4. RESULTADOS OBTIDOS E DISCUSSÃO

Documentos relacionados
DCC DCC FLUXOGRAMA GERAL. Departamento de Construção Civil. Material de aula do Prof. Marcelo Medeiros Direitos reservados

05/08/2014. Objetivo INSPEÇÃO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO

Inspeção de Estruturas de Concreto Com Uso de Câmera Termográfica Primeiras Impressões

Análise estrutural de cortina atirantada em iminência de colapso devido à corrosão de armaduras

Professor: Eng Civil Diego Medeiros Weber.

JORGE ANTONIO DA CUNHA OLIVEIRA RAÍSSA SOARES DO NASCIMENTO BÁRBARA CICUTO GONÇALVES PEREIRA AMANDA ROSA TEIXEIRA ÉRICA SILVA DA NÓBREGA

Patologia e recuperação de obras ENG /2

DIAGNÓSTICO: pesquisa de antecedentes, inspeção e estudo

Manutenção e Reabilitação ENCONTRO 20 ANOS ENGENHARIA CIVIL

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES INSPEÇÃO E ENSAIOS

Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná DCC. Departamento de Construção Civil DCC

05/08/2014. Ensaios para Avaliação das Estruturas. Ensaios para Avaliação das Estruturas ENSAIOS PARA INSPEÇÃO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO

MT DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. Avaliação da resistência do concreto por ensaio de luva expansível

Utilização da termografia infravermelha e escaneamento por radar para identificação de infiltrações e vazios em elementos nas construções

DETERMINAÇÃO DA FORÇA DEVIDA AO VENTO EM ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS ALTOS SEGUNDO DUAS VERSÕES: A SUGERIDA PELA NBR 6123 E OUTRA SIMPLIFICADA.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA IFPB

Dia do Betão 2018 Vila Franca de Xira 24 de Maio 2018

INTRODUÇÃO AO CONCRETO ARMADO

RECUPERAÇÃO DE ESTRUTURAS ESTUDO DE CASO

13/3/2017. Estratégia de Inspeção e Avaliação. Estratégia de Inspeção e Avaliação. Estratégia de Inspeção e Avaliação

ENSAIOS PARA ESTUDOS DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS ENSAIOS DESTRUTIVOS

INTEGRIDADE ESTRUTURAL. Ensaios. Gilberto Adib Couri

MESA REDONDA: AÇÕES PREVENTIVAS

Boas Práticas Preventivas

Análise dos danos estruturais e das condições de estabilidade de 100 pontes rodoviárias no brasil

MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS O CASO DAS FACHADAS REVESTIDAS COM PINTURAS

MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM EDIFICAÇÕES COM ESTRUTURAS DE AÇO EM PRESIDENTE PRUDENTE

PATOLOGIAS DO CONCRETO

PATOLOGIA DO BETÃO ARMADO

Durabilidade do concreto versus Agressividade do meio

ESTUDO DE CASO PONTE SOBRE O RIO MOJU

AVALIAÇÃO UNIFICADA 2016/1 ENGENHARIA CIVIL/6º PERÍODO SUBSTITUTIVA - NÚCLEO II CADERNO DE QUESTÕES

Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná. DCC Departamento de Construção Civil

AVALIAÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS DE UMA EDIFICAÇÃO EDUCACIONAL PÚBLICA EM MACEIÓ - AL

AVALIAÇÃO DA INTEGRIDADE ESTRUTURAL DE TANQUE DE CONCRETO ARMADO INDUSTRIAL

Projeto e Consultoria Estrutural

PATOLOGIA DO BETÃO ARMADO

Universidade Federal do Paraná / 2. Universidade Federal do Paraná /

Análise da degradação do concreto em uma estrutura no porto do Recife

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES INSPEÇÃO E ENSAIOS

PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES

Química Aplicada. Professor Willyan Machado Giufrida

RELATÓRIO DE INSPEÇÃO DE ESTRUTURA DO CASTELO D ÁGUA

Patologias mais Correntes nas Fachadas de Edifícios em Brasília

Desempenho em serviço Prof. Maristela Gomes da Silva

com que o módulo de resiliência varie pontualmente dentro de um material específico. Alternativa C é Correta.

