Relatório de Sustentabilidade

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Transcrição:

Dimensão ambiental Relatório de Sustentabilidade Imagem: Rio Alviela, EMAS Projetos Estratégicos de Ambiente e Sustentabilidade Equipa Multidisciplinar de Ação para a Sustentabilidade emas@cm-santarem.pt

Ficha Técnica Relatório de Sustentabilidade Promotor Câmara Municipal de Santarém Coordenação Equipa Multidisciplinar de Ação para a Sustentabilidade Eng.ª Maria João Cardoso Equipa Eng.ª Ana Patrícia Pereira Dr.ª Ana Luísa Gama Eng.ª Ana Luísa Alves Dr.ª Andreia Lopes Contactos: emas@cm-santarem.pt 243 304 450

Medronheiro (Arbustus unedo) Ponte S. Vicente do Paúl Rio Alviela Santarém

Envolver Informar Integrar na Sustentabilidade O mote deste projeto pioneiro é envolver para agir na sustentabilidade dos recursos hídricos, tendo a missão de criar o compromisso da sociedade com a preservação dos ecossistemas. Este projeto assenta no envolvimento das Juntas de Freguesia, dos proprietários confinantes com linhas de água, da Agência Portuguesa do Ambiente (APA - ARH do Tejo e Oeste), de Organizações Não Governamentais (Projeto Rios), de empresas com responsabilidade social e ambiental e dos cidadãos em geral com o objetivo de intervir troço a troço na perspetiva de restabelecer a conectividade dos cursos de água, promovendo uma Rota de Reabilitação dos Rios demonstrativa das boas práticas ambientais. Missão Definir estratégias e linhas orientadoras para o desenvolvimento sustentável dos recursos hídricos no concelho de Santarém, promovendo a sua conservação e valorização em cooperação com os atores chave para a mudança de paradigma do uso ineficiente dos recursos naturais para um elemento diferenciador na competitividade dos territórios.

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS Fomentar a consciencialização da sociedade sobre o valor ambiental dos Recursos Hídricos e ecossistemas; Estimular a cooperação e o funcionamento em rede entre os atores relevantes para competitividade do território centrada nos recursos hídricos; Garantir a proteção e valorização dos recursos hídricos e ecossistemas; Restabelecer a integridade, resiliência e conectividade dos ecossistemas aquáticos; Constituir estudos de caso no âmbito da reabilitação fluvial com potencial de demonstração; Criar um sistema de indicadores para avaliar o custo/ benefício da reabilitação fluvial e dos serviços dos ecossistemas; Construir um património natural que aumente a biodiversidade simultaneamente que atraia investimento para o desenvolvimento da economia local; Constituir uma iniciativa emblemática que visa demonstrar a imprescindibilidade das empresas na triangulação que associa a economia local, o Bem-Estar e o Território. MISSÃO Definir estratégias e linhas orientadoras para o desenvolvimento sustentável dos recursos hídricos no concelho de Santarém, promovendo a sua conservação e valorização em cooperação com os atores chave para a mudança de paradigma do uso ineficiente dos recursos naturais para um elemento diferenciador na competitividade dos territórios Prémio UM Cidades Município do Ano Portugal 2016 Região do Alentejo VISÃO Ser uma referência na gestão de eficiência e inovação, comprometida com a sustentabilidade dos recursos hídricos a nível local, estimulando a competitividade dos territórios potenciando a criação de valor centrada nos recursos hídricos

Troços Reabilitados Mapa de localização dos Troços Reabilitados no Concelho de Santarém no âmbito do Projeto RTT De 2010 a 2017

Rã Verde (Rana perez i) Póvoa da Mós Rio Centeio Santarém

O rio Tejo é o maior rio da Península Ibérica e nasce em Muela de San Juan na Serra espanhola de Albarracin, a 1953 metros de altitude. Tem um percurso de 1007 km, dos quais 230 km em território português. O concelho de Santarém é banhado pelo rio Tejo numa extensão de cerca de 20 km, a partir do Porto das Pereiras em S. Vicente do Paúl até à aldeia avieira de Caneiras na União de Freguesias da Cidade. Santarém é uma cidade que encerra uma história de rio a contar, existindo ao longo deste curso de água aldeias avieiras, que manifestam uma grande relação entre o rio e a população, assente em tradições locais. O património ambiental da Lezíria constitui um valor único a preservar e conservar.

