Matéria elaborada com base na legislação vigente em: 14.08.2012.



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PIS E COFINS DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS Matéria elaborada com base na legislação vigente em: 14.08.2012. Sumário: 1 ENTIDADES FINANCEIRAS 2 - DA ALÍQUOTA 3 - DA BASE DE CÁLCULO 3.1 Receitas Incorridas nas Operações em Mercados de Liquidação Futura 3.2 Receitas de Operações de Hedge Realizadas em Mercados de Liquidação Futura em bolsas no Exterior 3.3 Receitas em Operações de Câmbio 4 - DAS EXCLUSÕES E DEDUÇÕES DA BASE DE CÁLCULO 4.1 - Das Exclusões e Deduções de Caráter Geral 4.2 - Das Exclusões e Deduções Específicas de Instituições Financeiras e Assemelhadas 4.3.1 Cooperativas de Crédito 4.4 - Das Exclusões e Deduções Específicas das Empresas de Seguros Privados 4.5 - Das Exclusões e Deduções Específicas de Entidades de Previdência Complementar 4.5.1 Outras Exclusões e Deduções para Entidades de Previdência Complementar 4.6 - Das Exclusões e Deduções Específicas das Empresas de Capitalização 4.7 - Das Restrições das Exclusões e Deduções Específicas 5 - DA SUSPENSÃO DA INCIDÊNCIA 5.1 Conversão das suspensões em alíquota zero 6 - DA APURAÇÃO E DO PAGAMENTO INTRODUÇÃO A Instrução Normativa RFB nº 1285/2012, publicada no DOU de 14.08.2012, disciplina a incidência da contribuição para o PIS e da Cofins, devidas pelas pessoas jurídicas elencadas no 1º do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. 1 ENTIDADES FINANCEIRAS São consideradas para efeito deste trabalho, instituições financeiras: I - os bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas; II - as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades de crédito imobiliário e as sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários; III - as empresas de arrendamento mercantil; IV - as cooperativas de crédito;

V - as empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito; VI - as entidades de previdência complementar privada, abertas e fechadas, sendo irrelevante a forma de sua constituição; e VII - as associações de poupança e empréstimo. 2 - DA ALÍQUOTA As pessoas jurídicas acima identificadas devem apurar a Contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins mediante a aplicação das alíquotas de 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento) e de 4% (quatro por cento), respectivamente. 3 - DA BASE DE CÁLCULO A base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins devidas pelas entidades financeiras é o faturamento, considerando faturamento à receita bruta da pessoa jurídica. A receita decorrente da avaliação de títulos e valores mobiliários, instrumentos financeiros derivativos e itens objeto de hedge, registrada pelas instituições financeiras e demais entidades autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) e sociedades autorizadas a operar em seguros ou resseguros, em decorrência da valoração a preço de mercado no que exceder ao rendimento produzido até a referida data, somente será computada na base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins quando da alienação dos respectivos ativos. Para fins do disposto, considera-se alienação qualquer forma de transmissão da propriedade, bem como a liquidação, o resgate e a cessão dos referidos títulos e valores mobiliários, instrumentos financeiros derivativos e itens objeto de hedge. 3.1- Receitas Incorridas nas Operações em Mercados de Liquidação Futura Para efeito de determinação da base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, as instituições financeiras e as demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil devem computar como receitas incorridas nas operações realizadas em mercados de liquidação futura: I - a diferença, apurada no último dia útil de cada mês, entre as variações das taxas, dos preços ou dos índices contratados (diferença de curvas), sendo o saldo apurado por ocasião da liquidação do contrato, inclusive por intermédio da cessão ou do encerramento antecipado da posição, nos casos de: a) swap e termo; e

b) futuro e outros derivativos com ajustes financeiros diários ou periódicos de posições cujos ativos subjacentes aos contratos sejam taxas de juro spot ou instrumentos de renda fixa para os quais seja possível a apuração do critério previsto neste inciso; II - o resultado da soma algébrica dos ajustes apurados mensalmente, no caso dos mercados referidos na alínea "b" do inciso I, cujos ativos subjacentes aos contratos sejam mercadorias, moedas, ativos de renda variável, taxas de juro a termo ou qualquer outro ativo ou variável econômica para os quais não seja possível adotar o critério previsto no referido inciso; e III - o resultado apurado na liquidação do contrato, inclusive por intermédio da cessão ou do encerramento antecipado da posição, no caso de opções e demais derivativos. 3.2 Receitas de Operações de Hedge Realizadas em Mercados de Liquidação Futura em bolsas no Exterior No caso de operações de hedge realizadas em mercados de liquidação futura em bolsas no exterior, as receitas serão apropriadas pelo resultado: I - da soma algébrica dos ajustes apurados mensalmente, no caso de contratos sujeitos a ajustes de posições; e II - auferido na liquidação do contrato, no caso dos demais derivativos. Nota ITC: Fica vedado o reconhecimento de despesas ou de perdas apuradas em operações realizadas em mercados fora de bolsa no exterior, para efeito de determinação da base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins. 3.3 Receitas em Operações de Câmbio As receitas auferidas nas operações de câmbio, realizadas por instituições autorizadas pelo Banco Central do Brasil, serão computadas na base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins pelo valor positivo resultante da diferença entre o preço da venda e o preço da compra da moeda estrangeira. A diferença entre o preço de venda e o preço de compra, quando negativa, não poderá ser utilizada para a dedução da base de cálculo dessas contribuições. 4 - DAS EXCLUSÕES E DEDUÇÕES DA BASE DE CÁLCULO As entidade financeira poderão utilizar das Exclusões e Deduções de Caráter Geral, para efeito da apuração da base de cálculo. 4.1 - Das Exclusões e Deduções de Caráter Geral As pessoas jurídicas consideradas instituições financeiras podem excluir ou deduzir da receita bruta, para efeito da determinação da base de cálculo: I - as reversões de provisões;

