A Eficiência de Recursos Energéticos na Saúde

Documentos relacionados
Eficiência Energética No Hospital de Santa Maria. Carlos Duarte

Substituição do antigo RSECE (Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios) (1)

Enquadramento. Estratégia Europa 2020: Seminário Energia e Ambiente - Empresas

AUDITORIAS ENERGÉTICAS BENEFÍCIOS PARA A COMPETIVIDADE. CLÁUDIO CASIMIRO

Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Elétrica (PPEC)

Anexo I Requisitos das medidas e Despesas Elegíveis em Eficiência Energética e Energias Renováveis, por tipologia de operação

PERGUNTAS & RESPOSTAS

Gestão de Energia e Incorporação de Soluções Eficientes em Residências de Estudantes

Aviso de Abertura de Concurso para apresentação de candidaturas no quadro do programa GERE

Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos

O papel da ACSS na agilização do PO SEUR nas entidades do Ministério da Saúde Unidade de Instalações e Equipamentos

Weglobenergy. Sistemas Energéticos em Piscinas

ECO.AP. 29 de Março de 2011

Medidas de Eficiência Energética e Planos de Racionalização do Consumo de Energia

Cogeração em Centros. A Eficiência de Recursos Energéticos na Saúde Desenvolvimentos e Oportunidades 18 setembro 2015

Eficiência Energética no Alto Alentejo: 2014_2020. Projetos ILUPub & EDIPub

SEMINÁRIO A gestão eficiente de energia no setor público

A quem se destina. Principais Benefícios. Empresas que pretendam reduzir os seus consumos energéticos localização: Norte Centro

Eficiência Energética nos Edifícios da Administração Pública Central

REABILITAÇÃO ENERGÉTICA DE EDIFÍCIOS Perspetiva da Engenharia Civil

ÍNDICE. Sistema de Certificação Energética. Revisão da Legislação. Edifícios Sustentáveis. A importância da legislação

Eficiência Energética na Agro-Indústria

Eficiência Energética em Edifícios (Alto Alentejo)

(Anexo 1) Folha de Apoio a Auditoria Baseline. Iluminação

eco.ap Programa de Eficiência Energética na Administração Pública Resolução do Conselho de Ministros n.º 2/2011

Seminário: Eficiência energética no sector Agropecuário e Agroindústrias

A importância da legislação na eficiência energética dos Edifícios

Num mercado altamente competitivo, o factor de produção energia pode ser decisivo para subsistência das empresas

"A iluminação no contexto do sistema de certificação energética dos edifícios

O exemplo prático das Energias Renováveis como solução na Gestão de Energia e Eficiência Energética.

Marvão - Caso Prático Construção Sustentável ReHabitar

A Nova Regulamentação de Eficiência Energética dos Edifícios. Ordem dos Engenheiros, 25 de Fevereiro de 2014

Ordem dos Engenheiros Encontro Nacional de Engenharia Civil

REDUZIR O PROBLEMA - UMA MELHOR EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Eficiência Hídrica para Edifícios e Espaços Públicos O Caminho para a Gestão Sustentável da Água POVT FEDER

Rede de aquecimento e arrefecimento urbano eficiente. Fábio Manuel Guiso da Cunha Universidade de Coimbra Mestrado em Direito Direito da Energia

Eficiência Hídrica para Edifícios e Espaços Públicos O Caminho para a Gestão Sustentável da Água POVT FEDER

síntese dos resultados obtidos

Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica. Lisboa, 11 de Fevereiro de 2011

Eficiência Energética e Sistemas de Produção de Energia

Process Automation. Eficiência Energética Industrial Consultoria em eficiência energética

PNPOT. Território e Economia Circular. Energia. Gabriela Prata Dias. Lisboa, 27 outubro 2016

AS PERDAS DE ENERGIA NOS EDIFÍCIOS SERVIDOS PELA Rede Urbana de Frio e Calor do Parque das Nações

PROJECTOS DE EMPREENDEDORISMO QUALIFICADO

SGCIE enquanto ferramenta para a eficiência energética na indústria

Apresentação. > Consultoria. > Produção de Energia. > Eficiência Energética. > Gestão de Activos de Energia 1/20

PLANO NACIONAL DE ACÇÃO PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA RESULTADOS 2010

Apresentação da AMES

Eficiência Energética nos edifícios e adaptação às Alterações Climáticas

Iluminação Pública e Sistema de Gestão de Energia

PO SEUR ORIENTAÇÃO TÉCNICA E FERRAMENTA DE CALCULO DA SUBVENÇÃO REEMBOLSÁVEL BRUNO PIMENTA

PROGRAMA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA JOSE ARTHURO TEODORO

Os Resultados da Verificação do RCCTE em Almada

Escola SENAI Comendador Santoro Mirone

A água subterrânea como fonte térmica na climatização de edifícios situação em Portugal e perspectivas futuras

Etiquetagem Energética de Produtos. 11 de novembro Custóias

Contratos de Desempenho Energético. Jorge Borges de Araújo

O Operador de Rede de Distribuição como facilitador na promoção da eficiência energética e a implementação no terreno de diferentes projectos

