Nayara Beatriz Dias de Oliveira Pereira, Ana Cristina de Oliveira Solis

Documentos relacionados
RASPAGEM ASSOCIADA À AMOXICILINA E METRONIDAZOL EM PACIENTE COM PERIODONTITE CRÔNICA. AVALIAÇÃO CLÍNICA DE 11 MESES.

RESUMO. Adriana Gomes Amorim 1, Bruno César de Vasconcelos Gurgel 2.

Definição. Definição. Características clínicas e laboratoriais. Características Clínicas e Microbiológicas. Doença Periodontal Agressiva:

Aremoção mecânica regular da placa bacteriana é considerado

TÍTULO: EFEITO DA TERAPIA PERIODONTAL NÃO CIRÚRGICA SOBRE O CONTROLE GLICÊMICO EM INDIVÍDUOS COM DIABETES TIPO2 E PERIODONTITE CRÔNICA: ENSAIO CLÍNICO

Aspectos Microbiológicos das Doenças Periodontais. Profa Me. Gilcele Berber

ANTIMICROBIANOS LOCAIS COMO ADJUNTOS À TERAPIA PERIODONTAL

8ª período de Medicina Veterinária 2016/2

ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PERIODONTIA PERIODONTITE AGRESSIVA: UMA REVISÃO ATUAL. Lucas Couto Sampaio

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DA TERAPIA FOTODINÂMICA NA TERAPIA PERIODONTAL NÃO CIRURGICA DA PERIODONTITE CRÔNICA AVANÇADA

PERIODONTITE CRÔNICA E AGRESSIVA: PREVALÊNCIA SUBGENGIVAL E FREQÜÊNCIA DE OCORRÊNCIA DE PATÓGENOS PERIODONTAIS

TERAPIA NÃO CIRÚRGICA

USO DE ANTIBIÓTICOS SISTÊMICOS NA TERAPIA PERIODONTAL:

Classificação das periodontites em indivíduos jovens revisão da literatura e relato de casos clínicos

RESSALVA. Atendendo solicitação do(a) autor(a), o texto completo desta dissertação será disponibilizado somente a partir de 17/01/2019.

Procedimentos Cirúrgicos de Interesse Protético/Restaurador - Aumento de Coroa Clínica - Prof. Luiz Augusto Wentz

TRATAMENTO PERIODONTAL BASEADO EM EVIDÊNCIAS RELATO DE CASO Evidence Based Periodontal Treatment Case Report

ANTIBIOTICOTERAPIA SISTÊMICA NO TRATAMENTO DAS DOENÇAS PERIODONTAIS

MESTRADO EM ODONTOLOGIA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM PERIODONTIA DAIANE FERMIANO

Diretrizes para a utilização adjunta da antibioticoterapia sistêmica no tratamento das doenças periodontais

Revista Científica UMC

OCORRÊNCIA DE Actinobacillus actinomycetemcomitans NA DOENÇA PERIODONTAL

Após um episódio de ITU, há uma chance de aproximadamente 19% de aparecimento de cicatriz renal

CLASSIFICAÇÃO E EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS PERIODONTAIS

Baixa Dose de Naltrexona Trata a Dor Crônica. Apresenta Eficácia e Tolerabilidade em Mais de 93% dos Pacientes com Fibromialgia

PLANOS DE TRATAMENTO MENOS INVASIVOS. Straumann Biomaterials> Biológicos. Straumann Emdogain FL Cultivando a regeneração periodontal.

NOVA CLASSIFICAÇÃO DAS PERIODONTITES ADAPTADO DO RELATÓRIO DE CONSENSO DO

CIRURGIA PERIODONTAL

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CAMPUS I CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE- CCBS CURSO DE ODONTOLOGIA JOSÉ DE ALENCAR FERNANDES NETO

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA UFRN CONCURSO PÚBLICO PARA PROFESSOR EFETIVO CLÍNICA INTEGRADA/ PERIODONTIA 25/11/2013

VARIABILIDADE DO SANGRAMENTO À SONDAGEM AO REDOR DE IMPLANTES DENTÁRIOS

(22) Data do Depósito: 25/02/2015. (43) Data da Publicação: 20/09/2016

AO TRATAMENTO PERIODONTAL DE

DOUTORADO EM ODONTOLOGIA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM PERIODONTIA. Maria Josefa Mestnik

Sinopse João Batista César Neto * Abstract Márcio Zaffalon Casati *** UTILIZAÇÃO CLÍNICA DE SOLUÇÕES DE IODO NA TERAPIA PERIODONTAL

Uso de antimicrobianos sistêmicos e locais no tratamento da Periodontite Agressiva