II - as recuperações de créditos baixados como perda, limitados aos valores efetivamente baixados, que não representem ingresso de novas receitas; III - o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido; IV - os lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição, que tenham sido computados como receita; e V - a receita decorrente da venda de bens do ativo permanente. Parágrafo único - Não se aplica a exclusão prevista no inciso I na hipótese de provisão que tenha sido deduzida da base de cálculo quando de sua constituição. 4.2 - Das Exclusões e Deduções Específicas de Instituições Financeiras e Assemelhadas Além das exclusões previstas no item 4.1, os bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito e associações de poupança e empréstimo podem deduzir da base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, os valores: I - das despesas incorridas nas operações de intermediação financeira; II - dos encargos com obrigações por refinanciamentos, empréstimos e repasses de recursos de órgãos e instituições oficiais ou de direito privado; III - das despesas de câmbio, observado o disposto no art. 6º; IV - das despesas de arrendamento mercantil, restritas a empresas e instituições arrendadoras; V - das despesas de operações especiais por conta e ordem do Tesouro Nacional; VI - do deságio na colocação de títulos; VII - das perdas com títulos de renda fixa e variável, exceto com ações; VIII - das perdas com ativos financeiros e mercadorias, em operações de hedge; e IX - das despesas de captação em operações realizadas no mercado interfinanceiro, inclusive com títulos públicos. A vedação do reconhecimento de perdas de que trata o inciso VII aplica-se às operações com ações realizadas nos mercados à vista e de derivativos (futuro, opção, termo, swap e outros) que não sejam de hedge. 4.3.1 Cooperativas de Crédito

As cooperativas de crédito observarão também as disposições específicas da Instrução Normativa SRF nº 635, de 24 de março de 2006, em especial as do seu art. 15. A base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, apurada pelas sociedades cooperativas de crédito, pode ser ajustada, além do disposto no art. 9º, pela: I - dedução das despesas incorridas as operações de intermediação financeira; II - dedução dos encargos com obrigações por refinanciamentos, empréstimos e repasses de recursos de órgãos e instituições oficiais ou de direito privado; III - dedução das perdas com títulos de renda fixa e variável, exceto com ações; V - dedução das perdas com ativos financeiros e mercadorias em operações de hedge; V - exclusão dos ingressos decorrentes de ato cooperativo; e VI - dedução das sobras líquidas apuradas na Demonstração do Resultado do Exercício, antes da destinação para a constituição do Fundo de Reserva e do Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (Fates), previstos no art. 28 da Lei nº 5.764, de 1971. 4.4 - Das Exclusões e Deduções Específicas das Empresas de Seguros Privados Além das exclusões permitidas, as empresas de seguros privados podem excluir ou deduzir da base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, os valores: I - do cosseguro e resseguro cedidos; II - referentes a cancelamentos e restituições de prêmios que houverem sido computados como receitas; III - da parcela dos prêmios destinada à constituição de provisões ou reservas técnicas; e IV - referentes às indenizações correspondentes aos sinistros ocorridos, efetivamente pagos, deduzidos das importâncias recebidas a título de cosseguros e resseguros, salvados e outros ressarcimentos. Nota ITC: A dedução de que trata o inciso IV aplica-se somente às indenizações referentes a seguros de ramos elementares e a seguros de vida sem cláusula de cobertura por sobrevivência. 4.5 - Das Exclusões e Deduções Específicas de Entidades de Previdência Complementar Além das exclusões permitidas, as entidades de previdência complementar, fechadas e abertas, podem excluir da base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, os valores: I - da parcela das contribuições destinada à constituição de provisões ou reservas técnicas; e

