Uni-ANHANGUERA - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS CURSO DE AGRONOMIA CIGARRINHAS-DAS-PASTAGENS: BIOLOGIA E CONTROLE FERNANDO SANTOS DA SILVEIRA

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Uni-ANHANGUERA - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS CURSO DE AGRONOMIA CIGARRINHAS-DAS-PASTAGENS: BIOLOGIA E CONTROLE FERNANDO SANTOS DA SILVEIRA GOIÂNIA Junho/2012

1 FERNANDO SANTOS DA SILVEIRA CIGARRINHAS-DAS-PASTAGENS: BIOLOGIA E CONTROLE Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Agronomia do Centro Universitário de Goiás, Uni-ANHANGUERA, sob orientação do Prof. Dr. Marcos Augusto de Freitas, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Agronomia. GOIÂNIA Junho/2012

2 TERMO DE APROVAÇÃO FERNANDO SANTOS DA SILVEIRA CIGARRINHAS-DAS-PASTAGENS: BIOLOGIA E CONTROLE Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca examinadora como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Agronomia do Centro Universitário de Goiás - Uni- ANHANGÜERA, defendido e aprovado em 1 de Junho de 2012 pela banca examinadora constituída por: Prof. Dr. Marcos Augusto de Freitas (Orientador) Prof.(ª) Dr.(ª) Sara Lane Sousa Gonçalves Prof. Dr. Reinaldo Cunha de Oliveira Junior

3 Resumo As cigarrinhas-das-pastagens são insetos que atacam a parte aérea e na base das plantas, na parte aérea ficam os adultos e no colo fica as ninfas protegidas por uma espuma branca característica, que protege as ninfas contra vários inimigos naturais e dessecação. Os adultos sugam a seiva e injetam toxina e as ninfas somente sugam seiva. Os sintomas iniciais do ataque são listras cloróticas nas folhas, que evoluem para necrose, posteriormente seca as folhas adquirindo aspecto retorcido e finalmente provocam a morte das plantas. Podem comprometer toda a pastagem, motivos pela qual são consideradas as principais pragas das gramíneas brasileiras. A espécie Deois flavopicta é a que tem maior facilidade em se movimentar sendo capaz de voar por 3 km em condições ambiental favorável. No entanto, 80% a 95% das cigarrinhas movimentam-se por meio de saltos curtos e baixos, de até 1 m de altura. D. flavopicta tem maior frequência nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, Zulia entreriana tem maior predominância na região do Mato Grosso do Sul, Mahanarva fimbriolata tem maior predominância na região norte do país. Vários fatores estão relacionados ao aumento populacional das cigarrinhas das pastagens, tais como a combinação precipitação, temperatura, evapotranspiração a monocultura e outra explicação é a falta de inimigos naturais, provocada pelo desmatamento desordenado. Dentre os métodos de controle incluem, diversificação de espécies resistentes assim como: Braquiária brizantha cv. marandu, Andropogon gayanus e Panicum maximum, a quantidade adequada de animais, a preservação de inimigos naturais (anu-preto, anu-branco, bem-te-vi e andorinha), preservação ou introdução maçal de fungos entomopatogênicos. PALAVRAS-CHAVE: Hemípteros em pastagem, Morte de gramíneas, Insetos sugadores em forrageiras.

4 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Fotografia da Zulia entreriana macho 10 Figura 2 Fotografia da Zulia entreriana fêmea 11 Figura 3 Fotografia da Deois flavopicta 12 Figura 4 Fotografia da Mahanarva fimbriolata macho e fêmea 14 Figura 5 Fotografia do ciclo biológico e do controle das cigarrinhas-das-pastagens 15 Figura 6 Fotografia do mapa do Brasil, mostrando principais regiões de predominância das cigarrinhas 20

5 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 6 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 8 2.1 Descrição e biologia das cigarrinhas-das-pastagens 8 2.1.1 Descrição 8 2.1.1.1 Zulia entreriana (berg, 1879) (hemiptera, cercopidae) 8 2.1.1.2 Deois flavopicta (stal, 1854) (hemiptera, cercopidae) 10 2.1.1.3 Mahanarva fimbriolata (stal, 1854) (hemiptera, cercopidae) 12 2.2 Biologia 13 2.2.1 Zulia entreriana 14 2.2.2 Deois flavopicta 15 2.2.3 Mahanarva fimbriolata 16 2.3 Sintomas 17 2.4 Principais espécies e regiões predominantes 17 2.5 Flutuação populacional de cigarrinhas das pastagens 19 2.6 Fatores relacionados ao aumento populacional das cigarrinhas 20 2.7 Movimento de migração e dispersão das cigarrinhas das pastagens 21 2.8 Controle 23 2.8.1 Cultivares resistentes 23 2.8.2 Controle biológico 23 2.8.3 Controle com pachycondyla obscuriscorinis (formicidae, hymenoptera) 24 2.8.4 Controle com inimigos naturais, predação 26 2.8.5 Vantagens do controle biológico 26 2.8.6 Controle químico 26 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 28 REFERÊNCIAS 29

