ÁGUA SUBTERRÂNEA E OBRAS DE CAPTAÇÃO

Documentos relacionados
10263 MÉTODOS DE CÁLCULO DE PERÍMETROS DE PROTEÇÃO DE POÇOS DE CAPTAÇÃO COMPARADOS À LEGISLAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO

METODOLOGIAS PARA DELIMITAR PERÍMETROS DE PROTECÇÃO DE CAPTAÇÕES DE ÁGUA SUBTERRÂNEA

Riscos de Cheias e Secas: O papel regulador dos aquíferos

ÁGUA SUBTERRÂNEA: USO E PROTEÇÃO

Introdução ao Ciclo hidrológico

Análise de Cenários de Exploração no Sistema Aquífero da Campina de Faro

ÁREAS CONTAMINADAS NO CONCELHO DO SEIXAL

Considerações gerais sobre a hidrogeologia do continente

Aluviões. Miocénico. Paleogénico. Neo-cretácico. Cretácico. Rio Tejo

DIRECÇÃO DE SERVIÇOS DE RECURSOS HÍDRICOS

ASPECTOS QUANTITATIVOS DOS SISTEMAS AQUÍFEROS DO BAIXO TEJO

Riscos para os aquíferos decorrentes da não selagem/isolamento de captações

Agrupamento de Escolas Santa Catarina EBSARC 10º ANO 2015/2016 GEOGRAFIA A AS BARRAGENS E AS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

Ambientes insulares vulcânicos. RECURSOS HÍDRICOS DA ILHA DA MADEIRA Susana Prada. Modelo hidrogeológico conceptual para a ilha da Madeira

CAPTAÇÃO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

A importância da água subterrânea para o montado

Características hidroquímicas e hidrodinâmicas do aquífero na planície arenosa da Costa da Caparica

ZONAS DE INFILTRAÇÃO MÁXIMA

O uso da água e a gestão dos aquíferos na região de Aveiro - Orla Mesocenozóica Ocidental Portuguesa.

Proteção de Recursos Hídricos Subterrâneos

SISTEMA AQUÍFERO: VERRIDE (O8)

A ÁGUA SUBTERRÂNEA faz parte

FUNÇÕES DESEMPENHADAS PELAS DIFERENTES TIPOLOGIAS DA REN

CRITÉRIOS HIDROGEOLÓGICOS PARA A DEFINIÇÃO E FIXAÇÃO DOS PERÍMETROS DE PROTECÇÃO

Estudo da interacção água subterrânea/água superficial nos sistemas associados à Lagoa de Albufeira, em periodo de barra aberta

INTERACÇÃO ÁGUA-ROCHA O caso das rochas ígneas, sedimentares e metamórficas

Resultados dos Estudos Hidrogeológicos para Definição de Estratégias de Manejo das Águas Subterrâneas na Região Metropolitana de Natal- RMN

SISTEMA AQUÍFERO: BACIA DE ALVALADE (T6)

Água subterrânea... ou... Água no subsolo

ABASTECIMENTO DE ÁGUA AO CONCELHO DE ALMADA

Hidrogeologia: Conceitos e Aplicações

A GEOFÍSICA NA PROTECÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS. MAPEAMENTO DE ZONAS DE RISCO NO VALE DO TEJO-SADO RECORRENDO A PROSPECÇÃO GEOELÉCTRICA.

Palavras Chave: Condutividade eléctrica, ph, Águas subterrâneas, Formação de Mértola, Formação de Mira

Água, ecossistemas aquáticos e actividade humana PROWATERMAN. Caracterização geológica e hidrogeológica das áreas de estudo.

ESE. VES ρ = LNEC (31/10/06) 3.4 (31/10/06) -4 b -7. ρ = a) Argila com calhaus de diferentes. c d -30. ρ = 54.

Hidrogeologia vs. Engª do Ambiente

Ciclo hidrológico Componente terrestre

ORLA MERIDIONAL (M) Introdução. Hidrogeologia. Características Gerais

ÁGUA SUBTERRÂNEA E MINERAÇÃO. A mineração faz retirada planejada de água subterrânea e favorece outros usos das águas

CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS E HIDRÁULICAS DOS POÇOS TUBULARES DA APA CARSTE LAGOA SANTA E ENTORNO, MG

PALEOSSOLOS ARGILOSOS PODEM INFLUENCIAR A DETERMINAÇÃO DE FLUXO DA ÁGUA SUBTERRÂNEA EM AQUÍFERO DE BAIXA PERMEABILIDADE?

