Falso Amor De Débora Costa
Capítulo 15 Cena 1 Apartamento de Roberta Sala ROBERTA: (está sentada, mexendo no notebook). Campainha toca ROBERTA: (se levanta, vai abrir a porta). GLAUCO: (olha Roberta, sorri) Atrapalho? ROBERTA: (sorri) Claro que não Glauco, pode entrar. GLAUCO: (entra, entrega uma sacola para Roberta) Eu sei que você está ocupada fazendo as provas que vai dar, passei no restaurante aqui perto e comprei isso pra você. ROBERTA: (sorri) Obrigada, eu acabei de fazer a prova e estava vendo umas coisas na internet. GLAUCO: (se senta, olha Roberta) Estranho não encontrar Flávio por aqui. ROBERTA: (se senta) Ele foi para uma balada, não deu para ir com ele. GLAUCO: Você deve confiar muito nele. ROBERTA: (sorri) Sim, não vejo problema dele sair sem mim. O notebook faz um som de notificação ROBERTA: (olha o notebook, vê uma foto de Henrique beijando Tamara, pega o notebook, olha muito a foto, fica com vontade de chorar). GLAUCO: O que aconteceu? ROBERTA: (as lagrimas escorrem, começa a ler) Flávio Werneck se diverte na noite paulistana. (mostra a foto para Glauco). GLAUCO: (olha a foto) Essa moça esteve hoje no grupo Werneck procurando pelo Flávio. ROBERTA: (se levanta, está triste, chora) Isso não é possível... Flávio não pode estar me traindo.
GLAUCO: (se levanta, abraça Roberta) Não fica assim Roberta, eu sempre te alertei sobre ele. ROBERTA: (se afasta de Glauco, está nervosa, triste, chorando) O meu Flávio seria incapaz de fazer isso comigo! GLAUCO: (olhando Roberta) Mas é ele na foto beijando essa garota... ROBERTA: (pega o celular, liga para Flávio, cai na caixa postal, joga o celular no sofá, chora, se senta). GLAUCO: (olhando Roberta, se senta ao lado dela, a abraça) Calma Roberta... Não fica assim eu estou aqui. ROBERTA: (chora). Balada HENRIQUE: (está bebendo). Cena 2 ÁGATA: (se aproxima, sorri) Oi primo. HENRIQUE: (olha Ágata, sorri) Nossa você se superou, está maravilhosa! ÁGATA: (da risada). TAMARA: (se aproxima, olha Ágata) Quem é essa periguete? ÁGATA: Periguete? HENRIQUE: Não vão brigar, Tamara essa é minha prima Ágata. Ágata essa é Tamara uma amiga do curso se música. ÁGATA: Pelo que vejo ela é mais que amiga, ficou com ciúmes de mim. TAMARA: Nada disso, é só meu jeito mesmo. PARCEIRO: (se aproxima, olha muito Ágata). HENRIQUE: (fica feliz ao ver Parceiro, o abraça) Parceiro! Deixa te apresentar essa é minha prima Ágata. ÁGATA: (olhando Parceiro, sorri) Oi. PARCEIRO: (encantado com Ágata) Ágata... Gata mesmo.
ÁGATA: (da risada) Obrigada, qual é o seu nome? PARCEIRO: Alexandre, mas todo mundo me chama de Parceiro. HENRIQUE: Eu nem sabia que seu nome era Alexandre. TAMARA: Nem eu. ÁGATA: Eu vou te chamar de Alexandre. PARCEIRO: Você pode me chamar do que quiser. HENRIQUE: (da risada) Está apaixonado Parceiro? PARCEIRO: (olhando Ágata) E como... ÁGATA: (segura a mão de Parceiro) Então vem dançar comigo Alexandre. (leva Parceiro para a pista de dança). HENRIQUE: (bebe mais). TAMARA: Henrique... Tu não acha que já bebeu demais? HENRIQUE: Eu estou comemorando! Estou feliz! (beija Tamara). REPÓRTER: (se aproxima tirando foto de Henrique beijando Tamara) O que aconteceu com seu noivado Flávio? HENRIQUE: (se assusta, fica bravo) Que palhaçada é essa meu irmão? REPÓRTER: Quem é a morena Flávio? TAMARA: (vira o rosto). HENRIQUE: (com raiva) Eu vou contar até três, se você não sumir daqui eu vou quebrar sua cara e essa câmera. SEGURANÇA: (se aproxima, segura o repórter) Desculpa pelo inconveniente Flávio. HENRIQUE: Deixa ele bem longe de mim! SEGURANÇA: (leva o repórter para fora). TAMARA: (olha Henrique, sorri) Até que bancar o Flávio tem vantagem hein, segurança vem tirar quem está incomodando.
