ADICIONAL DE INSALUBRIDADE OU DE PERICULOSIDADE 1 Definição 1.1 São adicionais devidos aos servidores expostos a riscos ambientais, provenientes de agentes físicos, químicos e biológicos, pela exposição habitual ou permanente a esses agentes durante o desenvolvimento das atividades previstas na jornada laboral (SIASS/MPOG - Manual Tira-dúvidas do SIASS - Legislação e Procedimentos em Saúde, Previdência e Benefícios do Servidor Público Federal, 2014). 2 Solicitação 2.1 A solicitação inicial deve ser feita pelo interessado, conforme disposições do Manual do Servidor da UFFS: a) O servidor deverá preencher o Requerimento de Adicional Ocupacional Formulário GP_83, marcando a opção solicitação inicial. Cabe às chefias a conferência deste formulário, principalmente, no que diz respeito à descrição das atividades do servidor e à informação da carga horária, em que o servidor relata que está exposto a determinada situação considerada insalubre/perigosa. b) Servidores docentes deverão anexar cópia dos Planos de Ensino. 2.2 A solicitação de alteração ou acompanhamento de adicional ocupacional deve ser feita pela chefia imediata do interessado, a qual deve: a) Preencher o Memorando - Formulário FMC17, se houve alteração no ambiente de trabalho que originou a concessão do adicional ocupacional e, encaminhar ao DQVT.
b) O servidor deverá encaminhar, junto ao Memorando Formulário FMC17, o Formulário GP_83 (constante do Manual do Servidor), marcando a opção revisão para adequação do adicional, informando as novas condições de seu ambiente de trabalho. Em caso de remoção, quando da entrada em exercício no novo setor de lotação, se o servidor permanecer exposto a riscos ambientais, deverá encaminhar, via Sistema de Gestão de Processos e Documentos (SGPD) e fisicamente, como documento, o Formulário GP_83 devidamente preenchido, marcando a opção solicitação inicial, para o Departamento de Qualidade de Vida no Trabalho (DQVT). Desta forma o DQVT realizará a reabertura do processo inicial e encaminhará para a análise do profissional competente. 3 Requisitos e informações 3.1 Trabalhar permanente ou com habitualidade exposto a riscos ambientais (físicos, químicos ou biológicos) durante o desenvolvimento de suas atividades na jornada de trabalho. 3.2 Exercer atividades ou operações que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham o servidor a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza, da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos (art. 189 da Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977). 3.3 Os adicionais de insalubridade, de periculosidade e de irradiação ionizante, bem como a gratificação por trabalhos com raios-x ou substâncias radioativas, estabelecidos na legislação vigente, não se acumulam e são formas de compensação por risco à saúde dos trabalhadores, tendo caráter transitório, enquanto durar a exposição, conforme art. 4º da Orientação Normativa SEGRT/MPOG nº 4, de 14 de fevereiro de 2017. 3.4 Em relação aos adicionais de insalubridade e periculosidade, consideram-se: a) Exposição eventual ou esporádica: aquela em que o servidor se submete a circunstâncias ou condições insalubres ou perigosas, como atribuição legal do seu cargo, por tempo inferior à metade da jornada de trabalho mensal.
b) Exposição habitual: aquela em que o servidor submete-se a circunstâncias ou condições insalubres ou perigosas como atribuição legal do seu cargo por tempo igual ou superior à metade da jornada de trabalho mensal. c) Exposição permanente: aquela que é constante, durante toda a jornada laboral e prescrita como principal atividade do servidor, conforme art. nº 9, da Orientação Normativa SEGRT/MPOG nº 4, de 14 de fevereiro de 2017. 3.5 Não geram direito aos adicionais de insalubridade e de periculosidade as atividades: a) em que a exposição a circunstâncias ou condições insalubres ou perigosas seja eventual ou esporádica; b) que sejam consideradas como atividades-meio ou de suporte, em que não há obrigatoriedade e habitualidade do contato; c) que são realizadas em local inadequado, em virtude de questões gerenciais ou por problemas organizacionais de outra ordem; e d) em que o servidor ocupe função de chefia ou direção, com atribuição de comando administrativo, exceto quando respaldado por laudo técnico individual que comprove a exposição em caráter habitual ou permanente, conforme art. nº 11, da Orientação Normativa SEGRT/MPOG nº 4, de 14 de fevereiro de 2017. 3.6 Os servidores ocupantes de cargo de direção, de chefia ou de assessoramento em regra não têm direito a adicional ocupacional. Para receber o adicional, o servidor deverá estar amparado em laudo de avaliação ambiental e estar enquadrado nos conceitos de exposição permanente e exposição habitual (Manual Tira-dúvidas do SIASS - Legislação e Procedimentos em Saúde, Previdência e Benefícios do Servidor Publico Federal. Brasília, 2014). 3.7 A execução do pagamento dos adicionais de periculosidade e de insalubridade somente será processada à vista de portaria de localização ou de exercício do servidor e de portaria de concessão do adicional, bem assim de laudo técnico, cabendo à autoridade pagadora conferir a exatidão dos documentos antes de autorizar o pagamento, conforme art. nº 13, da Orientação Normativa SEGRT/MPOG nº 4, de 14 de fevereiro de 2017: 3.7.1 O pagamento do adicional não possui caráter retroativo por falta de amparo legal, visto que o princípio da execução do adicional é a partir da publicação do ato concessório.
3.8 O pagamento dos adicionais e da gratificação de que trata esta orientação normativa será suspenso quando cessar o risco ou quando o servidor for afastado do local ou da atividade que deu origem à concessão, conforme art. nº 14, da Orientação Normativa SEGRT/MPOG nº 4, de 14 de fevereiro de 2017. 3.9 É responsabilidade do gestor da unidade administrativa informar à área de recursos humanos quando houver alteração dos riscos, que providenciará a adequação do valor do adicional, mediante elaboração de novo laudo, conforme art. nº 16, da Orientação Normativa SEGRT/MPOG nº 4, de 14 de fevereiro de 2017. 3.10 Nos casos de remoção, no momento que for lançada no SIAPE a portaria de remoção, o servidor perderá automaticamente o adicional ocupacional. 3.11 Respondem nas esferas administrativa, civil e penal, os peritos e dirigentes que concederem ou autorizarem o pagamento dos adicionais em desacordo com a legislação vigente, conforme art. nº 17, da Orientação Normativa SEGRT/MPOG nº 4, de 14 de fevereiro de 2017. 3.12 Haverá permanente controle da atividade de servidores em operações ou locais considerados penosos, insalubres ou perigosos, conforme art. nº 69, Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. 3.13 A servidora gestante ou lactante será afastada do local de exposição a raios-x ou substâncias radioativas enquanto durar a gestação e a lactação, exercendo suas atividades em local salubre e em serviço não penoso e não perigoso, conforme art. nº 69, parágrafo único, Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. 4 Fundamentação legal a) Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977; b) Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, artigos 61, 68 e 72; c) Lei nº 8.270, de 17 de dezembro de 1991, artigo 12; d) Decreto nº 877, de 20 de junho de 1993;
e) Orientação Normativa SEGRT/MPOG nº 4, de 14 de fevereiro de 2017; f) Manual Tira-dúvidas do SIASS Legislação e Procedimentos em Saúde, Previdência e Benefícios do Servidor Publico Federal. Brasília, 2014. 5 Anexos I Resumo dos procedimentos II Formulário FMC17