XIII SIMPÓSIO DE RECURSOS HIDRÍCOS DO NORDESTE CARACTERISTICAS PRODUTIVAS E EFICIÊNCIA DE USO DA ÁGUA EM PALMA FORRAGEIRA IRRIGADA COM ÁGUA SALINA

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TROCAS GASOSAS E EFICIÊNCIA NO USO DA ÁGUA DE PALMA FORRAGEIRA (Opuntia stricta) CULTIVADAS EM TELADO SOB IRRIGAÇÃO

Transcrição:

XIII SIMPÓSIO DE RECURSOS HIDRÍCOS DO NORDESTE CARACTERISTICAS PRODUTIVAS E EFICIÊNCIA DE USO DA ÁGUA EM PALMA FORRAGEIRA IRRIGADA COM ÁGUA SALINA Varley Andrade Fonseca 1 ; Cleiton Fernando Barbosa Brito 1 ; Ricardo de Souza Leles 2 ; Marcelo Rocha dos Santos 3 & João Abel da Silva 3 RESUMO A palma forrageira apresenta-se como uma alternativa de enorme importância para convivência com as condições da região semiárida. Objetivou-se com a realização deste trabalho a avaliação de características produtivas e a eficiência de uso da água em palma forrageira irrigada com diferentes lâminas e turnos de rega com água salina. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com sete tratamentos. As variáveis avaliadas foram: o índice de área de cladódios, produtividade e a eficiência do uso da água. A produtividade apresentou maiores valores médios nos tratamentos 33% da ETo com TR de 3 dias, 50% da ETo com TR de 2 dias e 100% da ETo irrigado diariamente respectivamente. Irrigação com água salina com 50% ETo com TR de 2 dias e 100% da ETo irrigado diariamente promovem maiores valores de índice de área foliar da palma. A condição de disponibilidade de água salina de 33% da ETo com turno de rega de 3 dias é suficiente para promover incremento da produtividade da palma. A condição de disponibilidade de água de 5 L por metro linear a cada 15 dias promove maior eficiência de uso da água. ABSTRACT The cactus pear presents itself as an extremely important alternative to living with the conditions of the semiarid region. The objective of this work evaluating production traits and water use efficiency in irrigated forage cactus with different blades and irrigation frequency with saline water. The experimental design was randomized blocks, with seven treatments. The variables evaluated were: cladodes area index, productivity and efficiency of water use. Productivity has higher average values in the treatments 33% of ETo with TR 3 days, 50% of ETo with TR 2 days and 100% of ETo irrigated daily respectively. Irrigation with saline water with 50% ETo TR 2 days and 100% ETo irrigated daily promote greater palm leaf area index values. The condition of availability of saline water 33% of ETo with 3-day irrigation interval is sufficient to promote increased palm productivity. The condition of 5 L water availability per meter every 15 days promotes greater efficiency of water use. Palavras-Chave Opuntia fícus, rendimento, manejo da irrigação. 1) Discente do Curso de Mestrado Profissional em Produção Vegetal no Semiárido do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Campus Guanambi. E-mail: varley.ibce@ig.com.br; cleiton.ibce@hotmail.com 2) Discente do Curso de Engenharia Agronômica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Campus Guanambi. E-mail: ricardo_cros@hotmail.com 3) Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Campus Guanambi- BA. E-mail: marrochas@yahoo.com.br. XIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 1