Levantamento da incidência de manifestações patológicas em marquises de concreto armado na cidade de Itajaí/SC - Brasil

Professor: Eng Civil Diego Medeiros Weber.

Recalques de Fundação

Controle de fissuração: exemplos práticos

Em outubro de 2004, após o

RECUPERAÇÃO E REFORÇO EM ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO

ANÁLISE DA ESTABILIDADE GLOBAL DE UM EDIFÍCIO DE 30 PAVIMENTOS EM CONCRETO ARMADO COM DIFERENTES SISTEMAS DE CONTRAVENTAMENTO¹

Ensaios para Avaliação das Estruturas

RELATÓRIO DE ENSAIO Nº CCC/ /13 MASSA PRONTA PARA ASSENTAMENTO ENSAIOS DIVERSOS

MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM VEDAÇÕES ANA RITA ALVES BRUNO GREGORI DAIANA K. SCHORR SPOHR GIAN MINUZZO TALISSA RIBEIRO FONTOURA

REABILITAÇÃO DA COBERTURA DE EDIFÍCIO NO RIO DE JANEIRO - SUBSTITUIÇÃO DE TELHADO DANIFICADO POR SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO

Serviço Autônomo de Água e Esgotos de Itapira

XVIII COBREAP CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS IBAPE/MG NATUREZA DO TRABALHO: PERÍCIA

INSPEÇÃO E DIAGNÓSTICO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO: ESTUDO DE CASO

Radar de superfície GPR (Estudo de caso)

O Concreto nas Construções para Suínos. Jefferson de Santana Jacob Analista Engenheiro Civil, Me 05/12/2018

Introdução às Estruturas de Edificações de Concreto Armado

Análise Comparativa do desempenho de concretos com adições minerais quanto à corrosão de armaduras por íons cloretos

56º CBC IBRACON SEMINÁRIO DAS NOVAS TECNOLOGIAS Natal, Prof. Dr. Enio Pazini Figueiredo Universidade Federal de Goiás

DCC DCC DCC ESTUDOS DE CASO. Caso real. Caso real. Caso real. Caso real. Departamento de Construção Civil

Estruturas Mistas e Híbridas. Proteção Estrutural. Fabio Domingos Pannoni, Ph.D. Consultor Técnico Gerdau

comprometem o desempenho estrutural ao longo da vida útil.

Inspeção Preliminar, Diagnóstico e Análise de Estrutura Mista com Pilares Metálicos: Estudo de Caso em Brasília.

2) BRUNO (ENADE 2011 Tec. Const. Edifícios Q.09) Uma escada deverá ser executada conforme mostra a figura abaixo.

01. De acordo com as definições da NBR 6118:2003 (Projetos de Estruturas de Concreto), em estruturas de concreto, armaduras ativas são denominadas:

Mestrando em Estruturas e Construção Civil, PECC/ Universidade de Brasília / Departamento de Engenharia Civil e Ambiental /

Durabilidade e Desempenho Estrutural. Ricardo Ferreira

ESTUDO DE CASO EM PILARES DE UMA EDIFICAÇÃO COM PRESENÇA DE FISSURAS E INDÍCIOS DE CORROSÃO

GUIA RÁPIDO FISSURAS, TRINCAS E RACHADURAS

ANÀLISE DO DESEMPENHO DE LAJES COM MAIS DE 40 ANOS DE UTILIZAÇÃO

DURABILIDADE E VIDA ÚTIL DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO

ANÁLISE DO EFEITO DA CARBONATAÇÃO NO PROCESSO DE DEGRADAÇÃO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO DA CIDADE DE PELOTAS/RS

Patologias da Construção

PROJETO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO AVALIAÇÕES PATOLÓGICAS APLICADAS AO CONCRETO COM O USO DA TÉCNICA DE TERMOGRAFIA EM INSPEÇÃO PREDIAL

Prof. Dr. Claudius Barbosa

ESTUDO DE CASO: ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS E METODOLOGIAS DE INTERVENÇÕES EMPREGADAS NA RECUPERAÇÃO DO ESTÁDIO GOVERNADOR MAGALHÃES PINTO

Módulo 1: Conceitos e fundamentos para conservação de estruturas Aula 4 Fundamentos da tecnologia do concreto aplicados à conservação das estruturas

