Caracterização dos microclimas da Praça dos Açorianos, Largo Zumbi Dos Palmares e Praça General Braga Pinheiro, Porto Alegre, RS

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Transcrição:

Caracterização dos microclimas da Praça dos Açorianos, Largo Zumbi Dos Palmares e Emerson Vieira da Silva Discente do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental - IFRS Campus Porto Alegre (emerson.meioambiente@yahoo.com.br) Fernando Bohrer de Oliveira Tecnóloga em Gestão Ambiental - IFRS Campus Porto Alegre (ferdsoliveira@gmail.com) Renata Dias Silveira Geógrafa, Doutora em Geografia (UNESP). Docente do IFRS Campus Porto Alegre (renata.silveira@poa.ifrs.edu.br) Resumo: O estudo dos microclimas das cidades torna-se importante, pois o crescimento urbano leva à modificação da atmosfera local. As áreas verdes assumem um importante papel na mitigação das ilhas de calor e no aumento da infiltração, contribuindo para a maior qualidade de vida da população. Foram estudados três locais na região central de Porto Alegre: Praça dos Açorianos e Praça General Braga Pinheiro, localizadas no Centro Histórico e no Largo Zumbi dos Palmares, localizado no Bairro Cidade Baixa. Foram utilizados dois métodos de medição, fixo e transecto, com o objetivo de verificar a variação da temperatura, umidade relativa do ar, velocidade e direção do vento, a fim de demonstrar as características microclimáticas dos diferentes ambientes e a importância destes espaços no meio urbano. Nos dois dias de medição, 08 e 15/10/2014, às 9 horas, foi registrada a temperatura mais elevada no Largo Zumbi dos Palmares, caracterizado pela ausência de vegetação e alto índice de impermeabilização do solo. A temperatura mais baixa ocorreu, no dia 08/10, na Praça dos Açorianos, onde há arborização e um lago artificial e no dia 15/10, em um ponto localizado na Praça General Braga Pinheiro, provavelmente devido as árvores de grande porte neste local. Palavras Chave: Microclimas Temperatura Umidade Relativa - Conforto Térmico Characterization of the microclimas of the Açorianos Square, Zumbi dos Palmares Place and General Braga Pinheiro Square, Porto Alegre, RS Abstract: The study of the microclimates of the cities becomes important, since the urban growth leads to the modification of the local atmosphere. The green areas play an important role in the mitigation of heat islands and in the increase of infiltration, contributing to a higher quality of life for the population. Three sites were studied in the central region of Porto Alegre: Açorianos and General Braga Pinheiro Squares, located in the Historic Center and Zumbi dos Palmares Place, located in neighborhood Cidade Baixa. Two measurement methods, fixed and transect, were used to verify the variation of temperature, relative air humidity, wind speed and direction, in order to demonstrate the microclimatic characteristics of the different environments and the importance of these spaces in the urban environment. On two measurement days, October 8 and 15, 2014, at 9 o'clock, the highest temperature was recorded in Zumbi dos Palmares Place, characterized by the absence of vegetation and a high soil waterproofing index. The lowest temperature occurred in October 8, at the Açorianos

158 Square, where there is afforestation and an artificial lake and in October 15, at a point located in General Braga Pinheiro Square, probably due to the large trees in this place. Keywords: Microclimates - Temperature - Relative humidity - Thermal Comfort 1. INTRODUÇÃO Esse estudo foi realizado ao longo das disciplinas de Projeto Integrador I, II e III, do Curso Superior de Gestão Ambiental do IFRS - Campus Porto Alegre, entre os anos de 2014 e 2015. O objetivo da disciplina é possibilitar aos alunos o contato com os métodos de pesquisa da área ambiental, gerando alguns resultados a partir do tema e local escolhido para estudo. O estudo dos microclimas das cidades torna-se importante, pois o crescimento urbano leva à modificação da atmosfera local, gerando o clima urbano. Nessa perspectiva as áreas verdes assumem um importante papel na mitigação das ilhas de calor e no aumento da infiltração, contribuindo para a maior qualidade de vida da população. sem um efetivo planejamento, resulta na modificação do ambiente natural e o surgimento ambientes cada vez mais artificializados, o que acarreta em As na cobertura do solo, a impermeabilização e a retirada da vegetação levam à modificação. Segundo Pereira Lima (1994 apud Assis Carva - aquelas áreas predomínio - servindo somente como elemento de organização do fluxo do trânsito. Com o intuito de estudar a variação dos microclimas em espaços específicos no meio urbano, foram escolhidos alguns pontos de estudo com relevante valor estético e histórico da cidade de Porto Alegre, sendo estes a Praça dos Açorianos e a Praça General Braga Pinheiro, localizados nos bairros Centro Histórico e o Largo

