PAUTA REIVINDICATÓRIA DOS AUDITORES-FISCAIS DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL Aprovada na Assembleia Nacional de 27 de março de 2014 (com alterações aprovadas nas Assembleias Nacionais de 23 de abril e 4 de junho de 2014) Eixo Principal da Pauta Reivindicatória para a Campanha Salarial de 2014/2015 1) Abertura imediata de negociação visando à implementação de reajuste salarial. 2) Campanha Salarial de 2014/2015 - Pauta Salarial: Implementação de Tabela Remuneratória composta de seis padrões, com reajuste salarial e uma diferença de 4,5% entre eles; Fim da contribuição previdenciária sobre proventos de aposentadoria e pensões (PEC 555); Implementação do Bônus Vinculado à Eficiência Institucional, destinado aos Auditores-Fiscais da RFB ativos, aposentados e a seus pensionistas; Antecipação do reajuste previsto para janeiro de 2015; Reversão imediata do corte de ponto das greves de 2003 e 2008; Regulamentação imediata da Lei nº 12.855, de 2 de setembro de 2013, que instituiu a indenização devida, dentre outras carreiras, aos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil, em exercício nas unidades situadas em localidades estratégicas vinculadas à prevenção, controle, fiscalização e repressão dos delitos transfronteiriços; Implementação de uma distribuição mais justa e equânime dos Auditores- Fiscais na Tabela Remuneratória; 2.1) Outras Reivindicações da pauta salarial: Fixação de data-base para revisão anual de vencimentos através de uma Lei de Revisão Geral Anual, conforme previsão contida no inciso X do art. 37 da Constituição Federal, na redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998. Esta luta deverá ser desenvolvida com o conjunto dos servidores públicos federais; Reajuste dos valores das diárias, da parcela paga a título de assistência à saúde suplementar, da indenização de transporte, do auxílio-creche e valealimentação; Envio ao Congresso de PL disciplinando o exercício do Mandato Classista;
Garantia da contagem especial do tempo de serviço, com o pleno cumprimento das decisões favoráveis do STF nos Mandados de Injunção; Criação da indenização de periculosidade e insalubridade; Garantia de abono anual de 5 dias no ponto, a exemplo de outras categorias e poderes de serviço público; Substituição da licença-capacitação com o retorno da Licença-Prêmio; Indenização de transporte nos moldes em que é paga aos Agentes Fiscais de Renda do Estado de São Paulo (*). 3) Pauta Funcional e Administrativa: Envio ao Congresso Nacional do Projeto da Lei Orgânica do Fisco; Revogação do "lixo normativo" que afronta a autonomia e a independência do Auditor-Fiscal, incluindo os Atos Administrativos nº 121, 122, 123 e 124, editados pela Superintendência da 2ª Região Fiscal. (*); Garantia aos Auditores-Fiscais da RFB do direito ao uso particular de arma de fogo para defesa pessoal; Revogação do Decreto nº 7.777/2012 que permite a substituição de servidores públicos federais em greve por equivalentes estaduais ou municipais mediante convênio (*). 3.1) Outras Reivindicações da pauta funcional e administrativa: Revogação da Portaria RFB nº 631, de 20 de maio de 2013 (trata da dispensa de ponto para participação em eventos promovidos pelo Sindicato), que vem dificultando a participação dos Auditores-Fiscais em seminários, Conaf, CDS, plenárias e demais eventos promovidos pelo Sindicato; Resgate dos recursos do FUNDAF, arrecadados a partir das atividades desenvolvidas pelos Auditores-Fiscais da RFB, para aplicação exclusiva na atividade fiscal; Garantia de realização de exames periódicos para proteção de saúde e prevenção de doenças, inclusive ocupacionais, às expensas da União; Qualificação e capacitação técnica; Defesa da integralidade da Aduana contra a sua segmentação (*). 4) Pauta Parlamentar: Garantia Constitucional para que os Auditores-Fiscais sejam alçados ao patamar de 90,25% do subsídio do Ministro do STF (PEC 443/2009, PEC 147/2012 e PEC 186/2007); Previsão constitucional de uma Lei Orgânica do Fisco (PEC 186/2007);