6 1 INTRODUÇÃO A pecuária ocupa grande área no território nacional, sendo os produtos de origem animal os mais consumidos no Brasil. A carne é considerada um alimento saudável, nutritivo e importante fonte de proteína, seu consumo médio é de 40 kg pessoa/ano. Devido a sua importância como alimento, tem crescido cada vez mais a demanda e a oferta do produto. Por causa da exigência e da procura dos consumidores, aumentou muito a busca por um produto de melhor qualidade, tendo como benefício o aumento de empregos e renda para milhões de brasileiros. A pecuária tem lugar de destaque no cenário brasileiro, sendo o Brasil o primeiro lugar na produção e exportação de carne bovina e o sexto colocado na produção de leite, tendo como produção em 2007, 9.470 mil toneladas de carne e 24.680 milhões toneladas de leite. Os estados com maior produção de carne bovina pertencem à região Sul, Sudeste e Centro Oeste, sendo Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás os maiores produtores de carne e Minas Gerais, Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul maiores produtores de leite. (OLIVEIRA et al., 2001). Várias espécies de gramíneas são a principais fontes de alimento para o rebanho bovino brasileiro, mantidos em regime de pasto, pois é um alimento barato, disponível e também de fácil manejo. No Brasil anualmente são plantados cerca de 5,5 milhões de hectares de pastagens perenes, isso se incluir áreas de recuperação e renovação, sendo a braquiária a espécie mais cultivada. (MACIEL; VELINI; BERNARDO, 2007). O pasto é de muita importância na alimentação não só de bovinos, mas também de equinos, ovinos, caprinos e entre outros. O autor ressalta ainda que a cultura deve ser tratada de forma que não venha faltar aos animais, sendo esse um dos problemas dos produtores, em especial na época da seca. A recomendação para que se tenha maior disponibilidade de alimento no período seco é que seja realizada uma boa formação do pasto, escolhendo a espécie adequada para o solo, clima. Outro fator a considerar, ao escolher uma espécie para implantação é sua resistência às pragas das pastagens. (MACIEL; VELINI; BERNARDO, 2007). A cigarrinha (Deois flavopicta, Stal, 1854), segundo Maciel, Velini e Bernardo (2007) causam danos econômicos expressivos em pastagens. Esses autores constataram que o prejuízo provocado por essa praga está entre 10 a 90%, dependendo da espécie forrageira, condições climáticas e do manejo. Em dez dias de ataque, 20 a 25 cigarrinhas-das-pastagens

7 adultas, por metro quadrado reduz em até 30% a produção do pasto e causa prejuízo em 15% na produção de massa verde. Segundo Vander (2007), a cigarrinha-das-pastagens é um inseto pequeno que ataca tanto a parte aérea, quanto o coleto da planta, causando redução na produção de forragem. Além de sugar a planta, injeta toxina, causando sintomas de amarelecimento do capim. A postura dos ovos é realizada na base da planta, sobre a palhada ou no solo. Após a eclosão, as ninfas ficam na base, protegidas por uma espuma branca característica, desenvolve-se até chegar à fase adulta, e estes ficam na parte aérea da planta. Dentre os métodos de controle recomenda-se a diversificação de espécies resistentes, dentre essas incluem Braquiaria brizantha cv. marandu, Andropogon gayanus e Panicum maximum, quantidade adequada de animais, controle biológico e o controle químico, sendo esse último realizado quando encontrarem de 20 a 25 ninfas por metro quadrado (VANDER, 2007). O presente trabalho tem como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre a biologia, os danos, os prejuízos e o controle das três principais cigarrinhas-das-pastagens (Zulia entreriana, Deois flavopicta e Mahanarva fimbriolata).

8 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 Descrição e biologia das cigarrinhas-das-pastagens 2.1.1 Descrição As cigarrinhas são insetos sugadores de seiva, cujos adultos vivem na parte aérea dos capins e suas ninfas, de coloração branco-amarelada, ficam sempre protegidas, na base das plantas, na linha do solo, por uma espuma branca característica. A diferenciação das espécies é realizada com base nas características morfológicas dos indivíduos adultos. Esses insetos pertencem Reino: Animalia, Filo: Arthropoda, classe: Insecta, ordem: Hemiptera, subordem: Auchenorrhyncha, família: Cercopidae. (GALLO et al., 2002) 2.1.1.1 Zulia entreriana (Berg, 1879) (Hemiptera, Cercopidae) Z. entreriana mede 7 mm de comprimento, coloração preto-brilhante com uma faixa transversal, no terço apical da asa, de coloração branco-amarelada. Pode apresentar ainda padrões de asas variáveis. O ciclo biológico da Z. entreriana em média é de 66 dias, em condições de campo. A incubação ocorre em um período de 22 dias, após ter feito a postura no solo ou em restos vegetais, daí as ninfas eclodem, que passam por cinco ecdises. Em aproximadamente 22 dias emergem os adultos, cuja longevidade é de 19 dias para as fêmeas e de 10 dias para os machos. Após a emergência em um período de 60 horas ocorre o acasalamento, e os ovos são colocados de dois a cinco dias após o acasalamento, de coloração amarelo forte, posteriormente ficando de coloração pálida. Cada fêmea posta em média 100 ovos, que são elípticos, com um mm de comprimento, sendo que o período de incubação pode prolongar-se por um período de até 200 dias, sob condições ambientais desfavoráveis, baixa umidade e baixa temperatura no solo, os ovos entram em quiescência.

9 Após a eclosão as ninfas posicionam-se no coleto das gramíneas, local onde se alimentam, sugando a seiva e com isso passam a formar uma espuma branca típica, produzida por meio da secreção das glândulas de Bateli, e por causa do movimento de sua codícola, injetam bolhas de ar nesse fluído, assim formando a espuma que recobre todo o seu corpo, dando proteção. Em São Paulo o pico populacional dar-se-á em fevereiro e março, e os ovos são colocados a partir de abril. Se esses ovos não encontram disponibilidade de água no solo, entram em quiescência. A eclosão só ocorrerá com o aumento da umidade do solo, nas primeiras chuvas de outubro e com o aumento da temperatura do solo. Essas ninfas darão origem aos primeiros adultos em novembro, possibilitando, até fevereiro e março, o desenvolvimento de três gerações. Em São Paulo, a ocorrência da cigarrinha coincide com o mês de novembro a março, quando há disponibilidade de água no solo. (GALLO et al., 2002) Figura 1: Zulia entreriana macho. Fonte: SILVEIRA NETO (1994).

10 Figura 2: Zulia entreriana fêmea. Fonte: SILVEIRA NETO (1994). 2.1.1.2 Deois flavopicta (Stal, 1854) (Hemiptera, Cercopidae) D. flavopicta mede 10 mm de comprimento, coloração preta com duas faixas transversais amarelas na asa e uma faixa longitudinal também amarelada em cada asa anterior, além de abdome e pernas avermelhadas. O ciclo biológico da D. flavopicta dura em média 71 dias, os ovos colocados no solo levam 14 dias, em média, para eclodir, em condições de umidade relativa e temperatura de 28º C, e a fase de ninfa dura em média 40 dias. Nesta fase procuram os coletos dos capins para sugar a seiva, e com isso formam uma espuma branca típica, produzida por meio da secreção das glândulas de Bateli e com o movimento de sua codícola, injetam bolhas de ar nesse fluido, dando formação a espuma que recobre e protege todo o seu corpo contra dessecação e vários inimigos naturais. Os adultos sugam a seiva das folhas e injetam toxinas, causando intoxicação sistêmica nas plantas, causando interrupção do fluxo de seiva e o processo vegetativo.