159 Zumbi dos Palmares localizado no bairro Cidade Baixa. Os locais foram escolhidos por sua proximidade, e posteriormente divididos em sete pontos de diferentes características, tendo o estudo específico de microclima de cada um destes pontos. 2. MATERIAIS E MÉTODOS As medições in loco foram divididas em sete pontos de medição, distribuídos pela Praça dos Açorianos, General Braga Pinheiro e Largo Zumbi dos Palmares, traçando os perfis destes locais para a caracterização dos microclimas. Para a identificação dos microclimas locais foi utilizado o método transecto, já utilizado em anos anteriores nas disciplinas de Projeto Integrador do curso de Gestão Ambiental do IFRS - Campus Porto Alegre. Nesses trabalhos as áreas de estudo foram o Parque Farroupilha (2011/2012), Parque Marinha do Brasil (2012/2013) e Parque Moinhos de Vento (2013/2014). Os pontos foram percorridos a partir de um transecto a pé, com duração máxima de 1 hora, a partir das 9 e 11 horas, nos dias 08 e 15 de outubro de 2014. De forma concomitante, também nestes pontos específicos, foram feitas medições estáticas, denominadas como método fixo, às 9 horas e às 11 horas. Sua utilização tem por objetivo validar o uso do método transecto. No método transecto foi levantada a temperatura do ar, a umidade relativa do ar, condição de céu, a velocidade e direção dos ventos no momento de cada observação. No método fixo foi medida a temperatura em cada ponto. A medição da temperatura do ar, pelo método fixo foi realizada a partir de uma termômetro digital, fixo em uma haste posicionada a 1,5 cm de altura do solo. Para redução da interferência da radiação solar utilizou-se uma proteção de papelão, na cor branca, colcoada logo acima do sensor do equipamento. A medição da temperatura do ar e da umidade relativa pelo método transecto, foi realizada a partir de uma termohigrômetro digital. Da mesma forma que no outro método, o termohigrômetro foi fixado em uma haste posicionada a 1,5 cm de altura do solo, utilizando-se também a proteção de papelão. A velocidade do vento foi registrada a partir de um anemômetro digital e a direção foi registrada a partir de uma biruta artesanal - fita de plástico presa a uma haste com altura de 1,5 cm do solo - e de uma bússola.

160 1 - Largo Zumbi dos Palmares: a área apresenta piso impermeabilizado, grande incidência solar, ausência da vegetação, sem presença de edificações ou qualquer outra barreira que influencie a circulação do ar (Figura 1). Figura 1: 1- Largo Zumbi dos Palmares Fonte: SILVEIRA, R.D., 2014. 2 - Largo Zumbi Dos Palmares (Pracinha): a área apresenta solo compactado arenoso, boa incidência solar, vegetação com árvores de médio e grande porte, presença de barreiras (edificações), conforme Figura 2. Figura 2: 2- Pracinha Largo Zumbi do Palmares Fonte: SILVEIRA, R.D., 2014

161 3- Monumento aos Açorianos: a área apresenta solo coberto por vegetação rasteira (gramíneas), boa incidência solar, presença do monumento que, neste caso, caracteriza-se como possível barreira para circulação do ar (Figura 3). Figura 3: 3 - Monumento aos Açorianos Fonte: SILVEIRA, R.D., 2014 4- Praça General Braga Pinheiro: a área apresenta solo exposto, arenoso e compactado com partes pavimentadas por concreto e pedra de basalto, com presença de sombra e sol ao longo da manhã. O local é arborizado, rodeado por edificações no seu entorno (Figura 4). Figura 4: 4 Praça General Braga Pinheiro Fonte: SILVEIRA, R.D., 2014

