LIBERALIZAÇÃO DO MERCADO DE ELECTRICIDADE DESDE SETEMBRO DE 2006 PODE ESCOLHER O SEU FORNECEDOR DE ELECTRICIDADE
LIBERALIZAÇÃO DO MERCADO DE ENERGIA ELÉCTRICA Sabia que em Setembro de 2006 passou a ter o direito a escolher quem é que é o seu fornecedor de electricidade? Para poder escolher correctamente procure aqui a informação que necessita! Antes de mais... O QUE SIGNIFICA O MERCADO LIBERALIZADO? O mercado é liberalizado quando vários operadores podem concorrer livremente em preços e condições comerciais, observando as regras da concorrência, a lei geral e os regulamentos. O transporte e a distribuição, enquanto monopólios naturais, permanecem actividades exercidas em regime de serviço público e em exclusivo, sendo garantido o acesso a terceiros às redes em condições de transparência e não discriminação. E AINDA O QUE É O COMERCIALIZADOR DE ÚLTIMO RECURSO? A função de comercializador de último recurso foi criada para garantir o fornecimento a todos os consumidores de electricidade, independentemente de haver ou não comercializadores alternativos interessados em fornecê-lo. Em Portugal o comercializador de último recurso é assegurada pelos distribuidores, a EDP e por um conjunto de pequenos distribuidores que actuam localmente. Exemplo: cooperativas eléctricas.
Mudança de comercializador: as regras SOU OBRIGADO A MUDAR DE COMERCIALIZADOR? Não. Os consumidores que o pretendam podem continuar a ser abastecidos pelo comercializador de último recurso. O QUE TENHO QUE FAZER PARA MUDAR DE COMERCIALIZADOR? Em primeiro lugar, deverá inteirar-se das condições das propostas alternativas de modo a escolher a mais vantajosa para o seu caso. De seguida, deverá contactar o novo fornecedor e este tratará do respectivo processo com a entidade responsável pela mudança a EDP Distribuição. ESTA OPERAÇÃO TEM ENCARGOS E QUANTAS VEZES POSSO MUDAR DE COMERCIALIZADOR? Os consumidores podem mudar de comercializador 4 vezes em cada período de 12 meses e pela mudança não podem ser cobrados encargos. PODEM SER LEVANTADAS OBJECÇÕES A UM PEDIDO DE MUDANÇA DE COMERCIALIZADOR? O pedido de mudança é aceite no caso de não se verificar nenhuma situação impeditiva do mesmo. As situações impeditivas foram regulamentadas pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos ERSE e podem ser de diferente natureza, nomeadamente, identificação insuficiente ou inválida da instalação; sobreposição de pedidos
de mudança; potência solicitada não normalizada ou superior à potência requisitada ou licenciada; dados dos clientes não coincidentes com os registados; existência de processos de fraude, entre outros. QUAL A DURAÇÃO TÍPICA DE UM PROCESSO DE MUDANÇA DE COMERCIALIZADOR? Os procedimentos e prazos de mudança de fornecedor dependem da necessidade ou não de actuação no local de consumo. No caso de ser necessário uma actuação no local de consumo (exemplos: alteração no equipamento de medida ou realização de uma leitura extraordinária) os prazos de mudança de comercializador dependem do agendamento e execução, pelo distribuidor, das intervenções solicitadas, cujos prazos e regras se encontram regulamentados pela ERSE. Caso não seja necessário a actuação no local de consumo, normalmente, a activação da mudança ocorre num prazo que não excede os 10 dias úteis. PRECISO DE MUDAR DE CONTADOR? Não. O contador não é propriedade do comercializador, pelo que o mesmo se mantém. Só haverá substituição do contador se o perfil do seu consumo se alterar de maneira a que por razões técnicas se determine a sua substituição. ANTES DE MUDAR DE COMERCIALIZADOR, QUE FACTORES DEVO TOMAR EM LINHA DE CONTA? Procure informação sobre o consumo da sua instalação (constante nas facturas dos últimos 12 meses);
Faça uma simulação para aferir qual a opção tarifária mais adequada (www.erse.pt); Consulte os vários comercializadores que operam no mercado; Verifique em todas as propostas: preços, periodicidade de facturação; condições de pagamento; qualidade comercial; serviços abrangidos; condições gerais e particulares no contrato; duração e condições de denúncia do contrato, incluindo, eventuais penalizações. POSSO FICAR SEM FORNECIMENTO DE ELECTRICIDADE AO MUDAR DE COMERCIALIZADOR? Não. Se forem observados os procedimentos aprovados para a mudança de comercializador não há risco de interrupção de fornecimento. Defesa dos Consumidores: Quais os meus direitos e deveres? A LEGISLAÇÃO SOBRE DEFESA DO CONSUMIDOR TAMBÉM SE APLICA AO MERCADO LIBERALIZADO? Sim. A legislação sobre defesa do consumidor, nomeadamente, a Lei n.º 24/96 de 31 de Julho, com a redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 67/2003 de 8 de Abril aplica-se a qualquer relação contratual entre um fornecedor de bens ou serviços e um consumidor. OS COMERCIALIZADORES EM REGIME DE MERCADO PODEM RECUSAR A CELEBRAÇÃO DE UM CONTRATO? Os comercializadores estão sujeitos à obrigação de apresentação
de propostas de fornecimento de electricidade a todos os consumidores que o solicitem e cujas instalações se encontrem ligadas à rede. Caso os consumidores aceitem a proposta de fornecimento efectuada pelo comercializador, este não pode recusar-se a celebrar o contrato. O COMERCIALIZADOR PODE RECUSAR A RESOLUÇÃO DO MEU CONTRATO? Não. Qualquer das partes pode rescindir o contrato, atendendo, contudo, ao disposto nas cláusulas gerais e particulares do mesmo. EM CASO DE RECLAMAÇÃO COMO O COMERCIALIZADOR EM REGIME DE MERCADO COMO DEVO PROCEDER? As reclamações devem ser enviadas em primeiro lugar para o comercializador com quem celebrou o contrato de fornecimento. Se não ficar satisfeito com a resposta ou o comercializador não lhe responder dentro dos prazos contratados, poderá reclamar junto da ERSE ou de outra entidade vocacionada para a defesa dos consumidores ou para a resolução extrajudicial de conflitos, sem prejuízo do recurso para os tribunais. Caso o comercializador disponha de atendimento presencial poderá ainda, dirigir-se às suas instalações e solicitar o livro de reclamações para aí formular a sua reclamação. Obtenha mais informações em: www.erse.pt www.consumo-pt.coop