11 Na parte atacada os sintomas iniciais são: estrias longitudinais amareladas que aumentam da base para o ápice da folha, fazendo com que as folhas ficam secas. No caso de ataque intenso, pode haver amarelecimento geral das folhas, causando a queima das pastagens. As ninfas das cigarrinhas-das-pastagens sugam a seiva das raízes e do coleto, produzindo espuma branca típica, que protege as ninfas dos raios solares e dos seus predadores. Nesta fase causam desequilíbrio hídrico e esgotamento de carboidratos solúveis, usados no processo de crescimento das plantas. Conforme a severidade do ataque, os danos causados às pastagens serão variáveis, mas normalmente, ocorre queda significativa na produção e qualidade das gramíneas, resultando em diminuições na capacidade de suporte da forrageira e na produção de leite e carne dos bovinos. A população de cigarrinhas e seu comportamento estão estritamente relacionados com as condições climáticas, particularmente, à elevada umidade e temperatura do solo. Quando estas são condições favoráveis, as ninfas eclodem cerca de 22 dias após a postura, passando pela fase de ninfa até atingirem a fase adulto, completando o ciclo biológico em média 71 dias, conforme a espécie. Caso contrário, os ovos entram em quiescência, fenômeno conhecido como diapausa estival, mantendo-se viáveis durante vários dias no solo à espera de condições climáticas favoráveis, neste caso coincidindo com o início das chuvas em outubro e novembro. (GALLO et al., 2002) Figura 3: Deois flavopicta. Fonte: IDARON (2005).

12 2.1.1.3 Mahanarva fimbriolata (Stal, 1854) (Hemiptera, Cercopidae) Possui comprimento de 13 mm, o macho é de coloração vermelho com as tégminas orladas de preto e percorridas por uma faixa longitudinal da mesma cor, já as fêmeas apresentam tégminas mais escuras, porém a sua coloração é de marrom escuro. Da eclosão dos ovos em diapausa surgem as ninfas das cigarrinhas, tendo o seu início por ocasião do princípio da estação chuvosa, que no Brasil Central, por exemplo, acontece em setembro (VALÉRIO; KOLLER, 2005). O ciclo biológico completo da M. fimbriolata, tem variação de acordo com as condições climáticas, temperatura e umidade no solo, podendo alcançar em média 60-80 dias (ovos: 15-20 dias; ninfas: 30-40 dias; longevidade dos adultos: 15-20 dias). Podem ocorrer até quatro gerações da praga a cada ano, durante todo o período de chuvoso. Demonstrou que em condições de laboratório o ciclo de vida dessa mesma espécie, teve uma média de 75,4 a 81,9 dias, sendo a fase de ovo de 20,6 a 21 dias; a de ninfas de 36,8 a 37,4 dias e a longevidade dos adultos de 18 a 23,5 dias. (ALMEIDA et al., 2001). M. fimbriolata obedece à sobrevivência modelo Weibull para ambos os sexos. O período de incubação durou 21 dias, com uma viabilidade de 81%, o estágio da ninfa tinha uma duração de 37 dias, com viabilidade de 94%, a longevidade masculina e feminina foram 18 e 23 dias, respectivamente, com um período de pré oviposição de cinco dias e um período de oviposição de 16 dias, com uma fecundidade de 342 ovos, com um ciclo de vida (ovoadulto) de 60 dias. A taxa líquida de reprodução (Ro) de 131 fêmeas produzidas por fêmea geração per foi medido, com uma taxa finita de aumento (λ) de 1,085. (GARCIA; BOTELHO; PARRA, 2006).

13 Figura 4: Mahanarva fimbriolata macho e fêmea. Fonte: Gallo (2002). 2.2 Biologia Da eclosão dos ovos em diapausa surgem as ninfas das cigarrinhas, tendo o seu início por ocasião do princípio da estação chuvosa, que no Brasil Central, por exemplo, acontece em setembro. (VALÉRIO; KOLLER, 2005).

14 Figura 5: Ciclo biologica das cigarrinhas e controle. Fonte: SILVEIRA NETO (1994). 2.2.1 Zulia entreriana O ciclo biológico da Z. entreriana em média é de 66 dias, em condições de campo. A incubação ocorre em um período de 22 dias, após ter feito a postura no solo ou em restos vegetais, daí as ninfas eclodem, que passam por cinco ecdises. Em aproximadamente 22 dias emergem os adultos, cuja longevidade é de 19 dias para as fêmeas e de 10 dias para os machos. (GALLO et al., 2002) Após a emergência em um período de 60 horas ocorre o acasalamento, e os ovos são colocados de dois a cinco dias após o acasalamento, de coloração amarelo forte, posteriormente ficando de coloração pálida. Cada fêmea posta em média 100 ovos, que são elípticos, com 1 mm de comprimento, sendo que o período de incubação pode prolongar-se