A s marachas do Tejo, são galerias ripícolas identitárias da região formadas por salgueiros, criando um habitat único, constituindo um fator-chave para travar a perda de biodiversidade. As aves atribuem um valor ímpar à Lezíria, avistando-se com frequência: Águia-Pesqueira (Pandion haliaetus), Águia-de-asa-redonda (Buteo búteo), Milhafre (Milvus migrans), Cotovia (Alaudidae), Garça-Real (Ardea cinérea), Corvo-marinho-defaces-brancas (Phalacrocorax carbo), Bufo-Real (Bubo bubo), Coruja das Torres (Tito alba). Os peixes, além de constituírem um elemento essencial do equilíbrio do ecossistema fluvial, exibem inegável importância para as populações, constituindo um património de competitividade para o território, nomeadamente as seguintes espécies nativas do rio Tejo: Enguia (Anguilla anguilla), Tainha (Mugil cephalus), Sável (Alosa alosa), Saboga (Alosa fallax) e Barbo (Barbus bocagei).

A margem direita do rio Tejo, oferece ao concelho de Santarém um sítio riquíssimo em valores faunísticos e florísticos que representa uma importância crucial para a conservação em particular, de aves e peixes. A construção de uma nova abordagem de desenvolvimento territorial focado nos recursos hídricos e, em particular no rio Tejo, tem vindo a ser dinamizada pela Equipa Multidisciplinar de Ação para a Sustentabilidade (EMAS) da Câmara Municipal de Santarém, que assume uma visão de valoração integrada dos serviços dos ecossistemas assente nas três dimensões da sustentabilidade a nível local. A estratégica municipal tem como objetivos reduzir as pressões sobre a biodiversidade, reabilitar e restaurar os ecossistemas, promover a utilização sustentável dos recursos biológicos e aproximar os cidadãos dos rios e ribeiras, aumentando a felicidade das populações que habitam e trabalham neste território. O percurso conta com a paragem em vários pontos de observação dos valores ambientais únicos associados ao rio Tejo. É um despertar para a observação de aves aquáticas no seu meio natural, uma reflexão sobre as marachas do Tejo e a aquisição de conhecimentos sobre a ictiofauna e a flora que dão vida ao maior rio de Portugal, que ao longo do seu percurso, desenha uma paisagem única identitária da região do Ribatejo. O Tejo Alive conta com a participação especial de diversos investigadores,que integram o MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, o CIBIO- INBIO- Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos e o MUHNAC, constituindo, assim, o suporte substantivo para abrir perspetivas sobre um novo padrão de desenvolvimento para o rio Tejo em Santarém.

Águia-pesqueira (Pandion haliaetus) Rio Tejo, Santarém

O projeto Raízes da Sustentabilidade foi concebido para sensibilizar e educar para a importância do sobreiro Quercus suber, contribuindo para a preservação do sobreiro, espécie florestal autóctone e protegida por lei com interesse económico para as populações e com elevado valor ambiental, contribuindo assim para o objetivo da União Europeia de travar a perda de biodiversidade e a degradação dos serviços ecossistemas. O seu lançamento decorreu a 5 de junho de 2015, na Casa do Ambiente, no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Ambiente, com a distribuição de um sobreiro a cada família que manifesta-se interesse em plantá-lo nos seus terrenos. A metodologia inerente a este projeto consistiu na criação de uma rede de Famílias dos Sobreiros, enquanto acolhedores desta espécie autóctone, sendo que a adesão obtida foi bastante positiva, contabilizando-se a adesão de 76 famílias, em que 50 pertencem ao Concelho de Santarém.

Vieira Silva Pedro Abreu Baptista Mota Pimpão Oliveira Correia Altar Veiga Santarém Vitorino Torrão Leitão Correia Pequeno Silva Carril Lourenço Trindade Lopes Ferreira Gomes Duarte Beja Daniel Santos Marcos Pinto Lucas Tomé Henriques da Cunha Rebelo Montez Louro Ribeiro Reis Dias Rodrigues Marcos Vicente Rodrigues Sobral dos Santos Pereira Meneses