SISTEMA AQUÍFERO: VISO-QUERIDAS (O30)

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E LIMITAÇÕES HIDROGEOLÓGICAS DO AQUÍFERO CRETÁCICO INFERIOR DA REGIÃO DE LISBOA PARA O SEU

SISTEMA AQUÍFERO: MACEIRA (O18)

GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS SEMA

EPUSP Engenharia Ambiental AQUÍFEROS. PEF3304 Poluição do Solo

EPUSP Engenharia Ambiental AQUÍFEROS. PEF3304 Poluição do Solo

Programa de medidas do 2º ciclo planeamento e monitorização Sessão temática: Águas subterrâneas: estratégia para a sua gestão 9 maio 2019

Água no Solo. V. Infiltração e água no solo Susana Prada. Representação esquemática das diferentes fases de um solo

A perfuração deverá seguir as normas técnicas vigentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

C T O C MONITORAMENTOS, MAPEAMENTOS E MODELAGENS DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS MARCUS VINÍCIOS ANDRADE SILVA ENG. GEÓLOGO - HIDROGEÓLOGO

Região_Norte. Sistema aquífero Tipo Características gerais (INAG) Funcionamento hidráulico (INAG) Modelo numérico Referência CÁRSICO DA BAIRRADA (O3)

7 Cenários simulados de bombeamento

O Homem sempre utilizou materiais de origem geológica que a Natureza lhe fornecia. Idade da Pedra Idade do Bronze Idade do Ferro

Mini - curso Monitoramento de Águas Subterrâneas

Águas subterrâneas em ambientes urbanos: problemática, riscos e soluções

Águas subterrâneas, um recurso estratégico Sessão temática: Águas subterrâneas: estratégia para a sua gestão 9 maio 2019

SISTEMA AQUÍFERO: POUSOS-CARANGUEJEIRA (O14)

SISTEMA AQUÍFERO: SINES (O32)

MODELAGEM NUMÉRICA COMO FERRAMENTA PARA A GESTÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

HIDROGEOLOGIA. Acção de Formação Modelos Hidrogeológicos: Elaboração e Experimentação. Novembro de 2004

Rodrigo de Paula Hamzi Aluno de Mestrado EHR/UFMG Eber José de Andrade Pinto Prof. Adjunto EHR/UFMG

Gonçalo de Freitas Leal Diretor-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural. destaque

ESTUDO HIDROGEOLÓGICO SÍNTESE SOBRE O LOCAL DO NOVO AEROPORTO DE LISBOA NO CAMPO DE TIRO DE ALCOCHETE

SISTEMA AQUÍFERO: VEIGA DE CHAVES (A1)

DIA NACIONAL DA ÁGUA 2007 Água, um bem ambiental global António Eira Leitão

Estabelece critérios e procedimentos gerais para proteção e conservação das águas subterrâneas no território brasileiro.

Resumo. Construção de cartografias de vulnerabilidade. O que é o projeto piloto Águeda? Construção de Cartografias de vulnerabilidade

IX ESTADO DA QUALIDADE DA ÁGUA DE ORIGEM SUBTERRÂNEA NO CONCELHO DE ALCOCHETE COM UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS SIG

RESERVAS ESTRATÉGICAS DE ÁGUA SUBTERRÂNEA NA REGIÃO CENTRO (PROJECTO IMAGES)

A ANÁLISE GEOESTATÍSTICA DA CONCENTRAÇÃO DE NITRATOS NAS MASSAS DE ÁGUA SUBTERRÂNEA NA CONFEDERAÇÃO HIDROGRÁFICA DO JÚCAR, ESPANHA

Ocorrência de nitrato no sistema aquífero Bauru e sua relação com a ocupação urbana no município de Marília.

CAPÍTULO VIII DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

HIDROGEOLOGIA DOS AMBIENTES CÁRSTICOS DA BACIA DO SÃO FRANCISCO PARA A GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

ÁGUAS SUBTERRÂNEAS INTRODUÇÃO:

PHD Hidrologia Aplicada. Águas Subterrâneas (2) Prof. Dr. Kamel Zahed Filho Prof. Dr. Renato Carlos Zambon

Ana Maria PIRES Carlos MACHADO João VILHENA José Paulo MONTEIRO Luís RODRIGUES Maria José CARVALHO Nelson LOURENÇO Rui REBELO

Plano Específico de Gestão da Água (PEGA) na Área Crítica do Algarve Contributos para a sua elaboração