Ensaios clínicos. Definições. Estudos de intervenção. Conceitos e desenhos

Hidroxizina é Nova Potencial Opção Terapêutica para Tratamento do Bruxismo do Sono Infantil. Segurança e Eficácia Comprovadas em

A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DO BIOFILME SUPRAGENGIVAL NA AVALIAÇÃO DO RISCO PERIODONTAL E NA MANUTENÇÃO PERIÓDICA PREVENTIVA (MPP): PERSPECTIVAS ATUAIS

AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA CLÍNICA E MICROBIANA DE

Introdução. Doenças periodontais

ENSAIOS CLÍNICOS CLÍNICO CLÍNICOS. Introdução. Definições

Indicador: Incidência de mucosite em Unidades de Internação e em pacientes Ambulatoriais

AVALIAÇÃO DO USO DE PERIOCHIP EM BOLSAS PERIODONTAIS PROFUNDAS

Dissertação EFEITO DA AZITROMICINA COMO COADJUVANTE NO TRATAMENTO DA PERIODONTITE EM INDIVÍDUOS JOVENS DESFECHOS CLÍNICOS PRELIMINARES.

DOUGLAS CAMPIDELI FONSECA

17/10/2016. Bactérias anaeróbias. Microbiota bucal. Fatores que regulam a microbiota bucal. Bactérias anaeróbias na cavidade bucal.

Anastrozol. Antineoplásico câncer da mama. Anastrozol não possui atividade progestogênica, androgênica ou estrogênica.

AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS CLÍNICOS PERIODONTAIS EM PACIENTES COM E SEM DOENÇA RENAL CRÔNICA. UMA REVISÃO DE LITERATURA.

Irineu Gregnanin PEDRON* Isabel Peixoto TORTAMANO** Maria Aparecida BORSATTI** Carlos Alberto ADDE** Rodney Garcia ROCHA***

Esmalte com Clorexidina Benefícios em pacientes com gengivite crônica.

enças sistêmicas, em especial, doença coronariana, acidente vascular cerebral, nascimento de bebês prematuros de baixo peso

Temas para Sugestão de Aulas para Exame Geral de Qualificação

AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DAS TERAPIAS PERIODONTAIS BÁSICAS REALIZADAS PELOS GRADUANDOS DE ODONTOLOGIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC, MACEIÓ, BRASIL

DOS TECIDOS BUCAIS. Periodontopatias. Pulpopatias. Periapicopatias TIPOS: -INCIPIENTE -CRÔNICA -HIPERPLÁSICA. Causada pelo biofilme bacteriano

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL CURSO DE ODONTOLOGIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO FRANCINE ARAUJO SELEME PAULA DAL MOLIN SEGATTO

MARYELISA VICENTE GONÇALVES

Solução completa para o bem estar intestinal

ODONTOLOGIA PREVENTIVA. Saúde Bucal. Periodontite. Sua saúde começa pela boca!

PERIODONTITE CRÔNICA: UMA DISCUSSÃO SOBRE O TRATAMENTO NÃO CIRÚRGICO CHRONIC PERIODONTITIS: A DISCUSSION ABOUT THE NONSURGICAL TREATMENT

JULIANA ALETHUSA VELLOSO MENDES

TATIANE OLIVEIRA SIROTTO

Trabalho de Conclusão de Curso

ANTIBIÓTICOS SISTÊMICOS EM PERIODONTIA

Estudo Compara Efeitos da Morfina Oral e do Ibuprofeno no Manejo da Dor Pós- Operatória

PERIODONTITE AGRESSIVA: REVISÃO DE LITERATURA

USO DE ANTIMICROBIANOS LOCAIS EM PERIODONTIA: UMA ABORDAGEM CRÍTICA Use of local antimicrobials in periodontics: A critical approach

MESTRADO EM ODONTOLOGIA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM PERIODONTIA TAMIRES SZEREMESKE DE MIRANDA

- Gengivite. Periodontal. Crônica. - Periodontite. Agressiva GENGIVITE

STELLA DE NORONHA CAMPOS MENDES

IMPORTÂNCIA DA TERAPIA DE SUPORTE PARA A SAÚDE PERIODONTAL

UTILIZAÇÃO DO METRONIDAZOL ASSOCIADO À AMOXICILINA NO TRATAMENTO DAS PERIIMPLANTITES

ANTIBIOTICOTERAPIA COMO COADJUVANTE NO TRATAMENTO PERIODONTAL NÃO CIRÚRGICO DE PACIENTES DIABÉTICOS

ANTIBIÓTICOS EM ODONTOPEDIATRIA NÃO PROFILÁTICOS E PROFILÁTICOS

Reduced pelvic pain in women with endometriosis: efficacy of long-term dienogest treatment.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO CLÍNICA ODONTOLÓGICA ÊNFASE EM PERIODONTIA

Infecções por Gram Positivos multirresistentes em Pediatria

RENAN DE OLIVEIRA TEIXEIRA O USO DE ANTIMICROBIANOS NA TERAPIA PERIODONTAL: REVISÂO.

