Normas de Prevenção e Controlo do Consumo Excessivo de Álcool. Aprovado pela Câmara Municipal na reunião de 03 de Dezembro de 2014

Documentos relacionados
Programa Gulbenkian de Língua e Cultura Portuguesas REGULAMENTO DO CONCURSO DE APOIO A CONGRESSOS NOS DOMÍNIOS DA LÍNGUA E DA CULTURA PORTUGUESAS

ARGANIL INVESTE MAIS REGULAMENTO DE APOIO A INICIATIVAS ECONÓMICAS DE INTERESSE MUNICIPAL. Nota Justificativa

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ENSINO BÁSICO

Regulamento das provas especialmente adequadas destinadas a avaliar a capacidade para a frequência do Curso de Licenciatura em Enfermagem da ESEL dos

Adotada Total / Parcial. Fundamento da não adoção. Recomendação. Não adotada. 1. Princípios Gerais

Despacho n.º /2015. Regulamento Académico dos Cursos de Pós-Graduação não Conferentes de Grau Académico do Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria)

REGULAMENTO DO SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA PARA A ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR

FREGUESIA DE QUIAIOS NIPC

BASQUETEBOL.

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE -NDE. Procedimentos para o Trabalho de Conclusão de Curso

ENQUADRAMENTO DO VOLUNTARIADO NA UNIVERSIDADE DE AVEIRO

3. Condições de ingresso

REGIMENTO DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE VILA FLOR

Regulamento Municipal de Remoção e Recolha de Veículos

EM QUE CONSISTE? QUAL A LEGISLAÇÃO APLICÁVEL?

REGULAMENTO DO AUTOCARRO E CARRINHA

REGULAMENTO INTERNO DA COMISSÃO DE PROTEÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS DE FRONTEIRA

Edital 97/95 Regulamento Geral dos Parques de Estacionamento Municipais. (Versão em vigor, com as alterações efectuadas pelo Edital n.

Regulamento Interno Férias Desportivas Verão 15

ÁGUAS DO CENTRO ALENTEJO, S.A. PROGRAMA DE PROCEDIMENTO

EMISSOR: Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social

TÍTULO DA APRESENTAÇÃO O ABSENTISMO LABORAL. AEP Associação Empresarial de Portugal

Concurso de fotografia Somos todos peões REGULAMENTO 1. ENQUADRAMENTO

Cursos Profissionais - nível Curso Técnico de Turismo Ambiental e Rural

ESTATUTOS DA FUNDAÇÃO DOS LIONS DE PORTUGAL (Despacho da Presidência Conselho de Ministros de )

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

SUPERVISÃO Supervisão Comportamental

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS REGULAMENTO DO PROGRAMA BOLSA DE COMPLEMENTAÇÃO EDUCACIONAL CAPÍTULO I NATUREZA E FINALIDADE

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE REAL REGULAMENTO OFERTAS EDUCATIVAS ALTERNATIVAS AO ENSINO REGULAR ANEXO II

POLÍTICA DE PREVENÇÃO E GESTÃO DE CONFLITOS DE INTERESSE DO BANCO ESPIRITO SANTO NO ÂMBITO DAS ACTIVIDADES DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA

Orçamento Participativo de Vila Nova de Cerveira

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECOLÓGICA DA BAHIA COORDENAÇÃO TÉCNICA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

SUPERVISÃO Supervisão Comportamental

1º Concurso de Bandas de Garagem da Associação de Estudantes da Escola Superior Agrária de Viseu

CPCJ P E N A C O V A C O M I S S Ã O D E P R O T E C Ç Ã O D E C R I A N Ç A S E J O V E N S REGULAMENTO INTERNO

MANUAL DE PROCEDIMENTO V.WEISS & CIA LTDA PROCEDIMENTO PADRÃO PARA VIAGEM A SERVIÇO ATUALIZADO: JULHO/2015 V.WEISS & CIA LTDA

O Processo de Recrutamento e Selecção de Pessoal.