Revestimentos de Argamassa. Tecnologia de Argamassa P R O M O Ç Ã O

AVALIAÇÃO DE PATOLOGIAS EM OBRAS DE ARTE ESPECIAIS UTILIZANDO A METODOLOGIA GDE/UNB

ENGENHARIA, ELETRICA, ACESSIBILIDADE E CONFORTO

AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLOGICAS IDENTIFICADAS NAS FACHADAS DO PANTEÃO DA PÁTRIA TANCREDO NEVES EM BRASÍLIA/BRASIL ESTUDO DE CASO

DIAGNÓSTICO DE CAUSAS DE PATOLOGIAS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO

INSPEÇÃO E DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES DOS SISTEMAS PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO NO CAMPUS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS, SP, BRASIL

Técnica. (i) estratégia / plano / programa (ii)operação / registros (iii) Perda de desempenho precoce: falhas. Funcional.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

AVALIAÇÃO UNIFICADA 2015/2 ENGENHARIA CIVIL/6º PERÍODO NÚCLEO II CADERNO DE QUESTÕES

Métodos de ensaios não destrutivos para estruturas de concreto. Fonte: Revista Téchne, PINI Web.

Revista Gestão e Gerenciamento. Mensuração e distribuição de patologias na degradação em argamassa

Pró-Reitoria de Graduação Curso de Engenharia Civil Trabalho de Conclusão de Curso ANÁLISE DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM VIADUTOS DO DF

AJUSTE DE CURVA DA VARIAÇÃO DA MASSA DO AGREGADO GRAÚDO (PEDRA BRITA) SUBMERSO NA ÁGUA EM FUNÇÃO DO TEMPO 1. Fernanda Maria Jaskulski 2.

VIGAS DE CONCRETO ARMADO EM SERVIÇO, SUBMETIDAS À CARBONATAÇÃO

TÍTULO: ANÁLISE DA VIABILIDADE TÉCNICA EM VIGA DE CONCRETO ARMADO CLASSE I E II

Curso: Engenharia Civil - 3º Semestre Professor Especialista: Cássio Fernando Simioni

Prof. Dr. Claudius Barbosa

Transcrição:

4. RESULTADOS OBTIDOS E DISCUSSÃO 78

4 - RESULTADOS OBTIDOS E DISCUSSÃO A metodologia utilizada neste trabalho, possibilitou a quantificação do grau do dano de cada um dos edifícios estudados, possibilitando a analise da intensidade do dano encontrado, qual o dano de maior intensidade e realização de um comparativo entre as edificações estudadas quanto ao seu desgaste, em função da agressividade ambiental. As três Edificações Residenciais analisados são edificações classificadas pela Prefeitura da região em que estão situadas, como construção de alto padrão, com utilização de material de primeira qualidade. Os Edifícios Residenciais (ER's) aqui analisados - 1 e 3, utilizaram o mesmo escritório de cálculo estrutural. Nos três edifícios estudados, o foco da inspeção foi a área do subsolo, que segundo Andrade (1997) em sua dissertação de mestrado, realizando um estudo baseado no levantamento das manifestações patológicas no estado do Pernambuco considerou como a região nas edificações onde existe a maior incidência de lesões na estrutura. 4.1 --EDIFÍCIO RESIDENCIAL 1 (ER 1) 4.1.1- Descrição O Edifício Residencial 1 (ER 1) está classificado quanto a agressividade ambiental, segundo a NBR 6118/2003, como classe III, cuja agressividade é forte já que trata de zona marinha. Esta classificação determina um grande risco de deterioração da estrutura. 4.1.2 - Histórico O Edifício Residencial 1 denominado nesta dissertação como ER 1 com 23 anos de construído, conta com 20 pavimentos, sendo 18 pavimentos tipo, 1 pavimento de garagem e 1 de subsolo, constando no seu projeto estrutural que a resistência a compressão do concreto seja de 15 Mpa. Desde a conclusão da sua construção até a data desta análise, nunca realizou serviços de manutenção em sua estrutura, exceto serviços de pintura e/ou recuperação localizada, decorrentes de ações de cargas exteriores de pequena intensidade, como impactos leves de automóveis em pilares. 79