RECOLONIZAÇÃO BACTERIANA DE SÍTIOS SUBMETIDOS À RASPAGEM E APLAINAMENTO RADICULAR EM PRESENÇA DE SÍTIOS NÃO TRATADOS

Sinopse Patricia Ramos CURI * Abstract Enilson A. SALLUN *** REGENERAÇÃO TECIDUAL GUIADA NO TRATAMENTO DE LESÕES DE BIFURCAÇÃO CLASSE II

1º episódio Podcast Canal Dermatologia

Microbiota Residente, Indígena ou Autóctone do Corpo Humano

DANIELE SALAMI LOURENÇÃO. Detecção e quantificação de bactérias no biofilme subgengival de indivíduos. com diferentes formas de doença periodontal

Efeito do controle do biofilme supragengival na condição periodontal de pacientes tabagistas uma revisão sistemática

RAFAEL DE OLIVEIRA DIAS

RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DE BACTÉRIAS ISOLADAS DE AMOSTRAS DE CÃES E GATOS ATENDIDOS EM HOSPITAL VETERINÁRIO

Doenças gengivais induzidas por placa

ARIANA SOARES RODRIGUES

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

DIAGNÓSTICO CLÍNICO E COMPLEMENTAR DAS DOENÇAS PERIIMPLANTARES Clinical and complementary diagnosis of peri-implantitis disease

UNIVERSIDADE PAULISTA PROGRAMA DE MESTRADO EM ODONTOLOGIA

VICTOR JEAN-MARC ROBERT MARTINO

Avaliação clínica e microbiana da terapia periodontal mecânica em indivíduos com periodontite crônica

Tratamento da. o á e

MÉTODOS DE ESTUDO DE BACTÉRIAS BUCAIS

RESUMO. UNITERMS: Desinfecção. Tratamento periodontal. Clorexidina. R Periodontia 2014; 24:41-47.

Doenças Periodontais. Doenças periodontais. Saúde Periodontal. Saúde Periodontal 16/10/2018

UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO

PAULO LINARES CALEFI

21/03/2017. Microbiota Residente, Indígena ou Autóctone do Corpo Humano. Características da Microbiota Residente

Transcrição:

TRATAMENTO PERIODONTAL NÃO-CIRÚRGICO ASSOCIADO AO USO SISTÊMICO DE AMOXICILINA E METRONIDAZOL EM PACIENTES COM PERIODONTITE AGRESSIVA. UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA. Nayara Beatriz Dias de Oliveira Pereira, Ana Cristina de Oliveira Solis UNIVAP/Faculdade de Ciências da Saúde, Av. Shishima Hifumi, 2911, Bairro Urbanova nayara_bdop@yahoo.com.br, anacristinasolis@uol.com.br Resumo- Pacientes com periodontite agressiva (PA) exibem uma destruição acentuada dos tecidos periodontais e podem perder seus dentes numa idade precoce. Em situações clínicas características, tais como pacientes com bolsas profundas, com doença progressiva (ativa), ou com um perfil microbiológico específico, o tratamento com antimicrobianos sistêmicos tem mostrado resultados clinicamente relevantes. O objetivo deste estudo foi conduzir uma revisão de literatura para investigar a eficácia clínica do tratamento periodontal não-cirúrgico associado ao uso adjunto de amoxicilina e metronidazol em quadros de PA, no período de 6 meses. Banco de dados: PubMed e Scientific Electronic Library on Line (Scielo). Palavraschave: aggressive periodontitis, amoxicillin, metronidazole. Limites de busca: agosto de 1990 a agosto de 2010. Além da melhora observada nos níveis de inflamação gengival os resultados mostraram que houve um ganho clínico de inserção médio de 0,52 a 1,20 mm e uma redução da profundidade clínica de sondagem média de 1,0 a 1,95 mm. A repercussão clínica da terapia combinada também foi mais evidente que a microbiológica. Palavras-chave: Periodontite agressiva, raspagem, amoxicilina e metronidazol Área do Conhecimento: Odontologia Introdução A Periodontite Agressiva (PA) tem como característica essencial a destruição acentuada e rápida dos tecidos periodontais. Os pacientes são geralmente saudáveis exceto pela presença da doença. De acordo com a Academia Americana de Periodontia (AAP), existem 2 formas principais, a localizada e a generalizada. Dados epidemiológicos indicam que no Brasil a prevalência da PA é de 5,5% a 9,9%, dependendo da característica da população, urbana ou isolada (SUSIN et al., 2005, CORRAINI et al., 2009). A destruição ocorre devido ao aumento da expressão de mediadores imunológicos e fatores genéticos à infecção bacteriana (KANER et al., 2007). O diagnóstico da doença é feito pelo registro das medidas de sondagem, presença de sangramento e supuração, grau de mobilidade dos dentes aliado à observação da quantidade de placa e exame radiográfico. Geralmente a quantidade de fatores etiológicos é inconsistente com a destruição observada (TONETTI, MOMBELLI, 1999). Patógenos periodontais geralmente detectados nos sítios de destruição incluem: Aggregatibacter actinomycetemcomitans e Porphyromonas gingivalis O tratamento da PA é um desafio para os clínicos, pois não existem protocolos estabelecidos e resultados clínicos duradouros para o controle da doença, na maioria dos casos (XAJIGEORGIOU et al., 2006). Somando-se a isso, patógenos periodontais podem não ser adequadamente suprimidos a um nível compatível com a saúde periodontal, por causa de sua capacidade de invadir tecidos moles. Johnson et al. (2008) verificaram que células epiteliais invadidas por microrganismos podem ficar protegidas da ação de antimicrobianos sistêmicos. Patógenos periodontais também podem estar localizados em túbulos dentinários, furcas ou defeitos infra-ósseos profundos de difícil acesso, onde estão protegidos da adequada instrumentação mecânica (KANER et al., 2007). A raspagem combinada com a administração de antibióticos sistêmicos mostrou resultados clínicos animadores, quando comparados à raspagem isoladamente, principalmente em bolsas profundas (GUERRERO et al., 2005, HERRERA et al., 2008). O tratamento mecânico e a associação de amoxicilina e metronidazol (AMOX/MET) promoveu a estabilidade da inserção e melhora do quadro clínico de pacientes com PA no período de 5 anos (BUCHMANN et al., 2002). O objetivo deste estudo foi conduzir uma revisão de literatura para investigar a eficácia clínica do tratamento de raspagem associado ao uso adjunto de amoxicilina e metronidazol em quadros de PA, no período de 6 meses. Alguns autores sugeriram que as alterações clínicas XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação Universidade do Vale do Paraíba 1

