Alíquotas Internas do Estado do Piauí - Exercício de 2016 1. Introdução Neste trabalho focalizaremos as alíquotas do ICMS aplicáveis às operações e prestações internas de cada Estado e do Distrito Federal, para aplicação a partir do exercício de 2016, conforme legislações publicadas até o dia 28/12/2015. Os benefícios fiscais de redução na base de cálculo, isenção, diferimento, redução de alíquota e outros incentivos específicos não foram tratados nesta matéria, haja vista que o tratamento pode ser diferenciado em razão de a atividade, porte ou ainda de outros elementos que o Fisco considere relevantes na aplicação da legislação tributária. Com fundamento na legislação de cada Estado e do Distrito Federal, elaboramos uma tabela de alíquotas, relativamente a cada mercadoria e serviço, pertencentes ao campo de incidência do imposto. Contudo, convém esclarecer que o contribuinte deverá atentar-se a eventuais alterações posteriores, visto que cada ente da federação tem competência para alterar suas alíquotas internas. A alteração pode ocorrer a qualquer tempo, quando se tratar de diminuição do percentual aplicável. Em contrapartida, a alteração não poderá acarretar aumento de carga tributária no mesmo exercício financeiro, ou seja, somente poderá ser cobrado o aumento no ano seguinte em respeito ao princípio constitucional da anterioridade, bem como somente produzirá efeitos 90 dias após a publicação do ato, em atendimento ao princípio constitucional da noventena. Ressalta-se que nem todos os Estados promoveram alterações em suas alíquotas, porém, este texto tem como objetivo compilar todas as alíquotas de todas as Unidades Federadas para auxiliar na pesquisa do contribuinte. Havendo alterações futuras, este texto será atualizado. 2. Piauí (PI) Alíquotas internas definidas no art. 20 do RICMS-PI, aprovado pelo Decreto nº 13.500/08, e nos arts 23, 23-A, 23-B da Lei nº 4.257/89, conforme quadro a seguir: Alíquotas 30% 29% 27% Armas e munições. Operações e Prestações Internas Pólvoras, explosivos, fogos de artifício e outros artigos de pirotecnia. Bebidas alcoólicas, exceto aguardente de cana (A alíquota de 27% foi aplicada até 31/12/15, a partir de 01/01/16 a alíquota passou para 29%). Fumo e seus derivados, inclusive cigarros, cigarrilhas e charutos (A alíquota de 27% foi aplicada até 31/12/15, a partir de 01/01/16 a alíquota passou para 29%). Combustíveis, líquidos derivados do petróleo, exceto óleo diesel, querosene iluminante e óleo combustível
Embarcações de recreação e lazer. Aeronaves (asas-deltas e ultraleves). 25% Nas prestações onerosas de serviços de comunicação, feita por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza. Nas operações internas com energia elétrica, sobre as faixas de consumo acima de 200 kwh. 21% 20% 19% 17% Perfumes e cosméticos, posições 3303, 3304, 3305 e 3307, da NBM/SH. Aguardente de cana fabricada nas demais Unidades da Federação (A alíquota de 19% foi aplicada no até 31/12/15, a partir de 01/01/16 a alíquota passou para 21%). Refrigerantes e bebidas hidroeletrolíticas (isotônicas) e energéticas, estas classificadas nas posições 2106.90 e 2202.90 da NBM/SH (A alíquota de 19% foi aplicada no até 31/12/15, a partir de 01/01/16 a alíquota passou para 21%). Nas operações internas com lubrificantes derivados ou não do petróleo. Nas operações internas com energia elétrica sobre as faixas de consumo até 200 kwh. Aguardente de cana fabricada no Estado do Piauí (A alíquota de 17% foi aplicada até 31/12/15, a partir de 01/01/16 a alíquota passou para 19%). Combustíveis líquidos não derivados de petróleo. Álcool para utilização não combustível. Óleo diesel, querosene iluminante, gás liquefeito de petróleo - GLP, óleo combustível, gás natural veicular - GNV e óleos combustíveis do tipo biodiesel Demais operações e prestações. Arroz. Aves vivas ou abatidas e produtos comestíveis resultantes do abate, em estado natural, congelados, resfriados ou simplesmente temperados. Banha suína. 12% Café em grão cru ou torrado e moído, exceto solúvel ou descafeinado. Feijão. Farinha de mandioca. Flocos, farinha e fubá de milho e de arroz.