4.1.3 - Estado da Estrutura Em vistoria visual, verificou-se que as vigas do subsolo não apresentavam nenhum tipo de patologia aparente. Percebeu-se também que essas vigas estavam pintadas com tinta a óleo e, em consulta aos moradores, tomou-se conhecimento que esta proteção sempre foi mantida pelo condomínio desde sua inauguração. As tubulações de água e esgoto recebem uma manutenção preventiva a cada 4 anos e em caso de algum vazamento, existe um sistema de manutenção imediato, o que também evita o aparecimento de umidade na laje, observou-se porém, um vazamento no subsolo provocado por acúmulo de água pluvial no pavimento da garagem, supostamente um erro de projeto, favorecendo o desenvolvimento de fungos, como pode ser observado na Figura 4.1. Figura 4.1 - Fungos na viga do subsolo do ER 1 80

4.1.4 - Ensaios Realizados Foram realizados ensaios para verificação da profundidade de carbonatação, potencial de corrosão, ultra-som e esclerometria no Edifício Residencial ER 1, de forma a obter maiores informações sobre o estado atual do concreto das estruturas analisadas. 4.1.4.1 - Profundidade de carbonatação O subsolo do Edifício Residencial 1, é uma área de pouca ventilação, o que favorece o confinamento de gases de motores a combustão com provável presença de CO 2. Realizou-se a aplicação de fenolftaleína nos pilares desta edificação, para determinação da profundidade de carbonatação Tabela 4.1 - Profundidade de Carbonatação e Cobrimento das Armaduras (ER 1) PILAR PROFUNDIDADE DE CARBONATAÇÃO COBRIMENTO (cm) (cm) P16 1,2 1,0 P19 1,0 1,0 P22 1,0 1,0 Os 22 pilares estudados foram numerados de P 1 a P 22. Na análise dos resultados, verificou que apenas os pilares 16, 19 e 22 conforme a Tabela 4.1, apresentaram profundidade de carbonatação atingindo as armaduras, como mostra a Figura 4.2. Nos demais pilares estudados, a profundidade de carbonatação não ultrapassa 0,2 mm, sendo considerada superficial. 81

Figura 4.2 - Profundidade de carbonatação atingindo a armadura devido ao pouco recobrimento. 4.1.4.2 - Potencial de corrosão O Ensaio para verificação do potencial de corrosão foi realizado nos pilares que não evidenciavam corrosão das armaduras conforme os resultados da Tabela 4.2. Tabela 4.2 - Potencial de corrosão (Pilares ER 1) PILARES POTENCIAL DE CORROSÃO P12-247 P16-227 P4-210 P1-202 Segundo a classificação da ASTM C-876(1990), os pilares estudados demonstraram que a probabilidade de estarem em processo de corrosão é de 5%. Verificando visualmente o Pilar P 2 do ER 1, nota-se a presença de corrosão, sem perda de seção. conforme Figura 4.3. 82

Figura 4.3 - Armadura de pilar do ER 1 com corrosão, porém ainda sem perda de seção. 4.1.4.3 - Velocidade do pulso ultra-sônico A qualidade da pasta é a propriedade de maior influência na velocidade de propagação das ondas ultra-sônicas. Assim sendo, como não há registros da relação água/cimento utilizada no concreto deste ER, utilizamos o ultra-som para avaliar qualitativamente os Pilares P 2, P 4 e P 16 do ER 1, escolhidos aleatoriamente, com os resultados apresentados na Tabela 4.3 Tabela 4.3 - Velocidade do Pulso Ultra-Sônico (Pilares ER 1) PILARES V (m/s) P2 3700 P16 3100 P4 4150 Notou-se uma grande variação nas velocidades para diferentes elementos de pilar, porém, segundo classificação de Rincon et al (1998), o concreto de todos os pilares analisados apresentaram-se de boa qualidade. 83