II - dos rendimentos auferidos nas aplicações financeiras de recursos destinados ao pagamento de benefícios de aposentadoria, pensão, pecúlio e de resgates. Nota ITC: A exclusão prevista no inciso II do caput: I - restringe-se aos rendimentos de aplicações financeiras proporcionados pelos ativos garantidores das provisões técnicas, limitados esses ativos ao montante das referidas provisões; e II - aplica-se também aos rendimentos dos ativos financeiros garantidores das provisões técnicas de empresas de seguros privados destinadas exclusivamente a planos de benefícios de caráter previdenciário e a seguros de vida com cláusula de cobertura por sobrevivência. Consideram-se rendimentos de aplicações financeiras os auferidos em operações realizadas nos mercados de renda fixa e de renda variável, inclusive mútuos de recursos financeiros, e em outras operações tributadas pelo imposto sobre a renda como operações de renda fixa. 4.5.1 Outras Exclusões e Deduções para Entidades de Previdência Complementar Além das exclusões previstas no item 4.5, as entidades fechadas de previdência complementar podem excluir os valores referentes a: I - rendimentos relativos a receitas de aluguel, destinados ao pagamento de benefícios de aposentadoria, pensão, pecúlio e resgates; II - receita decorrente da venda de bens imóveis, destinada ao pagamento de benefícios de aposentadoria, pensão, pecúlio e resgates; e III - o resultado positivo, auferido na reavaliação da carteira de investimentos imobiliários referida nos incisos I e II. As entidades fechadas de previdência complementar registradas na Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS), na forma do art. 19 da Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, que operam planos de assistência à saúde de acordo com as condições estabelecidas no art. 76 da Lei Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001, podem efetuar as deduções previstas no 9º do art. 3º da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998. 4.6 - Das Exclusões e Deduções Específicas das Empresas de Capitalização As empresas de capitalização podem excluir da base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, os valores: I - da parcela dos prêmios destinada à constituição de provisões ou reservas técnicas; e II - dos rendimentos auferidos nas aplicações financeiras destinadas ao pagamento de resgate de títulos.

A dedução prevista no inciso II restringe-se aos rendimentos de aplicações financeiras proporcionados pelos ativos garantidores das provisões técnicas, limitados esses ativos ao montante das referidas provisões. 4.7 - Das Restrições das Exclusões e Deduções Específicas As deduções e exclusões facultadas às pessoas jurídicas referidas no subitem 4.3.1 e nos itens 4.4 ao 4.6, deste trabalho, restringem-se a operações autorizadas por órgão governamental, desde que realizadas dentro dos limites operacionais previstos na legislação pertinente, vedada a dedução de qualquer despesa administrativa. 5 - DA SUSPENSÃO DA INCIDÊNCIA No caso de Doações Recebidas e Destinadas a Ações de Caráter Ambiental, fica suspensa a incidência da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins sobre as doações em espécie recebidas por instituições financeiras públicas controladas pela União e destinadas a ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, inclusive programas de remuneração por serviços ambientais, e de promoção da conservação e do uso sustentável dos biomas brasileiros, na forma estabelecida em regulamento. Para efeito do disposto, a destinação das doações deve ser efetivada no prazo máximo de 2 (dois) anos contado do mês seguinte ao de recebimento da doação. As doações aqui tratadas também poderão ser destinadas ao desenvolvimento de ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento e de promoção da conservação e do uso sustentável de outros biomas brasileiros e em outros países tropicais. Nota ITC: As despesas vinculadas às doações citadas não poderão ser deduzidas da base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins. Para efeito do disposto, a instituição financeira pública controlada pela União deverá: I - manter registro que identifique o doador; II - segregar contabilmente, em contas específicas, os elementos que compõem as entradas de recursos, bem como os custos e as despesas relacionados ao recebimento e à destinação dos recursos; e III - atender às demais disposições da regulamentação específica. 5.1 Conversão das suspensões em alíquota zero As suspensões relacionadas a doações recebidas e destinadas a ações de caráter ambiental convertem-se em alíquota zero depois de efetuada a destinação dos recursos.

No caso da não destinação dos recursos, a instituição financeira pública controlada pela União fica obrigada a recolher as contribuições não pagas, acrescidas de juros e multa de mora, na forma da lei. 6 - DA APURAÇÃO E DO PAGAMENTO O período de apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins é mensal. O pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins devidas pelas entidades financeiras deverá ser efetuado até o 20º (vigésimo) dia do mês subsequente ao de ocorrência dos fatos geradores. Se o dia do vencimento de que trata o caput não for dia útil, considerar-se-á antecipado o prazo para o primeiro dia útil que o anteceder. Serão efetuados de forma centralizada pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica a apuração e o pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins. Fonte: Editorial ITC Atenção! De acordo com o disposto no caput e inciso XIII do art. 7º, e nos arts. 24, 29 e 101 a 184, da Lei nº 9610/1998 (Direitos Autorais) e no artigo 184 do Decreto-Lei nº 2848/1940 (Código Penal), na redação dada pela Lei nº 10.695/2003, é expressamente proibida, por qualquer meio, a reprodução parcial e/ou total de matérias exclusivas do site: www.itcnet.com.br, exceto a impressão e a citação ou referência bibliográfica de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.