ESTUDO DO ENQUADRAMENTO E APLICAÇÃO DA DIRETIVA INSPIRE À INFRAESTRUTURA RODOVIÁRIA NACIONAL

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Transcrição:

ESTUDO DO ENQUADRAMENTO E APLICAÇÃO DA DIRETIVA INSPIRE À INFRAESTRUTURA RODOVIÁRIA NACIONAL Inês Soares 1, Paulo Matos Martins 1, Adelaide Costa 2, Rui Luso Soares 2 1 GuITTS/CEEC, Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, email: paulo.martins@dec.isel.pt. 2 InIR, Instituto de Infra-estruturas Rodoviárias, IP. Sumário O estado da informação geográfica na Europa levou a que desde 2001, a Comissão Europeia tenha reunido esforços no sentido de definir um enquadramento legal para a criação de uma infraestrutura de informação geográfica a nível Europeu, dando origem à Diretiva INSPIRE. Dos 34 temas que a Diretiva aborda, o das Redes de Transportes assume um papel fundamental, uma vez que o seu desenvolvimento permitirá a harmonização das estruturas de dados transnacionais e a promoção de redes de transportes mais integradas, com uma melhor ligação entre os vários modos de transporte. Apresenta-se um projetopiloto de aplicação da Diretiva INSPIRE à Rede Nacional de Autoestradas, cujo desenvolvimento deu origem a um serviço de visualização experimental sediado no InIR. Palavras-chave: Diretiva INSPIRE; Infraestrutura rodoviária; Infraestruturas de informação geográfica; interoperabilidade; sistemas de transportes. 1 INTRODUÇÃO Nos dias de hoje é evidente a necessidade de informação. Esta desempenha um papel de extrema importância no quotidiano das sociedades. Vivemos assim numa Sociedade de Informação, onde o acesso, o armazenamento, o processamento, a valorização, a transmissão e a partilha de informação são requisitos fundamentais para a definição da qualidade de vida, práticas culturais, e por conseguinte, para o desenvolvimento da sociedade [1]. Informação de qualidade, completa e verdadeira é necessária para o desenvolvimento e implementação de uma estratégia competitiva. De acordo com Moniz e Kovács [2], a economia e a sociedade crescem e desenvolvem-se em torno da informação. No entanto, cerca de 80% a 90% da informação existente no universo é informação de caráter geográfico, por isso a Sociedade de Informação em que vivemos não é mais do que uma sociedade de informação geográfica [3]. Contudo, os problemas de disponibilidade, qualidade, organização, acessibilidade e partilha da informação geográfica são comuns e sentidos aos vários níveis da autoridade pública. Esta situação é o resultado de diferentes leis e políticas praticadas ao nível dos diversos países da União Europeia. O mesmo acontece com a informação relativa às infraestruturas rodoviárias europeias. Segundo Sandgren [4], a situação pode ser caraterizada da seguinte forma: Os administradores das infraestruturas rodoviárias são responsáveis pela recolha e gestão da informação e tráfego, embora concordem com a necessidade de normalização da informação, não dispõem de um sistema comum, que permita disponibilizar essa informação de forma correta; As agências nacionais de produção de cartografia recolhem e gerem os dados geográficos sobre as infraestruturas. Contudo, apesar da existência de normas direcionadas para a partilha de dados, existe carência de um conteúdo normalizado, assim como de um sistema global de disponibilização de informação interoperável; Entidades públicas e prestadores de serviços são obrigados a recorrer diferentes agências e autoridades europeias para obterem a informação que necessitam, sendo obrigados a investir na integração dessa informação. Este esforço é duplicado cada vez que um novo utilizador necessita de estabelecer um sistema de informação que se baseie em informação de confiança. 1

