente, quando a mercadoria não houver transitado pelo estabelecimento do transmitente; e) do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços não compreendidos na competência tributária dos municípios; f) do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços compreendidos na competência tributária dos municípios, com indicação expressa de incidência do ICMS, como definida em lei complementar aplicável; g) do recebimento pelo destinatário de mercadoria, ou de serviço prestado no exterior; h) da aquisição, em licitação promovida pelo Poder Público, de mercadoria ou bem quando importados do exterior e apreendidos ou abandonados; i) da entrada, neste Estado, de energia elétrica, petróleo, lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando não destinados à comercialização ou industrialização; j) da entrada, no estabelecimento, de mercadoria desacompanhada de documento fiscal, acompanhada de documento fiscal inidôneo ou não regularmente escriturado; k) da entrada, neste Estado, de mercadoria destinada à outra Unidade da Federação, quando não ficar comprovada a efetiva saída da mercadoria para o Estado destinatário. (RICMS-PI/2008, art. 2º, I a IV, VIII, X, XI, XV e XVI) 4. Irrelevância dos aspectos jurídicos para a caracterização do fato gerador A caracterização do fato gerador do imposto independe: a) da natureza jurídica da operação que o constitua; b) do fato de a operação realizar-se entre estabelecimentos do mesmo titular; c) do fato de o estabelecimento não ser obrigado à inscrição no Cadastro de Contribuintes do Estado do Piauí (Cagep) nem ter sido a mercadoria adquirida para comercialização ou outra operação abrangida pela incidência do imposto. (RICMS-PI/2008, art. 2º, 6º) 5. Importação Ocorre o fato gerador do ICMS no momento do desembaraço aduaneiro de mercadoria ou bem importados do exterior. Depois do desembaraço aduaneiro, a entrega, pelo depositário, de mercadoria ou bem importados do exterior deverá ser autorizada pelo órgão responsável pelo seu desembaraço, que somente se fará mediante a exibição do comprovante do pagamento do imposto incidente no ato do despacho aduaneiro, salvo disposição em contrário. Quando a entrega de mercadoria ou bem importados do exterior ocorrer antes do desembaraço aduaneiro, considera-se ocorrido o fato gerador neste momento, devendo a autoridade responsável, salvo disposição em contrário, exigir a comprovação do pagamento do imposto. (RICMS-PI/2008, art. 2º, 2º e 5º) 6. Serviço de transporte O fato gerador do ICMS incidente na prestação de serviço de transporte de natureza interestadual e intermunicipal ocorre nas seguintes hipóteses: a) no início da prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via; b) no ato final dos serviços de transporte iniciados no exterior; c) no recebimento, pelo destinatário, de serviços prestados no exterior. (RICMS-PI/2008, art. 2º, V, VI e X) 7. Serviço de comunicação Trata-se de hipótese de fato gerador do ICMS o momento em que ocorrer prestações onerosas de serviços de comunicação, feitas por qualquer meio, inclusive a geração, emissão, recepção, transmissão, Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 PI 01-05

retransmissão, repetição e ampliação de comunicação de qualquer natureza. Quando o serviço for prestado mediante pagamento por meio de ficha, cartão ou assemelhados, considera-se ocorrido o fato gerador do imposto quando do fornecimento desses instrumentos ao usuário. (RICMS-PI/2008, art. 2º, VII, 1º) 8. Ulterior transmissão da propriedade da mercadoria Equipara-se à saída a transmissão da propriedade da mercadoria, quando esta não transitar pelo estabelecimento do transmitente. (RICMS-PI/2008, art. 2º, IV) 9. Diferencial de alíquotas O fato gerador do ICMS, relativo ao diferencial de alíquotas, ocorre nos seguintes momentos: a) da utilização, por contribuinte, de serviços cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja vinculada à operação ou prestação subsequente; b) da entrada, no estabelecimento de contribuinte, de mercadoria ou bem oriundos de outra Unidade da Federação, destinados a consumo ou ao ativo permanente. (RICMS-PI/2008, art. 2º, XIII e XIV) 10. Considerações finais Para efeito da legislação regulamentar do ICMS, considera-se: a) mercadoria - qualquer bem móvel, novo ou usado, inclusive semovente, compreendidos neste conceito: a.1) os bens de uso ou consumo de qualquer estabelecimento e os desincorporados do ativo fixo da empresa, reintroduzidos no processo de circulação econômica; a.2) a energia elétrica, os combustíveis líquidos e gasosos e os lubrificantes; a.3) os produtos extrativos minerais; b) serviço de transporte - o