HENRIQUE: (fica sério) Se esse cara publicar nosso beijo posso colocar tudo a perder... Flávio é noivo e babaca, não daria bandeira assim. TAMARA: E nem quebraria a cara de ninguém. (sorri). HENRIQUE: (da risada) Eu soquei a cara dele. TAMARA: (beija Henrique). Mansão Werneck Sala Régis e Cristina entram, estão felizes Cena 3 RÉGIS: (olha Cristina, sorri) Eu te amo Cris. CRISTINA: (sorri) Eu também te amo Régis, você me disse isso durante o jantar muitas vezes, eu adoro ouvir, mas estou estranhando, está acontecendo alguma coisa? RÉGIS: Está eu quero fazer uma viagem com você, uma segunda lua de mel. CRISTINA: (olhando Régis, sorri) Eu adorei a ideia meu amor, mas e nossos negócios? RÉGIS: Deixamos alguém tomando conta, você pode deixar Roberta na Fundação e eu deixo Flávio e Edgar no grupo Werneck. CRISTINA: Então tudo bem, vamos a nossa segunda lua de mel. RÉGIS: (beija Cristina). SILVIA: (se aproxima) Pelo jeito hoje a noite está pegando fogo em muitos lugares. RÉGIS: (olha Silvia) O que você quer dizer com isso? SILVIA: Enquanto você estavam se divertindo por ai, a amiguinha da Cristina ligou... CRISTINA: Sueli? SILVIA: Sim, e ela me disse que não estava conseguindo falar com você.
CRISTINA: Eu desliguei o celular. RÉGIS: E eu também, odeio ser incomodado quando estou com Cristina. SILVIA: Pois é, mas ela queria contar para vocês que a Fundação Cristina Werneck estava sendo consumida pelas chamas do incêndio que tomou conta do lugar. CRISTINA: (olhando Silvia, sem acreditar) O que? SILVIA: Ficou surda? A sua Fundação já era, pegou fogo. CRISTINA: (começa a chorar, fica desesperada) Eu tenho que ir para lá!(vai saindo). RÉGIS: (segura Cristina) Calma, eu vou com você. (sai com Cristina). SILVIA: (sorri, se senta) Adoro dar notícias ruins, principalmente quando é para a Cristina. Rio de Janeiro Cativeiro de Flávio Cena 4 FLÁVIO: (está sentado no chão, pensativo, triste). GILBERTO: (entra, se aproxima de Flávio o olha) Eu vim te dar as boas novas playboy. FLÁVIO: (se levanta, olha Gilberto) O que aconteceu? GILBERTO: Henrique incendiou a Fundação da Cristina. FLÁVIO: (olhando Gilberto, fica com vontade de chorar) Isso é mentira... GILBERTO: (sorri) Se não acredita amanhã te trago tudo que sair nos jornais. FLÁVIO: (nervoso, com raiva, alterado) Isso é injusto! A minha mãe ama aquele lugar! Ela dá todo o apoio para as crianças carentes! GILBERTO: Fica na sua playboy, calma ai... E eu acho que sua mãezinha vai ter quer se conformar, a Fundação virou cinzas. FLÁVIO: (dá um soco em Gilberto).
GILBERTO: (cai). FLÁVIO: (corre até a porta, está aberta, sai correndo). GILBERTO: (se levanta) Droga! (sai correndo atrás de Flávio). Cena 5 Rua FLÁVIO: (está correndo, sem rumo). GILBERTO: (correndo atrás de Flávio). DANIELA: (vem caminhando, vê Flávio). FLÁVIO: (para de correr olha Daniela) Me ajuda a sair daqui. DANIELA: (olhando Flávio, não sabe o que fazer) Como você saiu de lá? FLÁVIO: Depois eu falo! Agora me fala pra onde eu tenho que ir! DANIELA: (aponta uma rua) Vai por ali, logo você vai ver estrada. FLÁVIO: Obrigado. (sai correndo). GILBERTO: (correndo, para perto de Daniela) O que você falou pra ele? DANIELA: Nada. GILBERTO: (corre atrás de Flávio). FLÁVIO: (correndo para onde Daniela falou). HOMEM: (segura Flávio, o encara) Está fugindo da policia Henrique? FLÁVIO: (olhando o homem) Não interessa me solta! HOMEM: Tu não vai sair daqui enquanto não me pagar. GILBERTO: (se aproxima, olha Flávio). FLÁVIO: (fecha os olhos). GILBERTO: (olha o homem) Vaza daqui depois acerto as coisas com você. HOMEM: (solta Flávio) Acho bom mesmo. (sai).
