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Boletimj Manual de Procedimentos Fascículo N o 04/2014 Goiás // Federal IPI Base de cálculo.... 01 // Estadual ICMS Isenção.... 04 // IOB Setorial Estadual Informática - ICMS - Isenção do imposto nas operações com computadores adquiridos no âmbito do ProInfo.... 07 // IOB Comenta Federal Tributos federais - Considerações sobre o processo administrativo- -fiscal.... 08 // IOB Perguntas e Respostas IPI Ativo Imobilizado - Importação de mercadoria.... 10 Certidão negativa - Prazo de validade.... 10 Classificação fiscal.... 10 ICMS/GO Crédito presumido - Consignação da opção.... 10 Exportação - Equiparação - Remessa de mercadoria com fim específico de exportação...................................... 10 Pagamento do imposto - Vencimento em dia não útil.... 10 Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Suspensão a ICMS - Cadastro de contribuintes a ICMS - Crédito Fiscal

2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Capa: Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo) 0800-724-7900 (Outras Localidades) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) ICMS, IPI e outros : IPI : base de cálculo... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos) ISBN 978-85-379-2051-0 1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série. 14-00000 CDU-34:336.223(81) Índices para catálogo sistemático: 1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81) Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei n o 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998). Impresso no Brasil Printed in Brazil Boletim IOB

Boletimj Manual de Procedimentos a Federal IPI 2. Base de cálculo Base de cálculo SUMÁRIO 1. Introdução 2. Base de cálculo 3. Consignação mercantil 4. Veículos 5. Produtos industrializados por encomenda 6. Locação, arrendamento mercantil ou operação a título gratuito 7. Arrendamento mercantil 8. Produtos usados 9. Valor mínimo 10. Arbitramento 11. Infrações e penalidades 1. Introdução O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é calculado mediante a aplicação das alíquotas constantes da Tabela de Incidência do IPI, aprovada pelo Decreto nº 7.660/2011, sobre a base de cálculo atribuída à respectiva operação. Esse procedimento não exclui outra modalidade de cálculo estabelecida pela legislação, como, por exemplo, em relação às bebidas e aos cigarros, hipóteses em que o imposto é recolhido com base na quantidade do produto em classe de enquadramento. Neste texto, examinaremos as regras previstas no Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, para a determinação da base de cálculo do imposto. Não podem ser deduzidos do valor da operação os descontos, as diferenças ou os abatimentos, concedidos a qualquer título, ainda que incondicionalmente A base de cálculo do IPI consiste, em regra: a) em relação aos produtos de procedência estrangeira: a.1) no valor que servir ou que serviria de base para o cálculo dos tributos aduaneiros, por ocasião do despacho de importação, acrescido do montante desses tributos e dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis; a.2) no valor total da operação de que decorrer a saída do estabelecimento equiparado a industrial; b) no que se refere aos produtos nacionais, no valor total da operação de que decorrer a saída do estabelecimento industrial ou a ele equiparado. O valor da operação referido nas letras a.2 e b compreende o preço do produto, acrescido do valor do frete e das demais despesas acessórias, cobradas ou debitadas pelo contribuinte ao comprador ou ao destinatário. Será também considerado como cobrado ou debitado pelo contribuinte, ao comprador ou ao destinatário, o valor do frete quando o transporte for realizado ou cobrado por empresa coligada, controlada ou controladora ou interligada do estabelecimento contribuinte ou por empresa com a qual este tenha relação de interdependência, mesmo quando o frete seja subcontratado. (RIPI - Decreto nº 7.212/2010; TIPI - Decreto nº 7.660/2011) (RIPI/2010, art. 190, caput, 1º e 2º) Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 04 GO04-01

2.1 Valores não dedutíveis Não podem ser deduzidos do valor da operação os descontos, as diferenças ou os abatimentos, concedidos a qualquer título, ainda que incondicionalmente. (RIPI/2010, art. 190, 3º) 2.2 Preços diferenciados para o mesmo produto Os preços do vendedor poderão ser diferenciados para um mesmo produto, a partir de um preço de venda básico, desde que estabelecidos em tabelas fixadas segundo práticas comerciais uniformemente consideradas, nunca inferiores ao custo de fabricação, acrescidos dos custos financeiros e dos de venda, administração e publicidade, além do lucro normalmente praticado pelo vendedor. (Instrução Normativa SRF nº 82/2001) 3. Consignação mercantil Nas saídas de produtos a título de consignação mercantil, o valor da operação será o preço de venda do consignatário estabelecido pelo consignante. Essa regra somente se aplica na hipótese de o consignante estabelecer o preço de venda a ser praticado pelo consignatário. (RIPI/2010, arts. 190, 4º, 501, 502, 503 e 504) 4. Veículos Nas vendas diretas de veículos a consumidor final, poderão ser excluídos da base de cálculo do IPI devido pelos fabricantes ou importadores os valores devidos aos concessionários pela intermediação ou pela entrega dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da TIPI, limitados a 9% do valor total da operação. (RIPI/2010, art. 190, 5º e 6º; Lei nº 10.485/2002, art. 2º, caput, 