Minuta de Instrução Normativa

I - Disposições gerais. Artigo 1.º

EMBAIXADA DO BRASIL EM DUBLIN EDITAL Nº 01/2015

REGULAMENTO DAS SOCIEDADES PROFISSIONAIS DE CONTABILISTAS CERTIFICADOS E SOCIEDADES DE CONTABILIDADE

ESTATUTO DO PROVEDOR DO CLIENTE

ACADEMIA DE INSTRUÇÃO E RECREIO FAMILIAR ALMADENSE

INSTITUTO POLITÉCNICO DE COIMBRA INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO (ISCA)

I DA INSCRIÇÃO Serão aceitas inscrição de médicos ou formandos de quaisquer escolas médicas reconhecidas.

O Novo Regime Jurídico do Ensino da Condução

CALHETA D ESPERANÇAS

MANUAL DO CONDUTOR SERVIÇO DE GESTÃO DE FROTAS. anos. anos

REGULAMENTO DA ORGANIZAÇÃO E CONCESSÃO TRANSPORTES ESCOLARES NOTA JUSTIFICATIVA

Dispõe sobre a regulamentação do uso obrigatório do simulador de direção veicular.

Principais medidas decorrentes do Decreto-Lei 197/2012, de 24 de Agosto:

INSTITUTO DA HABITAÇÃO E DA REABILITAÇÃO URBANA, IP

Programa Incentivo Normas de execução financeira. 1. Âmbito do financiamento

DATA : Quarta-feira, 29 de Novembro de 1995 NÚMERO : 276/95 SÉRIE I-A. EMISSOR : Ministério do Emprego e da Segurança Social

EXPOSERRA REGULAMENTO Município de Gouveia

Auditoria de Meio Ambiente da SAE/DS sobre CCSA

REGIMENTO INTERNO RECOMENDADO PARA O ROTARY CLUB

REGULAMENTO DE USO E GESTÃO DE VEÍCULOS DA DIREÇÃO-GERAL DE RECURSOS NATURAIS, SEGURANÇA E SERVIÇOS MARÍTIMOS

Conselho Local de Ação Social de Figueira de Castelo Rodrigo

EDITAL PARA SELEÇÃO DE ESTUDANTES MONITORES PARA O CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO

REGULAMENTO DO CONCURSO DE BOLSAS SANTANDER UNIVERSIDADES/ UNIVERSIDADE DE COIMBRA 2016

GUIA PRÁTICO MEDIDAS ESPECÍFICAS E TRANSITÓRIAS DE APOIO E ESTÍMULO AO EMPREGO

Universidade Federal do Rio Grande FURG Pró-Reitoria de Graduação Secretária Geral de Educação a Distância

ORIENTAÇÃO DE GESTÃO N.º 01.REV2/POFC/2013

Demonstração do Ativo Líquido por Plano de Benefícios - TVA

REGULAMENTO DE ATRIBUIÇÃO DE BENEFÍCIOS AOS MEMBROS DA ORDEM DOS ENFERMEIROS,

SUBSISTEMA DE INFORMAÇÃO DE PESSOAL (SIP) INTRODUÇÃO

REGULAMENTO ELEITORAL. Artigo 1.º (Objecto)

Confira a autenticidade no endereço

REGULAMENTO. Campanha Pré-Compra do Galaxy S7 edge S7. 1. Definições

Resumo do Regulamento de Utilização do Cartão Business Travel Bradesco

Prémio Hire.me app. Campanha nacional eskills for Jobs Regulamento

EDITAL N 043/2013 SELEÇÃO DE COORDENADOR ADMINISTRATIVO FINANCEIRO DO PROGRAMA TOPA

PROGRAMA ACOMPANHAMENTO. Jardins de Infância da Rede Privada Instituições Particulares de Solidariedade Social RELATÓRIO DO JARDIM DE INFÂNCIA

EDITAL Nº 48/2011. Para inscrever-se nesse curso o candidato deve ter concluído o ensino médio até julho de 2011.

AVISO N.º 5/2015 ESTÁGIOS PEPAL, 5.ª EDIÇÃO

Dos Serviços de Obras, Arquitetura, Engenharia e Tecnologia, Sanitária.

