Análise Mensal - IPCA

Documentos relacionados
Análise Mensal - IPCA. Janeiro 2017

ANÁLISE MENSAL - IPCA

ANÁLISE MENSAL - IPCA

Análise Mensal - PMC

ANÁLISE MENSAL - PMC

ANÁLISE MENSAL - IPCA

ECONÔMICA SÍNTESE. Resumo

Índices de Preços ao Consumidor IPC

INFLAÇÃO. Análise do quarto trimestre/2014 RESUMO

Índices de Preços ao Consumidor IPC

Janeiro Edição Nº 13

ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR (INPC) E A CESTA BÁSICA MARÇO/2010

OConsumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro

Agosto Divulgado em 15 de setembro de 2015.

Setembro Divulgado em 15 de outubro de 2015.

ECONOMIA. Vendas do setor acumulam crescimento de 2,05% Nº40. Associação Brasileira de Supermercados. Renda e emprego mantêm crescimento do setor

Terça 11 de abril 05:00 IPC (semanal) FIPE

Artigo. Fevereiro/2016 Inflação Onde estamos e para onde vamos. Thiago Curado. Onde estamos

Publicação mensal do Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais

JANEIRO Em janeiro de 2015 IPC de Salvador registra elevação de 1,65%

Boletim de Conjuntura Econômica Boletim n.51, Outubro, PREÇOS. Análise do segundo trimestre de 2012 e primeiro semestre de 2012

IPES Índice de Preços ao Consumidor

ICVA REGISTRA RETRAÇÃO DE 3,3% NO VAREJO EM OUTUBRO

6 PREÇOS. Boletim de Conjuntura Econômica Boletim n.53, maio, Análise do quarto trimestre/2012 e primeiro trimestre/2013. Adriana Liti Nishida

ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR (INPC) E A CESTA BÁSICA FEVEREIRO/2011

Inflação em São Paulo acumula 10,00% em 12 meses

IPES Índice de Preços ao Consumidor

Famílias de renda mais baixa continuam a ser mais afetadas pela inflação na cidade de São Paulo

Boletim de Conjuntura Econômica de Goiás N.1/mar. 2010

ÍNDICES NACIONAIS DE PREÇOS AO CONSUMIDOR IPCA e INPC Fevereiro 2015

PERSPECTIVAS DA ECONOMIA BRASILEIRA. Gustavo Loyola

ICV-DIEESE chega a 11,46% ao final de 2015

Índice de Preços ao Consumidor - Brasília IPCA - INPC Maio de 2016

COMENTÁRIOS. O emprego industrial, que ficou praticamente estável nos últimos três. meses, recuou 0,6% em novembro frente a outubro, na série livre de

Produto Interno Bruto Estado de São Paulo Fevereiro de 2016

Fevereiro Divulgado em 15 de março de 2016.

Volume de Vendas do Varejo Ampliado Acumulado em 12 meses em relação aos 12 meses anteriores. dez/14. set/16. mar/14. dez/13.

Cigarro também prejudica o bolso do consumidor

Relatório de Mercado Semanal

NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA A evolução dos principais indicadores econômicos do Brasil em 2007

ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR (INPC) E A CESTA BÁSICA DEZEMBRO/2010

Boletim de Inflação da Região Metropolitana de Curitiba nº 07, ano 01, julho 2013

ICV DIEESE: taxa é menor, mas serviços continuam a pressionar a inflação

Índice de Preços ao Consumidor - Brasília IPCA - INPC

Custo de vida em São Paulo segue aumentando mais para as famílias de menor renda

O desempenho dos principais indicadores da economia brasileira em 2008

Setembro O IPC no mês de setembro registrou variação positiva de 0,36%.

Custo de vida não se altera em junho

BOLETIM MENSAL Ano 25 No 03 Março 2009

Custo de Vida em São Paulo aumentou 0,37%

Índices de Obras Públicas IPOP

PME registra menor taxa de desemprego da série histórica para o mês de fevereiro, mas indica acomodação no mercado de trabalho.

ANÁLISE DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA - JULHO/2015

ECONOMIA A informação que fala direto ao seu bolso 31 de maio de 2017

Uma análise dos principais indicadores da economia brasileira

Reajuste de energia elétrica eleva custo de vida em São Paulo

Combustível pressiona inflação de fevereiro

Maio Divulgado em 16 de junho de 2015.

ÍNDICES NACIONAIS DE PREÇOS AO CONSUMIDOR IPCA e INPC Abril 2015

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E CIÊNCIAS ECONÔMICAS CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

Janeiro Divulgado em 16 de fevereiro de 2016.