PROJETO ADAPTACLIMA-EPAL

Recursos Minerais da Área Metropolitana de Lisboa. Estado Actual do Conhecimento

Sociedade de Geografia 15 de Novembro de 2012

5 Estudo de casos Shopping Brooklin Descrição da obra

Manuel M. Oliveira1,2, Maria João Moinante1,3, J. P. Lobo Ferreira1,4, Carlos Almeida5

SISTEMA AQUÍFERO: QUARTEIRA (M7)

Gestão de Recursos Hídricos na Mineração

WORKSHOP PROWATERMAN, Évora e Faro, 29 e 30 de Novembro de 2012

Riscos de inundações fluviais e estuarinas

RISCO DE INTRUSÃO SALINA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - GESTÃO INTEGRADA DE ÁGUA SUBTERRÂNEAS

MODELO HIDROGEOLÓGICO CONCEITUAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CAMPUS DA UFMG, BELO HORIZONTE / MG

Águas subterrâneas: vulnerabilidade à contaminação e perímetros de protecção

Recursos hídricos em Berlim - Panorama

Ana Maria PIRES Carlos MACHADO João VILHENA José Paulo MONTEIRO Luís RODRIGUES Maria José CARVALHO Nelson LOURENÇO Rui REBELO

ESTUDO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS NO ESTUÁRIO DO RIO GUADIANA E ZONAS ADJACENTES

Dos ensaios de aquífero aos modelos de simulação de fluxo

Geomorfologia e Hidrogeologia da Várzea e Costeiras de Loures

MECANISMOS E FONTES DE CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DE NATAL/RN POR NITRATO

19/01/2018. Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água do Algarve. Luís Costa José Paulo Monteiro Universidade do Algarve

Modelos de escoamento subterrâneo com densidade variável

Divisão Ambiental Prazer em servir melhor!

Ex. mo Senhor Vice-Presidente da APA, I.P.

Transcrição:

ÁGUA SUBTERRÂNEA E OBRAS DE CAPTAÇÃO Manuela Simões 1 1 Departamento de Ciências da Terra (Geobiotec), Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade NOVA de Lisboa, Campus de Caparica, 2829-516 Caparica

origem Água subterrânea localização quantidade qualidade Obras de captação poços nascentes/fontes minas ou galerias furos (poços de pequeno diâmetro)

Água subterrânea (origem, localização, quantidade e qualidade ) Ciclo Hidrológico (Ciclo da Água) Aquíferos Reservas (totais, permanentes e reguladoras) Vulnerabilidade e Proteção

http://w3.ualg.pt/~jdias/geolamb/ga2_sistterra/207cicloh20/cicloh2o.gif

Interferências no Ciclo Hidrológico (alterações climáticas, lagos artificiais, poeiras atmosféricas, cidades)

Previsões para o final do século XXI Alterações na intensidade de precipitação (Portugal sem alterações significativas) https://www.climaterealityproject.org/blog/climate-change-impacting-water-cycle

Previsões para o final do século XXI Alterações no escoamento (diminuição, em cerca de 40%, para Portugal) https://www.climaterealityproject.org/blog/climate-change-impacting-water-cycle

Previsões para o final do século XXI Alterações no índice de seca de Palmer (Portugal sem alterações significativas) https://www.climaterealityproject.org/blog/climate-change-impacting-water-cycle

Aquíferos / Massas de Água Livres Semiconfinados/semilivres Confinados Sistemas complexos Porosos (multicamada ou multiaquíferos) Fissurados/Fraturados Cársicos

Reservas (WT = WP + WR) Permanentes (WP) (as que não se devem explorar) Totais (WT) Volume total de água armazenada no aquífero Reguladoras (WR) (as que se renovam anualmente por ação do ciclo hidrológico)

Vulnerabilidade Proteção (aquíferos e captações) Aquífero Avaliação / Metodologia (DRASTIC, DISCO, SIGs, Cartografia hidrogeológica, Modelos analíticos e numéricos, Traçadores, etc.) Zonas de infiltração Sobre-exploração Comunicação hidráulica Intrusão salina Captações Avaliação / Metodologia (Raio fixo arbitrário, Raio fixo calculado, Método Wyssling, Modelos analíticos e numéricos, Cartografia hidrogeológica, Traçadores, etc.) Zona imediata Zona intermédia Zona alargada Zona de influência Zona de captura (chamada) Zona operacional Zona de proteção sanitária Zona de proteção microbiológica

Zona de captura (área de recarga do aquífero que contribui diretamente para o poço) e Zona de Influência perímetro que delimita a área afetada pelo bombeamento Nível da água antes do bombeamento Limite do aquífero Iritani, M. A. & Ezaki, S., 2010 Roteiro orientativo para delimitação de área de proteção de poço. Cadernos do projeto ambiental estratégico de aquíferos. Instituto Geológico de São Paulo, Brasil