2º, I) 5. Produtos industrializados por encomenda Nas hipóteses de produtos industrializados por encomenda, será acrescido pelo industrializador, ao valor da operação, salvo a hipótese de insumos usados, o valor das matérias-primas, dos produtos intermediários e do material de embalagem fornecidos pelo encomendante, desde que este não destine os produtos industrializados a: a) comércio; b) emprego, como matéria-prima ou produto intermediário, em nova industrialização; ou c) emprego no acondicionamento de produtos tributados. Nas notas fiscais emitidas em nome do encomendante, o valor da operação, para fins de destaque do IPI, será o valor total cobrado, acrescido do valor das matérias-primas, dos produtos intermediários e do material de embalagem fornecidos pelo autor da encomenda, desde que os produtos industrializados não se destinem a comércio, a emprego em nova industrialização ou a acondicionamento de produtos tributados, salvo quando se tratar de insumos usados. (RIPI/2010, arts. 191 e 497) 6. Locação, arrendamento mercantil ou operação a título gratuito Na saída de produto do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial a título de locação, arrendamento mercantil (exceto diretamente do importador - veja item 7) ou que decorrer de operação a título gratuito (como, por exemplo, a doação ou o comodato), inclusive aquela que, em virtude de não transferir a propriedade do produto, não importe em fixar-lhe o preço (como, por exemplo, o empréstimo), considera- -se valor tributável o preço corrente do produto ou seu similar, no mercado atacadista da praça do remetente, observado o valor tributável mínimo descrito no item 9. (RIPI/2010, art. 192) 7. Arrendamento mercantil Na saída de produtos do estabelecimento do importador, em arrendamento mercantil, o valor tributável será: a) o preço corrente no mercado atacadista da praça em que o estabelecimento arrendador estiver domiciliado; b) o valor que serviu de base de cálculo do imposto no desembaraço aduaneiro, se for demonstrado comprovadamente que o preço dos produtos importados é igual ou superior ao que seria pago pelo arrendatário se os importasse diretamente. (RIPI/2010, art. 193) 8. Produtos usados O imposto incidente sobre produtos usados, adquiridos de particulares ou não, que sofrerem processo de industrialização nas modalidades renovação ou recondicionamento será calculado sobre a diferença de preço entre a aquisição e a revenda. (RIPI/2010, art. 194) 04-02 GO Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 04 - Boletim IOB

8.1 Solução de Consulta RFB Transcrevemos, a seguir, solução de consulta RFB, que trata do assunto: MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 42 de 28 de Marco de 2012 ------------------------------------------------------------------------------- ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI EMENTA: SUCATAS E APARAS DE PLÁSTICO. VALOR TRIBUTÁVEL PARA PRODUTOS USADOS. TRANSFORMA- ÇÃO. RENOVAÇÃO. A operação de industrialização exercida sobre as sucatas e aparas de plástico adquiridas de terceiros para emprego como matéria-prima na fabricação de artigos plásticos novos, enquadra-se como transformação, não sendo aplicável, portanto, aos produtos resultantes, a regra excepcional de determinação do valor tributável prevista no art. 194 do RIPI/2010. (Solução de Consulta RFB nº 42/2012) 9. Valor mínimo A base de cálculo não poderá ser inferior: a) ao preço corrente no mercado atacadista da praça do remetente quando o produto for destinado a outro estabelecimento do próprio remetente ou a estabelecimento de firma com a qual mantenha relação de interdependência; Nota Nos termos do art. 612 do RIPI/2010, consideram-se interdependentes duas firmas: a) quando uma delas tiver participação na outra de 15% ou mais do capital social, por si, seus sócios ou acionistas, bem como por intermédio de parentes destes até o segundo grau e respectivos cônjuges, se a participação societária for de pessoa física; b) quando, de ambas, uma mesma pessoa fizer parte, na qualidade de diretor, ou sócio com funções de gerência, ainda que exercidas sob outra denominação; c) quando uma tiver vendido ou consignado à outra, no ano anterior, mais de 20% no caso de distribuição com exclusividade em determinada área do território nacional, e mais de 50%, nos demais casos, do volume das vendas dos produtos tributados, de sua fabricação ou importação; d) quando uma delas, por qualquer forma ou título, for a única adquirente, de um ou de mais de um dos produtos industrializados ou importados pela outra, ainda quando a exclusividade se refira a padronagem, marca ou tipo do produto; ou e) quando uma vender à outra, mediante contrato de participação ou ajuste semelhante, produto tributado que tenha fabricado ou importado. Não caracteriza a interdependência descrita nas letras c e d a venda de matérias-primas e produtos intermediários, destinados exclusivamente à industrialização de produtos do comprador. b) a 90% do preço de venda aos consumidores, não inferior ao mencionado na letra a, quando o produto for remetido a outro estabelecimento da mesma empresa, desde que o destinatário opere exclusivamente na venda a varejo; c) ao custo de fabricação do produto, acrescido dos custos financeiros e dos de venda, administração e publicidade, assim como do seu lucro normal e das demais parcelas que devam ser adicionadas ao preço da operação, no caso de produtos saídos do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial, com destino a comerciante