162 5- Praça dos Açorianos (Parte Arborizada): a área apresenta solo coberto por vegetação do tipo rasteira e também de grande porte, com presença de sombra e sol ao longo da manhã, barreira física dos prédios da ACM (Associação Cristã de Moços) e OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), assim como o Espelho P P (F 5). Figura 5: 5 - Praça dos Açorianos (Parte Arborizada) Fonte: SILVEIRA, R.D.,2014 6- Praça dos Açorianos (Ponte de Pedra): a área situada na junção da Avenida Loureiro da Silva com a Ponte de Pedra, apresenta solo pavimentado com granito. Não possui arborização, está próximo do corpo hídrico. Não apresenta edificações ou barreiras da circulação do ar (Figura 6). Nos dias 08/10 e 15/10, o céu apresentava-se limpo e sem nuvens. 7- Praça dos Açorianos (Lago): a área apresenta solo coberto por vegetação do tipo rasteira e pavimentação com pedra de basalto. Local arborizado e bem próximo ao lago e à Ponte de Pedra, que pode servir de barreira à circulação do ar (Figura 7).

163 Figura 6: 6- Praça dos Açorianos (Ponte de Pedra) Fonte: SILVEIRA, R.D.,2014 Figura 7: 7- Praça dos Açorianos (Lago) Fonte: SILVEIRA, R.D.,2014

164 3. RESULTADO E DISCUSSÃO No Quadro 1, foram relacionadas as temperaturas e suas variações, nos diferentes horários e métodos aplicados. Observa-se uma variação de até 4,6 C no mesmo ponto, entre os dois horários de medição - 3, no dia 08/10/2014. A menor amplitude foi registrada no 5, nesse mesmo dia. O maior detalhamento das informações contidas no quadro está nos itens a seguir. Medição de Temperatura - 08/10/2014 Método Horário 01 02 03 04 05 06 07 09:00 22,8 22,6 21,6 21,9 23,9 23,5 21 Fixo 11:00 25,3 24,5 25,7 23,2 23,9 24 22,1 Amplitude Térmica 2,5 1,9 4,1 1,3 0,0 0,5 1,1 09:00 22,5 23,1 21,6 21,9 21,6 22,3 21,7 Transecto 11:00 24,6 24,4 23,8 23,1 23,5 24,3 24,4 Amplitude Térmica 2,1 1,3 2,2 1,2 1,9 2,0 2,7 Medição de Temperatura - 15/10/2014 Método Horário 01 02 03 04 05 06 07 09:00 25,4 24,4 22,3 21,2 23,0 23,5 22 Fixo 11:00 29,2 28,4 26,0 25,8 25,6 26,9 26,3 Amplitude Térmica 3,8 4,0 3,7 4,6 2,6 3,4 4,3 09:00 24,5 23,1 21,7 22,2 22,2 22,5 22,4 Transecto 11:00 28 26,9 25,9 26,5 25,8 27,0 26,8 Amplitude Térmica 3,5 3,8 4,2 4,3 3,6 4,5 4,4 Menor Temperatura Maior Temperatura Quadro 1: Demonstração de temperaturas e amplitudes térmicas Org.: SILVA, E.V.; OLIVEIRA, F.B., 2015

165 3.1 Método Fixo No dia 08/10 o céu apresentava-se limpo e sem nuvens. No horário das 9h, a temperatura maior foi medida no 5 Praça dos Açorianos (23,9 C), local sombreado, solo permeável, mas com incidência solar. No horário das 11h, no 03 (25,7 C) apresentou maior temperatura, local de vegetação rasteira, sem sombreamento e com incidência solar intensa. Neste dia, as menores temperaturas medidas foram no 7 (21 C e 22,1 C), local arborizado, com misto de solo a mostra e pavimento em basalto à beira do lago artificial sob a Ponte de Pedra. No dia 15/10 o céu apresentava-se limpo, sem nuvens. No horário das 9h e 11h, as temperaturas de maior valor foram verificadas no mesmo local, no 1 (25,4 C e 29,2 C), sem sombreamento, com maior incidência solar, com pavimentação asfáltica, ou seja, com solo totalmente impermeável. A menor temperatura no horário das 9h foi medida no 4 (21,2 C), local arborizado, com solo permeável, com proteção física dos prédios do entorno. No horário das 11h, no 5, foi medida a menor temperatura (25,6 C), local arborizado, com solo permeável, também com proteção física dos prédios do entorno, próximo do lago artificial da praça. 3.2 Método Transecto No dia 08/10 o céu apresentava-se limpo, sem nuvens. Através do método Transecto, no horário das 9h, obteve-se a temperatura mais alta no 2 (23,1 C), local sem sombreamento ou proteção do entorno. No horário das 11h, a temperatura mais alta foi verificada no 1(24,6 C), local sem sombreamento, com maior incidência solar, com pavimentação asfáltica, com solo totalmente impermeável. A temperatura mais baixa, no horário das 9h, foi verificada no 3 (21,6 C), local de vegetação rasteira, sem sombreamento, porém com incidência solar intensa. No horário das 11h, a temperatura mais baixa foi medida no 4 (23,1 C), local arborizado, com solo permeável e proteção física dos prédios do entorno. No dia 15/10 as condições do céu eram limpo com a presença de sol. Nos horários das 9h e 11h as temperaturas mais elevadas foram observadas no 1,