Perguntas e Respostas. Aviso 05 CE.Estado 2012

SISTEMA DE INCENTIVOS À QUALIFICAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO DE PME (SI QUALIFICAÇÃO DE PME)

Ranking de eficiência energética e hídrica Hospitais do SNS

Programa Operacional Regional do Algarve Critérios de Seleção das Candidaturas e Metodologia de Análise

Evento PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE EDIFÍCIOS, SUSTENTABILIDADE E CONFORTO INTERIOR OPTIMIZAÇÃO DE SOLUÇÕES CONSTRUTIVAS SIMULAÇÃO DINÂMICA

AVISO 21 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EFICIENTE

Grandes consumidores de energia

ORIENTAÇÃO TÉCNICA N.º 4/2016

Certificado Energético Pequeno Edifício de Comércio e Servicos IDENTIFICAÇÃO POSTAL

Engineering Solutions Consulting. Consulting

A sua iluminação eficiente O turbo da iluminação

Sistemas de gestão energética ISO 50001

Aproveitar o calor libertado pela central de ar comprimido

ANEXO III REFERENCIAL DE ANÁLISE DE MÉRITO

Regulamento. Prémio Eu Reduzo

Evolução do modelo de gestão de energia e medidas de eficiência energética na Águas do Douro e Paiva, S. A.

DIRETIVA DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

9. as Jornadas de Climatização

Eficiência energética e Qualidade do Ar Interior

Aviso E EEA/2010 UTILIZAÇÃO RACIONAL DE ENERGIA E EFICIÊNCIA ENERGETICO- AMBIENTAL EM EQUIPAMENTOS COLECTIVOS

Auditoria Energética ao Edifício Portugal do Banco de Portugal em Lisboa

Desenvolvimento sustentável significa que as necessidades da actual geração devem ser satisfeitas sem comprometer a capacidade de as futuras gerações

O futuro do mercado dos serviços energéticos. Cláudio Monteiro, SMARTWATT

As políticas e prioridades para a Eficiência Energética e para as Energias Renováveis em Portugal Isabel Soares Diretora de Serviços

A eficiência energética e o Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Elétrica (PPEC)

João Mariz Graça,

NOTA INFORMATIVA ÁREA DE PRÁTICA DE DIREITO PÚBLICO & AMBIENTE

Potencial de eficiência energética em edifícios

Eficiência Energética e Gestão da Procura no Contexto da Regulação do Sector Eléctrico

FUNDO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Soluções de Eficiência PME. Iluminação Eficiente

O crescimento começa nas cidades

AMVDN Agência de Energia (Vale do Douro Norte)

CONVITE PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURA À INICIATIVA COMPETIR XXI

Portal do PEBC e Eco.AP do Ministério da Saúde. Lisboa, 18 Setembro 2015

Programa Operacional Regional do Alentejo/Estratégia Regional de Especialização Inteligente. Financiamento de projetos para Cidades Analíticas

Relatório Síntese Outubro 2016

XI Congresso Nacional de Engenharia do Ambiente Certificação Ambiental e Responsabilização Social nas Organizações

Novos desafios no desempenho energético de edifícios

Incentivos à Eficiência Energética. Isabel Damasceno Vogal Executiva do Centro 2020

INVESTIGAÇÃO EM ECO SUSTENTABILIDADE DA HABITAÇÃO CONCEITO DE SUSTENTABILIDADE ECOLÓGICA PRINCÍPIOS DE EDIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL

Transcrição:

A Eficiência de Recursos Energéticos na Saúde Desenvolvimentos e Oportunidades Programa ECO.AP no Ministério da Saúde Realidade do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), EPE Vasco Ribeiro Lisboa, 18 Setembro 2015

O CHTS

Preocupações Energéticas CHTS No ano de 2011 no âmbito do Sistema Nacional de Certificação Energética (SCE) e na aplicação do Regulamento dos Sistemas Energéticos e de Climatização de Edifícios (RSECE, Decreto Lei n.º 79/2006, de 4 de Abril), para efeitos de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior, foi realizado na UHPA do CHTS a primeira Auditoria Energética.

Resultados Obtidos Primeira Auditoria Energética 2012 Anos 2009/2010/2011 Área Considerada 46270 m2 Consumo Médio Gás 8048397 kwh Consumo Médio Electricidade 6268047 kwh

Medidas Aplicadas Como resultado da Auditoria Energética (2012) foram tomadas diversas medidas, nomeadamente: Implementação de medidas de boas práticas, com reduzidos custos de investimento; Optimização de Parâmetros no Sistema de Gestão Técnica Centralizada; Visibilidade e disseminação de boas práticas, com a implementação de uma estrutura interna, para efeitos de coordenação e analises práticas, definir políticas e propor ações. No fundo, criar um guia dotado de um conjunto de práticas sustentáveis adequadas às instalações e ocupantes dos edifícios, alertando para práticas fulcrais para a redução dos consumos. Instalação de variadores de velocidade nos equipamentos AVAC, com consumos de energia elétrica mais elevados; Substituição em áreas piloto, de lâmpadas fluorescentes por lâmpadas Led;

Medidas Aplicadas Maior adequação das intervenções técnicas de manutenção e inspecção; Articulação com os Serviços de Segurança e Vigilância, no sentido de serem reportadas situações de desperdício energético, na realização das rondas efectuadas ao edifício; Acções de formação, informação e sensibilização, ao corpo técnico interno dos Serviços de Manutenção, no sentido de utilizarem racionalmente as instalações, equipamentos e recursos energéticos, reportando e/ou intervindo de imediato em desperdícios identificados.