autônomo, ambulante ou não, para venda direta a consumidor; d) a 70% do preço da venda a consumidor no estabelecimento moageiro, nas remessas de café torrado a comerciante varejista que possua atividade acessória de moagem. Na hipótese da letra b, sempre que o estabelecimento varejista vender o produto por preço superior ao que haja servido à determinação da base de cálculo, este será reajustado com base no preço real de venda, o qual, acompanhado da respectiva demonstração, será comunicado ao remetente até o último dia do período de apuração subsequente ao da ocorrência do fato, para efeito de lançamento e recolhimento do imposto sobre a diferença verificada. No caso da letra c, o preço de revenda do produto pelo comerciante autônomo, ambulante ou não, indicado pelo estabelecimento industrial ou equiparado a industrial, não poderá ser superior ao preço de aquisição acrescido dos tributos incidentes por ocasião da aquisição e da revenda do produto e da margem de lucro normal nas operações de revenda. Para efeito de aplicação das bases de cálculo mencionadas nas letras a e b, será considerada a média ponderada dos preços de cada produto em vigor no mês anterior ao da saída do estabelecimento remetente ou, na sua falta, a média correspondente ao mês imediatamente anterior àquele. (RIPI/2010, arts. 195 e 196, caput) 9.1 Inexistência de preço corrente no mercado atacadista Inexistindo o preço corrente no mercado atacadista, para aplicação das regras mencionadas nas letras a e b do item 9, tomar-se-á por base de cálculo: a) no caso de produto importado, o valor que serviu de base ao Imposto de Importação, acrescido desse tributo e demais elementos componentes do custo do produto, inclusive da margem de lucro normal; b) no caso de produto nacional, o custo de fabricação, acrescido dos custos financeiros e dos Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 04 GO04-03

de venda, administração e publicidade, assim como do seu lucro normal e das demais parcelas que devam ser adicionadas ao valor da operação, ainda que os produtos tenham sido recebidos de outro estabelecimento da mesma firma que os tenha industrializado. (RIPI/2010, art. 196, parágrafo único) 10. Arbitramento Ressalvada a avaliação contraditória, decorrente de perícia, o Fisco poderá arbitrar a base de cálculo ou qualquer dos seus elementos quando forem omissos ou não merecerem fé os documentos expedidos pelas partes ou, tratando-se de operação a título gratuito, quando inexistir ou for de difícil apuração o valor. Salvo se for apurado o valor real da operação, nos casos em que este deva ser considerado, o arbitramento tomará por base, sempre que possível, o preço médio do produto no mercado do domicílio do contribuinte ou, na sua falta, nos principais mercados nacionais, no trimestre civil mais próximo ao da ocorrência do fato gerador. Na impossibilidade de apuração dos preços, para fins de arbitramento, será considerada a média ponderada dos preços de cada produto em vigor no mês precedente ao da saída do estabelecimento remetente ou, na sua falta, a média correspondente ao mês imediatamente anterior àquele, observadas as regras descritas no subitem 9.1. (RIPI/2010, art. 197) 11. Infrações e penalidades As infrações são punidas com as seguintes penas, aplicáveis separada ou cumulativamente: a) multa; b) perdimento da mercadoria; e c) cassação de regimes ou controles especiais estabelecidos em benefício de contribuintes ou de outras pessoas obrigadas ao cumprimento dos dispositivos do Regulamento do IPI. Destacamos, sobre o assunto, a multa relacionada ao destaque do imposto na nota fiscal. Assim, incorrem na multa de ofício de 75% do valor do imposto os que o destacarem indevidamente ou o destacarem com excesso sobre o valor resultante do seu cálculo. Nesse caso, a multa terá por base de cálculo o valor do imposto indevidamente destacado e não será aplicada se o responsável, já tendo recolhido, antes de procedimento fiscal, a importância irregularmente destacada, provar que a infração decorreu de erro escusável, a juízo da autoridade julgadora. (RIPI/2010, arts. 555 e 569, 1º, IV, 3º) N a Estadual Isenção ICMS SUMÁRIO 1. Introdução 2. Condicionamento 3. Importação 4. Informações no documento fiscal 5. Manutenção do crédito 6. Jurisprudência 1. Introdução A isenção é um benefício que dispensa o contribuinte do pagamento do imposto devido na operação. Apesar de ocorrer o fato gerador e o imposto ser devido, a lei dispensa o seu pagamento. Contudo, a fruição desse benefício implica ao contribuinte o atendimento de condições estabelecidas na legislação que o concede, pois, caso contrário, o imposto deve ser recolhido como se a isenção não existisse. As isenções são concedidas mediante celebração de convênios entre os Estados, nos termos da Lei Complementar nº 24/1975, e podem ser concedidas por prazo determinado ou indeterminado, razão pela qual o contribuinte deve estar sempre atento às alterações na legislação relativas às condições e aos prazos de aplicação do benefício. Neste texto, veremos quais são as hipóteses de aplicação da isenção do ICMS previstas no RCTE- -GO/1997, Anexo IX, arts. 6º e 7º. 2. Condicionamento A concessão da isenção não dispensa o sujeito passivo do cumprimento das obrigações acessórias 04-04 GO Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 04 - Boletim IOB