GILBERTO: (encosta o cano de um revólver na cintura de Flávio, o encara) Vem comigo playboy. FLÁVIO: (olhando Gilberto) Eu tenho que ajudar a minha mãe! GILBERTO: Se você não vier comigo, vou ligar para Henrique e falar para ele matar a sua noivinha. FLÁVIO: (com vontade de chorar, olha Gilberto) Tudo bem... Vou com você. GILBERTO: (empurra Flávio para ele andar logo). FLÁVIO: (vai com Gilberto). São Paulo Balada Pista de Dança Cena 6 ÁGATA: (está dançando com Parceiro) Gostei de você Alexandre, nunca te vi por aqui. PARCEIRO: Eu não moro aqui, vim ver Flávio. ÁGATA: Vocês são amigos há muito tempo? PARCEIRO: Sim, desde criança. ÁGATA: (sorri) Interessante, e você faz o que? PARCEIRO: (pensativo, olha Ágata) Eu era gerente de uma empresa, mas estou sem emprego e vim passar uns dias aqui. ÁGATA: Por que te chamam de Parceiro? PARCEIRO: (sorri, se aproxima de Ágata a olha) Por que tantas perguntas gata? ÁGATA: Curiosidade feminina. PARCEIRO: (olhando Ágata) Então tira uma duvida minha... (beija Ágata). ÁGATA: (beijando Parceiro, o olha sorri) Qual duvida? PARCEIRO: Queria saber o gosto do seu beijo... Adorei. (beija Ágata). Balcão
HENRIQUE: (está bêbado). BRUNO: (se aproxima) Está tudo bem Flávio? HENRIQUE: Sim... (bebe mais). BRUNO: Eu sei que não é da minha conta, mas eu nunca te vi beber assim, não é melhor você parar? HENRIQUE: Você está certo, não é da sua conta. BRUNO: A tia Cris não vai gostar de te ver assim. HENRIQUE: (da risada, olha Bruno) Eu quero que a tia Cris se dane. (bebe mais). TAMARA: (se aproxima) Flávio tu já bebeu demais. BRUNO: Acabei de falar isso pra ele. HENRIQUE: Vocês querem me deixar em paz. ROBERTA: (se aproxima, olha Tamara) Eu sabia que iria encontrar vocês aqui... HENRIQUE: (se levanta, abraça Roberta) Minha princesa! TAMARA: (fica com ciúmes, disfarça). ROBERTA: (empurra Henrique, o olha muito) Não me toca! Eu vi uma foto sua beijando essa garota! HENRIQUE: Beijei, mas olha pra mim princesa, eu estou super bêbado. (da risada) Beijei a primeira que passou. ROBERTA: (com vontade de chorar olhando Henrique) O que está acontecendo com você Flávio? HENRIQUE: (olhando Roberta) Quer mesmo saber?... Aquele otário que você conheceu não existe mais, esse é o novo Flávio! Que gosta de beber, se divertir e beijar muito na boca! Mesmo que a boca não seja a sua. ROBERTA: (as lagrimas escorrem) Uma pena porque... Eu amava o Flávio de antes, queria ele de volta. HENRIQUE: (olhando Roberta) Ele não vai voltar.