Prémio Cooperação e Solidariedade António Sérgio Formulário de candidatura Boas Práticas

Guia Sudoe - Para a elaboração e gestão de projetos Versão Portuguesa Ficha 7.0 Auxílio estatal

Tunísia Atualizado em:

REGULAMENTO VI GINCANA ESTADUAL DE ECONOMIA RIO DE JANEIRO

Parecer Jurídico Recibos Verdes e Progressão na Carreira no Ensino Particular e Cooperativo

Guia de Utilização para Beneficiários do Plano de Assistência e Saúde PAS, com cobertura adicional da CAMED

REGIMENTO ESPECÍFICO BASQUETEBOL. Câmara Municipal de Lisboa e Juntas de Freguesia Olisipíadas 2ª edição

REGIMENTO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU: ESPECIALIZAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIAS Educar pela Pesquisa CAPÍTULO 1 DA ORGANIZAÇÃO GERAL

DECRETO N.º 238/XII. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.

PARECER SETOR FISCAL Nº 35/2015. Assunto: Parecer Técnico sobre coleta de sangue arterial para fim de realização de gasometria arterial.

CONVENÇÃO INTERNACIONAL PARA PROTEÇÃO AOS ARTISTAS INTÉRPRETES OU EXECUTANTES, AOS PRODUTORES DE FONOGRAMAS E AOS ORGANISMOS DE RADIODIFUSÃO

Transcrição:

Normas de Prevenção e Controlo do Consumo Excessivo de Álcool Aprovado pela Câmara Municipal na reunião de 03 de Dezembro de 2014 Entrada em Vigor 20 de Março de 2015

Normas de Prevenção e Controlo do Consumo Excessivo de Álcool Capítulo I Âmbito e Objeto Artigo 1.º Legislação habilitante As normas de prevenção e controlo do consumo excessivo de álcool têm como fundamento legal o disposto no artº 35º nº 2 alínea a) e artº 33º nº 1 alínea k) da Lei 75/2013 de 12 de Setembro, o disposto no Decreto Lei nº 50/2013 de 16 de Abril e na portaria 390/2002 de 11 de Abril, o disposto na Lei 59/2008 e bem assim o disposto na Lei 58/2008 de 9 de Setembro. Artigo 2.º Objeto As normas visam sensibilizar, prevenir e controlar o consumo excessivo de álcool, por parte dos trabalhadores do Município de Coruche cujas categorias profissionais ou tarefas desenvolvidas exigem elevada perícia ou envolvam riscos consideráveis para os próprios ou para terceiros. Artigo 3.º Âmbito As normas aplicam-se aos motoristas, condutores de máquinas e veículos especiais, bombeiros, eletricistas, carpinteiros, serralheiros e operários afetos aos serviços de asfaltamento, recolha de lixo, zonas verdes e serviços urbanos, bem como aos trabalhadores afetos ao Serviço de Arquivo, Serviço de Reprografia e Serviço de Informática, qualquer que seja a natureza do seu vínculo.

Artigo 4.º Definições Para efeitos do presente diploma considera-se: a) Local de Trabalho todo o lugar em que o trabalhador se encontra, ou de onde ou para onde deve dirigir-se em virtude do seu trabalho, incluindo refeitórios, bares, cafetarias e outros locais similares e que esteja, direta ou indiretamente, sujeito ao controlo do Município. b) Pessoal afeto ao serviço de asfaltamento todos os operários que efetuem conservação de estradas com betuminoso. c) Pessoal afeto ao serviço de recolha de lixo todos os operários que circulem nas viaturas de recolha de lixo ou vassouras mecânicas ou procedam à lavagem de contentores. d) Pessoal afeto ao serviço de zonas verdes todos os operários que procedam ao corte de árvores, corte de relvas e podas, e) Pessoal afeto aos serviços urbanos todos os operários que utilizem equipamentos como martelos pneumáticos, rebarbadoras ou equivalentes. f) Trabalhadores afetos ao Serviço de Arquivo todos os trabalhadores que desempenham funções que incluam subida e descida de escadas nos Arquivos dos Paços do Concelho, Rossio ou Zona Industrial afetos ao Departamento de Administração, Finanças e Desenvolvimento Estratégico e Social. g) Trabalhadores Afetos ao Serviço de Reprografia todos os trabalhadores que desempenham funções da Reprografia, que incluam o manuseamento de guilhotina de corte de papel, afetos ao Departamento de Administração, Finanças e Desenvolvimento Estratégico e Social. h) Trabalhadores Afetos ao Serviço de Informática todos os trabalhadores que desempenham funções no Serviço de Informática do Departamento de Administração, Finanças e Desenvolvimento Estratégico e Social e que são responsáveis pela manutenção de informação relevante do município que se encontra em suporte informático.