previstas na legislação tributária. Portanto, é condicionada à regularidade na emissão e na escrituração de documentos e livros fiscais e ao recolhimento do imposto, quando devido, nos prazos previstos na legislação tributária. Quando o benefício fiscal for concedido sob condição e esta não for atendida, o contribuinte perde o direito ao benefício e fica obrigado ao pagamento do imposto acrescido das cominações legais cabíveis, desde a data da ocorrência do fato gerador em que tenha havido a utilização do benefício, ressalvada a disposição em contrário. (RCTE-GO/1997, arts. 85 e 86) 2.1 Adimplência com o ICMS A utilização dos benefícios fiscais cuja concessão tenha sido autorizada por lei estadual fica condicionada a que o sujeito passivo: a) esteja adimplente com o ICMS relativo à obrigação tributária cujo pagamento deva ocorrer no mês correspondente à referida utilização; b) não possua crédito tributário inscrito em dívida ativa. Na hipótese prevista na letra a, o pagamento em atraso do imposto devido, inclusive o devido por substituição tributária, implica perda definitiva, exclusivamente no mês da ocorrência do atraso, do direito de o contribuinte utilizar o benefício fiscal. A existência de crédito tributário inscrito em dívida ativa, cuja exigibilidade esteja suspensa de acordo com RCTE-GO/1997, art. 503, ou para o qual tenha sido efetivada a penhora de bens suficientes para o pagamento do total da dívida, não constitui empecilho à utilização dos benefícios fiscais. Quando a mercadoria estiver sujeita à substituição tributária pela operação posterior, a observância se dá apenas em relação ao imposto correspondente à obrigação própria devido pelo substituto tributário. (RCTE-GO/1997, Anexo IX, art. 1º) 2.2 Ausência de produto similar produzido no País A comprovação de ausência de produto similar produzido no País, quando exigida para aplicação do benefício fiscal, deve ser feita por meio de atestado emitido por entidade representativa do setor produtivo, de abrangência nacional, ou por órgão federal especializado, ressalvados os casos em que o dispositivo que tratar do benefício dispuser de forma diferente. Quando se tratar de partes, peças e reagentes químicos e sendo inaplicável o disposto no parágrafo anterior, o atestado de ausência de similaridade pode ser feito por órgão legitimado da correspondente Secretaria de Estado da Unidade da Federação (UF) competente para exigir o ICMS relativo à importação. Este atestado tem validade máxima de 6 meses, contados da data de sua emissão. (RCTE-GO/1997, Anexo IX, art. 3º) 2.3 Termo de acordo de regime especial Constituindo a celebração de termo de acordo de regime especial com a Secretaria da Fazenda condição à aplicação de benefício fiscal, o termo deve ser firmado: a) por intermédio do titular da Secretaria, a quem compete decidir sobre a sua conveniência, manutenção, revogação e prazo de vigência; b) apenas quando o contribuinte não for devedor da Fazenda Pública Estadual e provar sua regularidade fiscal para com a União e a Seguridade Social. Contudo, vale salientar que, mediante representação do titular da delegacia fiscal a que estiver vinculado o contribuinte e por despacho fundamentado, pode o Secretário da Fazenda denunciar o termo de acordo de regime especial, quando verificada a ocorrência de infração à legislação tributária estadual que resulte em falta de pagamento do ICMS, decorrente de ato praticado após a data de vigência deste termo. (RCTE-GO/1997, Anexo IX, art. 5º) 3. Importação Em razão do disposto no CTN, Lei nº 5.172/1966, art. 98, combinado com o que estabelece a Súmula nº 575 do Supremo Tribunal Federal, aplicam-se às importações realizadas de países-membros do Mercosul, da Aladi ou da Organização Mundial do Comércio (OMC) os benefícios fiscais concedidos a produto similar nacional, visto que esses acordos estipulam que os produtos oriundos de uma parte contratante que entrem no território de outra parte contratante não terão tratamento menos favorável do que o concedido a produto similar de origem nacional. 4. Informações no documento fiscal Quando a operação ou prestação for amparada por isenção do imposto, essa circunstância deve ser mencionada no documento fiscal, indicando-se o dispositivo pertinente da legislação, vedado o destaque do imposto. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 04 GO04-05

Na operação com benefício fiscal, condicionado ao repasse no preço o valor do ICMS dispensado, o contribuinte, quando da emissão do documento fiscal, deve observar: a) tratando-se de nota fiscal eletrônica, o valor dispensado deve ser informado nos campos Desconto e Valor do ICMS de cada item, preenchendo ainda o campo Motivo da Desoneração do ICMS do item com os códigos próprios especificados no Manual de Orientação do Contribuinte ou Nota Técnica da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e); b) tratando-se de documento fiscal diverso do referido no item anterior, o valor dispensado deve ser informado em relação a cada mercadoria constante do documento fiscal, logo após a respectiva descrição, hipótese em que o valor total dispensado deve ser informado no campo Informações Complementares. (RCTE-GO/1997, art. 148, Anexo IX, art. 1º, 9º) 5. Manutenção do crédito O benefício fiscal da manutenção do crédito, quando concedido, deve constar do mesmo dispositivo do regulamento que dispuser sobre isenção. Ocorrendo operação ou prestação com isenção e havendo a manutenção do crédito, essa alcança todos os créditos regularmente apropriados, exceto os correspondentes ao Ativo Imobilizado e ao material de uso e consumo, para os quais devem ser observadas regras específicas previstas na legislação tributária. (RCTE-GO/1997, Anexo IX, art. 2º) 6. Jurisprudência Transcrevemos, a seguir, ementas de acórdãos relacionados ao tema, extraídos do site da Secretaria da Fazenda de Goiás, cuja utilização pelo contribuinte não dispensa a pesquisa do texto original publicado em Diário Oficial. 