15 por um período de até 200 dias, sob condições ambientais desfavoráveis, baixa umidade e baixa temperatura no solo, os ovos entram em quiescência. (GALLO et al., 2002) Após a eclosão as ninfas posicionam-se no coleto das gramíneas, local onde se alimentam, sugando a seiva e com isso passam a formar uma espuma branca típica, produzida por meio da secreção das glândulas de Bateli, e por causa do movimento de sua codícola, injetam bolhas de ar nesse fluído, assim formando a espuma que recobre todo o seu corpo, dando proteção. (GALLO et al., 2002) Em São Paulo o pico populacional dar-se-á em fevereiro e março, e os ovos são colocados a partir de abril. Se esses ovos não encontram disponibilidade de água no solo, entram em quiescência. A eclosão só ocorrerá com o aumento da umidade do solo, nas primeiras chuvas de outubro e com o aumento da temperatura do solo. Essas ninfas darão origem aos primeiros adultos em novembro, possibilitando, até fevereiro e março, o desenvolvimento de três gerações. Em São Paulo, a ocorrência da cigarrinha coincide com o mês de novembro a março, quando há disponibilidade de água no solo. (GALLO et al., 2002). 2.2.2 Deois flavopicta O ciclo biológico da D. flavopicta dura em média 71 dias, os ovos colocados no solo levam 14 dias, em média, para eclodir, em condições de umidade relativa e temperatura de 28º C, e a fase de ninfa dura em média 40 dias. Nesta fase procuram os coletos dos capins para sugar a seiva, e com isso formam uma espuma branca típica, produzida por meio da secreção das glândulas de Bateli e com o movimento de sua codícola, injetam bolhas de ar nesse fluido, dando formação a espuma que recobre e protege todo o seu corpo contra dessecação e vários inimigos naturais. Os adultos sugam a seiva das folhas e injetam toxinas, causando intoxicação sistêmica nas plantas, causando interrupção do fluxo de seiva e o processo vegetativo. (GALLO, et al., 2002). Na parte atacada os sintomas iniciais são: estrias longitudinais amareladas que aumentam da base para o ápice da folha, fazendo com que as folhas ficam secas. No caso de ataque intenso, pode haver amarelecimento geral das folhas, causando a queima das pastagens. As ninfas das cigarrinhas-das-pastagens sugam a seiva das raízes e do coleto, produzindo espuma branca típica, que protege as ninfas dos raios solares e dos seus predadores. Nesta fase causam desequilíbrio hídrico e esgotamento de carboidratos solúveis,

16 usados no processo de crescimento das plantas. Conforme a severidade do ataque, os danos causados às pastagens serão variáveis, mas normalmente, ocorre queda significativa na produção e qualidade das gramíneas, resultando em diminuições na capacidade de suporte da forrageira e na produção de leite e carne dos bovinos. (GALLO, et al., 2002). A população de cigarrinhas e seu comportamento estão estritamente relacionados com as condições climáticas, particularmente, à elevada umidade e temperatura do solo. Quando estas são condições favoráveis, as ninfas eclodem cerca de 22 dias após a postura, passando pela fase de ninfa até atingirem a fase adulto, completando o ciclo biológico em média 71 dias, conforme a espécie. Caso contrário, os ovos entram em quiescência, fenômeno conhecido como diapausa estival, mantendo-se viáveis durante vários dias no solo à espera de condições climáticas favoráveis, neste caso coincidindo com o início das chuvas em outubro e novembro. (GALLO et al., 2002). 2.2.3 Mahanarva fimbriolata O ciclo biológico completo da M. fimbriolata, tem variação de acordo com as condições climáticas, temperatura e umidade no solo, podendo alcançar em média 60-80 dias (ovos: 15-20 dias; ninfas: 30-40 dias; longevidade dos adultos: 15-20 dias). Podem ocorrer até quatro gerações da praga a cada ano, durante todo o período de chuvoso. Demonstrou que em condições de laboratório o ciclo de vida dessa mesma espécie, teve uma média de 75,4 a 81,9 dias, sendo a fase de ovo de 20,6 a 21 dias; a de ninfas de 36,8 a 37,4 dias e a longevidade dos adultos de 18 a 23,5 dias. (ALMEIDA et al., 2004). M. fimbriolata obedece à sobrevivência modelo Weibull para ambos os sexos. O período de incubação durou 21 dias, com uma viabilidade de 81%, o estágio da ninfa tinha uma duração de 37 dias, com viabilidade de 94%, a longevidade masculina e feminina foram 18 e 23 dias, respectivamente, com um período de pré oviposição de cinco dias e um período de oviposição de 16 dias, com uma fecundidade de 342 ovos, com um ciclo de vida (ovoadulto) de 60 dias. A taxa líquida de reprodução (Ro) de 131 fêmeas produzidas por fêmea geração per foi medido, com uma taxa finita de aumento (λ) de 1,085. (GARCIAL; BOTELHO; PARRA, 2006).

17 2.3 Sintomas Na fase adulta os insetos sugam a seiva das folhas e injetam toxinas, causando intoxicação sistêmica, interrompendo o fluxo de seiva e o processo vegetativo. Na parte atacada os sintomas iniciais são estrias longitudinais amareladas que aumentam da base para o ápice da folha, posteriormente secando. Quando o ataque é intenso, pode haver amarelecimento geral das folhas. Na fase de ninfa as cigarrinhas sugam continuamente a seiva das raízes e do coleto causando desequilíbrio hídrico, e ocorre o esgotamento de carboidratos solúveis, sendo estes usados no processo de crescimento das plantas. (COSTA et al., 2007). Conforme a severidade do ataque pode causar a necrose e morte dos tecidos, consequentemente morte das plantas, isto provoca o sintoma conhecido como queima das pastagens. Porém os danos causados às pastagens serão variáveis, mas normalmente, ocorre decréscimo significativo na produção e qualidade da forragem, resultando em diminuições na capacidade de suporte da forrageira. (COSTA et al., 2007). 2.4 Principais espécies e regiões predominantes O complexo das cigarrinhas-das-pastagens inclui as seguintes espécies, principalmente: Deois incompleta (Walker), na região norte do país; Z. entreriana (Berg); Deois schach (F.) e Aeneolamia selecta (Walker) importantes para o nordeste; e D. flavopicta (Stal), que juntamente com Z. entreriana, predominante nos Estados do Brasil central, norte do Paraná e na região Leste. (VALÉRIO; KOLLER, 2005). Dentre os principais gêneros que englobam o complexo de cigarrinhas, Z. entreriana, D. flavopicta e M. fimbriolata, sendo essa última uma das principais pragas da cana-deaçúcar, em lavouras conduzidas sem a queima, mecanicamente. Vem ocasionando grandes prejuízos nas pastagens, limitando o potencial de produção de carne e leite do país, o que tem trazido preocupação para os produtores de gado principalmente da região Norte do país. (GARCIA et al., 2007). Todas as cigarrinhas de pastagens são autóctones, ou seja, são naturais da região em que habitam. Porém, devido à grande extensão territorial do país, suas áreas de distribuição variam de acordo com as condições ecológicas. A espécie Z. entreriana é a que apresenta a

