A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DE SOFTWARES PARA A MELHORIA DA METODOLOGIA DE ENSINO.

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Transcrição:

A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DE SOFTWARES PARA A MELHORIA DA METODOLOGIA DE ENSINO. Elinor Fernando Dalla Lana 1 - ULBRA Nielsen Luiz Rechia Machado 2 - PUCRS Introdução Este trabalho relata a importância da formação de professores e a sua atualização utilizando mídias digitais para tornar as aulas mais atrativas e participativas pelos alunos. Experiências foram desenvolvidas na disciplina de Isostática e Resistencia dos Matérias, no Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), Campus Santa Maria, na busca de mecanismos que possam facilitar, ao professor, a transmissão de informações relativas ao conhecimento do comportamento real das estruturas, realizando um trabalho de pesquisa junto a internet, na busca de softwares livres que permitissem a simulação de modelos reais. As tecnologias de informação são, cada vez mais, responsáveis pela evolução das mídias voltadas para o ensino e a educação. Segundo Lévy, Toda e qualquer reflexão séria sobre o devir dos sistemas de educação e formação na 1 Graduado em Engenharia Civil UFSM, Mestre em Engenharia Civil UFSM, Professor Adjunto da Universidade Luterana do Brasil nas cadeiras de Fisica Aplicada, Isostática e Resistencia dos Materiais, Sistemas Estruturais I, Sistemas Estruturais II, Topografia, Instalações Elétricas e Equipamentos, Instalações Hidraulicas e Computação Grafica. E-mail: elinor_dalla_lana@hotmail,com. 2 Graduado em Sistemas de Informação UNIFRA, Mestre em Ciência da Computação UFSM, Doutorando em Ciência da Computação PUCRS, E-mail: rechianielsen@gmail.com. ISBN: 978-85-61128-48-7

Cibercultura deve apoiar-se numa análise prévia da mutação contemporânea da relação com o saber. (Lévy, 2004). A cada dia, a informática está mais presente em nossas vidas, e os recursos pedagógicos que ela nos proporciona são inegáveis, temos que evoluir juntamente com as mídias e, imergir nesse mundo aproveitando os melhores recursos que ela nos proporciona. Para Valente (1998, p.02), o termo informática na educação refere-se à inserção do computador no processo de aprendizagem dos conteúdos curriculares de todos os níveis e modalidades de educação. Tendo em vista que a maioria dos alunos do curso superior em Arquitetura e Urbanismo da ULBRA possuem computadores pessoais é possível implantar o uso de sistemas computacionais, muito embora nem todos professores utilizem este mecanismo por falta de formação nesta área. Outro recurso muito importante é a utilização de maquetes, que permite, mesmo que em escalas reduzidas, uma visão do modelo real bem como do comportamento de estruturas quando submetidas a esforços externos. Segundo Almeida(2001): a operação de fazer sua projeção sobre o papel e discutir essa operação do ponto de vista cartográfico, o que envolve representar em duas dimensões o espaço tridimensional, representar toda a área sob um só ponto de vista e guardar a proporcionalidade entre dois elementos representados (ALMEIDA,2001, p.18-19) Dessa forma, pode-se utilizar destes importantes recursos para demonstrar o conteúdo, trabalhando com o lúdico, fazendo com que o próprio aluno desenvolva os seus projetos e amplie seus conhecimento. Quebrando paradigmas. Na disciplina de Isostatica e Resistencia dos Materiais, o conteúdo era ministrado de forma convencional, sendo apenas passado o conteúdo através de alguns exercícios que eram corrigidos no quadro de giz. Porem, era visivel o desinteresse dos alunos pelo conteúdo ministrado, muita falta de atenção e pouca participação dos mesmos na resolução dos exercícios. Seria necessário algo que os motivasse, que tornasse o conteúdo mais atraente e conseguentemente que aumentasse a participação em sala de aula. Através destas percepções,foi observada a necessidade de uma auto-avaliação. Nos fala Imbernón (2010):

A formação continuada deveria apoiar, criar e potencializar uma reflexão real dos sujeitos sobre sua prática docente nas instituições educacionais e em outras instituições, de modo que lhes permitissem examinar suas teorias implícitas, seus esquemas de funcionamento, suas atitudes, etc., estabelecendo de forma firme um processo constante de auto-avaliação do que se faz e por que se faz. (IMBERNÓN, 2010 p 47) Refletindo sobre nossa atuação docente e seguindo as observações durante as aulas, sentimos a necessidade de pesquisar sobre novas práticas pedagógicas, que auxiliassem na motivação e aprendizado dos alunos, ou seja, elaboração de mecanismos que tornassem as aulas mais atraentes. Alem disso, resolvemos questionar os alunos, para assim decidir qual o rumo tomar diante de tal desafio. Utilizamos uma metodologia qualitativa, através de uma entrevista em sala de aula, com 3 questões: Quais as cadeiras que você mais gosta? Quais as maiores dificuldades você encontra na compreensão do conteúdo de Isostática e Resistencia dos Materiais? Como você entende que seria mais fácil a coomprensão do conteúdo? As respostas se assemelharam, para primeira questão a maioria dos alunos responderam que as cadeiras que mais gostavam eram as cadeiras de projetos. Já na segunda questão, a maioria dos alunos alegaram que tem dificuldade na realização de calculos e que tem dificuldade de visializar os diagramas de Esforço Cortante e Momento Fletor, que servem para o dimensionamento das estruturas de concreto armado, aço e madeira. Utilização de Recurso de Informática. Diante das respostas obtidas, passamos a buscar na Internet softwares livres que pudessem auxiliar na interpretação de estruturas. O sistema que mais se adaptou foi o Ftool, desenvolvido pelo Professor Luiz Fernando Martha da Pontificia Universidade Catolica do Rio de Janeiro do Departamento de Engenharia Civil e Tecgraf/PUC Rio Instituto de Desenvolvimento de Software Tecnico - Cientifico.