obtidas logo após o tratamento podem não permanecer por maiores períodos acompanhamento, pela recolonização de sítios previamente tratados (JOHNSON et al., 2008). Neste sentido, escolhemos o tempo de 6 meses para determinar de forma mais realista o benefício da terapia combinada. Para responder a esta pergunta foi utilizada a estrutura de uma revisão sistemática, por facilitar a elaboração de diretrizes clínicas. Figura 1- Estratégia de busca dos textos completos no PubMed. Pesquisa inicial (agosto 2010) Seleção de títulos e resumos (37) Metodologia Pergunta: Qual é o benefício clínico do tratamento periodontal não-cirúrgico associado à amoxicilina e metronidazol em pacientes com periodontite agressiva, no período de 6 meses? Banco de dados: PubMed, Scientific Electronic Library on Line (Scielo) Títulos e resumos excluídos (25) Artigos completos (12) Palavras-chave: aggressive periodontitis, amoxicillin, metronidazole. Limites da busca no PubMed: literatura dos últimos 20 anos (agosto de 1990 a agosto de 2010). Método detalhado de busca no PubMed: (("aggressive periodontitis"[mesh Terms] OR ("aggressive"[all Fields] AND "periodontitis"[all Fields]) OR "aggressive periodontitis"[all Fields]) AND ("amoxicillin"[mesh Terms] OR "amoxicillin"[all Fields]) AND ("metronidazole"[mesh Terms] OR "metronidazole"[all Fields])) AND ("1960/08/10"[PDAT]: "2010/08/10"[PDAT]) AND ("1990/08/10"[PDAT]: "2010/08/10"[PDAT]) Critérios de exclusão de títulos e resumos no PubMed: artigos sem avaliação clínica da RAP/MET/AMOX após 6 meses, artigos sem resumo na base de dados, relatos de caso clínico, artigos de revisão de literatura, artigo em hebraico, artigos que usaram antimicrobianos sistêmicos na periodontite refratária. Critérios de exclusão de textos completos no PubMed: artigos sem avaliação clínica após 6 meses do tratamento de RAP/MET/AMOX, artigo com resultados de tratamentos não-cirúrgicos e cirúrgicos combinados. Não foram encontrados textos relacionados ao tema no Scielo, nem restringindo as palavras-chave para amoxicillin e metronidazole Revisão da literatura Artigos completos excluídos (4) Artigos avaliados (8) Guerrero et al. (2005) investigaram os efeitos clínicos da RAP, realizada com instrumentos ultra-sônicos e manuais, no período de 24 horas, associada ou não ao uso adjunto de AMOX/MET no tratamento da periodontite agressiva generalizada. Foi realizado um ensaio clínico randomizado, controlado por placebo, duplo-cego, com acompanhamento de 6 meses. Os pacientes deveriam apresentar boa saúde sistêmica, pelo menos 20 dentes presentes, e idades entre 16 e 35 anos quando realizado o primeiro diagnóstico da doença. Vinte pacientes receberam RAP+AMOX/MET e 21, RAP+ medicação placebo. Os dados indicaram que o uso da medicação sistêmica promoveu melhoras significativas especialmente no período de 2 e 6 meses. Xajigeorgiou et al. (2006) avaliaram e compararam os efeitos do uso adjunto de AMOX/MET, doxiciclina e metronidazol nos parâmetros microbiológicos e clínicos de pacientes com periodontite agressiva generalizada (PAG). Quarenta e três pacientes receberam raspagem e alisamento radicular e, após 6 semanas, foram divididos em 3 grupos experimentais (AMOX/MET, doxiciclina e metronidazol) e um controle (somente raspagem). Um total de 1.610