18 maior distribuição, ataca tanto no sul quanto no sudeste da Bahia, cerca de 2 milhões de hectares de pastagens. No estado de São Paulo tanto a Z. entreriana quanto a D. flavopicta atacam mais de 800.000 hectares de pastagens. Em certos locais do Nordeste do Brasil, outras espécies são consideradas bastante importantes, por exemplo, Aeneolamia selecta e D. incompleta. Das espécies que atacam as pastagens em geral D. flavopicta, tem maior frequência nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. (PEREIRA; BENEDETTI; ALMEIDA, 2008). A espécie Z. entreriana tem maior predominância na região do Mato Grosso do Sul. A espécie M. fimbriolata destaca-se por ser uma praga de gramíneas forrageiras e da cana-deaçúcar, causando redução do crescimento e da capacidade de suporte das pastagens e prejuízos no rendimento agrícola e industrial na cultura de cana-de-açúcar. Na região de Tangará, da Serra (MT), tem sido verificado alto índice de infestação de M. fimbriolata em áreas de pastagens e de cana-de-açúcar, e nos municípios de Redenção e Conceição (PA) tem verificado um alto índice em áreas de pastagens. (GARCIA; BOTELHO; PARRA, 2006, TIAGO; SILVA, 2007).

19 Figura 6: Mapa do Brasil mostrando principais regiões de predominância das cigarrinhas. Mahanarva fimbriolata Zulia entreriana Deois flavopicta Fonte: SANTOS (2012). 2.5 Flutuação populacional de cigarrinhas das pastagens Ao avaliar a flutuação populacional de cigarrinhas-das-pastagens em B. brizantha, B. decumbens e Pennisetum purpureum, concluíram que o número de insetos, nos diferentes estágios de desenvolvimento (ninfas e adultos), foi superior na B. decumbens em comparação com a B. brizantha e P. purpureum. Confirmando a suscetibilidade da B. decumbens e a resistência da B. brizantha e P. purpureum. O número maior de espumas é nos meses de

20 Novembro, Dezembro, Janeiro e Fevereiro, maior precipitação pluviométrica. (AUAD et al., 2009). A ocorrência de ninfas de D. schach não está limitada ao período chuvoso. Porém, o aumento da densidade populacional dos adultos está relacionado com o aumento de chuva, conforme evidenciado pelo maior número de adultos, observado no período das águas. Mostrando a correlação entre a densidade populacional estimada de ninfas e a precipitação, temperatura e umidade relativa do ar. (AUAD et al., 2009). As ninfas têm maior sobrevivência em condições de precipitação e elevadas temperatura, em relação aos adultos. A presença ou ausência do gado nos piquetes, em sistema de pastejo alternado (28 dias), mostrou que não afetou a densidade populacional de espumas e adultos de D. schach, nas cultivares de B. brizantha. (AUAD et al., 2009). Porém, foi relatado que, em B. humidicola e B. ruziziensis, a densidade populacional de ninfas de cigarrinhas-das-pastagens foi superior nos pastos sujeitos à carga animal mais leve, e que a carga animal maior em B. humidícola ou menor em B. ruziziensis induzem maior densidade populacional de adultos. Em B. decumbens, as espécies amostradas foram D. schach (95%), M. fimbriolata. O número de adultos de D. schach foi quatro vezes superior em B. decumbens em comparação à B. brizantha. (AUAD et al., 2009). As datas de amostragens que apresentaram maior número de insetos foram coincidentes nas duas espécies de forrageiras, relatando que os fatores climáticos são limitantes, independentemente do alimento disponível. Em Minas Gerais, foi observado que a presença das espécies D. schach e M. fimbriolata foi maior nos meses de novembro á fevereiro de cada ano, com reduzido número de espécimes nos demais meses avaliados. (AUAD et al., 2009). 2.6 Fatores relacionados ao aumento populacional das cigarrinhas Vários fatores estão relacionados à ocorrência de altas densidades de cigarrinhas-daspastagens: precipitação, temperatura, evapotranspiração a monocultura, outra explicação é a falta de inimigos naturais, como: anu-branco, anu-preto, fungos, andorinha e etc. (SUJII et al., 2001).

21 2.7 Movimento de migração e dispersão das cigarrinhas das pastagens A cigarrinha da espécie D. flavopicta (STAL) (Homoptera; Cercopidae) é capaz de voar por 3 km em condições ambientalmente favorável. No entanto, 80% a 95% das cigarrinhas movimentam-se por meio de saltos curtos e baixos, até 1,0 m de altura. Dessa forma, concluindo que o principal padrão de movimento de adultos da cigarrinha seja de dispersão, enquanto apenas uma reduzida parcela da população estaria deixando o local por migração. (SUJI; GARCIA; FONTES, 2000). As ninfas do inseto não são capazes de se estabelecer, assim concluindo que o movimento migratório de populações de adultos são eventos raros. O movimento do inseto em relação à distância, mediante os voos é de no máximo 6 m de comprimento, e na altura de 1 m. A uma altura acima de 1,2 m foi capturado somente 3,7% dos 4.949 adultos coletados, e na altura abaixo 1,0 m foram coletados entre 80% a 90% com populações de D. flavopicta, Z. entreriana e M. fimbriolata presentes na pastagem. (SUJI; GARCIA; FONTES, 2000). Sendo confirmado que o padrão de voos curtos e baixos é o mais comum. Os indivíduos que deixaram a área nos voos mais altos movem-se ao acaso. As fêmeas não são responsáveis pela flutuação na população local. Portanto, a captura média dos machos foi quatro vezes maior que a captura das fêmeas, observando que machos e fêmeas de D. flavopicta têm um padrão diferenciado de movimentação. Os machos são menores e mais leves do que as fêmeas, essa é a causa de sua maior mobilidade, facilitando a sua dispersão, 60% dos machos estaria se dispersando e deixando a população local. (SUJI; GARCIA; FONTES, 2000). A paisagem em que o inseto visualiza ao fundo atua como um fator de estímulo, ou inibição, para a movimentação a curta distância. Portanto a presença de árvores e arbustos presente na pastagem parece dificultar a movimentação do inseto, mediantes pequenos saltos de até 1 m de altura, concluindo que os insetos tem a preferência de se movimentar de volta para uma área aberta e de vegetação homogênea e baixa. A distância média existente constante na qual o inseto se desloca a intervalos regulares é provavelmente inferior a 5 m por dia principalmente as fêmeas. Em condições favoráveis e homogêneas de pastagem, as fêmeas mantêm uma área de vida de 50 a 100 m do ponto de onde emergem. (SUJI; GARCIA; FONTES, 2000). Suji, Garcia e Fontes (2000) concluíram que as cigarrinhas se movimentam por saltos ou voos baixos (menos que 1,2 m de altura) e curtos que ocorrem ao acaso. Presença de matas