4.1.4.4 - Ensaio de esclerometria O ensaio de esclerometria obedeceu ao método proposto pela NBR 7584/1982 que avalia a dureza superficial pelo esclerômetro de reflexão. A direção do esclerômetro foi para todos os três estudos casos, mantidos na horizontal; a condição da superfície estudada foi lisa e realizada em temperatura ambiental. Foram realizadas 5 impactos em cada um dos Pilares, P 3, P 4, P 10 e P 12, conforme Tabela 4.4, escolhidos aleatoriamente e calculado a média aritmética dos resultados com descarte dos valores com variação de ± 5 unidades do valor médio das medições. Tabela 4.4 - Esclerometria (Pilares ER 1) PILAR INDICE ESCLEROMÉTRICO (Ie) P12 35 P3 38 P10 41 P4 42 Neste ensaio, por vezes a área determinada coincidiu com as armaduras dos pilares, o que resultou em falsa dureza, obrigando a desenhar nova área para realização do mesmo. Verificou-se neste ensaio a grande variabilidade da dureza superficial. 4.1.5 - Grau de Deterioração das Famílias 4.1.5.1 - Família de pilares - ER 1 A Tabela 4.5 resume os diferentes danos observados na avaliação dos 21 pilares do ER 01. Calculado o grau de dano desta família de elemento. O cálculo do Gde1, refere-se a expressão segundo Castro (1994), e Gde2, relacionada a expressão desenvolvida por Lopes (1998). Tabela 4.5 - Avaliação dos Danos e Grau de Deterioração do Elemento - "Pilares" (ER 1) Pilar Danos Fi Fp D m Gde1 Gde2 Eflorescência 2 5 4 P2 Esfoliação 3 8 32 3 36,00 40,00 Mancha 2 5 4 P3 Mancha 2 5 4 1 4,00 4,00 84

Tabela 4.5 - Avaliação dos Danos e Grau de Deterioração do Elemento - "Pilares" (ER 1) (Continuação) Pilar Danos Fi Fp D m Gde1 Gde2 P4 Infiltração na base 1 6 2,4 2 6,40 6,40 Esfoliação 2 8 6,4 P6 Desagregação 2 7 5,6 2 5,60 5,60 Manchas de Corrosão 2 7 5,6 Infiltração na base 1 6 2,4 P7 Eflorescência 2 5 4 4 35,47 39,84 Esfoliação 3 8 32 Manchas 2 5 4 P10 Esfoliação 2 8 6,4 1 6,40 6,40 Eflorescência 2 5 4 P11 Manchas de Corrosão 2 7 5,6 4 49,87 57,0 Fissuras 3 10 40 Manchas 3 5 20 P12 Manchas 2 5 4 1 4,0 4,0 Infiltração na Base 1 6 2,4 Eflorescência 2 5 4 P13 Esfoliação 2 8 6,4 6 9,84 11,06 Manchas de Corrosão 1 7 2,8 Fissuras 1 10 4 Manchas 2 5 4 Eflorescência 3 5 20 Esfoliação 3 8 32 P14 Desagregação 3 7 28 5 61,20 67,17 Cobrimento deficiente 2 6 4,8 Fissuras 3 10 40 Infiltração da base 1 6 2,4 Esfoliação 3 8 32 Desagregação 2 7 5,6 Cobrimento deficiente 1 6 2,4 P16 Manchas de Corrosão 2 7 5,6 8 48,23 65,18 Fissuras 3 10 40 Carbonatação 2 7 5,6 Manchas 2 5 4 85

Tabela 4.5 - Avaliação dos Danos e Grau de Deterioração do Elemento - "Pilares" (ER 1) (Continuação) Eflorescência 2 5 4 Esfoliação 2 8 6,4 P17 Infiltração na Base 2 6 4,8 Cobrimento deficiente 2 6 4,8 6 13,12 13.24 Manchas de Corrosão 2 7 5,6 Fissuras 2 10 8 Eflorescência 2 5 4 Esfoliação 2 8 6,4 Cobrimento deficiente 1 6 2,4 P18 Manchas de Corrosão 2 7 5,6 6 44,48 54.4 Fissuras 3 10 40 Manchas 2 5 4 Eflorescência 1 5 2 Esfoliação 2 8 6,4 P19 Cobrimento deficiente 1 6 2,4 Fissuras 2 10 8 6 12,08 11.35 Carbonatação 2 7 5,6 Manchas 2 5 4 Esfoliação 2 8 6,4 P20 Cobrimento deficiente 1 6 2,4 4 Manchas de Corrosão 2 7 5,6 44,80 50.58 Fissuras 3 10 40 Esfoliação 3 8 32 P21 Manchas de Corrosão 2 7 5,6 3 36,80 59.69 Manchas 2 5 4 Gdf(Grau de deterioração da família de elementos) Expressão Castro (1994) 44,56 Expressão Lopes (1998) 54,23 Expressão Boldo (2002) 123,94 Gde1 - Calculo do Gde pela expressão de Castro (1994) Gde2 - Cálculo do Gde pela expressão de Lopes (1998) 86