amostras foi processado para quatro espécies bacterianas (Porphyromonas gingivalis, Aggregatibacter actinomycetemcomitans sorotipo b, Tannerella forsythia e Treponema denticola). A raspagem reduziu os níveis das quatro espécies bacterianas de forma não homogênea. O A. Actinomycetemcomitans não foi significativamente reduzido em dois grupos (AMOX/MET e MET). A P. gingivalis foi significantemente reduzida nos quatro grupos, seis semanas após a raspagem. Os resultados mostraram que o MET ou a combinação AMOX/MET é efetiva em bolsas profundas em pacientes com periodontite agressiva, desde que o Aggregatibacter actinomycetemcomitans não esteja presente. Kaner et al. (2007) comparam a raspagem (RAP) com chip de clorexidina (CLX) e a RAP com o uso sistêmico de AMOX/MET no tratamento da periodontite agressiva generalizada. Foi conduzido um estudo controlado, randomizado, em paralelo, cego, com o período de observação de 6 meses. Foram selecionados pacientes com idades ente 18 e 40 anos, com pelo menos 20 dentes na boca, com NCI e PCS 6 mm em pelo menos 2 sítios. Pelo menos 3 dentes, além dos primeiros molares e incisivos deveriam estar envolvidos. Após o exame inicial, os pacientes receberam RAP por quadrante em todos os sítios com PCS 4 mm. A RAP foi finalizada em aproximadamente 10 dias. Dezoito pacientes receberam RAP+CLX e 18 RAP+AMOX/MET. Os parâmetros periodontais foram avaliados no início, no período de 3 e 6 meses após o tratamento. Os resultados mostraram que o ganho clínico obtido com o antimicrobiano sistêmico foi maior, especialmente com relação à redução de PCS, ganho de inserção e redução da proporção de sítios indicados para procedimento cirúrgico. Kaner et al. (2007) avaliaram o impacto do tempo na terapia adjunta antibiótica com AMOX/MET e raspagem sobre os resultados da terapia periodontal. Foram comparados dois grupos de pacientes com periodontite agressiva generalizada, retrospectivamente, de dois estudos clínicos finalizados. Estes pacientes apresentavam idades entre 18 e 40 anos e 20 dentes na boca (com NCI e PCS 6 mm em pelo menos 2 sítios). Além disso, 3 dentes, além dos primeiros molares e incisivos deveriam apresentar perda de inserção clínica. Todos os pacientes foram tratados com AMOX/MET, sendo que no corte A (dezessete pacientes) as medicações foram administradas imediatamente após a conclusão da raspagem (RAP) inicial, e no corte B (dezessete pacientes) após 3 meses da raspagem inicial. Os resultados mostraram que o tratamento com antibióticos imediatamente após a raspagem pode resultar em maior redução de PCS e ganho de inserção. Moreira et al. (2007) verificaram as diferenças dos parâmetros clínicos periodontais em pacientes com periodontite agressiva submetidos à raspagem da boca toda (em 24 h) ou à terapia periodontal básica por quadrante, ambas associadas à clorexidina e antimicrobianos sistêmicos. Pacientes com peridontite agressiva e com idades entre 18 e 35 anos foram selecionados para o estudo. Cada paciente apresentava 20 dentes ou mais e quatro sítios em dentes diferentes com profundidade clínica de sondagem (PCS) 6 mm e nível clínico de inserção (NCI) 5mm. A amostra foi dividida em 2 grupos: o grupo teste (n=17) recebeu raspagem em 24 horas (2 sessões de 2 horas cada), e o grupo controle (n=17) recebeu raspagem por quadrante em 14 dias (uma hora de sessão por quadrante). Os procedimentos de raspagem realizados em 24h ou por quadrante apresentaram efeitos clínicos similares nestes pacientes. Johnson et al. (2008) realizaram um estudo para verificar se patógenos periodontais associados a periodontite agressiva poderiam persistir em sítios extracreviculares após a raspagem e alisamento radicular, administração sistêmica de antibióticos, e bochechos antimicrobianos. Foram selecionados 18 pacientes com idades entre 16 e 67 anos, com diagnóstico de periodontite agressiva. Foi feita a coleta de placa subgengival e células epiteliais para análise microbiológica e microscopia confocal. O tratamento incluiu a raspagem da boca toda realizado em 2 sessões no espaço de 3 dias. O paciente recebeu AMOX/MET 3 vezes ao dia durante 7 dias e bochecho de clorexidina a 0,12% duas vezes ao dia durante 30 dias. Os resultados mostraram que houve uma melhora significativa nos parâmetros clínicos periodontais nos períodos de 3 a 6 meses. Também foi observado que não houve redução das células epiteliais invadidas por microrganismos com a terapia antimicrobiana. Portanto, foi sugerido que as bactérias intracelulares podem estar protegidas da terapia antimicrobiana sistêmica. Valenza et al. (2009) investigaram as mudanças da microbiota subgengival de pacientes com periodontite agressiva. Amostras de placa subgengival foram obtidas e as pacientes receberam tratamento periodontal não-cirúrgico no período de 24 h. Logo após, os antimicrobianos sistêmicos foram prescritos. Após 2, 6 e 12 meses, novas amostras de placa foram coletadas (nos mesmos sítios iniciais) e os registros da profundidade clínica de sondagem e sangramento à sondagem foram anotados. Foram observadas mudanças sutis na microbiota tais como a redução temporal da Porphyromonas gingivalis e Treponema denticola. O Treponema sokranskii