1- INTRODUÇÃO A região semiárida é caracterizada por baixa quantidade e irregularidades das precipitações pluviométricas durante o ano. Isso dificulta o manejo de animais ruminantes em determinada época, pois limita a produção de pastagens naturais de qualidade nutricional para suprir a necessidade alimentar desses animais (ALMEIDA, 2011). A palma forrageira (Opuntia fícus-indica Mill.) é a cactácea com maior potencial de exploração no Nordeste brasileiro, constituindo-se em importante recurso forrageiro nos períodos de estiagens, devido ao seu elevado potencial de produção de fitomassa nas condições ambientais do semiárido (RAMOS et al., 2011). Assim uma forma sustentável de desenvolvimento da pecuária com as condições adversas do semiárido é investir no plantio e condução da palma, por esta ser uma excelente fonte de alimentação animal no período de escassez de outras forragens (OLIVEIRA et al., 2010). Apesar de sua importância como alternativa de convivência com as condições semiáridas, o cultivo da palma ainda é realizado com baixa adoção de tecnologias de produção. Vários estudos têm demonstrado o desempenho de crescimento e produtividade de palma forrageira em diferentes regiões e tipos de manejo para a cultura (NASCIMENTO et al., 2011; CUNHA et al., 2012, SILVA et al., 2012). No entanto trabalhos com utilização de água salina na irrigação da palma ainda são escassos. O aumento da demanda de recursos hídricos, com a expansão das áreas irrigadas, tem sido objeto de constante preocupação, quando se almeja o desenvolvimento sustentável aliado ao uso racional de recursos naturais (REIS et al., 2011). O aproveitamento das fontes de recursos hídricos salinos e salobros é uma alternativa para mitigar a crise de abastecimento de água, especialmente nas zonas áridas e semiáridas do planeta (EMBRAPA SEMIÁRIDO, 2012). Silva et al. (2012) consideram que apesar da agricultura irrigada ter aplicação limitada no semiárido nordestino, a utilização da irrigação localizada, pode ser uma opção para o cultivo da palma nessas regiões, com a utilização mínima de água em sistema de gotejamento. Com isso, alternativas como a utilização de água de qualidade inferior na produção de palma forrageira torna-se de grande importância, para a produção de forragem no semiárido. Neste contexto objetivou-se com a realização deste trabalho a avaliação de características produtivas e eficiência de uso da água em palma forrageira irrigada com diferentes lâminas e turnos de rega com água salina XIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 2

2 - MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi realizado no setor de agricultura do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Baiano Campus Guanambi, localizado no Município de Guanambi, Micro Região da Serra Geral, Sudoeste da Bahia, com latitude de 14 17 27 sul, longitude de 42º46 53 oeste de Greenwich, altitude de 537 m, precipitação de 680 mm e temperatura média de 26º C (DONATO et al., 2010). O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com sete tratamentos, constituindo sete condições de aplicação de água: sem irrigação; 5 litros de água por metro linear a cada 15 dias; 7% da evapotranspiração de referência (ETo) com turno de rega (TR) de 15 dias; 15% da ETo com TR de 7 dias; 33% da ETo com TR de 3 dias; T5, 50% da ETo com TR de 2 dias e T6, 100% da ETo irrigado diariamente, ambos os tratamentos com 4 repetições, totalizando 28 unidades experimentais. Cada unidade experimental foi constituída de três fileiras de plantas com 8 m de comprimento, em que as plantas úteis foram aquelas localizadas na três fileiras e nos 4 metros centrais. Os dados da evapotranspiração de referência (ETo) foram obtidos da estação meteorológica instalada próxima à área de implantação do experimento. Diariamente foram baixados os dados de ETo e calculado o tempo de irrigação para cada tratamento. A água utilizada no tratamento de 5 litros de água por metro linear a cada 15 dias, apresenta Condutividade elétrica (CEa) de 0,75 ds m -1, com classificação C2S1. Para os demais tratamentos a água utilizada foi proveniente de poço tubular com as seguintes características: ph de 6,4, condutividade elétrica de 3,6 ds m -1, 11,90 meq L -1 de cálcio, 9,54 meq L -1 de magnésio, 0,48 meq L -1 de potássio, 30,40 meq L -1 de sódio, 0,00 meq L -1 de carbonato, 4,10 meq L -1 de bicarbonato e 34,80 meq L -1 de cloreto, classificada como C4S1 conforme (AYERS & WESTCOT, 1985). O plantio da palma foi realizado no dia 23 e 24 de Outubro de 2014, utilizando-se a (Opuntia fícus-indica Mill) cultivar Gigante. A área para implantação do experimento recebeu aração e gradagem para posterior plantio. Os sulcos de plantio foram feitos com sulcador a uma profundidade de 20 cm onde foram acomodados os cladódios. O espaçamento utilizado foi de 0,14 m entre plantas e 1 m entre fileiras, dispostas em fileiras triplas, espaçadas 3,0 m uma da outra. Foi realizada adubação orgânica de fundação com aplicação de 30 ton ha -1 de esterco bovino, e outra adubação de cobertura após o plantio com a dose de 60 ton ha -1, totalizando 90 ton ha -1 no ciclo da cultura. Na implantação também foi realizada uma adubação química com a aplicação 300 Kg ha -1 de K 2 O utilizando como fonte o cloreto de potássio e 150 Kg ha -1 de P 2 O 5 utilizando como fonte superfosfato simples. XIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 3

