Roteiro de aula. Balanço de radiação Medida e Estimativa dos componentes Radiação em superfícies inclinadas. Exercício

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Transcrição:

BALANÇO DE RADIAÇÃO

Roteiro de aula Balanço de radiação Medida e Estimativa dos componentes Radiação em superfícies inclinadas Balanço de Energia Exercício

Balanço de radiação na superfície Ra Absorção seletiva (O 3, CO 2, N 2 O, CH 4, H 2 O) Espalhamento Absorção seletiva (O 3, CO 2, N 2 O, CH 4, H 2 O) OL OL superfície R d Rg R D BOC BOC balanço de ondas curtas Ra - radiação solar no topo da atmosfera Rg - radiação solar global RD - radiação direta Rd - radiação difusa Rr - radiação solar refletida Rr Rn saldo de radiação Rn = BOC + BOL BOL BOL balanço de ondas longas OL - radiação terrestre emitida OL - contrarradiação

Determinação do balanço de radiação Medição do saldo de radiação: restrito a trabalhos de pesquisa Estimativa dos componentes do BR: feita a partir de instrumentos disponíveis em estações meteorológicas convencionais.

Instrumento de medida do Saldo de Radiação Saldo Radiômetro Instrumento de pesquisa

SALDO DE RADIAÇÃO Rn = BOC + BOL

Rn = BOC + BOL COMPONTENTES DE ONDAS CURTAS BOC = Rg - Rr

Balanço médio de radiação de ondas curtas Ra = 100% 24% 40% 17% 20% Gases e partículas 7% O 3 H 2 O CO 2 16% 23% 48% 4% 13% Fonte: Pereira et al. (2002)

Rn = BOC + BOL COMPONTENTES DE ONDAS CURTAS BOC = Rg - Rr

Radiação solar global (Rg) R g =(R D + R d ) Radiação solar incidente depende: Latitude Época do ano e hora do dia Posição e exposição do terreno Transparência atmosférica Nebulosidade RADIAÇÃO DIRETA (predominante) RADIAÇÃO DIFUSA (predominante)

Instrumento de medida de componentes de ONDAS CURTAS Rg - radiação solar global Actinógrafo / Piranômetro Instrumento operacional

Instrumento de medida de componentes de ONDAS CURTAS n - insolação Heliógrafo Instrumento operacional

Estimativa de Rg a partir de n Rg Ra = a + ( ) b n N Equação de Angstron onde: Rg - radiação solar global Ra - radiação no topo da atmosfera n - insolação ou número de horas de sol ocorrida N - número máximo de horas de sol Rg/Ra b (inclinação) [ ( n )] 0,22 + 0, Rg Ra 44 = Fontana et al., 1996 (21 estações meteorológicas) N Para a estimativa de Rg é necessário: n medido (heliógrafo) Ra calculado N - calculado a (intercepto) n/n

Estimativa de Ra: Ra = S d π d 2 [ ( ) ] Wh π senϕ senδ + cosϕ cosδ senwh 180 Estimativa de N: N = ( 2Wh ) 15 Ra e N podem ser encontrados em tabelas como função da: LATITUDE E ÉPOCA DO ANO (dados em horas) onde: S constante solar; [ d ]- razão entre a distância média e real do Sol a Terra (dia juliano); d ϕ - latitude; δ - declinação solar (dia juliano) Wh - ângulo horário (latitude e declinação)

No caso de estimativa: Ra = S d π d 2 [ ( ) ] Wh π senϕ senδ + cosϕ cosδ senwh 180 Para resolução da equação é necessário: S = 118,1 MJm -2 dia -1 (2,0calcm -2 min -1 x1.440=calcm -2 dia -1 ) ou (1.367Wm -2 ) [ ] 2 d = 1 + 0,034 cos 360D d sendo D o número do dia juliano 365,25) coswh = tgδ tan gϕ ( 0,9861D 170,7) + 0,3906cos( 1,9154 174,4) δ = 0,3931 + 23,2577cos D

50 20 Fluxo de ra adiação (MJm -2 dia -1 ) 45 40 35 30 25 20 15 10 5 Ra Rg N 18 16 14 12 10 8 6 4 2 Brilh ho solar (horas) 0 0 JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN Meses Radiação solar incidente no topo da atmosfera (Ra), radiação solar global (Rg) e número máximo de horas de sol (N) em Porto Alegre, normal climatológica 1961-90 (Fonte de dados: 8 o DISME/INMET).