não foi alterado e em 4 pacientes com recolonização de P. gingivalis, os clones bacterianos foram idênticos antes e após o tratamento. Houve redução da profundidade clínica de sondagem após o tratamento instituído e os resultados foram considerados favoráveis. Yek et al. (2010) avaliaram a eficácia do tratamento de amoxicilina e metronidazol nos parâmetros clínicos e microbiológicos de pacientes com periodontite agressiva. Além disso, os autores investigaram a recolonização de patógenos periodontais em sítios previamente tratados. A amostra foi composta por 12 pacientes que receberam RAP+AMOX/MET e 16 controles (receberam RAP). A detecção de patógenos foi realizada através da reação de polimerase em cadeia. A avaliação clínica e microbiológica foi realizada no início e após 3 e 6 meses do tratamento. Houve uma melhora significativa dos parâmetros periodontais nos dois grupos durante o período de acompanhamento e o uso de antimicrobianos preveniu à recolonização de Tannerella forsythia. Os principais achados destes estudos podem ser observados nas tabelas 1 e 2. Tabela 1. Dosagem, número de participantes e tempo de tratamento dos estudos avaliados Autor Dosagem N t Guerrero et al., 2005 Xajigeorgiou et al., 2006 Met= 500mg Met= 500mg kaner et al., 2007 Met= 250mg Kaner et al., 2007 Moreira et al., 2007 Johnson et al., 2008 Valenza et al,. 2009 Met= 250mg Met= 250mg Met= 250mg Met=250mg Amox=375mg 20 7d 10 7d 17 A 17 B 18 15 (R 24 h) 15 Q 10d 10d 7d 18 7d 12 7d Met=500mg 12 7d Yek et al., 2010 Onde: N: número de participantes que receberam a medicação; t: período de tempo da administração do antimicrobiano; d: dias; A: antimicrobianos imediatamente após raspagem; B: antimicrobianos 3 meses após a raspagem; R 24h: raspagem em 24 h; Q: raspagem quadrante. Tabela 2. Valores médios de profundidade clínica de sondagem e nível clínico de inserção no início e após 6 meses de tratamento com RAP+AMOX/MET. Autor Guerrero et al., 2005 Xajigeor- giou et al., 2006 Kaner et al., 2007 Kaner et al., 2007 Início 6 meses Ganho PCS NCI PCS NCI PCS NCI 4,1 4,7 NR NR 1,2 0,8 4,63 4,97 3,12 4,05 1,51 0,92 4,13 4,52 NR NR 1,91 0,79 4,58 NR NR NR 1,95 1,01 5,10 NR NR NR 1,64 0,79 Moreira et 4,0 4,3 2,6 3,1 1,4 1,2 al., 2007 4,0 4,3 2,7 3,2 1,3 1,1 Johnson et al., 2008 3,85 3,51 2,85 2,99 1,0 0,52 Valenza et al., 2009 7,6* NR 4,5* NR 3,1* NR Onde: NR: não registrado, *: registro dos dentes indicadores e não média da PCS da boca toda. Discussão Muitos autores têm destacado a importância de associar antimicrobianos sistêmicos ao tratamento mecânico em quadros de periodontite agressiva (GUERRERO et al., 2005, JOHNSON et al., 2008, YEK et al., 2010). Medicações tais como doxiciclina, clindamicina, metronidazol, amoxicilina, tetraciclinas já foram utilizadas para tratar a doença periodontal (HERRERA et al., 2008). Nesta revisão, procuramos analisar os efeitos clínicos da associação do metronidazol e amoxicilina. O metronidazol é um fármaco bactericida que age no DNA e suprime patógenos bacterianos tais como: Bacteroides, Fusobacterium, Veillonella, Campylobacter, Clostridium, Treponema, Peptococcus, Peptostreptococcus, Aggregatibacter actinomycetemcomitans e Porphyromonas gingivalis (KOROLKOVAS et al., 2007). Uma dose de 500 mg (via oral) leva a concentrações plasmáticas de 8 a 13 µg/ml em 0,25 a 4 horas. Sua meia vida é de 8 horas, em média (KOROLKOVAS et al., 2007). A amoxicilina, por sua vez é bactericida e age parede celular bacteriana. Sofre absorção de forma rápida, e sua concentração sérica plasmática máxima ocorre dentro de 2 horas, as concentrações séricas depois de dose única de 500mg são de 3µg/ml