22 perto das pastagens inibe o movimento do inseto nessa direção, e que áreas abertas como pastagens ou áreas cultivadas favorecem a saída, o movimento dos adultos, se tiver presença de cultivares alimentícios do lado das pastagens, altera as taxas de retorno do inseto. As fêmeas de D. flavopicta mantêm uma área de vida num raio de 50 a 100 m do ponto aonde ocorreu à emergência como adulto, as populações de D. flavopicta encontrando condições favoráveis de recursos alimentares praticamente não migram para outra pastagem. Não é comum a migração da dinâmica populacional dos insetos, a não ser que haja exaustão de recursos alimentares, ou se houver caso de colonização recente de pastagens susceptíveis ao ataque da cigarrinha. (SUJI; GARCIA; FONTES, 2000). Bernardo et al. (2000) relataram que no Brasil Central um dos grandes motivos para o aumento populacional dos hemípteros é a monocultura, cujos os prejuízos estão se entendendo ás culturas de arroz, cana-de-açúcar e milho. Nas áreas de Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e, mais recentemente, Mato Grosso, suas áreas ocupadas com arroz e milho tem sido infestado por essas pragas. Porém de modo geral as cigarrinhas são originárias de áreas cultivadas com Brachiaria ssp. e estão migrando para essas outras culturas. Três espécies de cigarrinhas foram constatadas: D. flavopicta, M. fimbriolata e Z. entreriana, sendo que a primeira é a de maior ocorrência em todos os municípios. Os percentuais desta espécie em cada município chegaram a 87%, 81%, 72%, 72% e 51% nos municípios de Barra do Bugres, Colíder, Alta Floresta, São José do Rio Claro e Juara. E a segunda espécie que mais foi constatada M. fimbriolata também presentes em nos cinco municípios, chegando a 37% do total, e Z. entreriana teve ocorrência somente em Juara com 12% do total amostrado no município. Essas três espécies de cigarrinhas-das-pastagens também foram constatadas em levantamentos realizados em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, no entanto a espécie em maior abundância foi Z. entreriana com 85%, seguida por D Flavopicta 14% e M. fimbriolata com 1%. (BERNARDO et al., 2000). Bernardo et al. (2000) concluíram que os resultados evidenciam a importância de D. flavopicta em relação as demais espécies de cigarrinhas, confirma ainda que a D. flavopicta seja a espécie predominante nas pastagens cultivadas na região Centro-Oeste do Brasil. Relatando ainda que onze espécies de pastagens nativas ou naturalizadas sirvam de alimento para D. flavopicta, na região de Brasília, Distrito Federal, registra menor densidade de ninfas no cerrado do que em pastagens cultivadas. Assim demonstrando que a introdução de pastagens exóticas, em especial a Brachiaria ssp. oriunda da África, tem favorecido ainda mais para o aumento populacional da cigarrinha. D. flavopicta e M. fimbriolata estão presentes em todos os municípios estudados, predominando a primeira espécie citada.

23 2.8 Controle Sendo necessário o controle das cigarrinhas-das-pastagens, em razão de ser a praga mais importante das pastagens, os processos disponíveis no momento deixam muito a desejar quando considerados isoladamente, desde modo sendo aconselhável uma integração de todos eles, para que se atinjam os objetivos propostos. (GALLO, 2002). 2.8.1 Cultivares resistentes A espécie a ser escolhida será aquela que proporciona maior adaptação aos fatores ambientais de cada local. O pecuarista que irá formar uma pastagem precisa não somente a conhecer as plantas, porém identificar as características que se refere á sua adaptação ambiental, se será viável cultivar essa forrageira na região que se pretende, observar nível de ataque de pragas, e a resistência da forrageira a essas devidas pragas. A espécie de B. brizantha cv. Marandu apresenta boa resistência a cigarrinhas das pastagens, b. decumbens possui susceptibilidade ás cigarrinhas-das-pastagens, destacando-se a D. flavopicta e N. entreriana, b.ruziziensis apresenta como grande desvantagem uma alta susceptibilidade á cigarrinhas-das-pastagens, b. humidicola apresenta boa resistência. As forrageiras do gênero Panicum maximum (Massai, Mombaça, Tanzânia, colonião) apresentam um importante aspecto que é sua resistência as cigarrinhas-das-pastagens. A densidade populacional de cigarrinhas-das-pastagens em b. decumbens, e b. ruziziensis é de aproximadamente 15 vezes maior em relação a espécie de b. brizantha cv. Marandu. (VANDER, 2007). 2.8.2 Controle biológico O fungo entomopatogênico Metarhizium anisopliae e o mais utilizado no controle biológico de cigarrinhas-das-pastagens e na cana-de-açúcar. (TIAGO; SILVA, 2007).

