POLÍTICA DE GOVERNANÇA COOPERATIVA



Documentos relacionados
POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

1. COMPETÊNCIAS DAS DIRETORIAS

b) supervisionar o cumprimento desta política pelas entidades integrantes do Sistema Sicoob;

SUPERVISÃO COOPERATIVA Acompanhamento Indireto, acompanhamento dos planos, auditoria e comunicação

Estrutura de Gerenciamento do Risco Operacional

CARGOS E FUNÇÕES APEAM

1. Esta Política Institucional de Gestão de Continuidade de Negócios:

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE

Câmara Municipal de Barueri. Conheça a Norma SA8000. Você faz parte!

RELATÓRIO SOBRE A GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL NO BANCO BMG

PARCERIA BRASILEIRA PELA ÁGUA

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades;

Política de Gerenciamento de Risco Operacional

Política de Logística de Suprimento

O Banco Central do Brasil em 29/06/2006 editou a Resolução 3380, com vista a implementação da Estrutura de Gerenciamento do Risco Operacional.

e) visa estabelecer diretrizes aplicáveis ao posicionamento estratégico de comunicação e marketing das entidades integrantes do Sicoob.

POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO DO SISTEMA ELETROBRÁS. Sistema. Eletrobrás

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DO SISTEMA CECRED

Gestão de Programas Estruturadores

PUBLICADO EM 01/08/2015 VÁLIDO ATÉ 31/07/2020

Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação PETI

Estrutura de gerenciamento do Risco Operacional do Sistema Sicoob

Risco de Crédito. Estrutura Organizacional

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 2015

Padrão de Gestão e Transparência do Terceiro Setor

ELEKEIROZ S.A. CNPJ / Companhia Aberta NIRE

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DAS EMPRESAS ELETROBRAS

Estrutura da Gestão de Risco Operacional

PLANO BÁSICO ORGANIZACIONAL SINTÉTICO DA FINANCEIRA BRB

Descrição da Estrutura de Gerenciamento Risco de Mercado -

Banco Mercedes-Benz RISCO DE MERCADO E LIQUIDEZ Base: Janeiro 2014

Relatório da estrutura de gerenciamento de riscos do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob)

Parecer do Comitê de Auditoria

ESTATUTO DAS COMUNIDADES DE PRÁTICA - COPs NO PODER EXECUTIVO ESTADUAL

-CAPÍTULO I ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO

Política de Gerenciamento do Risco Operacional Banco Opportunity e Opportunity DTVM Março/2015

Regulamento da CPA Comissão Própria de Avaliação DA FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE VISCONDE DO RIO BRANCO CAPÍTULO I

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO. Prof. Leandro Schunk

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

ANEXO I DESCRIÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DOS CARGOS TABELA A ATRIBUIÇÕES DO CARGO PROFESSOR E PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA 20 HORAS

Como melhorar a gestão da sua empresa?

Política de Responsabilidade Socioambiental

LEI MUNICIPAL Nº 3.486/2005

Apresentação Plano de Integridade Institucional da Controladoria-Geral da União (PII)

MMX - Controladas e Coligadas

COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - CPA REGULAMENTO

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE CRÉDITO

POLÍTICA DE GOVERNANÇA COOPERATIVA DA COGEM

RESULTADOS FINAIS DO ENCONTRO NACIONAL - ÁREA MEIO - ESTRATÉGIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

ESTATUTO DAS LIGAS ACADÊMICAS Diretoria de Extensão e Assuntos Comunitários

gestão das Instâncias de Governança nas regiões turísticas prioritárias do país.

ANEXO I PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM CONTABILIDADE DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA (NEPEC/UCB)

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

Política Nacional de Participação Social

CAPÍTULO XX DA UNIDADE DE APOIO A GESTÃO ESTRATÉGICA UAGE. Seção I Da Finalidade

1. Escopo ou finalidade da iniciativa

18/08/2015. Governança Corporativa e Regulamentações de Compliance. Gestão e Governança de TI. Governança Corporativa. Governança Corporativa

POLÍTICA DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE (SMS) Sustentabilidade

Planejamento Estratégico

SUZANO PAPEL E CELULOSE S.A. Regimento Interno do Conselho de Administração

OGU Ações e Projetos 2011/2012

MANUAL DE INTEGRAÇÃO - DIRETORIA Edição 1 Balneário Camboriú, novembro de 2014.