Bolotas de Sobreiro (Quercus Suber) Sobral, S. Vicente do Paúl Santarém

O Município de Santarém, alinhado com as políticas europeias de sustentabilidade, é membro do Pacto de Autarcas, principal movimento europeu que envolve autarquias locais e regionais voluntariamente empenhadas na redução de Gases Com Efeito de Estufa (GEE). É um compromisso local com a política climática EU 2020 para se atingir e ultrapassar o objetivo base de redução das emissões de dióxido de carbono (CO 2 equivalente) em 20% até 2020. Este compromisso exigirá colocar em prática uma série de ações para alcançar resultados, nomeadamente através da implementação de medidas de mitigação das emissões de CO 2, como sendo o projeto definido pelo Plano de Ação Santarém a Plantar para Carbono Sequestrar, integrando o conceito com a criação de um Sumidouro de CO 2. Durante a Semana da Reflorestação Nacional de 2015, iniciativa nacional que tem por objetivo promover a preservação da floresta autóctone portuguesa, o município promoveu a constituição do Sumidouro de CO2, com a plantação de 325 sobreiros num terreno cedido por uma família Scalabitana. É de relevar que de acordo com o estudo realizado pelo Instituto Superior de Agronomia os montados de sobro portugueses podem absorver anualmente até 14, 7 ton CO 2 por hectare. O armazenamento de carbono na floresta ajuda a mitigar as emissões de CO 2 e sendo o sobreiro uma árvore de crescimento lento que pode atingir os 200 anos, o carbono anualmente sequestrado pelo montado é armazenado por períodos muito longos de tempo. Além deste objetivo, o povoamento desta espécie, enquanto árvore nacional de Portugal, conforme Resolução da Assembleia da República nº 15/2012, de 10 de fevereiro, desempenha um grande papel na conservação da natureza, pela sua adaptação às características do clima do país, com uma importante função na conservação do solo, na regularização do ciclo hidrológico e na qualidade da água. Paralelamente, esta espécie representam um recurso de extrema importância económica, a nível nacional. Sumidouro de CO 2

Sumidouros de CO2

Resíduos são Recursos é um projeto de educação para a sustentabilidade, desenvolvido pela Equipa Multidisciplinar de Ação para a Sustentabilidade, que se alinha com a Estratégia Europa 2020, que visa um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo, nomeadamente, através de: Estes desafios europeus conjugam-se em pleno com a abordagem da ação de educação para a sustentabilidade Do Montado à Rolha.

OBJETIVOS

O Município de Santarém aderiu ao projeto Green Cork, promovido pela Quercus, em junho de 2016. O projeto Green Cork recolha de rolhas de cortiça tem por objetivo: promover a cortiça e obter fundos para a reflorestação com árvores autóctones promover uma cidadania ativa, responsável e em sintonia com o ambiente ajudar à redução de resíduos defesa da rolha de cortiça como produto sustentável e consequente defesa do montado plantação de novas árvores - por cada tonelada de rolhas de cortiça recolhida contribui-se para plantar e cuidar de 200 árvores, através do Programa Floresta Comum. redução das emissões de CO 2 para a atmosfera O Floresta Comum é um programa, dinamizado pela QUERCUS, de fomento e incentivo à criação de uma floresta autóctone com altos índices de biodiversidade e de produção de serviços de ecossistema. Uma floresta autóctone é constituída por árvores originárias do próprio território. Neste caso, a floresta autóctone portuguesa, é toda a floresta formada por árvores originárias do nosso país, como é o caso dos carvalhos, dos medronheiros, dos castanheiros, dos loureiros, das azinheiras, dos sobreiros, etc. O Município de Santarém candidata-se ao Programa Floresta Comum desde 2014. Os Município que tenham aderido ao Projeto Green Cork, têm a sua candidatura ao Programa Floresta Comum majorada em 20%.

Resíduos são Recursos é um projeto de educação para a sustentabilidade, desenvolvido pela Equipa Multidisciplinar de Ação para a Sustentabilidade, que se alinha com a Estratégia Europa 2020, que visa um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo - Uma Europa eficiente na utilização dos recursos, nomeadamente, através de: Estes desafios europeus conjugam-se em pleno com a abordagem da campanha de sensibilização ambiental be.eco.

A campanha de sensibilização ambiental be.eco teve o apoio da DELTA Cafés, ao abrigo da Lei do Mecenato, no valor de 5.000 para aquisição de equipamentos de deposição de beatas de cigarro e materiais de promoção e divulgação da campanha (Mupis e Flyers), bem como, uma campanha regional de saquetas de açúcar como meio de sensibilização para a causa, com diferentes imagens alusivas à cidade de Santarém.

A campanha de sensibilização ambiental be.eco, disponibiliza seis equipamentos de deposição de beatas de cigarro, designados por ECO Beatas, instalados no centro histórico de Santarém.

O Município dispõe de 5.000 eco.b - porta-beatas de cigarro, em 3 formatos diferentes, para oferta aos fumadores que pretendam apoiar a missão da campanha be.eco. O eco.b pode ser adquirido, gratuitamente, no Posto de Turismo, na Casa do Ambiente ou na Loja do Cidadão de Santarém. Estes equipamentos, permitem que o fumador guarde as beatas de cigarro e não as abandone em espaço público e que, posteriormente, possa fazer a sua descarga num dos seis ECO Beatas disponíveis no centro histórico da cidade de Santarém.

Equipa Multidisciplinar de Ação para a Sustentabilidade emas@cm-santarem.pt 243 304 450