Rn = BOC + BOL COMPONTENTES DE ONDAS CURTAS BOC = Rg - Rr

Instrumento de medida de componentes de ONDAS CURTAS a = Rr Rg onde a é o albelo da superfície Rg Rr a - albedo Albedômetro Instrumento de pesquisa

ALBEDO MAIOR Rr maior devido à cobertura de gelo Rg menor devido ao ângulo de incidência ALBEDO MAIOR Nebulosidade sobre o equador Albedo Planetário em função da latitude. Dados médios do período de junho de 1974 e fevereiro de 1978, conforme medições através de satélite (Winston et al., 1979).

Relação entre albedo e ângulo de elevação solar em duas condições de nebulosidade (Fonte: Deacow, 1969).

Valores típicos de albedo de superfícies naturais Superfície Albedo (%) Água 5 Nuvens cumuliformes 70 90 Neve 75 95 Pele humana branca 43 45 Pele humana negra 16 22 Deserto 25 30 Floresta decídua 15 20 Floresta tropical úmida 13 Solo descoberto argiloso úmido 10 20 Solo descoberto argiloso seco 20 35 Solo descoberto arenoso seco 35-45

Rg Rg Albedo alto Albedo baixo Albedo do solo depende de: - umidade - teor matéria orgânica - textura (arenoso x argiloso) - rugosidade - cobertura (cor, brilho, densid.)

Valores típicos de albedo de plantas cultivadas Planta (desenvolvimento) Latitude Albedo (%) (média diária) Soja 21 o 24 Milho 43 o 22 Milho 7 o 18 Trigo 52 o 26 Trigo 43 o 22 Cevada 52 o 23 Sorgo 7 o 20 Feijão 52 o 24 Pastagem 32 o 25 Fumo 43 o 24 Fumo 7 o 19 Cana-de-açucar 7 o 15 Algodão 7 o 21 Tomate 43 o 23 Beterraba açucareira 52 o 26 Soja 30 o S 26 Milho 30 o S 24 Milheto 30 o S 25 Alfafa 30 o S 24 Girassol 30 o S 24

30 25 Alb bedo (%) 20 15 10 5 0 0,1 1,0 10 100 Altura (m) Relação entre albedo médio e altura da vegetação (Fonte: Stanhill, 1970)

Rg Rg Rr Rr Albedo maior menor absorção Albedo menor maior absorção aprisionamento da radiação

Maior absorção menor albedo Albedo da vegetação depende: Tipo de dossel Altura do dossel Condição hídrica das plantas Tipo de Manejo Albedo médio = 25% Menor absorção maior albedo Milho irrigado x não-irrigado

0,2 PD - maior albedo devido à presença da palha 0,15 Albedo 0,1 0,05 PC PD 0 Semead. milho 26/out 5/nov 15/nov 29/nov 9/dez Data Média diária de albedo da s uperfície em s is temas de plantio direto (PD) e prepa ro convencional (PC), antes e depois da s emeadura do milho. EEA/UFRGS, Eldora do do S ul, RS, 2004 (Heckler et al, 2005).

Rn = BOC + BOL COMPONTENTES DE ONDAS LONGAS BOL = OL - OL

Instrumento de medida de componentes de ONDAS LONGAS Pirgeômetro

Estimativa dos componentes de Pela lei de Stefan-Boltzman: ONDAS LONGAS OL OL ε σ 4 = T s s energia emitida pelo solo 4 = ε σt energia emitida pela atmosfera a a onde ε é a emissividade; σ é a constante de Stefan-Boltzman (4,9x10-9 MJm -2.dia -1.K -4 ); T é a temperatura (K); s e a são referentes ao solo e ar, respectivamente. Assumindo que : temperatura do solo temperatura do ar (período de 24h) emissividade do solo 1,0 (CN) ( )( n ) 0,325 0,139 e 0,1 + 0, 4 BOL = σt 9 onde e é a pressão real de vapor (kpa) N

SALDO DE RADIAÇÃO Rn = BOC + BOL

ESTIMATIVA DO SALDO DE RADIAÇÃO (Equação de Brunt-Penman): ( )( n ) 0,325 0,139 e 0,1 + 0, 4 Rn = Rg(1 a) σt 9 Rn, Rg MJm -2.dia -1 ; e kpa; T K; σ = 4,9x10-9 MJm -2.dia -1.K -4 N ( )( n ) 0,56 0,092 e 0,1 + 0, 4 Rn = Rg(1 a) 1440σT 9 Rn, Rg cal.cm -2.dia -1 ; e mmhg; T K; σ = 8,17x10-11 cal.cm -2.min -1.K -4 Observação: UR = (e/es) e es = f (T) N