Fava comestível. Gado bovino, ovino, caprino, suíno, vivo ou abatido, e produtos comestíveis resultantes do abate, em estado natural resfriado ou congelado. Goma e polvilho de mandioca (tapioca). Hortaliças, verduras e frutas frescas. Leite, inclusive em pó. Mandioca. Milho. Óleo vegetal comestível, exceto de oliva. Ovos. Sal de cozinha (cloreto de sódio). Soja em grão. Sorgo. Açúcar de cana. Creme vegetal (margarina). Nas operações e prestações interestaduais destinadas a contribuintes, para fins de comercialização, industrialização ou para uso, consumo ou ativo fixo do estabelecimento (Resolução do Senado Federal nº 22/89). Nas operações e prestações interestaduais destinadas a consumidor final não contribuinte do imposto. Operações internas e de importação com partes, peças, componentes e produtos acabados, relacionados com a indústria de processamento de dados e incluídos na relação de bens definida conforme Anexo IV do RICMS-PI. Programas para computadores, em meio magnético ou ótico (disquete ou CD-ROM). Operações internas e de importação de materiais de embalagem destinados aos estabelecimentos industriais, produtores ou extratores, para acondicionamento dos produtos relacionados no inciso IV do art. 20 do RICMS-PI. Nas prestações internas de serviços de transporte aéreo (Convênio ICMS nº 120/96).
Nas prestações interestaduais de serviço de transporte aéreo de passageiro, carga e mala postal (Resolução do Senado Federal nº 95/96). 4% Nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados do exterior que, após seu desembaraço aduaneiro (Resolução do Senado Federal nº 13/2012 e art. 23 da Lei Estadual/PI nº 4.257/89): I) não tenham sido submetidos a processo de industrialização; II) ainda que submetidos a qualquer processo de transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento, reacondicionamento, renovação ou recondicionamento, resultem em mercadorias ou bens com Conteúdo de Importação superior a 40% (quarenta por cento). Notas: 1ª) O inciso I do art. 1.056 do RICMS-PI estabelece o recolhimento do imposto correspondente aos 2% adicionais, vinculada ao Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza, na forma prevista em ato do Secretário da Fazenda. 2ª) Os arts. 1.053 ao 1.069 do RICMS-PI e o art. 2º da Lei 5.622/06 na redação dada pela Lei nº 6.745/15 estabelecem procedimentos relativos ao recolhimento do adicional ao Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (FECP). A parcela do produto da arrecadação corresponde ao adicional de 2% na alíquota do ICMS incidente sobre as operações e prestações com as seguintes mercadorias ou serviços: a) bebidas alcoólicas, exceto aguardente de cana fabricada no Piauí; b) refrigerantes e bebidas hidroeletrolíticas (isotônicas) e energéticas, estas classificadas nas posições 2106.90 e 2202.90 da NBM/SH; c) fumos e seus derivados, inclusive cigarros, cigarrilhas e charutos; d) combustíveis líquidos derivados do petróleo, exceto óleo diesel, querosene iluminante e óleo combustível, a partir de 1º/01/2016; e) álcool para utilização não combustível, a partir de 1º/01/2016. FECP 3ª) O quadro prático não comporta a alíquota majorada com adicional para o 3. Observações Finais As siglas NBM/SH e NCM/SH utilizadas neste trabalho dizem respeito à: a) Nomenclatura Brasileira de Mercadorias/Sistema Harmonizado (NBM/SH) - refere-se à classificação fiscal de mercadorias com utilização de código composto por dez dígitos, que vigorou até 31/12/1996. Os códigos compostos por dez dígitos indicados na legislação, para melhor adequação às normas vigentes, devem ser correlacionados à nova tabela em vigor, que permite a perfeita identificação da mercadoria correspondente;
b) Nomenclatura Comum do MERCOSUL/Sistema Harmonizado (NCM/SH) refere-se à classificação fiscal de mercadorias com utilização de código composto por oito dígitos, em vigor desde 01/01/1997.