Relatório da Estrutura de Gerenciamento Centralizado de Riscos e de Capital do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) Ano 2013

A PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª. REGIÃO, no uso de suas atribuições legais e regimentais,

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇAO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE RONDÔNIA COMISSÃO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR DE TI

Compliance e a Valorização da Ética. Brasília, outubro de 2014

Levantamento de Governança e Gestão de Pessoas na APF

1. Esta Política institucional de gestão de continuidade de negócios:

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE

POLÍTICA DE COMUNICAÇÃO E ENGAJAMENTO COM PÚBLICOS DE INTERESSE DAS EMPRESAS ELETROBRAS

Tópico: Plano e Estratégia. Controle interno e risco de auditoria

1. Esta Política institucional de comunicação e marketing:

Planejamento Estratégico PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO. Formação dos grupos de trabalho e Detalhamento das estratégias do Plano de Ação Julho 2014

Diretoria de Informática TCE/RN 2012 PDTI PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO. Brivaldo Marinho - Consultor. Versão 1.0

CONSELHO DE ÓRGÃOS MUNICIPAIS INTEGRADOS AO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO (COMITRA) REGIMENTO INTERNO

ATO NORMATIVO Nº 006 /2007

Sistema de Gestão da Qualidade

Gerenciamento de capital e ICAAP

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO RESOLUÇÃO Nº 21/2007

NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS. INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT]

FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃODE RECURSOS HUMANOS DA ANTT

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO MUNICIPAL DO IDOSO CAPÍTULO I DA DENOMINAÇÃO, SEDE, DURAÇÃO E FINALIDADE

Transcrição:

POLÍTICA DE GOVERNANÇA COOPERATIVA 1

1. APRESENTAÇÃO Esta política estabelece os princípios e práticas de Governança Cooperativa adotadas pelas cooperativas do Sistema Cecred, abordando os aspectos de representatividade e participação, direção estratégica, gestão executiva e fiscalização e controle, atendendo a Resolução 3.859, de 27/05/2010, do Banco Central do Brasil. As cooperativas que compõem o Sistema Cecred estão vinculadas à Cooperativa Central de Crédito Urbano Cecred e se submetem aos padrões, mecanismos de regulação e supervisão e estruturas de controle do Sistema. Cabe à cooperativa Central Cecred liderar a conciliação das estratégias individuais de suas singulares, assegurando o cumprimento dos princípios da governança cooperativa. 2. CONCEITO A Governança Cooperativa é o conjunto de processos, políticas, leis e regulamentos que regem a maneira como uma cooperativa é dirigida, administrada ou controlada, permitindo aos cooperados definir e assegurar a execução dos objetivos da cooperativa. As boas práticas de Governança Cooperativa asseguram aos cooperados equidade de tratamento, transparência, prestação de contas responsável e conformidade legal, tendo como finalidade aumentar o valor da sociedade, contribuindo para a sua perenidade. 3. OBJETIVOS DA GOVERNANÇA COOPERATIVA Assegurar a solidez e a eficiência econômica da cooperativa; Resguardar a obtenção dos devidos resultados da cooperativa, através da fiscalização e avaliação do desempenho da gestão; Assegurar transparência no processo de gestão, equidade no tratamento dos cooperados, adequação na prestação de contas e responsabilidade sobre os resultados; Assegurar que o comportamento e as decisões dos executivos estejam alinhados com os interesses dos cooperados; Evitar situações de abuso de poder, conflitos de interesse e erros estratégicos decorrentes da centralização na tomada de decisão; Ampliar a credibilidade dos cooperados com relação às informações fornecidas pela cooperativa. 4. DIRETRIZES Reconhecendo a importância da Governança Cooperativa para a sustentabilidade das organizações, o Sistema Cecred trabalha, continuamente, para a transparência e o monitoramento em todos os processos de gestão, adotando práticas de governança apoiadas nas seguintes diretrizes: representatividade e participação, direção estratégica, gestão executiva e fiscalização e controle. 4.1 REPRESENTATIVIDADE E PARTICIPAÇÃO Para ampliar a representatividade e a proporcionar a participação efetiva dos cooperados, respeitando e atendendo seus interesses coletivos e garantindo o crescimento sólido das cooperativas, o Sistema Cecred desenvolve as ações apontadas em seguida, através das Cooperativas singulares. 2

