PROTOCOLO DE VIGILÂNCIA DE SAÚDE MATERNA

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Transcrição:

PROTOCOLO DE VIGILÂNCIA DE SAÚDE MATERNA M. Céu Almeida UCF CHUC PROGRAMA DE FORMAÇÃO em SAÚDE MATERNA Atualizações em obstetrícia e neonatologia Janeiro / Fevereiro 2017

1990 Despacho 6/1991 Despacho n.º 9872/2010 UCF-MBB e UCF-MDM UCF CHUC

UCF vertente de saúde materna e neonatal CHUC: Maternidade Bissaya Barreto e Maternidade Daniel de Matos Obstetra Enfermeira Saúde Materna Neonatologista Enfermeira UCIRN Assistente social Obstetra Enfermeira Saúde Materna Neonatologista Assistente social Médicos MGF Enfermeira Assistente social Médicos MGF Enfermeira Assistente social Reuniões trimestrais Médico MGF Enfermeira Assistente social

UCF vertente de saúde materna e neonatal CHUC: Maternidade Bissaya Barreto e Maternidade Daniel de Matos Elsa Vasco Margarida Tavares Lígia Bastos Eugénia Duarte Ana Crsitino Rosa Henriques Janete Marques Célia Mendes Inês Carvalho Ângela Cunha Neves Graça M. Santos Joana Simões Ivone Saavedra Fátima Amaral Maria Odete Oliveira Ana Teresa Ferreira Benvinda Cruz Tânia Sofia Silva Ana Cristina Elias Conceição Bonifácio Cristina Barreiros Maria do Céu Almeida Fátima Negrão Marciana Dias Ana Abreu Maria Lurdes Ramos Mário J. Sousa Nelly Silva Manuela Carvalho

Em Portugal, a introdução de um programa nacional de vigilância da gravidez enquadrada numa Rede de Referenciação Materno-Infantil e na articulação do trabalho realizado nos Cuidados de Saúde Primários e nos Cuidados Hospitalares - no âmbito das Unidades Coordenadoras Funcionais- constituíram marcos decisivos para o sucesso conseguido. Dezembro 2015 Os novos desafios Baixa taxa de natalidade O adiamento da maternidade A gravidez em mulheres com patologia associada Aumento de cidadãos estrangeiros. Gravidez como oportunidade O período da gravidez deve ser considerado como uma oportunidade para identificar e modificar situações de risco de patologia futura, tais como a diabetes gestacional e a pré-eclâmpsia.

Articulação entre Cuidados de Saúde Preconceção Antes das 12 s 12 s 14 18 s Maternidade Critérios de referenciação para a consulta pré-concecional hospitalar 20 24 s Maternidade 27 30 s 30 34 s Maternidade 34 36 s 36 39 s Após as 40 s Maternidade Pós-parto

Todas as pessoas em idade reprodutiva com antecedentes de doença genética, doença crónica, infeções e uso de medicação, devem ser informadas da importância dos cuidados pré-concecionais e da gravidez ser planeada, nos cuidados de saúde gerais que recebem, mesmo quando ainda só planeiam uma gravidez a longo prazo. PNVGBR Devem ser realizadas as intervenções consagradas na Circular Normativa da DGS nº 2/DSMIA de 16/01/2006 no que diz respeito à Consulta Préconcecional Tabela 2 Guia da Consulta Pré-concecional Critérios de referenciação para a consulta pré-concecional hospitalar

Articulação entre Cuidados de Saúde Preconceção Antes das 12 s 12 s 14 18 s Maternidade Critérios de referenciação para a consulta pré-concecional hospitalar 20 24 s Maternidade 27 30 s 30 34 s Maternidade O risco, sendo dinâmico ao longo da gravidez, deve ser reavaliado em todas as consultas. A avaliação do risco deve inserir-se no contexto dos protocolos definidos na UCF. 34 36 s 36 39 s Após as 40 s Pós-parto Maternidade Gravidez de baixo risco aquela em que não é possível identificar, após avaliação clínica de acordo com a avaliação do risco pré-natal baseada na escala de Goodwin modificada, nenhum fator acrescido de morbilidade materna, fetal e/ou neonatal.

A datação correta da gravidez é um dos mais importantes fatores que determina a qualidade da vigilância obstétrica em geral. RASTREIOS ANALÍTICOS A realização atempada e combinada de rastreios e intervenções, associada a medidas de educação para a saúde durante todo o período pré-natal, relaciona-se com ganhos em saúde e diminuição da morbilidade materna e perinatal. RASTREIOS ECOGRÁFICOS Avaliação do risco de aneuploidias. Norma da DGS n.º23/2011 de 29 de Setembro 2011 (atualizada a 21/05/2013) Avaliação do crescimento fetal. Norma da DGS n.º37/2011 de 30 de Setembro (atualizada a 20/12/2013)

Consultas mensais até 34 s, quinzenais até 38 s, semanais até ao parto. Revisão do puerpério até aos 42 dias (6 semanas) após o parto. Educação para a saúde: Alimentação, atividade física, saúde oral, sexualidade, tabagismo, álcool e substâncias psicoativas, sinais de alerta Preparação para o parto e para a parentalidade Deveres e direitos parentais Preparação para o aleitamento materno

Setembro 2016 Novembro 2015

Indicadores de risco social na gravidez / puerpério

Indicadores de risco social na gravidez / puerpério

Comunicação Reuniões da UCF Pedido consultas a tempo e horas (CTH) ALERT CTH / ALERT: Não há cruzamento da informação com SCLINICO Meio rápido e eficaz de pedido de consulta SCLINICO SCLINICO: Não permite a visualização do relatório dos MCDT realizados a nível hospitalar Permite o acesso a diário da consulta e internamento Plataforma de dados da saúde (PDS) Boletim de Saúde da gravida (BSG) Notícia de Nascimento Telefone PDS: Consulta morosa, incompleta e ainda confusa Notícia de nascimento, diário de consultas, prescrição medicamentosa BSG: Em papel e desatualizado Conjunto de informação de um período específico

Outros contactos - emails obstmbb@chuc.min-saude.pt - Serviço de Obstetrícia da MBB secretaria@chuc.min-saude.pt - Serviço de Obstetrícia da MDM 8901@chuc.min-saude.pt Serviço de Neonatologia da MDM ucin@chuc.min-saude.pt - Serviço de Neonatologia da MBB

Vantagens da UCF: 1. Acessibilidade e equidade de todas as grávidas a uma vigilância pré-natal adequada no SNS; 2. Existência da rede de referenciação e contacto de proximidade permite uma partilha de saberes e atuação multidisciplinar dos casos; 3. Facilidade de articulação entre os elementos nos 2 níveis de Cuidados (primários e hospitalares); 4. Uniformização de condutas na vertente materna e neonatal; 5. Divulgação rápida e célere da informação, incluindo divulgação da Normas de Orientação Clínica.

Desafios / Problemas: 1. Reorganização e multiplicidade das Unidades de Saúde nos Cuidados Primários e a circulação/divulgação da informação 2. Falta de recursos humanos, não só na vertente médica, como de enfermagem, serviço social e psicólogos. 3. Sistemas informáticos diversos e não compatíveis entre algumas Unidades de Saúde dos Cuidados Primários e entre as duas Maternidades ficando a circulação da informação apenas dependente do Boletim de Saúde da Grávida.