166 local de grande incidência solar, sem proteção física ou arborização. O solo é completamente impermeável, haja vista a pavimentação asfáltica. A temperatura mais baixa no horário das 9h foi registrada no 3 (21,7 C), local de vegetação rasteira, sem sombreamento, porém com incidência solar intensa. Já às 11h deste mesmo dia, a mais baixa temperatura ocorreu no 5 (25,8 C), local arborizado, com solo permeável, também com proteção física dos prédios do entorno, próximo do lago artificial da praça. 3.3 Comparativo de Métodos Na Figura 8 foi feito um comparativo de variação de temperatura pelos métodos Fixo e Transecto, no horário das 9h e 11h, no dia 08/10/2014, comprovando a eficácia do método Transecto, utilizado nos Projetos Integradores nos anos anteriores. Pelo comportamento do gráfico, observou-se valores semelhantes de temperaturas nos diferentes pontos, na comparação entre os métodos. A exceção está no horário das 09h, no 5 Praça dos Açorianos, assim como na medição das 11h no 3 Praça do Largo Zumbi dos Palmares e 07 Lago da Ponte de Pedra. Temp ( C) 26 24 22 FIXO 09:00 FIXO 11:00 TRANSECTO 09:00 TRANSECTO 11:00 20 1 2 3 4 5 6 7 s de Medição Figura 8: Gráfico comparativo de Métodos 08/10 Org.: SILVA, E.V.; OLIVEIRA, F.B., 2015 Na Figura 9, foi feito um comparativo de variação de temperatura pelos métodos Fixo e Transecto, no horário das 9h e 11h, no dia 15/10/2014, a partir dos

167 quais também percebe-se a eficácia do método Transecto. Pelo comportamento do gráfico, comparado ao dia anterior de medição, houve menor variação e consequente semelhança nas temperaturas. Verificaram-se pequenas diferenças de comportamentos nos gráficos, onde no horário das 09h, no 4 Monumento aos Açorianos houve pequena diferença de comportamento do gráfico. Temp ( C) 30 28 26 24 FIXO 09:00 FIXO 11:00 TRANSECTO 09:00 TRANSECTO 11:00 22 20 1 2 3 4 5 6 7 s de Medição Figura 9: Gráfico comparativo de Métodos 15/10 Org.: SILVA, E.V.; OLIVEIRA, F.B., 2015 3.4 Amplitude Térmica No dia 08/10, considerando o método Fixo, a maior amplitude térmica foi no 3 (4,1 C) e a menor amplitude no 5, que não teve variação de temperatura. No método Transecto, o local de maior amplitude ocorreu no 7 (2,7 C) e a menor amplitude térmica no 04 (1,2 C). No dia 15/10, no método Fixo, o local de maior amplitude térmica ocorreu no 4 (4,6 C) e no 05, a menor variação (2,6 C). No método Transecto, o local de maior amplitude foi no 6 (4,5 C), e o local de menor amplitude térmica ocorreu no 01(3,5 C). 3.5 Umidade Relativa do Ar A Figura 10 apresenta a variação da umidade relativa, nos horários de medição das 09h e 11h, no dia 08/10/2014, nos pontos específicos de medição.