02605/11 ICMS. Obrigação tributária principal. Omissão do pagamento de ICMS, em razão da falta de estorno do crédito pela entrada de mercadoria, cujas saídas foram beneficiada com a isenção. Preliminar de exclusão do sujeito passivo Elza Aparecida de Oliveira Ferreira da lide. Acolhida. Decisão unânime. Preliminar de exclusão do sujeito passivo Romão Ribeiro Flor. Acolhida. Decisão por maioria. Procedência. Decisão por maioria. Quando o sujeito passivo não apresentar provas capazes de ilidir a pretensão fiscal, o auto de infração deverá ser julgado procedente. 00747/11 ICMS. Obrigação principal. Aquisição interestadual de bem destinado ao ativo imoblizado de estabelecimento industrial. Exigência de ICMS diferecial de alíquotas. Improcedência. Decisão unânime. I - São isentos do ICMS, relativamente à aplicação do diferencial de alíquotas na aquisição interestadual de bem, exceto veículo automotor de transporte de passageiro ou de carga e de passeio, inclusive motocicleta, destinado ao ativo imobilizado de estabelecimento industrial, exceto o gerador de energia elétrica, e agropecuário, vedada sua utilização, dentro de 24 (vinte e quatro) meses contados a partir da data de aquisição do bem, em atividades alheias à do estabelecimento, inclusive locação empréstimo, ou alienação, a qualquer título. (art. 6, XCII, Anexo IX, RCTE); II - Declara-se improcedente o auto de infração que exige ICMS diferencial de alíquotas sobre operação amparada pela isenção do tributo. 02182/11 ICMS. Obrigação tributária principal. Saídas de mercadorias sem destacar o imposto correspondente nos documentos, utilizando indevidamente de isenção ou não incidência do ICMS. Procedência parcial. Decisão por maioria. Quando o sujeito passivo apresentar provas capazes de ilidir, em parte, a pretensão fiscal, o auto de infração deverá ser julgado parcialmente procedente. 02158/11 ICMS. Obrigação Principal. ICMS. Omissão de recolhimento de ICMS. Improcedência. Decisão unânime. 1. No caso de operação interestadual realizada por atacadista com cerveja a substituição cabe ao remetente, mesmo que o imposto já tenha sido retido anteriormente, sem prejuízo do ressarcimento, junto ao estabelecimento que efetuou a primeira retenção, do valor do imposto retido em favor do Estado de destino (Protocolo ICMS 11/91, cláusula terceira); 2. O contribuinte substituído, na operação que realizar, relativamente à mercadoria recebida com imposto retido, deve emitir nota fiscal, sem destaque do imposto (Decreto nº 4.852/97, anexo VIII, art. 56), assim, a falta de destaque do imposto na operação interna de saída de cerveja não configura utilização indevida de isenção ou não incidência; 3. É improcedente o lançamento que exige o pagamento de ICMS da operação própria realizada por contribuinte substituído, ainda que o substituto tributário não tenha efetuado o pagamento do ICMS substituição tributária, situação que configura a solidariedade prevista no art. 35, do Anexo VIII, do RCTE, porém, em relação ao imposto devido por substituição tributária. 02155/11 ICMS. isenção Condicionada. Retorno não comprovado. Improcedente. Decisão unânime. A saída de bens do ativo fixo de estabelecimento agropecuário com destino a outro estabelecimento do mesmo titular, não constitui fato gerador do ICMS, portanto, é inaplicável o benefício da isenção condicionada ao retorno, por prazo determinado, nos termos do art. 6º, inciso XXXII do Decreto nº 4. 852/97. 02011/11 ICMS. Obrigação principal. Serviço de comunicação. Base de cálculo composta por todas as denominações remuneradas, inclusive a título de locação de bens móveis necessários a obtenção do serviço. Procedência. Decisão não unânime. I - Os signatários firmam entendimento no sentido de que se incluem na base de cálculo do ICMS incidente sobre prestações de serviços de comunicação os valores cobrados a título de acesso, adesão, ativação, habilitação, disponibilidade, assinatura e utilização dos serviços, bem assim aqueles relativos a serviços suplementares e facilidades adicionais que otimizem ou agilizem o processo de comunicação, independentemente da denominação que lhes seja dada (Cláusula primeira do Convênio ICMS 69/98). II - Não se comprovando que a operação de saída promovida pelo contribuinte é contemplada com o benefício da isenção e que o ICMS correspondente não foi registrado e nem apurado nos livros próprios, é correta a exigência do imposto devido com os acréscimos legais previstos. III - 04-06 GO Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 04 - Boletim IOB