Artigo 5.º Fases de implementação 1- As normas serão implementadas em 2 fases sequenciais: a) Fase de sensibilização Terá a duração de um mês, com início na data da entrada em vigor do presente regulamento. b) Fase de execução Terá início imediatamente após o termo da primeira fase. 2) Na fase de sensibilização serão aplicadas todas as disposições das presentes normas, não havendo quaisquer penalizações. 3) Na fase de execução serão aplicadas todas as disposições das presentes normas. Capítulo II Procedimento de realização do teste Artigo 6.º Forma e local de realização do teste 1- O controlo do consumo do álcool é efetuado através da realização do teste de alcoolemia, com aparelhos de medição de teor alcoólico do ar expirado, de modelos devidamente homologados, vulgarmente designados por balão. 2- Os testes serão realizados quatro vezes por mês nos locais de trabalho, por um Técnico de Saúde da empresa de Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho, na medida estritamente necessária e por meios que observem a reserva, intimidade e privacidade dos visados, em defesa do seu direito à integridade moral e física. Artigo 7.º Seleção de Trabalhadores 1- A seleção dos trabalhadores a submeter aos testes de alcoolemia será feita por sorteio. 2- Cada sorteio designará 5 trabalhadores efetivos e 2 suplentes devendo estes apenas ser chamados no caso de falta dos primeiros. 3- Os sorteios serão feitos semanalmente, pela empresa de Higiene Segurança e Saúde, em local e hora a determinar pelo Presidente da Câmara, na presença obrigatória de um representante do município.

4- O representante do município será designado por acordo entre o Presidente da Câmara e os representantes dos trabalhadores. 5- Na impossibilidade de acordo será designado como representante do município o funcionário determinado pelo Presidente da Câmara. 6- Será sempre designado um substituto para o representante do município, seguindo as formalidades previstas no presente artigo. 7- O representante dos trabalhadores será designado por eleição direta ou a promover pelo Serviço de Recursos Humanos após despacho do Vereador Com Competência na Área de Pessoal, e do resultado da mesma será dado conhecimento às estruturas sindicais. Artigo 8.º Exceções 1- Podem ainda ser submetidos ao teste de alcoolemia, todos os trabalhadores previstos no artigo 3º que apresentarem indícios sérios de embriaguez. 2- Para os efeitos previstos no número um do presente artigo deverá o dirigente solicitar à empresa de Segurança, Higiene e Saúde no trabalho, a realização do teste. Artigo 9.º Registo 1- Por cada teste de alcoolemia será preenchida uma folha de registo confidencial que será junta aos elementos médicos do trabalhador existentes no Médico do Trabalho da empresa de higiene, saúde e segurança. 2- Quando se verifique um resultado positivo, e sejam considerados sob o efeito do álcool, o Médico do Trabalho fará constar nas mesmas uma informação sobre a necessidade, ou não, da sujeição desses trabalhadores a tratamento médico, acompanhamento psicológico ou a outras medidas terapêuticas. 3- Os dados serão comunicados ao Serviço de Recursos Humanos em ficha de aptidão onde apenas existirá a menção de APTO ou INAPTO na sequência do teste realizado.