Como uma solução potencial, promissora, para os problemas existentes ao nível da informação geográfica, a União Europeia tem vindo a preparar, desde 2001, um conjunto de orientações dirigidas aos Estados-Membros, com vista ao estabelecimento de um enquadramento legar para a criação, operação e monitorização de uma infraestrutura de informação geográfica comum na União Europeia. A 15 de Maio de 2007, entrou em vigor a Diretiva 2007/2/CE do Parlamento Europeu e do Concelho, estabelecendo a criação dessa infraestrutura a Diretiva INSPIRE (INfrastructure for SPatial InfoRmation in Europe). A Diretiva INSPIRE tem como principal objetivo disponibilizar um conjunto de serviços de informação geográfica integrados, que devem permitir que os utilizadores possam aceder, a nível local ou global, a informação geográfica proveniente de diversas fontes, encontrando-se esta de forma harmonizada, podendo assim utilizá-la facilmente para os mais diversos fins. Embora a Diretiva INSPIRE tenha sido desenvolvida numa perspetiva ambiental, a sua aplicação à infraestrutura rodoviária trará enormes benefícios para a gestão da mesma e para o planeamento de transportes. O estabelecimento de uma infraestrutura de informação geográfica rodoviária é por isso fundamental para o desenvolvimento e gestão do setor rodoviário em Portugal e na União Europeia. Adicionalmente, a sua extensão às redes rodoviária locais e aos sistemas de transportes públicos permitirá o surgimento de melhorias significativas nos sistemas de transportes, nomeadamente ao nível da sua interligação e da qualidade da informação disponibilizada aos utilizadores. Com o presente estudo pretende-se contribuir para uma melhor compreensão do processo de implementação da Diretiva INSPIRE à infraestrutura rodoviária nacional e fazer a divulgação de algum trabalho inovador já efetuado. Os principais objetivos são: Apresentar a Diretiva INSPIRE e compreender as razões que levaram à criação desta infraestrutura de informação geográfica na Europa; Fazer uma análise breve da aplicação da Diretiva à infraestrutura rodoviária nacional, incluindo o papel da autoridade nacional, nomeadamente o regulador, identificando os principais benefícios e obstáculos do processo de implementação; Divulgar um projeto-piloto de um serviço web de visualização para a disponibilização de informação geográfica sobre a infraestrutura rodoviária nacional. Este projeto-piloto permite que os utilizadores possam consultar informação em formato INSPIRE sobre a Rede Nacional de Autoestradas, através do serviço web, com o recurso à internet. Foi também ensaiada uma proposta inicial de extensão da estrutura INSPIRE ao armazenamento de dados operacionais de tráfego (como fluxos de veículos, percentagem, de pesados, etc.), numa iniciativa que apelidámos de INSPIRE-T. Na primeira secção do artigo faz-se um breve enquadramento do tema e a apresentação do estudo desenvolvido e dos objetivos propostos. Seguidamente, na segunda secção são identificados e explicados os principais problemas relacionados com a informação geográfica e faz-se a apresentação sumária da Diretiva INSPIRE (princípios, visão e metas) como possível solução para esses mesmos problemas. Na secção 3 descreve-se, com algum detalhe, todo o processo de desenvolvimento do projeto-piloto e na quarta secção são apresentadas algumas conclusões e perspetivas futuras inerentes ao trabalho desenvolvido. Por fim, nas secções 4 e 5 procedese a alguns agradecimentos e apresentam-se as referências bibliográficas. Na presente comunicação os autores optam por fazer uma descrição mais detalhada do projeto-piloto desenvolvido no âmbito do trabalho final de mestrado da primeira autora, em detrimento de outros aspetos normativos e institucionais relacionados com a Diretiva INSPIRE. No entanto, para uma informação mais detalhada sobre o estudo efetuado, nomeadamente sobre a aplicação da Diretiva ao setor rodoviário e sobre a avaliação do enquadramento institucional analisado, pode ser consultada a referência [5]. 2 DIRETIVA INSPIRE Os problemas relacionados com a disponibilidade, qualidade, organização, acessibilidade e partilha da informação geográfica são comuns a um grande número de políticas e de áreas temáticas no domínio da informação e são sentidos aos vários níveis da autoridade pública [6]. A informação geográfica encontra-se fragmentada, existem falhas na sua disponibilização, muitas vezes está duplicada, surgem problemas de 2