A aplicação dos tratamentos foi iniciada aos 266 dias após o plantio (DAP). Aos 120 após o inicio da aplicação dos tratamentos, foram avaliadas: o índice de área de cladódios (IAC), produtividade e a eficiência do uso da água (EUA). Para determinação do IAC foi realizada medições com trena milimetrada da largura e comprimento dos cladódios considerando-se a região que apresenta maior valor, a partir desses valores o IAC foi estimado pela multiplicação da área média do cladódio (considerando os dois lados) pelo número de cladódios da planta, obtendo-se a área total dos cladódios da planta e em seguida dividindo-a pela área ocupada por planta no solo (m 2 de área de cladódio m -2 de solo). A produtividade foi determinada com o corte e pesagem das plantas úteis da parcela experimental. A eficiência de uso da água foi obtida pelo quociente entre a produtividade da cultura e o volume total de água aplicado pelos diferentes tratamentos, somada com a precipitação ocorrida durante o ciclo da cultura: (1) em que: EUA - Eficiência de uso da água (kg ha -1 mm -1 ); PROD - Produtividade, (kg ha -1 ); LBA - Lâmina bruta aplicada (mm); P - Precipitação (mm). Também foi determinada a eficiência de uso da água considerando somente a lâminas aplicadas em cada tratamento irrigado, a qual foi obtida pelo quociente entre a produtividade e a lamina bruta aplicada. Os dados obtidos serão foram à análise de variância adotando-se 0,05 como nível crítico de probabilidade para o erro tipo I. As médias foram agrupadas pelo critério de Skott-Knott a 5% de probabilidade. 3 - RESULTADOS E DISCUSSÃO O índice de área do cladódio e a produtividade apresentaram nível de 5% de significância para os tratamentos aplicados (Tabela 1). Não houve efeito significativo para a eficiência de uso da água com os tratamentos aplicados, considerando a lâmina bruta aplicada juntamente com a precipitação ocorrida durante o ciclo da cultura. Já para a eficiência de uso da água considerando somente a lâmina bruta aplicada houve efeito significativo em nível de 1% com a aplicação dos tratamentos. XIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 4

Tabela 1 - Resumo da análise de variância com os respectivos quadrados médios para as características produtivas e eficiência de uso da água (EUA) em palma forrageira submetida a diferentes lâminas de irrigação associadas a turnos de rega. IF Baiano - Campus Guanambi, 2016 Fontes de Variação GL Índice de Área de Cladódio (m 2 m -2 ) Produtividade (t ha -1 ) EUA 1 (kg ha -1 mm -1 ) GL EUA 2 (kg ha -1 mm -1 ) Tratamento 6 0,45* 2560,80* 256,30 NS 5 1180229,00** Bloco 3 0,26 NS 5025,00** 3694,60** 3 183513,00 NS Resíduo 18 0,17 851,50 533,40 15 88271,00 Média 1,92 81,27 74,93 631,32 CV (%) 21,30 35,90 30,82 47,06 NS não significativo, * significativo a 5% e ** significativo a 1% de probabilidade pelo teste F. 1 Eficiência de uso da água considerando a lâmina bruta aplicada e a precipitação ocorrida no ciclo da cultura. 2 Eficiência de uso da água considerando somente a lâmina bruta aplicada nos tratamentos irrigados. As condições de aplicação de água com 50% da ETo com TR de 2 dias e 100% da ETo irrigado diariamente agruparam-se separadamente das demais condições de aplicação de água para o índice de área do cladódio (Tabela 2), apresentando as maiores médias 2,29 e 2,47 m 2 m -2 respectivamente. Esta variável apresentou um incremento de 53,42% do tratamento sem irrigação (sequeiro) para a maior lâmina aplicada (100% da ETo irrigado diariamente). Silva et al. (2015) encontrou aos dois anos após o plantio, em condições de sequeiro, um índice de área de cladódio de 1,75 m 2 m -2 para a palma Orelha de Elefante Mexicana. Valor menor ao encontrado no presente estudo, para as maiores lâminas aplicadas. Jardim et al. (2015) também em estudo com esse clone, encontram valores de índice de área foliar de 0,6 m 2 m -2 adotando uma lâmina de 100% da evapotranspiração de referência. Tabela 2 - Características produtivas e eficiência de uso da água em palma forrageira submetida a diferentes lâminas de irrigação associadas a turnos de rega. IF Baiano - Campus Guanambi, 2016 Características Tratamentos Índice de Área de Cladódio (m 2 m -2 ) Produtividade (t ha -1 ) EUA 2 (kg ha -1 mm -1 ) Sem irrigação 1,61 B 55,81 B 5 L por metro linear a cada 15 dias 1,58 B 61,00 B 1533,72 A 7% da ETo com TR de 15 dias 1,85 B 63,88 B 1032,89 B 15% da ETo com TR de 7 dias 1,79 B 66,46 B 505,84 C 33% da ETo com TR de 3 dias 1,86 B 96,19 A 338,25 C 50% da ETo com TR de 2 dias 2,29 A 107,69 A 243,79 C 100% da ETo irrigado diariamente 2,47 A 117,88 A 133,43 C Médias seguidas pelas mesmas letras maiúsculas nas colunas não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 0,05 de probabilidade. 2 Eficiência de uso da água considerando somente a lâmina bruta aplicada nos tratamentos irrigados. XIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 5