tráfego interestadual e intermunicipal de pessoas, bens, mercadorias ou valores contratado a terceiro e realizado por pessoa jurídica ou transportador autônomo, por qualquer via; c) serviço de comunicação - a geração ou emissão, transmissão, retransmissão, repetição, ampliação ou recepção de comunicação de qualquer natureza, por qualquer processo, ainda que iniciado ou prestado no exterior; d) depósito fechado - o armazém pertencente ou locado ao contribuinte, situado neste ou em outro Estado e destinado à recepção e movimentação de mercadoria própria, com simples função de guarda e proteção, podendo o contribuinte manter quantos depósitos fechados necessitar; e) armazém-geral - o estabelecimento destinado à recepção e movimentação de mercadoria de terceiros, com a simples função de guarda e proteção. (RICMS-PI/2008, art. 2º, 4º e art. 4º, 5º e 7º) 11. Quadro prático das hipóteses de não incidência No quadro prático exposto a seguir, discriminamos as hipóteses de não incidência estabelecidas na Constituição Federal de 1988 e no RICMS-PI/2008: NÃO INCIDÊNCIA DO ICMS Situação Fundamentação legal Operações de remessa e retorno de mercadorias ou bens utilizados pelo próprio autor da saída, na prestação RICMS-PI/2008, art. 4º, I; de serviço de qualquer natureza, definido em lei complementar como sujeito ao imposto sobre serviços de Lei Complementar competência dos municípios, ressalvadas as hipóteses previstas em lei. nº 116/2003 Operações de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem arrendado ao arrendatário, observado o RICMS-PI/2008, arts. 848 a 855. RICMS-PI/2008, art. 4º, IV Saída de mercadoria com destino a armazém-geral, para depósito em nome do remetente, ou depósito fechado, este do próprio contribuinte, e o retorno ao estabelecimento depositante, quando situados dentro do RICMS-PI/2008, art. 4º, VI Estado do Piauí, observado o RICMS-PI/2008, arts. 856 a 873 e o art. 4º, 5º a 7º. Saída, de estabelecimento de empresa de transporte ou de depósito por conta e ordem desta, de mercadorias RICMS-PI/2008, art. 4º, VII de terceiro, excluída a prestação de serviço de transporte que permanecerá sujeita à incidência do imposto. Operações decorrentes de alienação fiduciária em garantia, inclusive a operação efetuada pelo credor em RICMS-PI/2008, art. 4º, III decorrência do inadimplemento do devedor. 01-06 PI Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 - Boletim IOB

NÃO INCIDÊNCIA DO ICMS Situação Fundamentação legal Operação de qualquer natureza de que decorra a transferência da propriedade de estabelecimento industrial, RICMS-PI/2008, art. 4º, II comercial ou de outra espécie, inclusive nas hipóteses de transmissão: a) a herdeiro ou legatário, em razão de sucessão causa mortis, nos legados ou processos de inventário ou arrolamento; b) em caso de sucessão inter vivos em venda de estabelecimento ou fundo de comércio, transformação, incorporação, fusão ou cisão. Operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de bens móveis salvados de sinistro para RICMS-PI/2008, art. 4º, V companhias seguradoras. Saída, de estabelecimento gráfico, de impressos personalizados, produzidos sob encomenda direta do usuário final (pessoa física ou jurídica), sendo tributada caso estes sejam destinados à comercialização, ou à RICMS-PI/2008, art. 4º, VIII distribuição a título gratuito, ou à utilização nesta atividade ou na de produção, inclusive industrial, entendido como personalizado o impresso cuja confecção inclua nome, firma, razão social e/ou símbolo, logotipo e outros sinais identificativos, para uso ou consumo do próprio estabelecimento encomendante, como (Convênio ICM nº 11/1982): a) documento fiscal; b) fatura; c) duplicata; d) papel para correspondência; e) cartão comercial; f) cartão de visita; g) outros impressos personalizados. O serviço de transporte de carga própria, assim entendido o que é feito pelo próprio destinatário ou remetente, RICMS-PI/2008, art. 4º, X considerado, inclusive, o serviço de carga de terceiros, quando por este realizado e relacionado às operações sob a cláusula Cost, Insurance and Freight (CIF), efetuado em veículo próprio, arrendado ou locado, desde que se faça acompanhar: a) da nota fiscal relativa à mercadoria transportada, que deverá indicar, além dos requisitos exigidos, esta circunstância no campo Nome/Razão Social, do quadro Transportador/Volume/Transportado, com a expressão: Remetente ou Destinatário,dispensadas as indicações relativas às condições de pagamento do frete; b) do certificado de registro e licenciamento do veículo, se próprio; c) do contrato de locação, em fotocópia autenticada, no caso de veículo locado. Operações