Revogação da participação dos Auditores-Fiscais na Funpresp, restabelecendo o Regime Próprio dos Servidores Públicos Federais para os Auditores-Fiscais que ingressaram pós-fevereiro/13(*); Alteração da Lei 11.890/2008, para revogação do inciso IX do art. 2º C, que trata do Adicional pelo Exercício de Atividades Insalubres, Perigosas ou Penosas (direito à aposentadoria integral aos servidores aposentados por invalidez permanente). (*) Inclusão da Classe em qualquer das PEC que atualmente tramitam no Congresso Nacional, cujo objeto é o restabelecimento do adicional por tempo de serviço (**). 4.1) Outras Reivindicações da Pauta Parlamentar: Restabelecimento da paridade às pensões sobre os proventos dos servidores aposentados ou com direito à aposentadoria por ocasião da edição da EC 41/2003 (PEC 36/2008); Restabelecimento do adicional por tempo de serviço para ativos e aposentados (PEC 21/2008 e 210/2007); Concessão do direito à aposentadoria integral aos servidores aposentados por invalidez permanente (PEC 270/2008 e 170/2012); Aperfeiçoamento dos projetos de lei, enviados ao Congresso Nacional pelo Poder Executivo, que tratam da aposentadoria especial; Rejeição do Projeto de Lei Complementar (PLP 549/09), que inviabiliza futuros reajustes de servidores públicos; PEC 271/2013, que trata da isonomia das verbas indenizatórias; Inclusão dos Auditores-Fiscais na PEC 443/09 ou pela aprovação das PEC 147/12 e 271/2013 (exclusiva dos Auditores-Fiscais Tributários e do Trabalho) bem como em favor da aprovação da PEC 555/2006 (*). (*) Acrescentado pela Assembleia Nacional de 23 de abril de 2014 (**) Acrescentado pela Assembleia Nacional do dia 4 de junho de 2014
Auditor-Fiscal TABELA REMUNERATÓRIA Remuneração Tabela de Transposição CLASSE PADRÃO Remuneração Jan/14 PADRÃO CLASSE Remuneração Janeiro/14 (b) Reajuste (%) Reajuste (R$) ESPECIAL B A IV 21.403,88 24,23 5.185,80 II 26.589,68 III 20.809,23 27,78 5.780,45 E II 20.441,29 24,48 5.003,38 I 25.444,67 I 20.079,85 26,72 5.364,82 IV 19.307,55 26,11 5.041,42 II 24.348,97 III 18.928,97 28,63 5.420,00 B II 18.557,82 25,56 4.742,63 I 23.300,45 I 18.193,94 28,07 5.106,51 V 17.494,17 27,45 4.802,91 IV 17.151,15 II 22.297,08 30,00 5.145,93 III 16.814,85 A 32,60 5.482,23 II 16.485,15 29,43 4.851,77 I 21.336,92 I 14.965,44 42,57 6.371,48 Subsídio Ministro STF a partir de 1º/01/2014 = R$ 29.462,25 (90,25% do Subsídio do Ministro do STF = R$ 26.589,68).
PROJETO DE LEI Nº, DE DE DE 2013. Institui o Bônus Vinculado à Eficiência Institucional da Secretaria da Receita Federal do Brasil, altera o Decreto-Lei nº 1.437, de 17 de dezembro de 1975, que institui, no Ministério da Fazenda, o Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização - FUNDAF; e a Lei nº 10.910, de 15 de julho de 2004, que reestrutura a remuneração dos cargos das carreiras de Auditoria da Secretaria da Receita Federal do Brasil. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º Fica instituído o Bônus Vinculado à Eficiência Institucional da Secretaria da Receita Federal do Brasil destinado aos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil ativos, aposentados e a seus pensionistas. Art. 2º O direito ao recebimento do Bônus Vinculado à Eficiência Institucional será estabelecido com base no Índice de Eficiência Institucional, apurado trimestralmente, e formado pelos seguintes Indicadores Estratégicos da Secretaria da Receita Federal do Brasil: I - índice de realização da meta global de arrecadação; II - índice de redução do valor de estoques de compensação pendentes; III - indicador global de fiscalização; IV - grau de fluidez do despacho de importação; V - tempo médio bruto no despacho aduaneiro de exportação; VI - tempo médio de espera de serviços atendidos; e VII indicador de produtividade das Delegacias da Receita Federal do Brasil de Julgamento (Coeficiente de Horas Trabalhadas CHT). Parágrafo único. Eventuais renúncias fiscais estabelecidas por medidas legais e concedidas após a aprovação da Lei de Orçamento Anual serão excepcionadas no cálculo do Índice de Realização da Meta Global de Arrecadação. Art. 3º O Índice de Eficiência Institucional será calculado a partir do somatório dos resultados obtidos pelos Indicadores Estratégicos relacionados no artigo anterior, ponderados na seguinte proporção: I - índice de realização da meta global de arrecadação - 30% (trinta por cento); II - índice de redução do valor de estoques de compensação pendentes - 7,5% (sete inteiros e cinco décimos por cento); III - indicador global de fiscalização - 25% (vinte e cinco por cento); IV - grau de fluidez do despacho de importação - 10% (dez por cento); V - tempo médio bruto no despacho aduaneiro de exportação - 10% (dez por cento);