BRUNO: Roberta ele está bêbado... É melhor vocês conversarem amanhã. ROBERTA: (enxuga as lagrimas, olha Bruno) Eu vou embora daqui, você me leva? BRUNO: Claro. HENRIQUE: (segura Roberta a olha) Você não vai sair com o priminho, vai comigo que sou seu noivo, alias... (olhando Roberta nos olhos) Que tal se a gente esquecer essa bobagem de pacto de virgindade já que eu não sou mais virgem e fizermos amor hoje? ROBERTA: (se solta, dá um tapa no rosto de Henrique, as lagrimas escorrem). HENRIQUE: (com a mão no rosto, olha Roberta) Tudo bem... Você não quer?... (sorri a olhando nos olhos) A Tamara Julia aqui quer. ROBERTA: (dá outro tapa no rosto de Henrique, tira a aliança, coloca em cima da mesa, as lagrimas escorrem, olha Henrique) Nunca mais quero falar com você! Esquece que eu existo! (sai). BRUNO: (vai atrás de Roberta). ÁGATA: (se aproxima, sorri) O que foi isso? TAMARA: Muita cachaça na cabeça. HENRIQUE: (pensativo, olha Tamara) Vamos embora daqui. ÁGATA: (olha Tamara) Você sabe dirigir? TAMARA: Não. ÁGATA: Eu levo vocês, vou chamar o Alexandre. (sai). Cena 7 Fundação Cristina Werneck Fachada Os bombeiros estão tentando apagar o incêndio, Régis, Cristina e Sueli estão olhando. CRISTINA: (chorando, inconformada) Como isso foi acontecer... E agora?
RÉGIS: (abraça Cristina) Vamos dar um jeito Cris, eu vou conseguir outro lugar para vocês. CRISTINA: (abraçada com Régis) Vai além do lugar meu amor... Tudo estava ai, agora não existe mais nada... SUELI: (está triste, enxuga as lagrimas, olha Cristina) O que aconteceu é muito triste Cris, mas temos que pensar em um modo de não abandonarmos as crianças e os projetos. CRISTINA: (abalada) Você sabe como eu amava esse lugar... Agora acabou. (chora, abraça Régis). RÉGIS: Sueli está certa meu amor, nós vamos dar um jeito você vai ver. CRISTINA: (chora, está triste olhando a fundação pegar fogo). Cena 8 Dia Seguinte Rio de Janeiro Cativeiro de Flávio FLÁVIO: (está com preso com uma corrente na perna, sentado no chão). DANIELA: (entra, se aproxima) Flávio o que aconteceu pra você tentar fugir?... Agora o Gilberto vai te deixar assim. FLÁVIO: (se levanta, olha muito Daniela) Daniela... Por favor avisa para a minha mãe que não sou eu e sim Henrique, avisa pra ela o quanto ele é perigoso. DANIELA: Eu não posso Flávio. FLÁVIO: (segura as mãos de Daniela) Henrique colocou fogo na Fundação, a minha mãe sempre amou aquele lugar, ele está se vingando e vai saber qual será o próximo passo dele... Você é a única pessoa que pode me ajudar e a minha família também, liga para a minha mãe e conta a verdade. DANIELA: Mas e se descobrirem que fui eu? FLÁVIO: Pede pra ela não contar nada, só conta que é o meu irmão gêmeo, eu estou implorando, o Henrique pode machucar alguém que eu amo.
DANIELA: (olhando Flávio, pensativa, com medo) Tudo bem... Eu vou ligar pra sua mãe, mas bem longe daqui se Gilberto desconfiar estou perdida. FLÁVIO: (sorri, abraça Daniela) Obrigado! Você é um anjo! DANIELA: Espero não virar um de verdade caso seja pega... Vou dar um jeito e venho te falar. (sai). FLÁVIO: (se senta aliviado) Tomara que dê tudo certo. São Paulo Mansão Werneck Sala SUSANA: (desce as escadas). RÉGIS: (entra). Cena 9 SUSANA: (olha Régis) Meu filho onde você estava? RÉGIS: Com a Cris, ela está muito abalada, esperou controlarem o incêndio da Fundação... Boa parte está perdida, não vai dar para recuperar tão cedo. SUSANA: Não posso dizer que lamento. RÉGIS: Eu vim falar com Flávio. SUSANA: (olhando Régis) Seu filho chegou de madrugada, bêbado e acompanhado de uma mulher que não é a noiva dele, até agora não saíram do quarto. RÉGIS: (olhando Susana) Isso é verdade? SUSANA: Claro que é, se não acredita é só ir até o quarto dele e ver. (sai). RÉGIS: (fica sério, sobe as escadas). Suíte de Flávio Cena 10 A suíte está com a janela fechada, está escuro, Henrique está dormindo abraçado com Tamara, ambos estão nus apenas cobertos com o lençol.