Zona de Transporte de 50 dias indica que qualquer gota de água situada dentro do perímetro limitado pela isócrona 50 dias atingirá o poço de bombeamento num tempo máximo de 50 dias. Iritani, M. A. & Ezaki, S., 2010 Roteiro orientativo para delimitação de área de proteção de poço. Cadernos do projeto ambiental estratégico de aquíferos. Instituto Geológico de São Paulo, Brasil

Critérios Distância à captação Rebaixamento provocado pelo bombeamento Tempo de trânsito do contaminante até à captação Tempo de degradação do contaminante Condicionantes hidrogeológicas. Iritani, M. A. & Ezaki, S., 2010 Roteiro orientativo para delimitação de área de proteção de poço. Cadernos do projeto ambiental estratégico de aquíferos. Instituto Geológico de São Paulo, Brasil

Sistemas complexos (multiaquíferos) Sistema Aquífero: SINES (032) Sistema multiaquífero: aquífero cársico nos calcários e dolomitos do Jurássico; sobreposto por aquífero multicamada poroso, livre a confinado

Localização da ZILS (Zona Industrial e Logística de Sines) na Carta Geológica de Portugal, escala 1: 50 000, folha 42-C, Santiago do Cacém (LNEG, 1993) in Botelho, 2015.

Soraia Botelho, 2015 https://run.unl.pt/handle/10362/16339

Legenda: Solo Areia Fina Areia Siltosa Areia de Fina a Grosseira Areia Grosseira Siltito Calcarenito Calcário Xisto Soraia Botelho, 2015 https://run.unl.pt/handle/10362/16339

Soraia Botelho, 2015 https://run.unl.pt/handle/10362/16339

Grande concentração de furos na Ribeira dos Moinhos Soraia Botelho, 2015 https://run.unl.pt/handle/10362/16339

NE SW P1 Soraia Botelho, 2015 https://run.unl.pt/handle/10362/16339

NW SE P2 Soraia Botelho, 2015 https://run.unl.pt/handle/10362/16339

SW NE P 3 Soraia Botelho, 2015 https://run.unl.pt/handle/10362/16339

W E P 4 Soraia Botelho, 2015 https://run.unl.pt/handle/10362/16339

P 5 Soraia Botelho, 2015 https://run.unl.pt/handle/10362/16339

Sistemas complexos (multicamada) Sistema Aquífero do Tejo-Sado (Margem Direita, Margem Esquerda, Aluviões, Indiferenciado) (Simões, 1998) https://run.unl.pt/handle/10362/1152?locale=pt_pt

Barreiro 1 Serra da Arrábida Soda-Póvoa Tejo CUF Casal do Sapo Qta. Conde 400 m Areias do Pliocénico Calcarenitos do Miocénico 0 m Margas do Miocénico Banco Real Fm Benfica 1000 m BURGEAP, 1973 (Projeto PNUD) Calcários do Cretácico

Areia Argila (Simões, 1998) https://run.unl.pt/handle/10362/1152?locale=pt_pt

Legoinha, 2013 https://run.unl.pt/handle/10362/1152?locale=pt_pt (Simões, 1998)

Legoinha & Simões, 2014 http://www.lneg.pt/download/9639/25_2962_art_cg14_especial_ii.pdf

(Simões, 1998) SNIRH SNIRH

Sistema aquífero do Tejo-Sado Região do Barreiro Joel Zeferino, 2016 https://run.unl.pt/handle/10362/19143

Sistema aquífero Tejo-Sado P3 Margem Esquerda P1 Frente ribeirinha do Barreiro P2 P1 P1 P2 P2 P3 P3 Joel Zeferino, 2016 https://run.unl.pt/handle/10362/19143

Em bombeamento (sobre-exploração) Em equilíbrio Joel Zeferino, 2016 https://run.unl.pt/handle/10362/19143

Joel Zeferino, 2016 https://run.unl.pt/handle/10362/19143 Vulnerabilidade do sistema e das captações

Proteção de captações Vulnerabilidade do aquífero Joel Zeferino, 2016 https://run.unl.pt/handle/10362/19143

ÁGUA SUBTERRÂNEA E OBRAS DE CAPTAÇÃO Manuela Simões 1 1 Departamento de Ciências da Terra (Geobiotec), Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade NOVA de Lisboa, Campus de Caparica, 2829-516 Caparica