Integra a base de calculo do ICMS incidente sobre o serviço de comunicação, a receita obtida na cessão ao usuário final de bens móveis necessários à obtenção do respectivo serviço, não importando a denominação que lhe seja dada. 00427/09 ICMS. Obrigação principal. ICMS sobre importação de equipamento médico-hospitalar. Descumpridas condições para Isenção do imposto: não obtenção do despacho individual concedido pelo Secretário da Fazenda, e não apresentação do Atestado de não-similariedade. Procedência. Decisão não unânime. I - Consoante o inciso LXXI do art. 6º do Anxo IX do Decreto nº 4.852/9: São isentos do ICMS, mediante despacho individual concedido pelo Secretário da Fazenda, a operação de importação do exterior, inclusive em doação, dos bens a seguir relcioandos, sem similar a IOB Setorial Estadual Informática - ICMS - Isenção do imposto nas operações com computadores adquiridos no âmbito do ProInfo O Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo) é um programa educacional criado pela Portaria MEC nº 522/1997 e regulamentado pelo Decreto nº 6.300/2007 para promover o uso pedagógico de Tecnologias de Informática e Comunicações (TIC) na rede pública de ensino fundamental e médio. O Estado de Goiás concede isenção a saída de computador portátil educacional, classificado nos códigos 8471.30.12, 8471.30.19 e 8471.30.90 da NBM/ SH, e kit completo para sua montagem, quando adquiridos no âmbito do ProInfo, em seu Projeto Especial Um Computador por Aluno (UCA), do Ministério da Educação (MEC), do Programa Um Computador por Aluno (Prouca) e Regime Especial para Aquisição de Computadores para Uso Educacional (Recompe) e do Regime Especial de Incentivo a Computadores para uso Educacional (Reicompe), ficando mantido o crédito. Vale ressaltar que, para utilização do citado benefício, os contribuintes devem observar o seguinte: a) os produtos devem ser desonerados das contribuições para o PIS-Pasep e para a Cofins; b) a aquisição deve ser realizada por meio de Pregão ou outro processo licitatório realizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE); c) o valor correspondente à isenção do ICMS deve ser transferido para o adquirente mediante redução do preço do produto que deve ser demonstrada no documento fiscal; produzidos no País, ou mesmo com similar para a entrada decorrente de doação, quando dstinados a atividade de ensino, pesquisa ou prestação de serviço médico-hospitalar, adquiridos por pessoa natural ou jurídica (Lei nº 13.194, art. 5º): a) aparelho, máquina, equipamento ou instrumento médico-hospitalar ou técnico científico nacional; II - Descumpridas as condições concorrentes e cumulativas, para possibilitar a importação de equipamento médico-hospitar com isenção do ICMS: 1. Despacho favorável do Secretário da Fazenda autorizando a importação sem ônus do ICMS; 2. Atestado de-não similariedade, com validade de 6 (seis) meses, contados da data de sua emissão, expedido pelo órgão competente (art. 3º e do anexo IX do RCTE. N d) na importação de kit completo para montagem de computador portátil educacional deve ocorrer também a desoneração do Imposto de Importação; e) o benefício aplica-se, também, na aquisição de embalagem, componente, parte e peça para montagem de computador portátil educacional no âmbito do Prouca, ainda que adquiridos de forma individual; f) o benefício é concedido por prazo determinado, com vigência até 31.12.2015, podendo ser prorrogado. Em se tratando de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), o valor dispensado deve ser informado nos campos Desconto e Valor do ICMS de cada item, preenchendo ainda o campo Motivo da Desoneração do ICMS do item com os códigos próprios especificados no Manual de Orientação do Contribuinte ou Nota Técnica da NF-e. Na hipótese de documento diverso da NF-e, o valor dispensado deve ser informado em relação a cada mercadoria constante do documento fiscal, logo após a respectiva descrição, hipótese em que o valor total dispensado deve ser informado no campo Informações Complementares. Por fim, esclarecemos que, não se verificando as condições ou requisitos que legitimaram o benefício fiscal, o imposto será considerado devido desde a data da ocorrência do fato gerador relativo à utilização do benefício, devendo ser exigido do contribuinte ou responsável com os acréscimos legais cabíveis. (RCTE-GO/1997, art. 86, Anexo IX, art. 1º, 9º, e art. 7º, LVI, 1º, XII, c ) N Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 04 GO04-07

a IOB Comenta Federal Tributos federais - Considerações sobre o processo administrativo-fiscal O processo de determinação e de exigência de créditos tributários da União, o processo de consulta sobre a aplicação da legislação tributária federal e outros processos administrativos relativos às matérias de competência da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) são regidos pelo Decreto nº 7.574/2011. Para efeito da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos empresários e das sociedades, ou da obrigação destes de exibi-los. São também passíveis de exame os documentos mantidos em arquivos magnéticos ou assemelhados, encontrados no local da verificação, que tenham relação direta ou indireta com a atividade exercida pelo sujeito passivo. A exigência do crédito tributário e a aplicação de penalidade isolada são formalizadas em autos de infração ou notificações de lançamento, distintos para cada tributo ou penalidade. Nas hipóteses de em exames posteriores, diligências ou perícias realizados no curso do processo serem verificadas incorreções, omissões ou inexatidões, de que resultem agravamento da exigência inicial, inovação ou alteração da fundamentação legal desta, será efetuado lançamento complementar por meio da lavratura de auto de infração complementar ou de emissão de notificação de lançamento complementar, específicos em relação à matéria modificada. Será concedida redução de 50% do valor da multa de lançamento de ofício ao sujeito passivo que, notificado, efetuar o pagamento ou a compensação do crédito tributário no prazo previsto para apresentar impugnação. No caso de apresentação de impugnação tempestiva, ou seja, no prazo legal, a redução será de 30%, caso o pagamento ou