Figura 1 - Visão do Software Ftool Fonte: http://webserver2.tecgraf.puc-rio.br/ftool/ Com a utilização do Ftool é possível realizar inumeras simulações de diferentes estruturas, vigas, porticos e treliças planas. Foi possível perceber que, a partir do momento da utilização do sistema na resolução de diferentes tipos de estruturas, houve um interesse maior por parte dos alunos na resolução dos exercícios propostos, o que motivou a busca de algo que complementasse a simulação dos protótipos estruturais. Desafio para criação de maquetes para visualização tridimensional Baseado nos resultados da pesquisa e com objetivo de facilitar a visualização dos modelos estruturais, resolvemos incentivar os alunos a construir maquetes para que pudessem perceber como se comporta uma estrutura. Decidimos criar um concurso, melhor forma de gerar um clima de competição entre os grupos participantes, em que fosse possivel por em prática os

conhecimentos teóricos, a utilização do sistema proposto e uma maquete física representando a estrutura estudada. Criamos o primeiro concurso de pontes confeccionada com palitos de picolé, cujo objetivo era desenvolver no estudante competências e habilidades necessárias ao futuro arquiteto, por meio da confecção de protótipos, com a utilização de somente palitos de picolé e cola, e aplicando conceitos como eficiência estrutural, racionalização, criatividade, estética, entre outros. Figura 2 - Pontes participantes do Primeiro Concurso de Pontes de Palito de Picolé Fonte: Arquivo dos autores Obtivemos a participação de todos os alunos que, divididos em grupos, desenvolveram os trabalhos com muita criatividade. Neste concurso foram avaliados a questão estética e a resistencia das pontes. Para avaliar os quesitos de estética e criatividade, foram convidados porfessores Arquitetos do Curso de Aruquitetura da Ulbra. O quesito estética tinha um valor de 20% e a capacidade de carga o valor éra de 80% e para divulgar o estes resultados criamos uma planilha onde são demonstrados os resultados obtidos durante o concurso.

Tabela 01 Resultados obtidos no primeiro concurso de ponte de palito de picolé. GRUPOS CONCURSO PONTE DE PALITO DE PICOLÉ NOTA ESTETICA (peso 2) PROF 1 PROF 2 PROF 3 PROF 4 NOTA NOTA CAPACIDADE PORTANTE (peso 8) PESO PONTE CARGA RUPTURA Capacidade Portante (ind) Capacidade Portante (max) TATURANA 9 9 9 18,0 0,705 31 43,97 118,7 29,6 47,6 4º lugar OUTLINE 8 8 9 16,3 0,775 45 58,06 118,7 39,1 55,5 3º lugar MÉDIA 3 7 9 8 16,0 0,758 90 118,73 118,7 80,0 96,0 1º lugar ARCO 80 8 7 7 14,7 0,800 20 25,00 118,7 16,8 31,5 5º lugar NASA 7 7 9 14,7 0,676 57 84,32 118,7 56,8 71,5 2º lugar NOTA MÉDIA FINAL CLASSIFICAÇÃO Dentre os participantes, o protótipo abaixo foi o que obteve a maior capacidade de carga. Figura 3: Ponte que apresentou a maior capacidade de carga Fonte: Arquivo dos autores Conclusão. A participação maciça dos estudantes e os resultados obtidos nos protótipos tridimensionais, nos faz concluir que nossa experiência de utilização de um sistema

de simulação estrutural e o uso de maquetes contribuiram para ampliar o entendimento dos alunos quanto ao comportamento das estruturas. Experimentos como esse são de extrema importância, não somente para o desenvolvimento dos alunos, mas também para os professores que através das experiências vivenciadas constroem um novo conhecimento para sua formação. Sendo assim, compreendemos também que é possível utilizar estas ferramentas em todas as disciplinas independente da instituição ou do curso, bastando apenas pesquisar as que mais se adecuam aos conteúdos ministrados. Diante da experiência em sala de aula podemos concluir ressaltando o beneficio da autovaliação docente e o quanto aprendemos durante o desenvolvimendo deste projeto. A nossa maior satisfação foi perceber a motivação e participação dos alunos. Além do aprendizado também foi uma maneira de atualizalos com novas tecnologias e principalmente incentivá-los a novas experiências e reflexões sobre a sua formação e desenvolvimento profissional. REFERÊNCIAS VALENTE, J. A. (org.). Computadores e conhecimento: repensando a Educação. Campinas, SP: UNICAMP/NIED, 2ª edição, 1998. Levy, Pierre. As Tecnologias da Inteligência. São Paulo: Editora 34, 2004 Almeida, A.R.D. Do desenho ao mapa: iniciação cartográfica na escola. São Paulo: Contexto, 2001. Martha, Luiz Fernando. "Análise de estruturas: conceitos e métodos básicos." Editora Campos 32 (2010).