Receita nominal. Setembro/Agosto 0,5 0,1 1,5 1,2 Média móvel trimestral 1,0 0,1 1,1 0,5 Setembro 2015 / Setembro 2014

NÚCLEO DE ECONOMIA DO SINCOMÉRCIO: PESQUISA DA CESTA BÁSICA MARÇO/2017

ÍNDICES NACIONAIS DE PREÇOS AO CONSUMIDOR Setembro 2015

Queda no salário médio de admissão do brasileiro já é maior de que na crise de 2009

índices séries estatísticas p. I-3 p. I-8 Nº 401 Fevereiro / 2014 FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISAS ECONÔMICAS

INPC DE FORTALEZA Março/2007

Taxa de desemprego segue em alta em maio

NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA. Os principais indicadores da economia brasileira: atividade econômica e política monetária

COM IMPACTO DO CARNAVAL, VAREJO TEM RETRAÇÃO DE 2,4% EM FEVEREIRO, APONTA ICVA

NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA Uma avaliação dos indicadores da economia brasileira em 2007

ECONOMIA A informação que fala direto ao seu bolso 27 de Maio de 2015

ITABIRAPREV - INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DE ITABIRA - MG. Relatório de Acompanhamento da Carteira de Investimentos Setembro De 2015

Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Março de 2017

Custo de vida em São Paulo aumentou 0,36% em agosto

Em abril, custo de vida diminui na cidade de São Paulo

volume de vendas cresceu 0,7% entre julho e agosto.

ÍNDICES NACIONAIS DE PREÇOS AO CONSUMIDOR Agosto 2015

Impacto de aumento dos combustíveis eleva ICV-DIEESE

Diretoria/Responsáveis: Superintendente ABRAS Tiaraju Pires Presidente ABRAS Sussumu Honda Nº 18

ÍNDICES NACIONAIS DE PREÇOS AO CONSUMIDOR IPCA e INPC Fevereiro 2005

Inflação, nível de atividade e setor externo: o desempenho dos principais indicadores da economia brasileira

INPC DE FORTALEZA Janeiro/2009

Publicação mensal do Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais

Informe Econômico N 5

IPES IPC-IPES. Índice de Preços ao Consumidor de Caxias do Sul Maio de Índice de Preços ao Consumidor

ÍNDICES ECONÔMICOS PORTAL BRASIL (PESQUISA)

ICVA REGISTRA RETRAÇÃO DE 3,6% PARA O VAREJO EM NOVEMBRO

COMENTÁRIOS comércio varejista comércio varejista ampliado

Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Setembro de 2016

ÍNDICES NACIONAIS DE PREÇOS AO CONSUMIDOR Novembro 2015

ÍNDICES NACIONAIS DE PREÇOS AO CONSUMIDOR IPCA e INPC Janeiro 2006

Cojuntura: Elevação do IPCA de outubro não modifica meta de inflação para 2005 nem deve interromper redução da taxa SELIC

Março Divulgado em 14 de abril de 2015.

PIB. PIB Trimestral 3,9% 2,6% 2,3% 2,3%

ÍNDICES NACIONAIS DE PREÇOS AO CONSUMIDOR IPCA e INPC Maio 2015

ICVA REGISTRA RETRAÇÃO DE 6,2% PARA O VAREJO EM AGOSTO

GRÁFICOS DE CONJUNTURA Volume I. Por João Sicsú e Ernesto Salles

VAREJO AMPLIADO CRESCE 0,4% EM MAIO, APONTA ICVA

Baixa renda é mais beneficiada com a queda na taxa do ICV

Transcrição:

Análise Mensal - IPCA Outubro / 2016 Inflação para outubro é a menor desde 2000 A inflação brasileira, medida através do IPCA, continua perdendo força nos últimos meses. O índice ficou em 0,26% em outubro de 2016 valor superior ao mês anterior e inferior ao mesmo mês do ano anterior, quando as taxas foram de 0,08% e 0,82%, respectivamente. Vale destacar também que este é o menor resultado para o mês desde 2000, quando o IPCA encerrou com alta de 0,14%. A desaceleração inflacionária, verificada nos últimos três meses, ainda não mostra força suficiente para levar a inflação para baixo do teto da meta, determinado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 6,5% ao ano que, se confirmado, será o segundo ano consecutivo acima desse valor. No acumulado do ano, janeiro a outubro, a taxa já acumula alta de 5,78%, valor que é 2,78% menor que no mesmo período de 2015, quando o indicador acumulava 8,52%. Esta diferença mostra que a pressão nos preços vem de fato perdendo força e vai influenciar a formação de preço do ano seguinte, evitando, assim, uma memória inflacionária mais forte. Para o indicador que mede o acumulado da inflação dos últimos 12 meses, o movimento de desaceleração do IPCA pode ser melhor observado no gráfico abaixo, com a taxa caindo de 10,7% em dezembro de 2015 para 7,9% em outubro de 2016. É importante frisar que este é o menor valor para os acumulados em 12 meses desde fevereiro de 2015, quando o índice encerrou com alta de 7,70%. Gráfico 01