ESTIMATIVA DO SALDO DE RADIAÇÃO (Rn) A PARTIR DA RADIAÇÃO GLOBAL (Rg) TIPO DE SUPERFÍCIE EQUAÇÃO UNIDADE FONTE Solo gramado Rn = -18,81 + 0,69 Rg cal.cm -2.min -1 Bergamaschi et al. (2003) Solo nu (prep. convencional) Rn = -14,25 + 0,67 Rg W.m -2 Comiran et al. (2005) Solo sob palha (plantio direto) Rn = 6,05 + 0,51 Rg W.m -2 Comiran et al. (2005) Soja (elevada área foliar) Rn = -0,68 + 0,67 Rg MJ.m -2. dia -1 Fontana et al. (1988) Milho (elevada área foliar) Rn = 0,11 + 0,67 Rg MJ.m -2. dia -1 Cunha et al. (1989) Feijão (elevada área foliar) Rn = 9,51 + 0,62 Rg cal.cm -2.min -1 Bergamaschi et al. (1988)

Saldo de radiação vs latitude e época do ano Altas latitudes: Rn negativo o ano inteiro PERDA Baixas latitudes: Rn positivo o ano inteiro GANHO

Saldo de radiação vs hora do dia 700 (cal.cm -2.min -1 ) Fluxo de radiação 600 500 400 300 200 100 0 Rn (+) Rn (-) -100 Hora

ALTERAÇÕES NO BALANÇO DE RADIAÇÃO (microclima) Fluxos acima da superfície (ex. cultivos protegidos)

Grande redução Pequena redução (20 a 25% de Rg)

Cultivo a céu aberto (Uvas viníferas, F. Cunha, RS) Plástico tipo ráfia (1/3 de redução de RFA)

Cobertura anti-granizo Macieira, Vacaria, RS Sem granizo Menos RFA (+ 20%) Menos vento

RADIAÇÃO EM SUPERFÍCIES INCLINADAS

Radiação solar em superfícies inclinadas NORTE 0 o Rg (inclinada) ------------------ Rg (horizontal) LESTE OESTE SUL 0 o 0 o NORTE E SUL Recebem energia como se fossem horizontais em outra latitude, dependo da inclinação; LESTE E OESTE A variação diária é devido ao adiantamento ou atraso no por-do-sol e nascer do sol Variação anual da relação percentual entre a Rg sobre superfície inclinada e horizontal para latitude de 20 o S

Radiação solar diária em superfície horizontal no topo da atmosfera (calcm -2 dia -1 ) Latiltude JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 10 N 782 844 925 760 915 902 904 913 903 859 797 760 8 N 804 861 908 922 904 888 891 906 905 872 816 783 6 N 826 875 913 916 892 871 876 898 907 882 836 806 4 N 846 890 919 911 878 855 861 889 907 913 855 829 2 N 866 903 922 904 864 836 844 878 906 902 872 850 0 886 914 924 896 848 817 828 868 904 910 889 871 2 S 903 926 925 888 832 798 809 856 901 917 905 891 4 S 920 936 925 877 815 777 791 842 897 924 920 909 6 S 936 944 924 866 797 757 771 829 892 929 933 928 Rg (inclinada) 777 --------------------- = ----- = 1,31 Rg (horizontal) 594 8 S 952 953 922 855 778 735 750 813 886 932 945 945 10 S 965 959 919 841 759 712 729 798 878 935 958 961 12 S 978 964 913 828 738 690 707 780 869 936 968 976 14 S 990 969 908 812 716 666 684 763 860 937 977 991 16 S 1001 972 902 797 695 641 662 744 849 936 986 1003 18 S 1011 974 894 779 672 616 637 725 838 934 993 1015 20 S 1020 975 886 762 648 594 613 705 825 932 1000 1027 22 (5 S 1028 975 875 743 625 565 588 684 811 928 1005 1037 24 S 1034 974 864 724 600 538 562 662 797 923 1008 1046 Rg (inclinada) 372 --------------------- = ----- = 0,63 Rg (horizontal) 594 26 S 1040 971 853 703 575 511 536 640 781 916 1012 1054 28 S 1044 968 839 682 549 483 509 616 765 909 1014 1061 30 S 1048 964 825 660 523 456 482 593 747 901 1015 1067 32 S 1050 958 810 637 496 429 456 569 729 891 1015 1072 34 S 1053 952 794 614 469 400 428 543 709 880 1014 1076 36 S 1054 944 777 591 441 372 400 518 690 870 1012 1079 38 S 1053 935 759 566 413 344 372 492 669 858 1009 1081 40 S 1051 926 740 540 385 315 344 466 750 844 1005 1083 Exemplo: latitude 20 o S e inclinação 16 o Norte 20 o S 16 o = 4 o S Exemplo: latitude 20 o S e inclinação 16 o Sul 20 o S + 16 o = 36 o S