de transferência de estoque em virtude de mudança de endereço. RICMS-PI/2008, art. 4º, XII Saída de pneus recauchutados ou regenerados, de empresa prestadora desses serviços, exclusivamente ao RICMS-PI/2008, art. 4º, XI usuário final, observado o disposto no RICMS-PI/2008, art. 4º, 4º. 12. Exemplo prático 12.1 Emissão da nota fiscal Objetivando a ilustração do tema exposto, elaboramos modelo de nota fiscal que deve ser emitida por ocasião da saída da mercadoria de estabelecimento de contribuinte, operação esta tributada pelo ICMS, consistente em uma das hipóteses de ocorrência do fato gerador do imposto previsto na legislação tributária estadual. (RICMS-PI/2008, art. 348, I) Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 PI 01-07

01-08 PI Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 - Boletim IOB

12.2 Escrituração no livro Registro de Saídas A seguir, demonstramos exemplo de escrituração da nota fiscal descrita no subtópico anterior no livro Registro de Saídas. (RICMS-PI/2008, art. 281) 13. Penalidades Dentre outras penalidades estabelecidas na legislação do ICMS vigente no Estado do Piauí destacamos que estão sujeitos à multa de 40% do imposto devido os que, tendo emitido documentos fiscais e lançado nos livros próprios, deixarem de recolher, no prazo legal, no todo ou em parte, o imposto correspondente. (RICMS-PI/2008, art. 1.604, I, a ) 14. Jurisprudência Transcrevemos a ementa da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) acerca da questão relativa à ocorrência do fato gerador do ICMS na operação de importação de mercadoria. AI 816953 AgR / SP - SÃO PAULO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 PI 01-09

Relator(a): Min. ELLEN GRACIE Julgamento: 02/08/2011 Órgão Julgador: Segunda Turma Publicação DJe-158 DIVULG 17-08-2011 PUBLIC 18-08-2011 EMENT VOL-02568-04 PP-00599 Parte(s) RELATORA: MIN. ELLEN GRACIE AGDO.(A/S): ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES): PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO ADV.(A/S): ISABELLA MARIA LEMOS MACEDO E OUTRO(A/S) AGTE.(S): HRO EMPREENDIMENTOS E AGROPECUARIA LTDA. Ementa DIREITO TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. DEFINIÇÃO DA AUTORIDADE COATORA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA STF 279. ICMS. IMPORTAÇÃO DE MERCADORIA. FATO GERADOR. COBRANÇA POR OCASIÃO DO DESEMBARAÇO ADUA- NEIRO. LEGITIMIDADE. SÚMULA STF 661. 1. O Tribunal de origem, com fundamento no conjunto fático-probatório dos autos, verificou a ocorrência de equívoco na indicação da autoridade coautora pelo impetrante. Incide, na espécie, o óbice da Súmula STF 279. 2. O Supremo Tribunal Federal entende que o FATO GERADOR DO ICMS sobre a aquisição de mercadorias importadas do exterior é o desembaraço aduaneiro, o que autoriza a cobrança do ICMS nesse momento. Incidência da Súmula STF 661. 3. O destinatário da mercadoria tem domicílio no mesmo Estado onde se deu o desembaraço aduaneiro, motivo por que não se aplica o entendimento consagrado nesta Corte segundo o qual o sujeito ativo da relação tributária do ICMS é o Estado onde está domiciliado o estabelecimento destinatário do bem, pois essa última hipótese refere-se à definição do local da ocorrência do fato gerador quando o desembaraço aduaneiro é realizado em Estado diverso daquele onde estiver domiciliado o destinatário jurídico da mercadoria. 4. Agravo regimental a que se nega provimento. N a IOB Setorial Federal Automotivo - Programa Inovar-Auto - Regulamentação complementar O Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior baixou a Portaria MDIC nº 297/2013, a qual estabelece regulamentação complementar em cumprimento a diversos dispositivos do Decreto nº 7.819/2012, alterado pelo Decreto nº 8.015/2013, que regulamentou o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto). Os termos do projeto de investimento, de que trata o art. 5º do Decreto nº 7.819/2012, para instalação, no País, de fábrica dos produtos a que se refere o Anexo I do mesmo Decreto, ou, em relação a empresas já instaladas, de novas plantas ou projetos industriais para produção de novos modelos desses produtos, passaram a vigorar na forma dos Anexos da citada Portaria MDIC nº 297/2013. Para fins dos benefícios fiscais do Inovar-Auto, as alterações ou os ajustes no projeto de investimento aprovado deverão ser comunicados ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e, após análise, poderão ensejar Portaria de Habilitação e Termo de Compromisso aditivos. A produção de modelo de produto ainda não fabricado no País está relacionada a modelo de veículo que nunca obteve o Código de Marca/Modelo/Versão junto 01-10 PI Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 - Boletim IOB

ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), como fabricado no País, e cujo requerimento dirigido ao Denatran para concessão do referido código de Marca/Modelo/Versão indicar essa condição. Nos casos em que a empresa habilitada na modalidade prevista no inciso III do art. 2º do Decreto nº 7.819/2012 não for detentora da tecnologia industrial, deverá apresentar, no prazo de até 6 meses contados a partir da sua habilitação, o contrato de transferência ou licenciamento de tecnologia ou cooperação técnica averbado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Na impossibilidade de cumprimento desse prazo, por razões alheias à vontade da empresa habilitada, esta deverá apresentar para avaliação as justificativas que demonstrem tal condição. Considerando-se o disposto no inciso II do 1º do art. 13 do Decreto nº 7.819/2012, a empresa requerente, para habilitação, deverá apresentar elementos que comprovem o início do projeto de investimento e o cumprimento do cronograma físico-financeiro apresentado. A renovação da habilitação fica condicionada ao cumprimento do cronograma físico-financeiro do projeto de investimento. A empresa habilitada ao Inovar-Auto, na modalidade do inciso III do art. 2º do Decreto nº 7.819/2012, somente poderá ser enquadrada na modalidade do inciso I desse dispositivo mediante a apresentação ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior de: a) Licença de Operação emitida pelo Poder Público, no exercício de sua competência de controle; b) Código de Marca/Modelo/Versão junto ao Denatran, comprobatório da produção do veículo no País. O descumprimento do compromisso de produção de novos produtos a que se refere o Anexo I do Decreto nº 7.819/2012, constante do projeto de investimento aprovado, acarretará o cancelamento da habilitação da empresa. A apuração do crédito presumido do IPI, de que tratam os arts. 13 e 16 do Decreto nº 7.819/2012, está vinculada ao cumprimento do cronograma físico- -financeiro constante do projeto de que trata o art. 5º do mesmo Decreto. A empresa beneficiária deverá apresentar trimestralmente relatórios ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, com os valores efetivamente realizados, nos termos do Anexo II da Portaria MDIC nº 297/2013. Os relatórios deverão ser apresentados até o último dia do 2º mês subsequente ao término do trimestre-calendário. Esse prazo teve início em 02.10.2013, em relação às habilitações já em vigor; no caso de nova habilitação, o prazo inicia-se a partir da publicação desta no Diário Oficial da União. (Decreto nº 7.819/2012; Decreto nº 8.015/2013; Portaria MDIC nº 297/2013) N a IOB Comenta Municipal (Teresina) Desnecessidade de prévia inscrição de unidades autônomas no registro de imóveis para a cobrança de IPTU individualizado O Fisco, verificando a divisão de imóvel preexistente em unidades autônomas, pode proceder às novas inscrições do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), ainda que não haja prévio registro das novas unidades em cartório de imóveis. Conforme o art. 32 do Código Tributário Nacional (CTN), o fato gerador do IPTU é a propriedade, o domínio útil ou a posse. Este posicionamento é do Superior Tribunal de Justiça (STJ). De acordo com as decisões proferidas pelo STJ, o art. 34 do referido diploma, por sua vez, preconiza Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 PI 01-11

que o contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título. Nesse sentido o Tribunal observou que é absolutamente dispensável o prévio registro imobiliário das novas unidades para proceder ao lançamento do IPTU individualizado. Basta a configuração da posse do bem imóvel para dar ensejo à exação. Assim, verificando-se a superveniência de unidades autônomas, é devida a cobrança do IPTU de forma individualizada, uma vez que é pacífico o entendimento de que os impostos reais - IPTU e Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), em especial - referem-se aos bens autonomamente considerados. Desse modo, seria incabível tratar diversos imóveis como universalidade para fins de tributação. (REsp. 722.752-RJ, 2ª Turma, DJe 11,11,2009; REsp. 1.347.693-RS, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 11,04,2013) N a IOB Perguntas e Respostas IOF Derivativos financeiros - Base de cálculo - Apuração 1) Como é apurada a base de cálculo do IOF de derivativos financeiros? A base de cálculo do IOF de derivativos financeiros é apurada em dólares dos Estados Unidos da América (EUA) e convertida em moeda nacional para fins de incidência do imposto, conforme taxa de câmbio de fechamento do