Variação de Umidade Variação da Umidade Caracterização dos microclimas da Praça dos Açorianos, Largo Zumbi Dos Palmares e 168 Umidade Relativa do Ar 08/10 80% 70% 60% 50% 40% 30% 09:00 horas 11:00 Horas 20% 10% 0% 1 2 3 4 5 6 7 s Figura 10: Gráfico Umidade Relativa do Ar 08/10/14 Org.: SILVA, E.; OLIVEIRA, F,2015 A Figura 11 apresenta a variação da umidade relativa, nos horários de medição das 09h e 11h, no dia 15/10/2014, nos pontos específicos de medição. Umidade Relativa do Ar 15/10 70% 60% 50% 40% 30% 09:00 Horas 11:00 Horas 20% 10% 0% 1 2 3 4 5 6 7 s de Medição Figura 11: Gráfico Umidade Relativa do Ar 08/10/14 Org.: SILVA, E.; OLIVEIRA, F., 2015 Quanto aos aspectos relativos a umidade relativa do ar, no dia 08/10, ilustrado no Quadro 2, no horário entre 9h foi observada umidade relativa com média de 63% na área estudada. A maior umidade foi registrada no 7, com umidade relativa de 69%. Este ponto apresenta características de solo coberto por vegetação rasteira e a presença de corpo hídrico. Por estar próximo a uma zona úmida e o solo ter cobertura vegetal, o mesmo retém mais umidade e evapora aos

169 poucos ao longo do dia, apresentando maior umidade. Já o menor índice de umidade foi constatado no 6 (56%), localizado próximo a Avenida Loureiro da Silva, com grande tráfego de veículos e caracterizado por apresentar piso coberto por pedras e ausência de vegetação. No horário das 11h, a média de umidade entre os pontos foi de 55%. Em consequência do aumento da temperatura ao longo do dia a umidade tende a diminuir. A maior umidade foi registrada no 3 (60%), caracterizado por apresentar uma área amplamente coberta por vegetação rasteira, aberta, com uma pequena barreira física para o vento, que é o Monumento dos Açorianos. Média diária - 08/10/2014 Horário 01 02 03 04 05 06 07 Média 09:00 63% 64% 65% 61% 60% 56% 69% 63% 11:00 56% 55% 60% 52% 55% 52% 53% 55% Média diária - 15/10/2014 Horário 01 02 03 04 05 06 07 Média 09:00 60% 58% 66% 60% 60% 59% 55% 60% 11:00 49% 46% 51% 53% 52% 50% 52% 50% Média Por s 57% 56% 61% 57% 57% 54% 57% Menor Umidade Maior Umidade Quadro 2: Demonstração da Umidade Relativa do Ar 08 e 15/10/14 Org.: SILVA, E.V.; OLIVEIRA, F.B., 2015 No dia 15/10, no horário das 9h a umidade relativa média na área foi de 60%. A maior umidade foi registrada no 3 (66%), que apresenta características de solo coberto por vegetação rasteira, com grande insolação. A cobertura vegetal neste ponto retém mais a umidade e evapora aos poucos ao longo do dia, apresentando uma maior umidade no local. O menor índice de umidade foi constatado no 7 (55%), caracterizado por apresentar piso misto de cobertura

Escala de Variação Caracterização dos microclimas da Praça dos Açorianos, Largo Zumbi Dos Palmares e 170 por pedras de basalto e solo exposto, com alguma arborização. No horário das 11h, a média de umidade entre os pontos foi de 50% em consequência do aumento da temperatura. A maior umidade foi registrada no 04 (53%), e a menor umidade relativa no 2 (46%). De forma geral, conforme a Figura 12, os comportamentos esperados de diminuição da umidade relativa concomitante ao aumento da temperatura se confirmaram. Relação Temperatura Média X Umidade Relativa Média - Transecto 65 60 55 50 45 40 Umidade Relativa (%) Média de Temperatura( C) 35 30 25 20 1 2 3 4 5 6 7 s Figura 12: Gráfico de Comparação - Média de temperatura e umidade relativa 08 e 15/10/14. Org.: SILVA, E.V.; OLIVEIRA, F.B., 2015 3.6 Ventos Incidentes Direção A Figura 13 apresenta o comportamento dos ventos incidentes, medidos pelo método Transecto, nos horários das 9h e 11h, nos pontos específicos. No dia 08/10/2014, às 9h, o vento de direção Oeste era predominante em quatro dos sete pontos de medições. No horário das 11h, do mesmo dia, o vento na direção Oeste seguia predominando em três pontos das sete medições. A Figura 14 apresenta o comportamento dos ventos dominantes no dia 15/10/2014, onde às 9h, o vento em direção Norte foi predominante em quatro dos sete pontos medidos. No horário das 11h, do mesmo dia, ocorreu a predominância dos ventos nas direções Norte, Sul e Leste.