Weber et al (2009) Modelagem da insolação com SIG na região do Vale dos Vinhedos)

BALANÇO DE ENERGIA DA SUPERFÍCIE partição do saldo de radiação na superfície entre os consumidores e/ou fornecedores

BALANÇO DE ENERGIA NA SUPERFÍCIE Rn = LE + H + S + outros Durante o dia Rn (+) Rn saldo de radiação LE fluxo de calor latente de evapotranspiração H fluxo de calor sensível para o ar S fluxo de calor sensível para o solo Durante a noite Rn (-) LE (-) H (-) LE (+/-) H (+) Consumidores da energia disponível da superfície Fornecedores de energia para a superfície S (-) S (+) Com advecção de energia: Rn + A = LE + H + S = outros

BALANÇO DE ENERGIA NA SUPERFÍCIE West Palm Beach, Florida (26,7 o N) Yuma, Arizona (32,7 o N) Rn LE Rn H S H LE S Clima úmido Clima seco

BALANÇO DE RADIAÇÃO E DE ENERGIA DA SUPERFÍCIE EXPERIMENTOS AGROMETEOROLÓGICO

Gradientes temper. e umidade do ar Rg Datalogger: monitorar e armazenar dados Rn Placa: fluxo calor no solo Equipamento de medição contínua dos balanços de radiação e de energia

Balanço de radiação Rn Rg BOL Rr Rg = 100% (26,5 MJm -2 dia -1 ) Rn = 66% Rr = 27% BOL = 7% a = (Rr / Rg) Componentes do balanço de radiação em SOJA irrigada, cv. Brag em Taquari, RS, 19/02/1986. Fonte: Fontana et al. (1986)

Balanço de energia - SOJA IRRIGADA NÃO IRRIGADA Rn = 100% LE = 89% H = 9% S = 2% Rn = 100% LE = 73% H = 17% S = 10% Componentes do balanço de energia da soja, Taquari, em 05/02/1986.

Déficit de saturação (mb) Data: 05/05/1986 ---- Irrigada ---- Não irrigada Hora local Déficit de saturação do vapor d água do ar em parcela de soja irrigada e não irrigada, 05/02/1986, Taquari, RS.

Fluxo de energia (W m -2 ) 1100 600 100 01/11/04 Solo seco PC 01/11/04 Solo seco PD -400 Fluxo de energia (W m -2 ) 1100 600 100 04/11/04 Solo úmido PC Rg BOC Rn BOL Rr 04/1104 Solo úmido PD -400 1:00 5:00 9:00 13:00 17:00 21:00 Hora 1:00 5:00 9:00 13:00 17:00 21:00 Hora Componentes do balanço de radiação (W m -2 ) na s uperfície do s olo em plantio direto (PD) e preparo convencional (PC): radiação s olar global incidente (Rg), balanço de ondas curtas (B OC), s aldo de radiação (Rn), balanço de ondas longas (B OL) e radiação refletida (Rr), medido nos dias 01 /1 1 e 04/1 1. EEA/UFRGS, Eldorado do S ul, RS, 2004 (Heckler et al, 2005)

W/m2 1100 900 700 500 300 100 01 nov W/m2 1100 900 700 500 300 100 Rg Rn S H+LE -100-300 -500 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 Hora PD -100-300 -500 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 Hora PC 1100 04 nov 1100 900 900 700 700 W/m2 500 300 100 W/m2 500 300 100-100 -300 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23-100 -300 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23-500 Hora -500 Hora Balanço de energia em dias ensolarados e em condições de solo seco (01 e 26/nov) e úmido (04/nov e 05/dez), em plantio direto (PD) e preparo convencional (PC), em W/m2. Eldorado do Sul, RS, Brasil, 2004. (COMIRAN et al., 2005)

Até a semana que vem