Exemplo de acão, que despertou interesse e envolveu os colaboradores

Contratos de Eficiência Energética Breve Resumo - O Ministério da Saúde (MS) é visto como um dos Ministérios mais avançados e empenhados na implementação efetiva deste programa, bem como dos Ministérios com maior potencial de poupança associada. - Neste contexto, o MS foi selecionado para integrar um projeto Piloto para a concretização deste tipo de Contratos, permitindo assim que os hospitais implementem medidas que exijam investimento inicial, a ser suportado pelo parceiro privado - Nesta sequência, foi celebrado um Protocolo, o primeiro passo para a futura celebração de um Acordo de Implementação, que estabeleceu as especificidades do modelo de contratação, incluindo a identificação das entidades selecionadas. O caderno de encargos tipo, a utilizar por cada uma das entidades selecionadas foi publicado na Portaria n.º 60/2013, de 5 de fevereiro.

Contratos de Eficiência Energética Breve Resumo Seleção das unidades hospitalares: a ADENE (entidade da Secretaria de Estado da Energia responsável pelo Programa ECO.AP) em conjunto com a ACSS, procedeu no ano de 2012 à visita técnica e análise de um conjunto de entidades hospitalares com o objetivo de selecionar aquelas que têm um maior potencial para melhoria da eficiência energética. Nesse sentido, a ACSS apresentou à consideração do Senhor Secretário de Estado da Saúde, uma proposta para a seleção das seguintes entidades: - Hospital de Beja (ULS Baixo Alentejo, EPE); - Hospital de Abrantes (CH Médio Tejo, EPE); -Hospital Pêro da Covilhã (CH Cova da Beira, EPE); - Hospital Padre Américo (CH Tâmega e Sousa, EPE). Esta proposta mereceu a concordância do Senhor Secretário de Estado da Saúde e daí termos sido selecionados como hospital piloto.

Contratos de Eficiência Energética Breve Resumo Apoio às entidades públicas selecionadas: foi disponibilizado através do Fundo de Eficiência Energética, um aviso para suportar eventuais custos com estudos prévios e/ou auditorias, que venham a ser necessários para estabelecer os contratos de gestão de performance energética, pelas entidades selecionadas no Acordo de Implementação Preparação de Programa de Procedimento / Caderno de Encargos: Ao longo do ano de 2014, em conjunto com a ACSS e ADENE, foram propostas determinadas alterações aos referidos documentos, no sentido de os optimizarem e adequarem à realidade de cada instituição seleccionada para inicio, do processo concursal.

Candidatura ao FEE - ECO.AP - Contratos de Gestão de Eficiência Energética Em Outubro de 2013, na sequência de candidatura efectuada no âmbito do Aviso 05 CE.Estado 2012 do Fundo de Eficiência Energética, vimos ser aprovado o financiamento à realização de Auditoria Energética, para efeitos de base, para Contratos de Eficiência Energética.

Realização de Auditoria Energética - 2014 Anos 2011/2012/2013 - Dezembro de 2013 - iniciado o processo de Auditoria Energética à UHPA - Resultados preliminares - 24 Fevereiro 2014 - Relatório Final - 24 Março de 2014. Classificação Energética Obtida: C Área Considerada 50212.77 m2 Consumo Médio Gás 7571954 kwh Consumo Médio Electricidade 6228738 kwh

Perfil de Ocupação Por Tipologia

Distribuição dos Consumos Eléctricos Apurada

Distribuição dos Consumos Energéticos Desagregados

Plano de Racionalização Energético Proposto Redução de potência de Iluminação LED (Retorno 5 anos), T5 (9 anos) Sistema Fotovoltaico Retorno 19 anos Equipamentos Acções de Sensibilização Isolamento Térmico (fachadas) 56 anos Solar térmico 10 anos Ajuste de Set Points AVAC (Processo Contínuo) Chiller s com Recuperação de Energia 4 anos Sistema de arrefecimento adiabático 1 ano Grupos eletrobombas AVAC 4 anos

Evolução Auditoria Energética 2012 vs 2014 Anos 2009/2010/2011 2011/2012/2013 Evo. Consumo Médio Electricidade (kwh) Consumo Médio Gás (kwh) 6268047 kwh 6228738 kwh 8048397 kwh 7571954 kwh Área Considerada 46270 m2 50212.77 m2

Objectivo/Desafio 2012 2014 Futuro

Muito Obrigado, vribeiro@chts.min-saude.pt