01 Embreagem. 02 Pedal de acionamento. 03 Redutor ou multiplicador. 04 Radiador de óleo. 05 Caixa de Câmbio. 06 Diferencial e reduções finais. 08 Diferencial dianteiro e reduções finais. 09 Cardans e Cruzetas.
Embreagem O sistema de embreagem tem por finalidade, "ligar" e "desligar" a transmissão de movimentos do motor para a caixa de mudanças (câmbio), possibilitando assim, iniciar o movimento do veículo de forma suave quando o mesmo estiver parado e permitir a passagem das marchas no câmbio de forma precisa, suave e eficiente. Disco de embreagem Platô O sistema é composto por três elementos principais, o disco, o platô e o rolamento de embreagem.
Durante o funcionamento normal, o disco de embreagem é fortemente comprimido contra a face do volante do motor (disco rotativo que fica preso à árvore de manivelas ou virabrequim). Assim, com o motor em funcionamento o disco de embreagem gira solidário ao volante. No centro do disco existe um encaixe estriado onde fica acoplado a árvore piloto da caixa de mudanças (em alguns veículos a árvore primária do câmbio). Quando o disco estiver em movimento, será transmitido o movimento para a caixa de mudanças via árvore primária. Quando acionamos o pedal da embreagem, um sistema de alavancas acionado por meio de um cabo ou por meio de pressão hidráulica, empurra o rolamento da embreagem contra a parte central da membrana do platô, que atua como uma alavanca retirando a pressão do disco (afastando a placa de pressão do platô). Como o disco fica sem pressão, o mesmo ficará livre do volante, estabelecendo-se o corte da transmissão. Além desse procedimento, é importante verificar todos os componentes que propiciam o bom funcionamento do sistema. Também neste caso é preciso trocar as peças que estiverem amassadas ou ajustar os componentes que apresentarem folga, como o rolamento guia (bucha do eixo piloto). Essas tarefas evitam os ruídos de acionamento e até a quebra do disco da embreagem. Para evitar trepidações e patinação, verifique também o volante do motor (que pode ser liso ou com profundidade) se ele estiver azulado, espelhado, com espessura menor que a especificada ou apresentar trincas e microtrincas. Não deixe de conferir também se tem óleo ou graxa na região dos retentores do motor, observando se há vazamentos no rolamento e na região do retentor de câmbio. Nos mancais, devem ser avaliadas as áreas de contato com o platô e garfos, e se
há folga. Isso evitará ruídos e facilitará o acionamento da embreagem, deixando o pedal mais leve. Nos carros pequenos e médios, o rolamento deve ser sempre substituído. E nunca lave e engraxe o rolamento. Mantenha a peça sempre limpa, mas nunca utilize estopa, e regule sua folga corretamente. Confira o eixo piloto, que pode apresentar desgaste da ponta e estar folgado. Veja também o estriado do eixo, faça uma boa limpeza e engraxe-o sem exageros. A não-verificação destas peças pode levar à quebra do disco de embreagem e à dificuldade de acionamento do engate. Sistema de acionamento Verifique se o garfo possui desgaste irregular nas faces do acionamento do mancal/rolamento ou se elas estão deformadas ou empenadas. Observe também se há desgaste irregular nas buchas do garfo e se o tubo guia está isento de irregularidades no cilindro. Outro item que deve ser avaliado é a base de fixação, que não pode estar torta ou amassada. Já o cabo da embreagem deve deslizar livremente; havendo algum varão, certifique-se de que ele não está torto ou com as articulações gastas. Após uma lavagem na caixa seca, verifique a vedação, a condição da guia de encaixe no motor e a possível presença de trincas ou soldas. Confira ainda se os coxins estão arriados, deformados ou quebrados e se o suporte está torto. Durante a instalação Fixe o platô, apertando os parafusos alternadamente (em cruz). Depois, encaixe o câmbio com cuidado, observando o alinhamento para não danificar o estriado do disco. É necessário que o profissional tenha muita cautela, pois a má instalação pode ser o gerador de vários problemas no sistema e nas peças, que não serão trocadas caso haja trincamento, quebra, ou qualquer outra deterioração feita por ele. Por este motivo, não tente adaptar nenhum componente que não foi desenvolvido especialmente para o veículo em questão. Após a instalação Verifique o sistema de acionamento, obedecendo aos limites de regulagem, folga e curso de acionamento entre o rolamento e o platô.
Alguns defeitos e suas prováveis causas Patinação O veículo não acompanha a maior rotação do motor, principalmente nas ladeiras. Este problema pode ser ocasionado pela má regulagem da folga do pedal. Mas não deixe de verificar também se a guarnição está impregnada de óleo, o estado dos retentores do motor e da caixa de mudanças, além do mecanismo de comando, que pode estar emperrado. Aproveite para dar uma olhada nas molas que comprimem o platô contra o disco (podem estar gastas). Embreagem presa O mecanismo pode estar travado; além disso, as guarnições podem estar contaminadas por óleo ou graxa, o que ocasiona um travamento constante do sistema, patinação e trepidações. Outra possível causa é o estrago do disco do platô. Não há acionamento Quando o motorista não consegue deslocar o disco de fricção do volante ao pisar na embreagem, os defeitos mais comuns são, provavelmente, referentes à regulagem incorreta da folga do pedal, da alavanca de acionamento, ou ainda da interferência proporcionada pelo rolamento ou da bucha do volante no eixo piloto. O platô e o disco de fricção ainda podem estar empenados e as guarnições danificadas e presas ao volante. Ruídos Podem ser decorrentes do desgaste ou defeito do rolamento de encosto e da bucha do volante. As guarnições soltas, batendo uma na outra, e os desgastes nas molas, ou a folga entre o eixo piloto e o disco de fricção, além da falta de alinhamento entre a embreagem e a caixa de mudança, também geram barulho. Não esqueça de verificar também se o cilindro principal está com baixo nível de fluido.