24 O gênero Metarhizium, é caracterizado por atacar uma imensa quantidade de insetos, tem muito tempo que é estudado e utilizado para controlar muitas pragas. É encontrado em grande quantidade na natureza, em insetos ou no solo (seu maior reservatório), e possui um grande potencial para uso em estabelecimentos familiares de base agroecológica (RANGEL, 2007). Este fungo é considerado muito eficiente, demonstrando variação de 30 a 80% no controle das cigarrinhas presentes na cana-de-açúcar e de 10 a 60% no controle das cigarrinhas das pastagens. Os fungos entomopatogênicos penetram no hospedeiro via tegumento, tendo isso como vantagem em comparação com os outros grupos de patógenos que só entram no inseto por via oral. (TIAGO; SILVA, 2007). Em estudos realizados por Pereira, Benedetti e Almeida (2008) avaliando o controle da cigarrinha D. flavopicta, pela aplicação de doses diferentes do fungo M. Anisopliae (isolado IBCB 425), em campo de pastagem de capim-braquiária (B. Decumbens) no período de fevereiro a maio de 2006, no município de Itatinga São Paulo. Na aérea foi identificada a ocorrência das seguintes espécies D. flavopicta, D. shach, Z. entreriana e M. fimbriolata com alto índice da população, e com prejuízos consideráveis as pastagens. Em análise geral o fungo entomopatógeno foi eficiente no controle das cigarrinhas, nas devidas doses de 16 e 20 x 10¹² conídios viáveis por hectare, tendo média superior a 80% de mortalidade. Concluindo que nessas doses é altamente eficiente. Raios solares prejudiciais ao fungo entomopatogênico, o bioinseticida foi aplicado na parte da tarde às 17h, com temperatura média de 18 graus e umidade relativa de 69%. A infestação na pastagem era de 65,86 insetos por m², muito acima do nível de 20 a 25 insetos por m². E vale ainda ressaltar que é uma forma de controle econômico e harmonioso com meio ambiente. 2.8.3 Controle com Pachycondyla obscuriscorinis (Formicidae, Hymenoptera) Sujii et al. (2004) fizeram pesquisas em pastagens, mostrando que as formigas são os predadores, com maior abundância e podendo ser considerado um agente de controle biológico potencialmente importante das populações de cigarrinhas, em especial a D. flavopicta. A avaliação do comportamento da formiga Pachycondyla obscuricornis foi da seguinte forma: observaram os indivíduos deixando os ninhos, atacando presas e carregando elas de volta para o ninho, em diferentes períodos do dia. Observaram pelo menos 40

25 indivíduos em diferentes períodos, 20 indivíduos na parte da manhã e 20 á tarde, com o objetivo de confirmar os padrões de comportamento. Este estudo tem como objetivo conhecer o comportamento de patrulhamento, como ela localiza e captura as ninfas de cigarrinha, e sua resposta quando se deparam com outras formigas (SUJII, et al., 2004). Para determinar a ocorrência de preferência para os estádios presas, todas as ninfas foram contadas, da seguinte maneira: cada presa levada para o ninho foi tomado das formigas e identificadas, assim constatando a maior quantidade e preferência pela D. flavopicta (SUJII et al., 2004). A formiga P. obscuricornis foi particularmente bem sucedido em encontrar ninfas e atacá-las dentro da saliva. Esta formiga mede 12 mm de comprimento e possui coloração negra, tem o hábito de patrulha, ou seja, caçar indivíduos e rapidamente pegar todos os indivíduos observados. Esta espécie apresenta um comportamento de forrageamento solitária, isto é, não há o recrutamento de outras formigas para capturar ou transportar à presa. O gênero Pachycondyla tem várias espécies especializadas em predação, caso não houver presença de cigarrinhas D. flavopicta, os cupins passam a ser a sua presa preferida. Há relatos de que a formiga P. obscuricornis caça e carrega lagartas, em Costa Rica. A proximidade de ninhos, que podem ser separados por distância inferiores a 1m, mostra que a formiga P. obscuricornis possui ausência de comportamento agressivo territorial, sendo uma característica que pode ser útil para um agente de controle biológico. O comportamento agressivo pode ocorrer quando uma das formigas estiver carregando uma presa. Neste caso, o encontro resulta geralmente em luta pela presa, assim ocorrendo uma disputa por alimento. Concluíram que na medida em que aumenta a quantidade de cigarrinhas D. flavopicta (presa), aumenta a dieta pelas formigas, subindo de 63,6% para 93,7%. A frequência de captura foi positivamente correlacionada com a abundância relativa de D. flavopicta. O numero de ninfas removidas pelas formigas varia de 14 a 61 ninfas, em um período de três horas antes do meio dia (AM). (SUJII et al., 2004). Observações de campo de presença de ninfas, conclui que o estímulo para o ataque é simplesmente gerado pela percepção visual de movimento da ninfa dentro da espuma branca característica, e não pelo encontro com a espuma em si. Tendo como vantagem para a formiga, que poupa tempo por não procurar espuma vazia. A partir das observações deste estudo, pode-se afirmar que, D. flavopicta é o principal componente da dieta da formiga P. obscuricornis durante alguns períodos do ano, embora as formigas procurem ativamente ninfas no campo. (SUJII et al., 2004).

26 2.8.4 Controle com Inimigos naturais, predação Dos predadores observados atacando ou alimentando-se de cigarrinhas, sendo o grupo mais abundante as formigas. Formigas pequenas de (2-5 mm), pertencentes à Pheidole gêneros e Mycocepurus, atacam os estádios iniciais, enquanto as formigas maiores (10-14mm), Pachycondyla obscuricornis e Brunneum ectatomma, foram observadas predando de 3-5 estádios. As aranhas foram observadas atacando adultos de Deois flavopicta somente, apesar de uma abundância de ninfas. Resultados indicaram que a predação é um fator significativo na determinação da densidade de D. flavopicta. A densidade populacional é alterada nos estágios imaturos, por exemplo, diapausa de ovos e ninfas da espécie D. flavopicta. As maiores taxas de mortalidades foram observadas nas populações de ninfas expostas aos predadores do que nas protegidas, confirmando a importância de predadores como um fator de mortalidade de ninfas de D. flavopicta. Apesar dos resultados, os predadores não têm preferência por ninfas de D. flavopicta, pois as taxas de mortalidade foram similares para todas as espécies do mesmo ano. (SUJII et al., 2002). 2.8.5 Vantagens do controle biológico O controle biológico não é poluente, não provoca desequilíbrios biológicos, é duradouro e aproveita o potencial biótico do agro ecossistema, não é tóxico para o homem e animais e pode ser aplicado com as máquinas convencionais, com pequenas adaptações. Os resultados confirmaram um alto potencial do fungo Metarhizium anisopliae no controle de M. fimbriolata, D. flavopicta e Z. entreriana. (FILHO et al., 2003). 2.8.6 Controle químico O controle químico das cigarrinhas das pastagens é inviável economicamente devido à cultura ser considerada de baixo valor econômico por unidade de área, e acarretam problemas ao meio ambiente, pela aplicação de agrotóxicos em grandes áreas e também pelo elevado