RÉGIS: (entra na suíte, abre as cortinas). TAMARA: (acorda, fica incomodada com a claridade, coloca a mão no rosto). HENRIQUE: (continua dormindo). RÉGIS: (fica nervoso, puxa o lençol que cobre Henrique e Tamara) Eu não vou admitir uma coisa dessas na minha casa! TAMARA: (puxa o lençol para cobrir seu corpo, olha Régis, não sabe o que fazer, se senta, chacoalha Henrique) Acorda! HENRIQUE: (acorda, um pouco atordoado) O que você quer Tamara? RÉGIS: Flávio eu quero uma explicação! HENRIQUE: (se senta, olha Régis) Não entendeu? Eu passei a noite com ela. RÉGIS: (fica com raiva olha Tamara) Saia imediatamente da minha casa seja lá quem você for. TAMARA: (se enrola no lençol, se levanta) Já to indo, só vou me vestir. (entra no banheiro). HENRIQUE: (se levanta, veste uma bermuda, olha Régis) Vai me dizer que você nunca fez isso? RÉGIS: (dá um tapa no rosto de Henrique, o encara) Não sei o que se passa na sua cabeça Flávio, mas se você não respeita o compromisso que tem com Roberta, essa casa você tem que respeitar. HENRIQUE: (olha Régis com raiva) Nunca mais encosta a mão em mim ou eu... RÉGIS: (interrompendo Henrique, o encara) Vai fazer o que? Me bater? Eu sou o seu pai! Enquanto você estava na farra sua mãe estava passando por um momento horrível, a Fundação pegou fogo. HENRIQUE: (olhando Régis, finge estar impactado com a noticia) Como isso aconteceu? RÉGIS: Eu não sei! Mas Cristina quer você ao lado dela.
TAMARA: (sai do banheiro, está sem graça). RÉGIS: (olha Tamara) Não quero te ver de novo na minha casa, fui claro? TAMARA: Foi. (olha Henrique, sai). HENRIQUE: Eu vou tomar um banho e vou ver como está a... Minha mãe. RÉGIS: (olhando Henrique) Nunca mais traga qualquer uma pra essa casa, espero que Roberta não fique sabendo disso, ela não merece ser ferida dessa maneira. HENRIQUE: (olha Régis) Roberta e eu terminamos... Depois te conto como foi. (entra no banheiro, fecha a porta). RÉGIS: Eu não acredito nisso... Cena 11 Em frente a Fundação Cristina Werneck Roberta, Sueli e Cristina estão sentadas na calçada, estão tristes. SUELI: Cris... É melhor você ir para a casa, não há mais nada para se fazer aqui agora. ROBERTA: É Cris, com o tempo nós vamos recuperar a fundação você vai ver. CRISTINA: (se levanta) Verdade... Infelizmente perdemos tudo hoje, mas vamos reerguer a fundação e novamente as crianças vão ter um lugar para elas. ROBERTA: (se levanta, sorri um pouco) Tudo vai dar certo. SUELI: (se levanta) Eu te levo para a casa Cris, mas não vou entrar ou a Silvia me mata. CRISTINA: (olha Roberta) Você vem comigo querida? ROBERTA: (está chateada, disfarça) Não... Preciso passar no meu apartamento. CRISTINA: Entendo... O celular de Cristina toca
CRISTINA: (atende o celular) Alô... DANIELA: (está falando de um lugar sem movimento) Cristina presta atenção no que eu vou te falar, não é Flávio que está na sua casa, é Henrique, irmão gêmeo dele. CRISTINA: (fica sem ação) Como? DANIELA: Ninguém pode saber principalmente Henrique, ele é perigoso e quer se vingar de você. CRISTINA: (se afasta de Roberta e Sueli, está nervosa com vontade de chorar) Quem é você? DANIELA: Eu estou cuidando de Flávio, ele está preso mas não posso falar onde e nem com quem, já estou me arriscando muito em te contar que é o irmão gêmeo de Flávio. CRISTINA: (chora) Meu filho morreu! Como você sabe que tive gêmeos? DANIELA: Ele não morreu e está na sua casa, o nome dele é Henrique, quem me pediu para te ligar foi o Flávio e uma prova de que estou falando a verdade é que Henrique tem uma tatuagem nas costas para cobrir uma marca de nascença que ele sempre odiou, não posso falar mais, fica atenta com Henrique, ele odeia você, e mais uma coisa não conta isso pra ninguém pode ser perigoso. (desliga). CRISTINA: (chorando, sem entender, nervosa) Não pode ser verdade... Eu tenho que ir para a casa. SUELI: (se aproxima) Cris... Está tudo bem? CRISTINA: (chorando, nervosa) Não, eu tenho que ir para a casa agora você me leva? SUELI: Claro, o que você tem? CRISTINA: (nervosa) Não posso contar Sueli, por favor, me leva logo pra casa.