identificação, acesso e de utilização. Estes fatores constituem um significativo obstáculo à obtenção de informação fidedigna, refletindo-se em maiores custos de recolha da mesma, contribuindo assim como um importante obstáculo, conducente à elaboração de políticas inadequadas e mal fundamentadas. A maior parte da informação de qualidade encontra-se apenas disponível a nível local e regional, sendo extremamente complicado exportar essa informação para um contexto mais amplo. Muitas vezes os dados são de qualidade indefinida e insatisfatória, tendo por base sistemas de informação geográficos particulares e inacessíveis a outros utilizadores, quer a nível local ou regional, quer mesmo a nível nacional ou internacional. Como consequência, projetos que combinem dados provenientes de diferentes fontes são morosos, dispendiosos e correm o risco de conterem informação pouco verdadeira [7]. Neste contexto, como já foi referido, entrou em vigor em 2007 a Diretiva INSPIRE que tem como objetivo a criação de uma infraestrutura de informação geográfica na Europa, que forneça aos utilizadores serviços de informação geográfica integrados, de natureza espacial, baseados na existência de uma rede distribuída de bases de dados, interligadas com base em normas e protocolos comuns que asseguram a sua compatibilidade. Esses serviços devem permitir que os utilizadores possam identificar e aceder à informação proveniente de diferentes fontes, de uma forma interoperável, podendo assim utilizá-la para diversos fins. A visão da política INSPIRE consiste em produzir informação geográfica de qualidade e harmonizada, disponível para formulação, implementação, monitorização e avaliação das políticas comunitárias, mas possibilitando também o acesso dos cidadãos à informação, tanto a nível local como regional ou internacional. Essa visão pode ser ilustrada através da Figura 1. Fontes dos dados Utilizadores Pedido de serviços de informação Governo e Administrações Dados locais IDE nacional e subnacional Dados europeus IDE nacional e subnacional Dados europeus IDE nacional e subnacional Dados locais IDE Infra-estrutura de Dados Espaciais Serviços de pesquisa Integração/ harmonização técnica Política de harmonização de dados Protocolos de cooperação Entrega de serviços de informação CEN/ISO/OGC Serviços públicos Utilizadores profissionais e comerciais Investigação Organizações nãogovernamentais e sem fim lucrativo Cidadãos Fig.1. Visão da política INSPIRE A Diretiva INSPIRE incide sobre as infraestruturas de informação geográfica estabelecidas e geridas pelos 27 Estados-Membro, abrangendo 34 temas, agrupados em 3 anexos. Os temas incluídos na Diretiva foram considerados fundamentais para a implementação eficaz das políticas de coesão e para o desenvolvimento sustentável da Europa, dispondo-se segundo um conjunto de componentes-chave especificados nas normas de implementação (Implementing Rules). A implementação da Diretiva segue uma abordagem faseada, tendo inicio com o levantamento e disponibilização de potenciais dados e infraestruturas de dados geográficos existentes, através da criação de metadados, procedendo-se seguidamente à sua harmonização. Desta forma é possível a integração de diferentes conjuntos de dados, provenientes de diversos níveis de autoridades públicas, dentro de uma única infraestrutura coerente de dados geográficos europeus. Segundo Land [8], a criação de uma infraestrutura de informação geográfica de sucesso é um pré-requisito fundamental para o desenvolvimento e implementação de políticas que estimulem o crescimento do setor público e forneçam melhores serviços aos cidadãos em geral. De seguida apresenta-se o estudo de caso desenvolvido com a colaboração do InIR, no âmbito do trabalho final de mestrado da primeira autora, pretendendo-se através do mesmo ilustrar a aplicação prática da Diretiva INSPIRE à infraestrutura rodoviária em Portugal. 3