Na Figura 4.4, que representa o Pilar P 21, verificou-se a expansão do concreto causado provavelmente pela corrosão das armaduras. Figura 4.4 - Expansão do Concreto (ER 1) Analisando o estado dos pilares da Edificação 1, do total de 22 pilares estudados, 17 apresentavam algum tipo de dano e foi encontrado um total de 66 danos de dez diferentes tipos. O número de patologias encontradas por pilar foi variável, visto que 3 dos pilares estudados apresentaram 1 dano enquanto que o Pilar P16 apresentou 8 danos. A Figura 4.5 apresenta o percentual de danos na família pilar. 87

Esfoliação Manchas Fissuras Eflorescencia Manchas De Corrosão Cobrimento Deficiente Infiltração na Base Carbonatação Desagregação Segregação 0 5 10 15 20 % Figura 4.5 - Ocorrência de danos nos pilares da Edificação 1 Verificou-se que a mais freqüente das patologias encontradas neste ER, foi a esfoliação (20%) resultante provavelmente da corrosão da armadura devido alta porosidade do concreto. O grau de intensidade deste dano foi significativamente alto, apesar de não ter ultrapassado o nível 3, conforme Figura 4.6. 88

20% 18% Fi=1 Fi=2 Fi=3 62% Figura 4.6 - Ocorrência do danos em pilares por fator de intensidade 4.1.5.2 - Família das vigas e lajes (ER 1) Na inspeção visual, não foram evidenciados sinais de degradação da família de elemento viga e laje. 4.1.5.3 - Reservatório inferior Os diferentes danos observados estão listados na Tabela 4.6 evidenciando principalmente o fenômeno de eflorescência e de vazamentos, devido ao aparecimento de fissuras decorrentes da expansão do concreto, é provocada pela corrosão das armaduras. Esta corrosão provavelmente, devido ao cobrimento deficiente das paredes do reservatório inferior. 89

Tabela 4.6 Avaliação dos Danos e Grau do Deterioração do Reservatório Inferior (ER 1) Dano no reservatório inferior. Fi Fp D M Gde 1 Gde 2 Infiltração 4 8 12,8 Eflorescência 3 7 8,4 Manchas de Corrosão 4 9 14,4 4 24,26 24,08 Cobrimento Deficiente 3 7 8,4 Gdf(Grau de deterioração da família de elementos) Expressão Castro(1994) 24,26 Expressão Lopes(1998) 24,08 Expressão Boldo(2002) 24,08 Segundo as três expressões utilizadas neste trabalho para cálculo do grau de deterioração da família de elementos (Gdf), ambas concordam verificou-se a necessidade de uma intervenção a médio prazo com observação periódica. 4.1.6 - Grau de Deterioração da Estrutura A Tabela 4.7 resume o grau de deterioração de cada família de elementos com seu respectivo valor do fator de relevância estrutural, resultando no cálculo do grau de deterioração da estrutura do Edifício Residencial 1. O Gd, pela expressão de Castro (1994), é avaliado em 36,98, valor considerado médio com necessidade de observação periódica e intervenção a médio prazo no ER 1. Tabela 4.7 - Grau de Deterioração da Estrutura (ER 1) Família Gdf 1 Gdf 2 Gdf 3 Fr K Pilares 44,61 54,23 123,94 5,0 Vigas ----- ----- 2 Laje ----- ----- Reservatório Inferior 24,26 24,08 24,08 3,0 Gd (Grau de deterioração da estrutura) Castro (1994) 36,98 Gd (Grau de deterioração da estrutura) Lopes (1998) 42,92 Gd (Grau de deterioração da estrutura) Boldo (2002) 42,92 90