a compensação sejam efetuados no prazo de 30 dias, contados da data da ciência da decisão de primeira instância. Na hipótese de provimento a recurso de ofício interposto pela autoridade julgadora de 1ª instância, será aplicada a redução de 30% se o pagamento ou a compensação forem efetuados no prazo de 30 dias contados da ciência da decisão. A impugnação, formalizada por escrito, instruída com os documentos em que se fundamentar e apresentada em unidade da RFB com jurisdição sobre o domicílio tributário do sujeito passivo, bem como remetida por via postal no prazo de 30 dias, contados da data da ciência da intimação da exigência, instaura a fase litigiosa do procedimento. O julgamento de processos sobre a aplicação da legislação referente a tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, e os relativos à exigência de direitos antidumping e direitos compensatórios, compete em 1ª instância às Delegacias da Receita Federal do Brasil de Julgamento, órgãos de deliberação interna e natureza colegiada da Secretaria da Receita Federal do Brasil. A competência mencionada inclui, dentre outros, o julgamento de: a) impugnação a auto de infração e notificação de lançamento; b) manifestação de inconformidade do sujeito passivo em processos administrativos relativos a compensação, restituição e ressarcimento de tributos, inclusive créditos de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); e c) impugnação ao ato declaratório de suspensão de imunidade e de isenção. O recurso voluntário total ou parcial, que tem efeito suspensivo, poderá ser interposto contra decisão de 1ª instância contrária ao sujeito passivo no prazo de 30 dias, contados da data da ciência da decisão. Esse recurso, mesmo perempto (fora do prazo para a interposição do recurso), deverá ser encaminhado ao órgão de 2ª instância, que julgará a perempção. O julgamento de recursos de ofício e os voluntários de decisão de 1ª instância e de recursos de natureza especial compete ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Note-se que caberá recurso especial à Câmara Superior de Recursos Fiscais, no prazo de 15 dias da ciência do acórdão ao interessado, de decisão que der à lei tributária interpretação divergente da que lhe tenha dado outra câmara, turma de câmara, turma especial ou a própria Câmara Superior de Recursos Fiscais. 04-08 GO Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 04 - Boletim IOB

O Carf foi criado pela Medida Provisória nº 449/2008, a qual foi convertida na Lei nº 11.941/2009, e instalado pelo Ministro de Estado da Fazenda, nos termos da Portaria MF nº 41/2009. Por seu turno, a Portaria MF nº 256/2009 aprovou o Regimento Interno do Carf, sendo que o seu texto está disponível para consulta no site da Receita Federal, www.receita.fazenda.gov.br, em Institucional/ Regimento Interno. É importante destacar, por oportuno, que são definitivas as decisões: a) de 1ª instância, esgotado o prazo para o recurso voluntário sem que este tenha sido interposto; b) de 2ª instância, de que não caiba recurso ou, se cabível, quando decorrido o prazo sem a sua interposição; ou c) de instância especial. São também definitivas as decisões de 1ª instância na parte que não for objeto de recurso voluntário ou não estiver sujeita a recurso de ofício. Para efeito de elucidação, transcrevemos, a seguir, algumas súmulas consolidadas do Carf: Súmula CARF nº 1: Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial. Súmula CARF nº 2: O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. Súmula CARF nº 6: É legítima a lavratura de auto de infração no local em que foi constatada a infração, ainda que fora do estabelecimento do contribuinte. Súmula CARF nº 7: A ausência da indicação da data e da hora de lavratura do auto de infração não invalida o lançamento de ofício quando suprida pela data da ciência. Súmula CARF nº 11: Não se aplica a prescrição intercorrente no processo administrativo fiscal. Súmula CARF nº 16: O direito ao aproveitamento dos créditos de IPI decorrentes da aquisição de matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem utilizados na fabricação de produtos cuja saída seja com isenção ou alíquota zero, nos termos do art. 11 da Lei nº 9.779, de 1999, alcança, exclusivamente, os insumos recebidos pelo estabelecimento do contribuinte a partir de 1º de janeiro de 1999. Súmula CARF nº 17: Não cabe a exigência de multa de ofício nos lançamentos efetuados para prevenir a decadência, quando a exigibilidade estiver suspensa na forma dos incisos IV ou V do art. 151 do CTN e a suspensão do débito tenha ocorrido antes do início de qualquer procedimento de ofício a ele relativo. Súmula CARF nº 18: A aquisição de matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem tributados à alíquota zero não gera crédito de IPI. Súmula CARF nº 20: Não há direito aos créditos de IPI em relação às aquisições de insumos aplicados na fabricação de produtos classificados na TIPI como NT. Súmula CARF nº 23: A autoridade administrativa pode rever o Valor da Terra Nua mínimo (VTNm) que vier a ser questionado pelo contribuinte do imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR) relativo aos exercícios de 1994 a 1996, mediante a apresentação de laudo técnico de avaliação do imóvel, emitido por entidade de reconhecida capacidade técnica ou por profissional devidamente habilitado, que se reporte à época do fato gerador e demonstre, de forma inequívoca, a legitimidade da alteração pretendida, inclusive com a indicação das fontes pesquisadas. Súmula CARF