CP4 PROCESSOS IDENTITÁRIOS PATRIMÓNIO COMUM DA HUMANIDADE Trabalho realizado: Susana Almeida Patrícia Alves
Introdução Falemos um pouco do Património Comum da Humanidade, abordando o seu significado, bem como o nosso papel e o do Estado na preservação do mesmo. É do conhecimento de todos nós a importância e significado marcante que o Património cultural tem sobre os nossos antepassados e o nosso presente, que são os grandes responsáveis pela criação do futuro patrimonial para as novas gerações. Cuidar do Património cultural que herdámos, cuidar dele ao longo da nossa existência em prol da sua sobrevivência, permitindo assim que as gerações vindouras possam usufruir de tal história e beber dessa cultura, que será parte da história da existência de cada um, é uma arte bem desenhada de conhecimento, preservação e dedicação ao que nos permitiu deixar uma marca única no mundo. Sejamos conscientes de que o Património cultural de hoje será o que fica para o amanhã, pelo que o nosso papel e o do Estado na sua preservação são fundamentais e significantes para que o Mundo nos continue a deixar existir no seu cosmos de conhecimento e beleza.
Património Comum da Humanidade Património Cultural Património cultural é a riqueza comum que herdamos como cidadãos, transmitida de geração em geração. Constitui a soma dos bens culturais de um povo, sendo estes materiais ou imateriais, que pelo seu valor próprio, devem ser considerados de interesse relevante para a permanência e a identidade da cultura de um povo, pois ele conserva a memória do que fomos e somos, revelando assim a nossa identidade. Património é tudo aquilo que nos pertence. É a nossa herança do passado e o que construímos hoje. É obrigação de todos nós, preservar, transmitir e deixar todo esse legado, às gerações vindouras. Do património cultural fazem parte bens imóveis tais como castelos, igrejas, casas, praças, conjuntos urbanos, e ainda locais dotados de expressivo valor para a história, a arqueologia, a paleontologia e a ciência em geral. Nos bens móveis incluem-se, por exemplo, pinturas, esculturas e artesanato. Nos bens imateriais considera-se a literatura, a música, o folclore, a linguagem e os costumes.
Papel do Estado na preservação do Património cultural O Estado deve assegurar a transmissão de uma herança nacional cuja continuidade e enriquecimento unirá as gerações num percurso civilizacional singular. Assim o Estado deve conservar o património mundial num processo contínuo. Se um país não protege os locais inscritos, corre o risco de que esses locais sejam retirados da Lista do Património Mundial. Os países devem informar periodicamente o Comité do Património Mundial sobre o seu estado de conservação, garantindo assim a sua preservação. O artigo que se segue salvaguarda a tarefa fundamental do Estado na preservação do Património cultural (lei de proteção e valorização do património cultural português). Artigo 3º Tarefa fundamental do Estado 1 Através da salvaguarda e valorização do património cultural, deve o Estado assegurar a transmissão de uma herança nacional cuja continuidade e enriquecimento unirá as gerações num percurso civilizacional singular. 2 O Estado protege e valoriza o património cultural como instrumento primacial de realização da dignidade da pessoa humana, objeto de direitos fundamentais, meio ao serviço da democratização da cultura e esteio da independência e da identidade nacionais. 3 O conhecimento, estudo, proteção, valorização e divulgação do património cultural constituem um dever do Estado, das Regiões Autónomas e das autarquias locais.
Entidades envolvidas no processo de proteção do Património São várias as entidades envolvidas neste processo como é o caso da UNESCO (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization), Direção Geral do Património Cultural, as autarquias, entre outras. Contudo destacamos o papel da administração pública portuguesa que entre 2011 e 2012, foi objeto de um amplo movimento de reestruturação que teve repercussões no sector da Cultura. Neste âmbito, a área do património, incluindo património arquitetónico e arqueológico, móvel e imaterial, museus e monumentos, conservação e restauro passou a ser gerida por uma única e nova instituição, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC). A DGPC é responsável pela definição e implementação das políticas nacionais no âmbito do estudo, salvaguarda, valorização e difusão dos diferentes patrimónios imóvel, móvel e imaterial - competindo-lhe ainda a gestão de um conjunto importante de museus nacionais, palácios nacionais e monumentos integrados na Lista do Património Mundial da UNESCO, assim como a articulação da Rede Portuguesa de Museus que integra atualmente 127 museus de diferentes tutelas espalhados por todo o País.