Cena 12 Grupo Werneck Sala de Janete Edgar está conversando com Janete JANETE: Então a Fundação da Cris pegou fogo... Mas que coisa. EDGAR: Coitada ela deve estar arrasada. JANETE: Verdade, quando sair daqui vou até a casa dela, minha irmã não merece uma coisa dessas. EDGAR: Não mesmo, quando você for eu vou também. JANETE: (pensativa, olha Edgar) Essa noite Ágata chegou em casa de madrugada e disse que estava em uma balada com o Flávio e que Roberta e ele terminaram. EDGAR: (preocupado) Por que? JANETE: Não faço ideia, mas Ágata disse que Roberta até bateu em Flávio, aparentemente ele a traiu. EDGAR: (se levanta) Coitada da minha filha, vou ligar pra ela. (sai). JANETE: (começa a dar risada) Tenho quase certeza que esse incêndio é coisa do meu sobrinho, daria tudo pra ver a cara da Cristina. (ri mais) Bem feito! É pouco Cristina, você merece sofrer mais. Mansão Werneck Sala Régis e Frederico estão conversando Cena 13 FREDERICO: Você precisa ser paciente com Flávio. RÉGIS: Me descontrolei... Estou nervoso pelo que aconteceu com a fundação, odeio ver a Cris arrasada desse jeito. FREDERICO: Nosso grupo tem muitos imóveis que servem para a Cristina abrir outra fundação, pode escolher que eu dou pra ela. RÉGIS: (olha Frederico, sorri) Obrigado, ela vai ficar muito feliz.
CRISTINA: (entra, está nervosa, olha Régis) Flávio está aqui? RÉGIS: (se levanta) Está no quarto dele. CRISTINA: Eu preciso conversar com nosso filho e não quero ser interrompida. RÉGIS: Tudo bem... CRISTINA: (sobe as escadas). Suíte de Flávio Cena 14 HENRIQUE: (está olhando pela janela, fumando, sem camisa). CRISTINA: (entra, se aproxima, olha a tatuagem de Henrique) Flávio... HENRIQUE: (apaga o cigarro, se vira de frente para Cristina, finge estar triste) Eu soube o que aconteceu com a fundação, sinto muito. CRISTINA: (olhando Henrique, com vontade de chorar) Eu também meu querido... HENRIQUE: Não fui te até lá porque meu pai disse que você estava vindo pra cá. (se afasta de Cristina). CRISTINA: (olha muito a tatuagem de Henrique) Posso ver mais de perto a sua tatuagem?... HENRIQUE: Você já viu. CRISTINA: Você não deixou me ver de perto. HENRIQUE: Por que isso agora? CRISTINA: Porque eu preciso ter alguma inspiração para reconstruir a fundação e você tem uma fênix ai. HENRIQUE: Pode olhar... (se vira de costas para Cristina). CRISTINA: (se aproxima, olhando a tatuagem, se lembra da marca de nascença de Felipe, fica com vontade de chorar). HENRIQUE: (coloca uma camiseta) Eu tenho que sair agora. (vai saindo).
CRISTINA: (as lagrimas escorrem, fecha os olhos) Henrique... HENRIQUE: (olha Cristina) O que é? (fica sério, a olha muito). CRISTINA: (olhando Henrique) Você não é Flávio... (chora se aproxima de Henrique). HENRIQUE: (fica com raiva, com vontade de chorar) Claro que sou. CRISTINA: Como é possível você estar vivo meu filho... (vai abraçar Henrique). HENRIQUE: (fecha a porta, se afasta de Cristina, está com raiva, a olha) Não sei do que você está falando... CRISTINA: Sabe sim... Você não é Flávio, seu comportamento é a maior prova disso, mas eu nunca poderia imaginar que se tratava de outra pessoa, do Felipe, seria impossível já que esses anos todos eu achei que você estava morto. HENRIQUE: (chora de raiva, segura Cristina pelos braços, a olha nos olhos) Não menti pra mim!... Agora que você sabe a verdade e nem sei como soube mas vou descobrir, mas já que você sabe essa verdade eu tenho uma pra você Cristina! Eu te odeio! CRISTINA: (assustada olhando Henrique). Fim do Capítulo