A produtividade apresentou maiores valores médios (96,19; 107,69 e 117,88 t ha -1 ) para os tratamentos 33% da ETo com TR de 3 dias, 50% da ETo com TR de 2 dias e 100% da ETo irrigado diariamente respectivamente, formando grupo diferente pelo critério de Skott-Knott dos demais tratamentos aplicados (Tabela 2). Esta variável apresentou um incremento 92,96% do tratamento sem irrigação (sequeiro) para a maior lâmina aplicada (100% da ETo irrigado diariamente). Queiroz et al., (2015), em estudo com aplicação de lâminas de irrigação na palma clone Orelha de Elefante Mexicana no Semiárido de Pernambuco, encontrou na avaliação de segundo ciclo, que o rendimento de matéria verde não apresentou diferença significativa com as diferentes lâminas aplicadas, com valor médio desta variável de 131,16 t ha -1. Este valor esta compreendido entre as maiores médias de produtividade obtidas com as lâminas (50% da ETo com TR de 2 dias e 100% da ETo irrigado diariamente) no primeiro ciclo do presente estudo. Isso revela a contribuição dessas condições de disponibilidade de água para aumento da produtividade. A eficiência de uso da água formaram dois agrupamentos pelo Critério de Scott-Knott a 5% de probabilidade (Tabela 2). O primeiro agrupamento foi formado pela condição de aplicação de água de 5 L por metro linear a cada 15 dias tratamento, apresentando maior valor médio (1533,72 kg ha -1 mm -1 ), o segundo foi formado pela condição de aplicação de 15% da ETo com TR de 7 dias apresentando valor médio (1032,89 kg ha -1 mm -1 ) e o terceiro agrupamento foi formado pelas condições de 15% da ETo com TR de 7 dias, 33% da ETo com TR de 3 dias, 50% da ETo com TR de 2 dias e 100% da ETo irrigado diariamente, apresentando valores médios (505,84; 338,25; 243,79 e 133,43 kg ha -1 mm -1 ) respectivamente. 4 - CONCLUSÕES Irrigação com água salina com 50% da evapotranspiração de referência (ETo) com turno de rega de 2 dias e 100% da ETo irrigado diariamente promovem maiores valores de índice de área foliar da palma. A condição de disponibilidade de água salina de 33% da ETo associado ao turno de rega de 3 dias é suficiente para promover incremento da produtividade da palma. A condição de disponibilidade de água de 5 L por metro linear a cada 15 dias promove maior eficiência de uso da água. XIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 6