3 ESTUDO DE CASO 3.1 Aplicação da Diretiva INSPIRE à Rede Nacional de Autoestradas Inicialmente, para o estudo da aplicação da Diretiva INSPIRE à infraestrutura rodoviária nacional foi necessário analisar de forma pormenorizada as especificações de dados disponibilizadas, tendo sido escolhida como amostra para a implementação do projeto-piloto a Rede Nacional de Autoestradas (RNA). Entre outros fatores dessa escolha, estiveram a limitação de recursos existentes, assim como, de tempo disponível para a execução. Assim, para o desenvolvimento do projeto-piloto, considerou-se a RNA composta por 31 autoestradas, com uma extensão de cerca de 2.735km, correspondendo a cerca de 20% da Rede Rodoviária Nacional [9]. Depois de selecionada a amostra que será a base do nosso estudo de caso, procedeu-se à criação de uma nova base de dados, com o recurso ao software ArcCatalogue do ArcGIS Desktop, de forma a armazenar todos os conjuntos de dados geográficos necessários à elaboração do mapa que será disponibilizado através da aplicação web a desenvolver. Em primeiro lugar foi extraída da base de dados interna do InIR, onde toda a informação geográfica relacionada com a rede rodoviária nacional se encontra armazenada, uma cópia da RNA. Em seguida foi então estabelecida a base de dados INSPIRE, estruturada e posteriormente complementada com informação geográfica de acordo com as especificações de dados INSPIRE. Para a representação dos atributos e propriedades da RNA foi utilizado o método da referenciação linear. Optouse pela utilização deste método uma vez que permite a georreferenciação de propriedades e eventos recorrendo à definição da sua posição inicial em relação a um elemento linear [10] e por ser recomendado pela Diretiva. A referenciação linear é fundamental para o processo de armazenamento de diferentes conjuntos de atributos no mesmo elemento geográfico, sem que seja necessário proceder à sua segmentação sempre que surjam alterações, permitindo também a rápida atualização da informação. 3.2 Definição dos atributos utilizados para caracterizar os elementos lineares Classificação Nacional da Estrada A classificação nacional da estrada representa um atributo da rede de transporte rodoviário, indicando o número de identificação da estrada, atribuído a nível nacional, de acordo com o Plano Rodoviário Nacional (PRN) em vigor. Para a representação deste atributo, primeiramente procedeu-se à criação da tabela de eventos, denominada National Road Code. A criação das tabelas de eventos para os vários atributos é fundamental para as suas representações utilizando o método da referenciação linear. À semelhança dos restantes atributos, para a elaboração das diversas tabelas de eventos foram seguidas as orientações presentes nas especificações de dados INSPIRE, incluindo os diagramas UML 1. Para a elaboração do modelo SIG foi utilizado o software ArcGIS Desktop. Este software permite gerir e integrar os dados geográficos, criar estruturas de dados de acordo com as especificações INSPIRE, criar mapas para futura disponibilização em serviços web, bem como processos e modelos de automatização. Como se pode verificar (Figura 2), foram definidos um conjunto de procedimentos de geoprocessamento necessários (utilizando o ModelBuilder do ArcGIS Desktop ), de forma a completar de forma adequada as tabelas de eventos de cada atributo ou propriedade. 1 A Unified Modeling Language (UML) é uma especificação de modelação de dados que permite desenvolver modelos, não só da estrutura das aplicações mas também do comportamento e arquitetura e dos processos de negócios e estrutura de dados. Fornece uma base fundamental para as tarefas de modelação de dados e unifica todas as etapas de desenvolvimento e integração. 4

Fig.2. Processo esquemático para a representação dos atributos e propriedades utilizando o ModelBuilder do ArcGIS Desktop A utilização deste método de trabalho permite a automatização (tanto quanto possível) do processo de caraterização da rede de transportes. Permite também que, sempre que surge alguma alteração nos atributos ou propriedades da rede, a sua atualização possa sem conseguida de forma mais rápida, sem que seja necessário repetir novamente o processo. Assim sendo, este método foi utilizado para definir todos os atributos e propriedades da RNA. Fig.3. Resultado da Classificação nacional da estrada Classificação de estrada europeia A maioria das estradas que constituem a Rede Nacional de Autoestradas pertence em simultâneo à Rede Transeuropeia de Estradas (RTE), existindo contudo algumas exceções. De acordo com os dados fornecidos pelo InIR, as estradas que constituem a RTE compreendem uma extensão de cerca de 1.570km. O processo utilizado para a classificação da rede seguiu uma metodologia semelhante à utilizada para o atributo Classificação nacional da estrada já abordado antes. 5

Fig.4. Resultado da Classificação de estrada europeia 3.3 Definição e estruturação dos atributos utilizados para caracterizar os nós rodoviários A rede de transportes modelada é, essencialmente, constituída por um conjunto interligado de arcos ou linhas, que representam o eixo das infraestruturas rodoviárias, e pontos ou nós, nas extremidades dessas linhas. De acordo com a Diretiva, os nós rodoviários são representados geometricamente por pontos e têm como objetivo estabelecer a conetividade entre dois, ou mais, arcos ou representar um objeto geográfico importante, como uma estação de serviço, rotunda ou praça de portagem. Os nós rodoviários são caracterizados pela propriedade Tipo de nó rodoviário. Esta propriedade descreve o papel desempenado pelo nó na rede de transportes. Depois de devidamente analisadas as especificações de dados INSPIRE e a informação interna existente sobre os nós, foram considerados os seguintes tipos de nós rodoviários: junction, road service area, roundabout e boundary. Em seguida são apresentados alguns detalhes sobre cada um destes tipos de nó. Junction As especificações de dados INSPIRE classificam os nós do tipo junction como interseções entre três ou mais estradas (arcos) no mesmo ponto. Depois de analisadas todas as opções disponíveis, concluiu-se que nenhuma das classificações presentes nas listas de códigos se adequava às interseções presentes na RNA (uma vez que são interseções desniveladas). A Diretiva não recomenda que metodologia utilizar na presente situação. Assim sendo, uma vez que a elaboração das especificações INSPIRE assentou também nos resultados do projeto europeu EuroRoads [11], optou-se por seguir as recomendações presentes nas especificações deste projeto para a caracterização das interseções das autoestradas. Segundo as especificações EuroRoads, são considerados nós rodoviários do tipo junction os cruzamentos entre duas estradas pertencentes a uma rede de transportes onde exista movimentação de trafego. Assim, como forma de contornar a não identificação explícita dos nós desnivelados optou-se por atribuir a classificação junction a todos os cruzamentos desnivelados, complementando essa informação com a posição relativa das duas estradas envolvidas no nó rodoviário e a sua forma, de acordo com a especificação EuroRoads. 6