O resultado voltou a ficar abaixo das projeções de mercado, obtidas através do Boletim Focus do Banco Central, que esperavam uma alta de 0,30%, revelando que existe uma tendência, que já pode ser considerada consistente, na desaceleração do nível geral de preços. A distância de 0,4%, em relação ao valor real do indicador em outubro de 2016, fará com que as projeções sejam reajustadas para baixo, o que pode fazer com que a projeção de 0,40% em novembro venha a ser corrigida para valores menores. Para os próximos 12 meses, a inflação esperada é de 4,95%, valor que já se encontra bem próximo à meta de 4,5% ao ano. Vale destacar que, mesmo com a queda nas taxas mensais, o mercado vem projetando uma inflação para 2016 de 6,88%, o que ainda deixa o indicador acima do teto da meta e obriga o Banco Central a dar explicações do porquê de o valor não ter sido cumprido e quais serão as medidas adotadas para um controle mais eficaz. O ano de 2017 já conta com uma projeção de inflação controlada, com o mercado esperando alta de 4,94%. Analisando o resultado por tipo de grupo, verifica-se que a pressão mais significativa veio do grupo Transportes, que variou positivamente em 0,75%, influenciado principalmente pela alta dos preços em passagem aérea (10,06%), etanol (6,09%) e gasolina (1,22%). O grupo, sozinho, entre os nove avaliados, é responsável por 50% na formação geral da taxa, mostrando a magnitude da pressão exercida pelos reajustes das tarifas em praticamente três produtos. As demais pressões inflacionárias vieram dos grupos Habitação, Vestuário e Saúde e Cuidados Pessoais, que cresceram 0,42%, 0,45% e 0,43%, respectivamente. Os três grupos somados foram os responsáveis pelos outros 50% na formação geral da taxa, mostrando uma desaceleração nos demais setores, já que os demais não influenciaram a alta do mês de outubro. Artigos de Residência, Despesas Pessoais, Educação e Comunicação tiveram variação praticamente nula, não apresentando força para influenciar a taxa nem para cima nem para baixo. O grupo de Alimentação e bebidas, que historicamente era o grande responsável pelas altas taxas do IPCA, voltou a mostrar desaceleração forte nos preços, variando negativamente em -0,05%. A Região Metropolitana do Recife (RMR), também mostrou uma continuidade na queda da inflação com taxa de 0,30% em outubro. O valor é inferior ao mês anterior e ao mesmo mês do ano anterior, quando o IPCA havia apresentado alta de 0,38% e 0,84%, respectivamente. No ano, janeiro a outubro, o índice de preços da RMR acumula alta de 6,0%, ante alta de 5,68% no acumulado até setembro. Vale destacar que, apesar de alto, o valor é inferior ao mesmo período de 2015, quando a taxa se encontrava com acúmulo de 8,19%. Em 12 meses, o acumulado é de 7,9% e mostra, assim como para o Brasil, o início de um movimento em direção à meta de 4,5%.

Tabela 1 Pernambuco - Região Metropolitana do Recife - IPCA 2016 GRUPO VARIAÇÃO IMPACTO (P.P) Setembro outubro Setembro outubro Índice Geral 0,38 0,30 0,38 0,30 1. Alimentação e bebidas 0,44 0,13 0,12 0,04 2. Habitação 1,21 0,73 0,17 0,10 3. Artigos de Residência -0,89 0,47-0,04 0,02 4. Vestuário 0,37 0,06 0,03 0,00 5. Transportes -0,38 0,60-0,06 0,09 6. Saúde e cuidados pessoais 0,39 0,34 0,05 0,04 7. Despesas Pessoais 0,94 0,03 0,09 0,00 8. Educação 0,34 0,06 0,02 0,00 9. Comunicação -0,03-0,06 0,00 0,00 Fonte: IPCA/ IBGE. Elaboração Instituto Fecomércio-PE Analisando por grupo, verifica-se que a RMR apresenta comportamento distinto do verificado no nacional, com os grupos de Habitação e Transportes, juntos, fazendo as maiores pressões no indicador as taxas variaram positivamente em 0,73% e 0,60%, respectivamente. Os reajustes nos preços dos condomínios, botijão de gás, energia elétrica, passagem de ônibus intermunicipal e gasolina foram os principais itens de pressão no IPCA da Região Metropolitana do Recife. Vale destacar também que os dois grupos juntos são responsáveis por, aproximadamente, 63% da formação geral da taxa. Conforme gráfico acima, as variações em Vestuário, Despesas pessoais, Educação e Comunicação não foram significantes, fazendo com que todos apresentassem contribuição nula para o resultado de outubro. Já os setores de Alimentação e bebidas, Saúde e cuidados pessoais e Artigos de residência, juntos, ficaram os outros 27% do total, apresentando pressão moderada nos preços. Os cinco produtos com maior variação positiva em outubro para a RMR foram o peixe castanha (13,08%), a uva (8,96%), o peixe corvina (8,58%), a carne de porco (7,76%) e o chã de dentro (7,69%). Na outra ponta, os produtos que tiveram o preço apresentando variação negativa foram a manga (-13,15%), o feijão -mulatinho (-9,88%), o feijão-carioca (-7,80%), o caldo concentrado (-7,21%) e o ingresso para jogo (-6,83%).

REFERÊNCIAS GERÊNCIA DE INVESTIMENTOS/BANCO CENTRAL DO BRASIL. Focus Relatório de Mercado Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) - IBGE. Expediente - Fecomércio-PE Presidente: Josias Silva de Albuquerque Diretora-executiva do Instituto Fecomércio: Brena Castelo Branco Economista: Rafael Ramos Designer: Nilo Monteiro Revisão de Texto: Iaranda Barbosa Revisões Textuais