27 número de aplicações, trazendo como desvantagem a eliminação da fauna silvestre, predadores e parasitóides, podendo até mesmo causar intoxicação ao gado e deixando, resíduos na carne e no leite. (VALÉRIO; KOLLER, 2005). O controle químico tornou-se viável com custo médio de R$ 25,00 equivalente a de 3% a 10% do valor de um bezerro. Podendo ser usados em casos de extrema necessidade, caso encontrar de 20 a 25 cigarrinhas adultas por metro quadrado, podendo ser minimizados os problemas. Muitas das vezes o produtor tem deixado de mão desta ferramenta em ocasiões impróprias, motivado pela constatação de danos (amarelecimento das pastagens). Constatou que a sintomatologia dos danos causados pelas cigarrinhas, aparece após três semanas. Sendo a longevidade média de 10 dias dos adultos, ao percebemos o pasto amarelecido, a população responsável por esses danos, já estaria morto, assim não se justificando, portanto, a aplicação de inseticidas naqueles. No caso particular de áreas destinadas à produção de sementes de gramíneas forrageiras, as limitações são menores por causa da redução das áreas a serem tratadas e a maior margem de lucro desta atividade. (VALÉRIO; KOLLER, 2005).

28 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS As cigarrinhas das pastagens são insetos que atacam a parte aérea e também o coleto das plantas, na parte aérea ficam os adultos e nas raízes fica as ninfas protegidas por uma espuma branca característica. Essa espuma tem como objetivo proteger as ninfas contra vários inimigos naturais e dessecação. As adultas sugam a seiva e injetam toxina e as ninfas somente sugam seiva, causando sintomas: inicialmente listras cloróticas que é o amarelecimento, evoluindo para necrose, posteriormente morte das folhas adquirindo aspecto retorcido, podendo comprometer toda a pastagem, motivos pela qual são consideradas as principais pragas das gramíneas brasileiras. D. flavopicta tem maior frequência nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, Z. entreriana tem maior predominância na região do Mato Grosso do Sul, M. fimbriolata tem maior predominância na região norte do país. Os métodos de controle incluem diversificação de espécies resistentes tais como B. brizantha, Andropogon gayanus, Panicum maximum, práticas culturais: evitarem a superlotação colocando a quantidade adequada de animais por hectare, manejo da altura da gramínea pode contribuir no controle das cigarrinhas, controle biológico que é preservar os inimigos naturais, uso de fungos entomopatogênicos.

29 REFERÊNCIAS ALMEIDA, J.E.M. et al. Seleção e avaliação de campo de isolados metarhizium anisopliae para o controle da cigarrinha-da-raiz da cana-de-açucar, Mahanarva fimbriolata (Hom.: Cercopidae) com Metarhizium anisopliae em sistema de cultivo orgânico. In: Simpósio de controle biológico. Pesquisa Agropecuária brasileira, v.91, n.3, p.105, 2004. AUAD, A.M. et al. Flutuação populacional de cigarrinhas-das-pastagens em braquiária e capim-elefante. Pesquisa agropecuária brasileira, Brasília. v.44, n.9, p.1205-1208, set. 2009. BERNARDO, E.R.A. Espécies de cigarrinhas-das-pastagens (Hemiptera: Cercopidae) no meio-norte do Mato Grosso. Ciência Rural, v.33, n.2, 2000. COSTA, N.L. et al. Recuperação e renovação de pastagens na Amazônia. Publicações em Medicina Veterinárias e Zootecnia, Londrina. v.1, n.4, ed.4, art. 177, 2007. FILHO A.B. et al. Eficiência de isolados de Metarhizium anisopliae no controle de Cigarrinha-da-raiz da cana-de-açucar Mahanarva fimbriolata (HOM.: CERCOPIDAE). Arq. Inst. Biol., v.70, n.3, p.309-314, 2003. GALO, D. Entomologia Agrícola. ed. São Paulo: Fealq, 2002. 484-485 p. GARCIAL, J.F.; BOTELHO, P.S.M.; PARRA, J.R.P. Biologia e fertilidade tabela de vida Mahanarva fimbriolata (Stal) (Hemiptera: Cercopidae) em cana. Sci. Agrícola, v.63, n.4, p.317-320, 2006. MACIEL, C.D.G.; VELINI, E.D.; BERNARDO, R.S. Desempenho de pontas de pulverização em Brachiaria brizantha cv. MG-4 para controle de ninfas de cigarrinhas das pastagens. Engenharia Agrícola, v.27, n.esp., p.66-74, 2007. OLIVEIRA, A.S., et al. Consumo, digestibilidade aparente, produção e composição do leite em vacas alimentadas com quatro níveis de compostos nitrogenados. Revista brasileira zootecnia, v.30, n.4, p. 1358-1366, 2001. PEREIRA, M.F.A.; BENEDETTI, R.A.L.; ALMEIDA, J.E.M. Eficiência de Metarhizium anisopliae (METSCH.) sorokin no controle de Deois flavopicta (stal. 1854), em pastagem de capim-braquiária (Brachiaria decumbens). Instituto Biológico, v.75, n.4, p. 465-469, 2008.

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31 DECLARAÇÃO E AUTORIZAÇÃO Eu, Fernando Santos da Silveira, declaro, para os devidos fins e sob pena da lei, que o Trabalho de Conclusão de Curso: Cigarrinha das pastagens Biologia e controle é de minha exclusiva autoria. Autorizo o Centro Universitário de Goiás, Uni - ANHANGUERA a disponibilização do texto integral deste trabalho na biblioteca (consulta e divulgação pela Internet, estando vedadas apenas a reprodução parcial ou total, sob pena de ressarcimento dos direitos autorais e penas cominadas na lei. FERNANDO SANTOS DA SILVEIRA Goiânia, junho de 2012.