171 Figura 13: Gráfico de Comportamento dos Ventos Incidentes 08/10/2014 Org.: SILVA, E.V.; OLIVEIRA, F.B., 2015 Figura 14: Gráfico de Comportamento dos Ventos Incidentes 15/10/2014 Org.: SILVA, E.V.; OLIVEIRA, F.B., 2015 3.7 Ventos Incidentes Velocidade Conforme o Quadro 3, o 6 apresentou a maior velocidade média dos ventos e o 3 a menor. Velocidade do Vento m/s 08/out 15/out 01 02 03 04 05 06 09:00 0,50 2,10 2,90 1,00 0,90 3,20 2,40 11:00 1,40 2,70 0,40 2,50 1,20 1,30 0,80 09:00 1,00 2,00 0,90 1,10 1,20 1,10 1,30 11:00 2,30 1,30 0,00 1,40 1,00 2,70 2,00 Médias por s 1,30 2,03 1,05 1,50 1,08 2,08 1,63 Quadro 3: Comportamento dos Ventos Incidentes Velocidades 08 e 15/10/2014 Org.: SILVA, E.V.; OLIVEIRA, F.B., 2015 07

172 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Considerando as condições de levantamento dos dados de campo, foram feitas análises pertinentes ao propósito, identificando os diferentes perfis de microclimas, que estão associados aos diferentes ambientes analisados. Foram identificadas influências da vegetação e condições de impermeabilização e ê que artificial, como atenuador do conforto térmico do local. Quanto aos métodos utilizados para a medição (fixo e transecto) observou-se que os dois são válidos. O método transecto se torna mais viável, pois demanda menor número de equipamentos e pessoal envolvido. Se o local de estudo tiver maiores dimensões, no entanto, e não puder ser percorrido em até 1 hora, deve optar-se pelo método fixo. A maior amplitude térmica foi de 4.6 C entre os pontos de medição. Considerando a pequena distância entre esses pontos, percebe-se o quanto a temperatura do ar sofre interferência das diferentes coberturas de solo, nas cidades. Já a umidade relativa teve variação de até 13% entre os pontos, o que também pode ser considerado significativo. A direção e velocidade dos ventos variaram em função das barreiras representadas principalmente pelas edificações do entorno, o que é característico em locais urbanizados. Esses resultados, mesmo que preliminares, já que contaram com um número reduzido de dias de medição, demonstram a importância da cobertura do solo na definição dos microclimas. As áreas verdes, nesse sentido contribuem para a amenização da temperatura e a maior disponibilidade de umidade no ar, o que contribui diretamente para o conforto térmico dos habitantes, melhorando, assim, a qualidade de vida urbana.

173 REFERÊNCIAS DUARTE, Denise; SERRA, Geraldo. Padrões da Ocupação do Solo e microclimas urbanos na região de clima tropical continental brasileira. REVISTA ANTAC. Ambiente Construído, Porto Alegre, v.3, n.2, p.7-20, abr./jun.2003. FERREIRA, Cássia; ASSIS, Débora. O estudo do microclima gerado por praças em relação aos seus arredores na cidade de Juiz de Fora MG. REVISTA GEONORTE 508, 2012. LIMA, Valéria; AMORIM, M. C. C. T. A Importância das Áreas Verdes para a Qualidade Ambiental das Cidades, Revista Formação, n.13, p. 139-165, 2006. NIEMEYER, Carlos. IFSP. Impacto das áreas verdes no clima urbano e local. Unicamp. Disponível em: <http://pitagoras.unicamp.br/~teleduc/cursos/ diretorio/tmp/1829/portfolio/item/79/ic-071_%201otrabalho.pdf> Acesso em 10 abr. 2014. OLIVEIRA FILHO, Paulo Costa de; ANDRADE, Aparecido R; HABERLAND, N. T; POTTKER, Gustavo Sartori; SILVA, F. C. B. A Importância de Áreas Verdes em uma Cidade de Pequeno Porte: Estudo de caso na Cidade de Irati-PR, REVSBAU, Piracicaba SP, v.8, n.1, p.89-99, 2013.