nº 27: É valido o lançamento formalizado por Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil de jurisdição diversa da do domicílio tributário do sujeito passivo. Súmula CARF nº 31: Descabe a cobrança de multa de ofício isolada exigida sobre os valores de tributos recolhidos extemporaneamente, sem o acréscimo da multa de mora, antes do início do procedimento fiscal. Súmula CARF nº 45: O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural não incide sobre áreas alagadas para fins de constituição de reservatório de usinas hidroelétricas. Súmula CARF nº 46: O lançamento de ofício pode ser realizado sem prévia intimação ao sujeito passivo, nos casos em que o Fisco dispuser de elementos suficientes à constituição do crédito tributário. Súmula CARF nº 47: Cabível a imputação da multa de ofício à sucessora, por infração cometida pela sucedida, quando provado que as sociedades estavam sob controle comum ou pertenciam ao mesmo grupo econômico. Súmula CARF nº 48: A suspensão da exigibilidade do crédito tributário por força de medida judicial não impede a lavratura de auto de infração. Súmula CARF nº 49: A denúncia espontânea (art. 138 do Código Tributário Nacional) não alcança a penalidade decorrente do atraso na entrega de declaração. Súmula CARF nº 50: É cabível a exigência de multa de ofício se a decisão judicial que suspendia a exigibilidade do crédito tributário perdeu os efeitos antes da lavratura do auto de infração. Súmula CARF nº 51: As multas previstas no Código de Defesa do Consumidor não se aplicam às relações de natureza tributária. Súmula CARF nº 70: É imune ao ITR o imóvel pertencente às entidades indicadas no artigo 150, VI, c, da Constituição, que se encontra arrendado, desde que a receita assim obtida seja aplicada nas atividades essenciais da entidade. Súmula CARF nº 72: Caracterizada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação, a contagem do prazo decadencial rege-se pelo art. 173, inciso I, do CTN. (Medida Provisória nº 449/2008; Lei nº 11.941/2009; Decreto nº 7.574/2011, arts. 1º, 17, 18, 38, 41, 52, 56, 61, 73, 74, 75, 79 e 80; Portaria MF nº 41/2009; Portaria MF nº 256/2009) N Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 04 GO04-09

a IOB Perguntas e Respostas IPI Ativo Imobilizado - Importação de mercadoria 1) Na importação de mercadoria destinada ao Ativo Imobilizado, deve ser recolhido o IPI? Na operação de importação de mercadorias, em geral, ocorre o fato gerador do IPI, o qual é devido ainda que a importação seja relativa a bem destinado à incorporação ao Ativo Imobilizado do importador. (RIPI/2010, art. 35, I) Certidão negativa - Prazo de validade 2) Qual é o prazo de validade da certidão negativa de débitos de tributos e contribuições federais? O prazo de validade dessas certidões é de 180 dias contados da data de sua emissão. (Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 3/2007, art. 12) Classificação fiscal 3) Como são classificados os produtos na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI)? Os produtos estão distribuídos na TIPI por seções, capítulos, subcapítulos, posições, subposições, itens e subitens. Far-se-á a classificação em conformidade com as Regras Gerais para Interpretação (RGI), Regras Gerais Complementares (RGC) e Notas Complementares (NC), todas da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) e integrantes do seu texto. As Notas Explicativas do Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias (NESH), do Conselho de Cooperação Aduaneira na versão luso-brasileira, efetuada pelo Grupo Binacional Brasil/Portugal, e suas alterações aprovadas pela Secretaria da Receita Federal, constituem elementos subsidiários de caráter fundamental para a correta interpretação do conteúdo das posições e subposições, bem assim das notas de seção, capítulo, posições e de subposições da Nomenclatura do Sistema Harmonizado. (RIPI/2010, arts. 15, 16 e 17; TIPI - Decreto nº 7.660/2011) ICMS/GO Crédito presumido - Consignação da opção 4) Qual é a providência que deverá ser tomada pelo contribuinte quando houver a opção pelo crédito presumido do ICMS em Goiás? A opção pela utilização do crédito presumido, feita pelo contribuinte, deve ser consignada no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências e ser praticada no exercício civil completo, exceto quando a legislação determinar de forma diferente ou a opção ocorrer em exercício corrente, devendo a mesma, neste último caso, alcançar, no mínimo, o dia 31 de dezembro. (RCTE-GO/1997, art. 63, 1º) Exportação - Equiparação - Remessa de mercadoria com fim específico de exportação 5) A remessa de mercadoria, com o fim específico de exportação, pode ser equiparada à saída para o exterior para fins de não incidência do ICMS? Sim. Equipara-se à saída para o exterior, incluída a prestação de serviço de transporte vinculada a essa operação, a remessa de mercadoria com o fim específico de exportação, quando destinada a: a) empresa comercial exportadora, inclusive tradings ou outro estabelecimento da mesma empresa; b) armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro. (RCTE-GO/1997, art. 79, 1º) Pagamento do imposto - Vencimento em dia não útil 6) Quando deverá ser recolhido o ICMS se o vencimento não ocorrer em dia útil? Quando o prazo para pagamento do imposto vencer em dia em que não houver expediente normal, fica prorrogado para o 1º dia útil subsequente ao do vencimento. (RCTE-GO/1997, art. 75, 3º) 04-10 GO Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 04 - Boletim IOB