após 45 minutos, 7 a 7,5 µg/ml após 1 a 2 horas e traços após 8 horas, e a meia vida é de 1 hora. O metronidazol é geralmente bem tolerado, os efeitos colaterais mais comuns consistem em naúseas, anorexia, dor epigástrica, estomatite, língua saburrosa negra, boca seca e gosto metálico, cafáleias, vômitos, diarréia. O uso combinado de AMOX/MET podem causar efeitos adversos como desconforto gastrointestinal, gosto metálico, naúsea, vômito e mal-estar em geral. O uso combinado de AMOX/METRO é utilizado no tratamento de PA, pelo seu efeito sinérgico e amplo espectro de atividade antibacteriana. Em 50% dos estudos incluídos na revisão, foi prescrito AMOX na concentração de 500 mg e METRO na de 250 mg (KANER et al., 2007, MOREIRA et al., 2007, JOHNSON et al., 2008). Com relação ao ganho de inserção e redução da profundidade de sondagem, o aumento da dosagem não interferiu nos resultados clínicos observados. O tempo de tratamento variou de 7 a 10 dias e também não interferiu no ganho clínico alcançado. Sendo assim, sugerimos que a menor quantidade de antimicrobianos, no menor tempo possível, seja prescrita para pacientes com este quadro clínico. Houve uma redução média da profundidade de sondagem de 1,0 até 1,95 mm e ganho clínico de inserção médio de 0,52 a 1,20 mm. Estes valores expressam medidas da boca toda. Deve ser levado em consideração que a distinção entre sítios rasos e sítios com profundidades de sondagem aumentadas não foi comparada nesta revisão. Alguns autores têm demonstrado que o impacto do tratamento antimicrobiano é mais evidente em bolsas profundas iniciais do que em sítios com profundidades menores (GUERRERO et al., 2005, MOREIRA et al., 2007). Mesmo assim, os valores sumarizados nas tabelas demonstraram benefícios tangíveis quando a associação de AMOX/MET é utilizada. Certas espécies bacterianas têm sido associadas à doença periodontal. Estes microrganismos incluem: Porphyromonas gingivalis, Prevotella intermedia, Treponema denticola e Tannerella forsythia e Aggregatibacter actinomycetemcomitans (anteriormente Actinobacillus actinomycetemcomitans). A invasão epitelial por estes patógenos pode permitir que bactérias resistam a antibioticoterapia sistêmica. Isto é importante porque a invasão das células epiteliais por patógenos periodontais podem constituir um reservatório intracelular de bactérias em algumas pessoas e pode levar a recolonização da bolsa periodontal após o tratamento (JOHNSON et al., 2008). Embora os antimicrobianos sistêmicos tenham demonstrado resultados satisfatórios seu uso deve ser restrito às indicações clínicas precisas. O uso indiscriminado pode levar a resistência bacteriana e efeitos colaterais indesejáveis (HERRERA et al., 2008). Conclusão Dentro das limitações desta revisão, observamos que pacientes com periodontite agressiva e que receberam tratamento periodontal não-cirúrgico associado à amoxicilina e metronidazol, no período de 6 meses, exibiram melhoras significativas dos parâmetros clínicos periodontais. Especificamente: - Houve redução da inflamação gengival - O ganho clínico de inserção médio foi de 0,52 a 1,20 mm - A redução da profundidade clínica de sondagem média foi de 1,0 a 1,95 mm Referências - ARMITAGE GC. Development of a classification system for periodontal diseases and conditions. Ann Periodontol. 1999 Dec;4(1):1-6. - BUCHMANN R, MÜLLER RF, VAN DYKE TE, LANGE DE. Change of antibiotic susceptibility following periodontal therapy. A pilot study in aggressive periodontal disease. J Clin Periodontol. 2003 Mar;30(3):222-9. - BUCHMANN R, NUNN ME, VAN DYKE TE, LANGE DE. Aggressive periodontitis: 5-year follow-up of treatment. J Periodontol. 2002 Jun;73(6):675-83. - CORRAINI P, PANNUTI CM, PUSTIGLIONI AN, ROMITO GA, PUSTIGLIONI FE. Risk indicators for aggressive periodontitis in an untreated isolated young population from Brazil. Braz Oral Res. 2009 Apr-Jun;23(2):209-15. - GUERRERO A, ECHEVERRÍA JJ, TONETTI MS. Incomplete adherence to an adjunctive systemic antibiotic regimen decreases clinical outcomes in generalized aggressive periodontitis patients: a pilot retrospective study. J Clin Periodontol. 2007 Oct;34(10):897-902. - GUERRERO A, GRIFFITHS GS, NIBALI L, SUVAN J, MOLES DR, LAURELL L, TONETTI MS. Adjunctive benefits of systemic amoxicillin and metronidazole in non-surgical treatment of generalized aggressive periodontitis: a randomized placebo-controlled clinical trial. J Clin Periodontol. 2005 Oct;32(10):1096-107. - HERRERA D, ALONSO B, LEÓN R, ROLDÁN S, SANZ M. Antimicrobial therapy in periodontitis: the use of systemic antimicrobials against the