VI - tempo médio de espera de serviços atendidos, conforme estabelecido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil - 10% (dez por cento); VII - indicador de produtividade das Delegacias da Receita Federal do Brasil de Julgamento (Coeficiente de Horas Trabalhadas CHT) - 7,5% (sete inteiros e cinco décimos por cento). Art. 4º O direito ao recebimento do Bônus Vinculado à Eficiência Institucional ocorrerá a partir do alcance do Índice de Eficiência Institucional mínimo de 75% (setenta e cinco por cento). Parágrafo Único. O valor do Bônus Vinculado à Eficiência Institucional será: I - calculado utilizando-se o mesmo percentual apurado para o Índice de Eficiência Institucional, limitado a 100% (cem por cento); II - calculado a cada trimestre, tendo como base de cálculo 45% (quarenta e cinco por cento) do maior subsídio do respectivo cargo; e III - pago igualmente aos servidores ativos, aposentados e aos seus pensionistas, no trimestre subsequente ao da avaliação institucional. Art. 5º Para o pagamento do Bônus Vinculado à Eficiência Institucional serão destinados 25% (vinte e cinco por cento) do total dos recursos arrecadados e alocados no Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização - FUNDAF, instituído pelo Decreto-Lei nº 1.437, de 17 de dezembro de 1975, referentes: I - aos valores provenientes do fornecimento de selos de controle a que se refere o art. 3º do Decreto-lei n 1.437, de 1975; II - à retribuição pelos serviços relativos às contribuições devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos, na forma da legislação em vigor, de que trata o 1º do art. 3º da Lei nº 11.457, de 16 de março de 2007; III - ao produto da arrecadação dos ressarcimentos a que se refere o art. 22 do Decretolei n 1.455, de 7 de abril de 1976; IV - ao produto das alienações a que se refere o 1 do art. 29 do Decreto-lei n 1.455, de 7 de abril de 1976, com a redação que lhe foi dada pelo art. 1 do Decreto-lei n 2.411, de 21 de janeiro de 1988; V - ao produto da arrecadação de multas a que se referem o art. 4 da Lei n 7.711, de 22 de dezembro de 1988, e o art. 69 da Lei n 8.383, de 30 de dezembro de 1991; VI - ao produto da arrecadação de juros de mora a que se refere o art. 85 da Lei n 8.981, de 20 de janeiro de 1995; VII - ao produto da arrecadação da Taxa de Utilização do Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX, administrada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, a que se refere o art. 3º, da Lei nº 9.716, de 26 de novembro de 1998; VIII - a outras receitas que lhe forem atribuídas por lei. Art. 6º Havendo redução na despesa anual de custeio na Secretaria da Receita Federal do Brasil, comparativamente ao ano imediatamente anterior ao da apuração dos Bônus Vinculados à Eficiência Institucional, estes serão majorados em 10% (dez por cento). Parágrafo único. A diferença apurada em razão do disposto no caput será limitada a 50% (cinquenta por cento) da redução da Despesa de Custeio e paga no mês de abril do ano seguinte. Art. 7º O parágrafo único do art. 6º do Decreto-lei nº 1.437, de 17 de dezembro de 1975, passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 6º...
redação: Parágrafo único....... c) Bônus Vinculado à Eficiência Institucional instituído pela Lei nº nn de dd de aaaa. (NR) Art. 7º A Lei nº 10.910, de 15 de julho de 2004, passa a vigorar com a seguinte Art. 2º-E...... VI - o Bônus Vinculado à Eficiência Institucional, na forma estabelecida em lei específica. (NR) Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, de de 2013; 192º da Independência e 125º da República. DILMA ROUSSEFF