dia de apuração da base de cálculo divulgada pelo Banco Central do Brasil. No caso de contratos de derivativos financeiros que tenham por objeto a taxa de câmbio de outra moeda estrangeira que não o dólar dos EUA em relação à moeda nacional ou taxa de juros associada a outra moeda estrangeira que não o dólar dos EUA em relação à moeda nacional, o valor nocional ajustado e as exposições cambiais serão apurados na própria moeda estrangeira e convertidos, pelas entidades ou instituições autorizadas a registrar os contratos de derivativos, em dólares dos Estados Unidos da América para apuração da base de cálculo. (Instrução Normativa RFB nº 1.207/2011, art. 2º, 2º e 3º) Derivativos financeiros - Base de cálculo - Parcelas dedutíveis 2) Quais parcelas poderão ser deduzidas da base de cálculo da apuração diária do IOF incidente na aquisição, venda ou vencimento de contrato de derivativo financeiro celebrado no País? Na apuração do IOF incidente sobre derivativos, poderão ser deduzidas da base de cálculo apurada diariamente: a) a soma do valor nocional ajustado na aquisição, venda ou vencimento de contratos de derivativos financeiros celebrados no País, no dia, e que, individualmente, resultem em aumento da exposição cambial comprada ou redução da exposição cambial vendida; b) a exposição cambial líquida comprada ajustada, apurada no dia útil anterior; c) a redução da exposição cambial líquida vendida e o aumento da exposição cambial líquida comprada em relação ao dia útil anterior, não resultantes de aquisições, vendas ou vencimentos de contratos de derivativos financeiros. (Instrução Normativa RFB nº 1.207/2011, art. 2º, 1º) 01-12 PI Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 - Boletim IOB

IPI e-cac - Certificado digital 3) Como poderá ser feito o acesso ao Centro Virtual de Atendimento ao Cliente (e-cac) por meio do certificado digital? No caso de utilização de certificado digital, o acesso ao e-cac poderá ser feito também: a) por procurador legalmente habilitado em procuração eletrônica outorgada pelo contribuinte; b) pelo representante da empresa responsável perante o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); c) pela matriz, no caso de filial; e d) pela sucessora, no caso de sucedida. (Instrução Normativa RFB nº 1.077/2010, art. 1º, 2º) ICMS/PI Base de cálculo reduzida - Condicionadores de solo e substratos de plantas 4) Nas operações interestaduais, há previsão de redução na base de cálculo para os condicionadores de solo e substratos de plantas? Sim. Até 31.07.2014 haverá redução de 60% na base de cálculo do ICMS incidente nas saídas interestaduais de condicionadores de solo e substratos para plantas, desde que os produtos estejam registrados no órgão competente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e que o número do registro seja indicado no documento fiscal. (RICMS-PI/2008, art. 44, XXVI, o ) Crédito presumido - Camarões 5) Há algum benefício fiscal nas operações com camarões em cativeiro? Sim. Fica concedido crédito presumido de ICMS aos estabelecimentos inscritos no Cadastro de Contribuintes do Estado do Piauí (Cagep), produtores de camarão em cativeiro (carcinicultura), correspondente à aplicação dos percentuais a seguir, sobre o valor total das seguintes operações de saídas tributadas que realizarem: a) internas e interestaduais, estas a não contribuintes do ICMS: 17%; b) interestaduais a contribuintes do ICMS: 12%. Este crédito presumido é opcional, pelo contribuinte, em substituição ao sistema normal de tributação, sendo vedado o aproveitamento de quaisquer outros créditos fiscais, devendo o contribuinte, para efeito de apropriação do crédito: a) emitir nota fiscal específica por tipo de operação (interna ou interestadual), englobando todas as operações do período, com destaque do valor do crédito a apropriar, e registrá- -la, por meio da Declaração de Informações Econômico-Fiscais (Dief), no livro Registro de Entradas, nas colunas do campo Documento Fiscal e na coluna Outras, de Operações sem Crédito do Imposto ; b) registrar, por meio da Dief, no período, o valor do crédito presumido na Ficha de Apuração do Imposto, no quadro Crédito do Imposto, no campo Outros Créditos, item 031 - Crédito Presumido, para abater do valor do débito gerado no mês. (RICMS-PI/2008, art. 56) Transferência de mercadorias ou bens - Ocorrência do fato gerador 6) Ocorre o fato gerador do ICMS nas operações de transferência de mercadoria? Sim. Considera-se ocorrido o fato gerador do ICMS no momento da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular. (RICMS-PI/2008, art. 2º, I) Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 PI 01-13