Capítulo III Resultados dos Testes Artigo 10.º Qualificação dos Resultados Serão atribuídos aos testes as seguintes qualificações: a) Os testes dos motoristas, condutores de máquinas e veículos especiais, bombeiros e outros que tenham como função a condução/operação de viaturas ou outras máquinas (incluindo empilhadores, martelos pneumáticos, rebarbadoras ou equivalentes) que apresentarem uma taxa de álcool no sangue entre 0,00 e 0,20 gramas por litro de sangue serão classificados como negativos não tendo qualquer cominação disciplinar. b) Os testes dos restantes trabalhadores que apresentarem uma taxa de álcool no sangue entre 0,00 e 0,50 gramas por litro de sangue serão igualmente classificados como negativos não tendo qualquer cominação disciplinar. c) Os testes dos trabalhadores que apresentarem uma taxa de álcool no sangue superior a 0,20 gramas por litro de sangue, no caso dos trabalhadores mencionados na alínea a) deste artigo ou 0,50 gramas por litro de sangue, no caso dos restantes trabalhadores serão qualificados como positivos e terão consequências disciplinares. Artigo 11º Contraprova 1- Sempre que o trabalhador não se conformar com o resultado obtido, poderá solicitar a realização de uma contra-análise sanguínea, a qual poderá ser efetuada pelos Serviços da empresa de Higiene Segurança e Saúde ou por qualquer entidade idónea, aceite pelo Presidente da Câmara Municipal, sem prejuízo de outros meios garantísticos. 2- Será da responsabilidade do trabalhador o pagamento do exame a efetuar, salvo se o resultado for contrário ao resultado obtido pelo exame efetuado pela empresa de Higiene, Segurança e Saúde no trabalho. 3- O trabalhador responsável pelo pagamento da análise nos termos do número anterior, poderá invocar fundamentadamente dificuldades económicas requerendo a dispensa do pagamento, que

poderá ser atendida mediante despacho do Presidente da Câmara ou Vereador Com Competência Delegada. Artigo 12º Incapacidade temporária de exercício de funções 1- No caso previsto na alínea c) do artigo 10º, o trabalhador será impedido de continuar o exercício das suas funções no dia em que for detetada a existência de um teor alcoólico superior ao permitido. 2- O facto previsto no número um implicará a marcação de uma falta injustificada. Artigo 13º Procedimento 1- Para efeitos previstos no número anterior o Técnico de Saúde da empresa de Higiene Segurança e Saúde no trabalho comunica telefonicamente a situação de inaptidão do trabalhador ao respetivo superior hierárquico. 2- O Superior Hierárquico comunica tal facto ao Presidente da Câmara Municipal que despachará em conformidade. Capítulo IV Deveres Disciplinares Artigo 14º Dever de Obediência 1- Os trabalhadores previstos no artigo 3º não poderão prestar trabalho sob influência de álcool, quando a taxa de álcool no sangue for superior a 0,20 g/l no caso dos trabalhadores mencionados na alínea a) do artº 10º ou a 0,50 g/l nos restantes casos. 2- A verificação de um resultado positivo nos termos do disposto no artigo 10º do presente regulamento, terá como consequência uma falta injustificada nesse dia e a eventual instauração de procedimento disciplinar nos termos do disposto na Lei 58/2008 de 9 de Setembro. 3- Os trabalhadores previstos no artigo 3º estão obrigados à realização do teste previsto no artigo 6º do presente regulamento, correspondendo a recusa a infração disciplinar, com as consequências previstas no número anterior.

4- Por motivos devidamente fundamentados, os trabalhadores poderão solicitar a substituição da realização do teste de alcoolemia por uma análise sanguínea a efetuar por uma das entidades previstas no artigo 11º, sendo a referida análise paga pelo trabalhador ou, caso se comprove por documento médico a impossibilidade de realização do teste, pela Câmara Municipal. Artigo 15º Reincidência 1- A reincidência será considerada circunstância agravante. 2- Para efeitos das presentes normas entende-se como reincidência a verificação de dois testes positivos dentro do período de um ano. Capítulo V Disposições Finais Artigo 16º Sensibilização e divulgação A aplicação do disposto nestas normas será acompanhada da promoção e divulgação de ações de prevenção de dependências em meios laborais e de campanhas de sensibilização para as consequências negativas do consumo de álcool. Artigo 17º Delegação de Competências As competências previstas no Presidente da Câmara poderão ser delegadas num Vereador.

Artigo 18º Dúvidas e Omissões As dúvidas ou omissões que surjam na aplicação das normas serão esclarecidas por despacho do Presidente da Câmara Municipal. Artigo 19º Entrada em Vigor Estas normas entram em vigor no dia seguinte à notificação da autorização de tratamento de dados a conceder pela Comissão Nacional de Proteção de Dados, que será publicitada a todos os trabalhadores.