O que é a VIDA? Até então, identificamos onde está, mas não sabemos o que é. Problemas na identificação do inicio da vida e final da vida.

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HISTÓRIA DA MEDICINA OCIDENTAL - SÉC. XVII Anatomia: medicina bio-médica Visão analítica-mecanicista do corpo Célula: Microscópio: Células Corpo Humano - mais conhecido MEDICINA: SÉCULO XX DNA - base científica - Medicina Molecular/Genética Evolução tecnológica: Medições Estetoscópio; Esfignomanômetro;... Mecânica, Elétrica e Eletrônica na Medicina Radiologia Cirurgia Anestesia UTIs VIDA-MORTE O que é a VIDA? Até então, identificamos onde está, mas não sabemos o que é. Problemas na identificação do inicio da vida e final da vida. TECNOLOGIAS E DETECÇÃO DA VIDA FASES DA VIDA NASCIMENTO... MORTE Fase do Crescimento-desenvolvimento; Fase de reprodutiva; Fase da Senescência ou Senilidade;

TEMPO DE VIDA: somos finitos Tempo Máximo de Vida das Espécies (em anos) Homem...122 Cão (Canis familiaris)...34 Gato (Felis catus)...28 Camundongo (Mus musculus)...3,5 ENVELHECIMENTO Processo biológico complexo e contínuo que se caracteriza por alterações celulares e moleculares, com diminuição progressiva da capacidade de homeostase até a morte celular. TEORIA DO ENVELHECIMENTO: SENESCÊNCIA CELULAR

PERDA DA HOMEOSTASE Composição corporal Estado nutricional Metabolismo Hidro-eletrolítico Imunologia Termo-regulação Sensorial Estruturas da voz/motricidade Pele -anexos Sistema endócrino Cardiovascular Respiratório Gênito-urinário Osteo-muscular Sistema nervoso Morte mecanismos fisiológicos Parada cardíaca Parada respiratória Parada encefálica Parada circulatória Parada cardíaca secundária Hipoxemia celular Interrompe impulso respiratório

MITOCONDRIA Oxigênio- o grande salto (pulinhos de eletrons) da evolução!! O metabolismo anaeróbico da glicose produz apenas 47 Kcal de energia por mole de glicose, enquanto que o metabolismo aeróbico gera 673 Kcal por mole de glicose. 1950 Bjorn Ibsen Dinamarca Inventou o respirador artificial. Até 1950 Morte era claramente delineada por permanente parada dos batimentos cardíacos e da respiração, dando a diferença entre estar vivo e perder a vida. 1959 Mollaret e Goulon médicos franceses: Primeiros a descrever a morte encefalica Suportes de tecnologias: uti Interrupção as seqüência fisiológicas de varias formas: Suporte respiratório ventilação mecânica Suporte hemodinâmico drogas inotrópicas e vasoativas Suporte metabólico endovenoso e digestivo - para rins, fígado, pâncreas, supra-renal, imunológico, sanguíneo, hormonal. Suportes mais avançados

Circulação extracorpórea oxigenação por membrana e corações artificiais. Sempre com o objetivo de manter as funções vitais preservadas para dar tempo ao tratamento (clinico/cirúrgico) e transplante de órgãos. Assim, PARADA COMPLETA DO CORAÇÃO E RESPIRAÇÃO NÃO É MORTE, DESDE QUE SEJAM MANTIDOS O ESTADO CIRCULATORIO DE OXIGENAÇÃO.(ATÉ EX, TRANSPLANTE) 1967- Primeiro transplante cardiaco humano 1968: Guideline do Comite da Escola Médica de Harvard Critérios de Harvard para morte encefálica por Henry Beecker anestesia e bioética. Ele escreveu que a doação de órgão de quem era inconsciente permanente seria benéfico. MORTE: MUDANÇA DE PARÂMETROS Perda gradual da capacidade da integração somática de todo o corpo por cessação das funções biológicas e vitais, controladas pelo tronco cerebral: Respiração Circulação ENCÉFALO Único órgão que não pode ser mantido através de tecnologias ou pode ser substituído por transplante. O atendimento em UTI não substitui nenhuma função cerebral por tecnologias CRITÉRIOS DE MORTE ENCEFÁLICA GOLD STANDART PELA A.A.N

1. Demonstração de COMA profundo e irreversível 2. Evidencias para a causa do coma 3. Ausência de fatores de confusão incluindo: hipotermia (abaixo 32C), hipotensão não controlada,drogas, distúrbio eletrolítico, distúrbios endócrinos. 4. Ausência de todos os reflexos do tronco encefálico 5. Apnéia 6. Ausência de resposta motora 7. Repetir o exame em 6hs variável 8. Testes confirmatórios - variável Com a Morte Encefálica (ME) alguns questionamento estão surgindo: O comando da homeostase não é do S.N.C, ou seja, a ME não desfaz a unidade integrativa somática e a função de coordenação biologica do organismo vivo Exemplo- gestante em ME. As tecnologias não são capazes de identificar o momento preciso da morte. A morte baseada em critérios encefálicos exclui aspectos relevantes antropológicos, psicológicos, culturais, religiosos. Atualmente, com todos os avanços científico-tecnológicos nos questionamos sobre alguns aspectos da morte. A maioria das pessoas não morrerão em M.E. Continuaremos morrendo de P.C.R? A medicina hoje tem começado a se preocupar com a Morte e maior dignidade para com ela. O homem sapiens necessita entender que é finito como todo o resto e conviver com sua finitude, mesmo se entendendo espírito imortal, pois: MORRER É DIFERENTE DE DESENCARNAR! MORRER É UM PROCESSO DO HOMEM (SAPIENS) DESENCARNAR É UM PROCESSO DO ESPÍRITO.