subgingival biofilm. J Clin Periodontol. 2008 Sep;35(8 Suppl):45-66. - KOROLKOVAS, A.; FRANÇA, F.F.A.C. Dicionário Terapêutico Guanabara. Rio de Janeiro. Guanabara koogan, 2007/2008 10.25; 10;26; 18;61; 18.62 p. - JOHNSON JD, CHEN R, LENTON PA, ZHANG G, HINRICHS JE, RUDNEY JD. Persistence of extracrevicular bacterial reservoirs after treatment of aggressive periodontitis. J Periodontol. 2008 Dec;79(12):2305-12. generalized aggressive periodontitis. J Clin Periodontol. 2006 Apr;33(4):254-64. - YEK EC, CINTAN S, TOPCUOGLU N, KULEKCI G, ISSEVER H, KANTARCI A. Efficacy of amoxicillin and metronidazole combination for the management of generalized aggressive periodontitis. J Periodontol. 2010 Jul;81(7):964-74. - MACHTEI EE, YOUNIS MN. THE USE OF 2 Antibiotic regimens in aggressive periodontitis: comparison of changes in clinical parameters and gingival crevicular fluid biomarkers. Quintessence Int. 2008 Nov;39(10):811-9. -KANER D, BERNIMOULIN JP, HOPFENMÜLLER W, KLEBER BM, FRIEDMANN A. Controlleddelivery chlorhexidine chip versus amoxicillin/metronidazole as adjunctive antimicrobial therapy for generalized aggressive periodontitis: a randomized controlled clinical trial. J Clin Periodontol. 2007 Oct;34(10):880-91. - KANER D, CHRISTAN C, DIETRICH T, BERNIMOULIN JP, KLEBER BM, FRIEDMANN A. Timing affects the clinical outcome of adjunctive systemic antibiotic therapy for generalized aggressive periodontitis. J Periodontol. 2007 Jul;78(7):1201-8. - MOREIRA RM, FERES-FILHO EJ. Comparison between full-mouth scaling and root planing and quadrant-wise basic therapy of aggressive periodontitis: 6-month clinical results. J Periodontol. 2007 Sep;78(9):1683-8. - SUSIN C, ALBANDAR JM. Aggressive periodontitis in an urban population in southern Brazil. J Periodontol. 2005 Mar;76(3):468-75. - TONETTI MS, MOMBELLI A. Early-onset periodontitis. Ann Periodontol. 1999 Dec;4(1):39-53. - VALENZA G, VEIHELMANN S, PEPLIES J, TICHY D, ROLDAN-PAREJA MDEL C, SCHLAGENHAUF U, VOGEL U. Microbial changes in periodontitis successfully treated by mechanical plaque removal and systemic amoxicillin and metronidazole. Int J Med Microbiol. 2009 Aug;299(6):427-38. - XAJIGEORGIOU C, SAKELLARI D, SLINI T, BAKA A, KONSTANTINIDIS A. Clinical and microbiological effects of different antimicrobials on