Fig.5. Nós rodoviários do tipo junction Road service area As especificações de dados INSPIRE definem as áreas de serviço como superfícies anexas à estrada destinadas a oferecer serviços de apoio às mesmas. Tendo em consideração esta definição e os dados fornecidos pelo InIR foi possível classificar como áreas de serviço os nós rodoviários que representam os postos de abastecimento nas autoestradas e as praças de portagens. Fig.6. Nós rodoviários do tipo road service area Roundabout e Boundary No caso da classificação dos nós rodoviários do tipo rotunda, neste caso, esta classificação surge mais como uma exceção do que como uma situação comum, uma vez que temos como amostra a Rede Nacional de Autoestradas. Para além da representação das rotundas, considerou-se de extrema importância representar os nós rodoviários do tipo boundary. Embora esta classificação não esteja definida nas listas de códigos INSPIRE, tendo em conta 7

que a Diretiva saliente a importância da existência de uma perfeita conjugação das redes de transportes, especialmente nas fronteiras, foi decidido fazer a sua inclusão como uma categoria específica. Neste momento representa apenas uma classificação de caracter informativo, contudo no futuro será de extrema importância no processo de harmonização entre a rede rodoviária de Portugal e Espanha. Fig.7. Nós rodoviários do tipo roundabout e boundary 3.4 Propriedades da rede de transporte rodoviário A Diretiva INSPIRE promove a reutilização da informação, salientado que a informação deve ser recolhida uma única vez, ou seja, não sendo necessário, presentemente, que sejam recolhidos novos conjuntos de dados geográficos. Fig.8. Propriedade número de vias 8

Atualmente, o InIR apenas dispõe de algumas das propriedades da rede, presentes nas especificações de dados INSPIRE, nomeadamente o número de vias, a classe funcional, tipo de infraestrutura e alguns dados sobre velocidade. Fig.9. Propriedade largura da estrada No âmbito do estudo de caso, tentou-se assim complementar o melhor possível a informação existente sobre essas propriedades (e os atributos anteriores) da RNA, necessárias às especificações INSPIRE. Para além destas, foram também adicionadas mais algumas propriedades relacionadas com a operação rodoviária (necessárias, por exemplo, ao planeamento), que se consideraram fundamentais para a caracterização do desempenho da rede e dos seus níveis de operacionalidade e serviço, tal como veremos na próxima subseção. 3.5 Extensão do conceito INSPIRE aos serviços de transportes Como já foi referido, considerou-se importante desenvolver um ensaio sobre o potencial uso do conceito INSPIRE como fonte de doutrina para a criação de uma infraestrutura de informação geográfica direcionada para os sistemas (leia-se serviços) de transportes, denotada por INSPIRE-T. Essa estrutura de dados deve ter como principais funções a disponibilização de informação armazenada de acordo com os princípios INSPIRE, mas segundo especificações relacionada diretamente com o planeamento, operação e manutenção dos sistemas (e serviços) de transportes rodoviários, incluindo a completa integração entre os dados relativos às infraestruturas rodoviárias (já incluídos no INSPIRE) e os dados relativos à operação e exploração dos serviços, por proposta dos autores, a incluir numa eventual iniciativa a designar por INSPIRE-T. A título experimental, optou-se por criar uma estrutura de dados (definida em modelo UML, harmonizado com a estrutura INSPIRE) com informação sobre as condições de serviço, tais como o Trafego Médio Diário Anual (TMDA), a Percentagem de Veículos Pesados de Mercadorias (HGV%) e a capacidade da infraestrutura rodoviária (em uve/hora). Como já foi referido, a existência deste tipo de informação em formatos de dados normalizados, interoperáveis e utilizáveis em tempo útil, é fundamental para caracterizar o desempenho da rede, auxiliando as tarefas de planeamento e gestão da infraestrutura rodoviária. 9