AGRADECIMENTOS Ao CNPq pelo auxílio financeiro. À Fundação de Amparo á Pesquisa do Estado da Bahia - FAPESB pela concessão da bolsa. Ao IF Baiano pela disponibilidade de equipamentos, pessoal e área para condução dos experimentos. À BRASMÁQUINAS pela disponibilidade do material de irrigação. BIBLIOGRAFIA M I, J. A palma forrageira na Região Semiárida do Estado da Bahia: diagnóstico, crescimento e produtividade. 2011. 95p. Tese ( outorado)- Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, 2011. AYERS, R. S.; WESTCOT, D. W. (1985). Water quality for agriculture. Rome: FAO, 174p. Paper n.29. (Irrigation and drainage). CUNHA, D. N. F. V.; GOMES, E. S.; MARTUSCELLO, J. A.; AMORIM, P. L.; SILVA, R. C.; FERREIRA, P. S.; Morfometria e acúmulo de biomassa em palma forrageira sob doses de nitrogênio. Revista Brasileira Saúde Produção Animal, v.13, n.4, p. 1156-1165, 2012. DONATO, P. E. R.; PIRES, A. J. V.; DONATO, S. L. R.; BONOMO, P.; SILVA, J. A.; AQUINO, A.. Morfometria e rendimento da palma forrageira Gigante sob diferentes espaçamentos e doses de adubação orgânica. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, Recife, v.9, n.1, p.151-158, 2014. EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUARIA - M tecnologias para aproveitamento de água salobra no Semiárido. 2012. Semiárido. Rio+20: JARDIM, A. M. R. F.; S Z,. S..; M IS, J. F. Henriques,. C.; Silva, T. G. F. Índice de área do cladódio da palma forrageira (opuntia stricta) sobre diferentes condições de manejo. In Anais do II Workshop Internacional sobre Água no Semiárido, v. 1, 2015, ISSN 2319-0248. NASCIMENTO, J. P.; SOUTO, J. S.; SANTOS, E. S.; DAMASCENO, M. M.; RAMOS, J. P. F. 1, T S, S..; IT, M.. M. V. Caracterização morfométrica de Opuntia ficus-indica sob diferentes arranjos populacionais e fertilização fosfatada. Tecnologia & Ciência Agropecuária, João Pessoa, v.5, n.3, p.21-26, 2011. OLIVEIRA, F. T. de; SOUTO, J. S.; SILVA, R. P. da; ANDRADE FILHO, F. C. de; PEREIRA JUNIOR, E. B. Palma forrageira: adaptação e importância para os ecossistemas áridos e semiáridos. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, v.5, p.27-37, 2010. QUEIROZ, M. G.; SILVA, T. G. F.; ZOLNIER, S.; SILVA, S. M. S.; LIMA, L. R.; ALVES, J. O. Características morfofisiológicas e produtividade da palma forrageira em diferentes lâminas de irrigação. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 9, n.10, p. 931-938, 2015. XIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 7

RAMOS, J. P. F.; LEITE, M. L. M. V.; OLIVEIRA JUNIOR, S.; NASCIMENTO, J. P.; SANTOS, E. M. Crescimento vegetativo de opuntia ficus-indica em diferentes espaçamentos de plantio. Revista Caatinga, Mossoró, v. 24, n. 3, p. 41-48, 2011. REIS, C. F.; VILAS BOAS, M. A.; MERCANTE, E.; HERMES, E.; REISDORFER, M. Avaliação da qualidade da água para irrigação em Salto do Lontra-PR. Engenharia Ambiental, Espírito Santo do Pinhal, v. 8, n. 1, p. 069-078, 2011. SAMPAIO, E. V. S. B. Fisiologia da palma. In A palma no Nordeste do Brasil: conhecimento atual e novas perspectivas de uso. MENEZES, R.S.C.et al. (eds).. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2005. p. 43-55. SILVA, J. A.; BONOMO, P.; DONATO, S. L. R.; PIRES, A. J. V.; ROSA, R. C. C.; DONATO, P. E. R. Composição mineral em cladódios de palma forrageira sob diferentes espaçamentos e adubações química. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, Recife, v.7, p.866-875, 2012. SILVA, J. G. M.; LIMA, G. F. C.; RÊGO, M. M. T. et al. Características morfológicas e produção de matéria verde e seca da palma forrageira cv. Miúda adensada e irrigada submetida à adubação nitrogenada. In Anais da Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia, 49. 2012. Brasília: SBZ, 2012. 3 p. CD ROM. SILVA, T. G. F.; PRIMO, J. T. A.; MORAIS, J. E. F.; DINIZ, W. J. S.; SOUZA, C. A. A.; CONCEIÇÃO, S. M. Crescimento e produtividade de clones de palma forrageira no semiárido e relações com variáveis meteorológicas. evista Caatinga, Mossoró, v. 28, n. 2, p. 10-18, 2015. XIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 8