Fig.10. Mapa do TMDA Fig.11. Mapa da Percentagem de veículos pesados de mercadorias A extensão do conceito da Diretiva ao INSPIRE-T teve por base o modelo inicial fornecido em UML, onde as propriedades apresentadas foram incluídas e modeladas. As respetivas listas de códigos também foram consideradas. Pretende-se que num futuro próximo, outras propriedades sejam também contempladas, de forma a promover as práticas de sucesso INSPIRE na gestão e regulação da infraestrutura rodoviária. 10

Fig.12. Diagramas UML para as propriedades INSPIRE-T 3.6 Serviço Web O InIR, enquanto responsável pela temática das redes de transporte rodoviário, tem como obrigação disponibilizar e gerir um conjunto de serviços de rede propostos pela Diretiva, entre os quais um serviço de visualização, onde os utilizadores possam aceder à informação geográfica relacionada com as infraestruturas rodoviárias, através da internet. Assim, como última etapa do presente estudo, procedeu-se ao estabelecimento de um protótipo de um serviço de visualização, com o objetivo de dotar o regulador com um projeto-piloto para o desenvolvimento próximo dos serviços INSPIRE de âmbito nacional, abrangendo toda a Rede Rodoviária Nacional. O serviço de visualização estabelecido permite aos utilizadores acederem à informação geográfica especificada anteriormente através de uma aplicação web. O serviço publica os mapas desenvolvidos, onde toda a informação relacionada com a RNA se encontra estrutura segundo as recomendações e orientações técnicas presentes nas especificação de dados (incluindo as especificações INSPIRE-T). Após o estabelecimento do serviço, procedeu-se à criação da aplicação web. A aplicação experimental desenvolvida pode ser acedida através do URL:http://sig.inir.pt/INSPIRE/default.aspx. 11

Fig.13. Serviço de visualização INSPIRE 4 CONCLUSÕES Através do estudo apresentado efetuou-se uma análise compreensiva dos problemas relacionados com o fornecimento de informação geográfica na Europa. Depois de analisados todos os fatores envolvidos, conclui-se que esses problemas são cruciais e que implicaram, por parte da União Europeia, a necessidade de normalização da informação geográfica para suporte à adequada elaboração de decisões políticas e para o alargamento ao cidadão da informação existente, para, em associação às novas tecnologias, proporcionar e estes mais e melhor informação de qualidade. Estas são as principais razões que levaram a União Europeia a estabelecer uma infraestrutura aberta de informação geográfica, já trazida para o normativo jurídico europeu através da designada Diretiva INSPIRE. Conclui-se também que o projeto-piloto desenvolvido é uma demonstração inequívoca da viabilidade da implementação da Diretiva INSPIRE aplicada à infraestrutura rodoviária. No entanto, essa implementação implicará um esforço conjunto das entidades envolvidas, muita dedicação e alguns custos, que apesar de tudo, poderão não ser muito elevados, se não existir recolha de informação adicional no terreno. Em concreto, o estudo apresentado, enquadrado no trabalho final de mestrado da primeira autora, só foi possível desenvolver com sucesso através do envolvimento de todos os intervenientes, nomeadamente do InIR, através do apoio prestado pelos colaboradores técnicos do Departamento de Sistemas de Informação. Como resultado desta colaboração foi criado o projeto-piloto do serviço de visualização INSPIRE, o primeiro a ser desenvolvido em Portugal na temática das redes de transporte rodoviário. Toda a informação relacionada com a RNA encontra-se disponível no serviços de visualização, e pode ser consultada através da aplicação web desenvolvida com o recurso à internet. O excelente e árduo trabalho desenvolvido pela Comissão Europeia e pelos Estados-Membros no sentido de tentarem solucionar estes problemas através do estabelecimento da Diretiva INSPIRE deve ser também enfatizado, apesar do caminho para a implementação efetiva da Diretiva ainda ser árduo e requerem um grande empenho de todas as partes envolvidas. 4.1 Perspetivas futuras Do ponto de vista da investigação o projeto-piloto desenvolvido é extremamente útil para o estabelecimento de uma ponte entre a informação geográfica, contemplada pela Diretiva INSPIRE e a análise de sistemas de transportes. O estudo desenvolvido permite uma melhor compreensão de duas vertentes diferentes de desenvolvimento e dos caminhos para a sua expansão futura. Devem ser estudadas as relações (e pontos de 12

contacto) entre a Diretiva INSPIRE e as normas CEN Transmodel, destinadas aos transportes públicos (e suas extensões). Essa ligação pode ser expandida, não só às normas e especificações existentes, mas também a outro tipo de normalização conceptual, incluindo ontologias, promovidas por iniciativas como o projeto START (Seamless Travel cross Atlantic Regions using a sustainable Transport) e outros, certamente com um papel importante no desenvolvimento de sistemas de transportes sem barreiras, rumo a uma Europa mais coesa também ao nível dos transportes e da mobilidade. A segunda vertente de pesquisa está relacionada com o potencial de expansão da Diretiva INSPIRE aos serviços de transportes, que não são atualmente contemplados, uma vez que esta só considera as infraestruturas. Já foram feitos alguns testes iniciais no âmbito da extensão INSPIRE-T. Outros exemplos relacionados com a procura, os níveis de serviço e qualidade dos sistemas de transportes podem ser modelados e desenvolvidos. No presente projeto-piloto apenas três variáveis foram utilizadas: a capacidade da estrada, o trafego médio diário anual (TMDA) e a percentagem de veículos pesados. Uma primeira estrutura UML foi já elaborada, permitindo a integração preliminar destes atributos com a ampla estrutura de dados disponibilizada pela Diretiva. Como já foi referido, estes atributos são de extrema importância para a gestão tática e estratégica de qualquer administração de infraestruturas rodoviárias. O teste desenvolvido foi bem-sucedido e, tecnicamente, pode-se concluir que o conceito INSPIRE pode ser estendido a outros atributos relacionados com o planeamento de transportes, como por exemplo, os dados sobre os acidentes rodoviários, que em Portugal são indicadores-chave para o desempenho da infraestrutura. 5 AGRADECIMENTOS A realização do presente trabalho foi possível graças à estreita cooperação entre o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa e o Instituto de Infra-estruturas Rodoviárias, I.P., regulador nacional da infraestrutura rodoviária. Esta bem-sucedida cooperação permitiu a aplicação das competências adquiridas através da formação académica da primeira autora, num contexto institucional, levando ao desenvolvimento de um projeto-piloto que consiste num serviço web de visualização, de acordo com as especificações INSPIRE e normas relacionadas. Este serviço de visualização foi o primeiro a ser desenvolvido em Portugal para a temática das redes de transporte rodoviário. 6 REFERÊNCIAS 1. MSI, Livro Verde para a Sociedade da Informação em Portugal, Lisboa, 1997. 2. A. Moniz e I. Kovács, Sociedade da Informação e Emprego, 2001. 3. R. P. Julião, Artigo em revista, GEOINOVA - Revista do Departamento de Geográfica e Planeamento Regional, 95-108, 1999. 4. U. Sandgren,, EUROROADS PAN-EUROPEAN ROAD DATA SOLUTION, Poland, 2004. 5. I. Soares, Estudo do Enquadramento e Aplicação da Diretiva INSPIRE à Infraestrutura Rodoviária, Dissertação para obtenção do grau de mestre em Engenharia Civil, ISEL, 2012. Disponível em: http://issuu.com/pjmm/docs/directiva_inspire_infraestrutura_rodovi_ria_in_sso/1 6. Comissão Europeia, Diretiva 2007/2/CE do Parlamento Europeu e do Concelho de 14 de Março de 2007 que estabelece a criação de uma infraestrutura de informação geográfica na Comunidade Europeia INSPIRE, Bruxelas, 2007. 7. Architecture and Standards Working Group, INSPIRE Architecture and Standards Position Paper, 2002. 8. N. Land, The Role of the National Mapping Agencies in Building Europe s Spatial Data Infrastructure, Paris, 2003. 9. InIR, I.P., Monitoring Report of the National Road Network, 2010. 10. C. S. Ferreira, BDE para Cadastro de Sinalização Vertical e Horizontal, 2010. 11. T. Svärd, National Land Survey of Sweden, Deliverable D6.5 Final specifications of core European road data, 2006. 13