4.1.1. ASSEMBLEIA GERAL As cooperativas do Sistema Cecred empenham-se em garantir a maior participação possível dos cooperados na Assembleia Geral, buscando a efetividade do princípio da transparência. A condução da Assembleia deve estimular a participação dos cooperados nas discussões, criando um ambiente de valorização, motivação e comprometimento que contribuam para alcançar uma participação consistente, contribuindo para o exercício consciente do voto e para tomada de decisão efetiva. As orientações para a adequada condução da Assembleia Geral estão descritas no Estatuto Social das cooperativas do Sistema Cecred. O processo eleitoral segue o disposto no Estatuto Social e no Regimento Interno das cooperativas, elaborados conforme modelo padrão do Sistema Cecred. 4.1.2. PRÉ-ASSEMBLEIAS Visando facilitar a participação dos cooperados em razão de aspectos geográficos e, com isso, atingir um maior índice de representatividade, cooperativas do Sistema Cecred com mais de um ponto de atendimento, ou cuja estrutura exija, em razão de peculiaridades dos grupos de cooperados, realizam Pré-Assembleias em regiões específicas. As Pré-Assembleias não têm caráter deliberativo e sua pauta deve contemplar todos os assuntos a serem apresentados na Assembleia Geral, permitindo aos cooperados esclarecer dúvidas e apresentar críticas e sugestões. 4.1.3. COMITÊS EDUCATIVOS Os Comitês Educativos, órgãos consultivos constituídos em cada cooperativa do Sistema Cecred, por ponto de atendimento, visam a ampliação da participação dos cooperados nas atividades da cooperativa, o desenvolvimento de atividades educacionais e o aprimoramento dos processos de comunicação entre a cooperativa e os cooperados. A constituição dos Comitês Educativos é de livre escolha das cooperativas do Sistema Cecred, levando em consideração suas necessidades em termos de número de cooperados e regiões de atuação. Critérios relativos à estrutura, composição, procedimentos, recursos e periodicidade dos eventos relativos aos Comitês, estão definidos no Regimento do Comitê Educativo, elaborado conforme modelo padrão do Sistema Cecred. 4.1.4. PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE LIDERANÇAS As cooperativas do Sistema Cecred estimulam, continuamente, a emersão de lideranças no seu quadro social, objetivando buscar a renovação dos membros dos órgãos de administração e fiscalização e a garantia da sua sustentabilidade e continuidade de longo prazo. 3

Os membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, bem como os cooperados interessados e/ou indicados para assumir futuras posições junto aos conselhos, participam do Programa de Formação e Atualização de Dirigentes. O programa visa a capacitação e o aperfeiçoamento em conteúdos como Cooperativismo de Crédito, Atribuições e Responsabilidades dos Conselhos de Administração e Fiscais, Contabilidade, Demonstrativos de Gestão e Controle, Desenvolvimento Social e Educação Cooperativista, entre outros. Além da participação nos diversos eventos educativos oferecidos pela cooperativa, os membros do Comitê Educativo participam de programa específico de desenvolvimento, visando proporcionar-lhes conhecimentos sobre Cooperativismo, Liderança e Comunicação entre outros. 4.1.5. PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE COOPERADOS PROGRID O PROGRID visa a integração e o desenvolvimento dos cooperados das cooperativas singulares do Sistema Cecred. Os eventos do PROGRID são oferecidos pelas cooperativas singulares para seus cooperados e membros da comunidade onde atuam e envolvem temas focados nas áreas de educação cooperativista, educação financeira, desenvolvimento de competências profissionais, qualidade de vida e responsabilidade social e ambiental. Os principais objetivos do programa de integração e desenvolvimento de cooperados são: Promover a integração do quadro social das cooperativas; Aproximar os cooperados das cooperativas, ampliando sua responsabilidade em fazer parte do sistema; Ampliar o nível de educação dos cooperados, em diversos campos de conhecimento; Identificar e preparar novas lideranças junto ao quadro social; Difundir a doutrina cooperativista junto à comunidade. Para a realização do programa, sempre que possível, as cooperativas devem utilizar os recursos do FATES Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social. 4.1.6. COMUNICAÇÃO COM O QUADRO SOCIAL Objetivando garantir a transparência no processo de gestão da cooperativa e o bom funcionamento da estrutura de organização do quadro social, as cooperativas do Sistema Cecred desenvolvem meios adequados de comunicação, utilizando, no mínimo, os canais relacionados abaixo: Assembleia Geral; Pré-Assembleias; Reuniões de Comitês Educativos; Eventos educativos; Informativos; Sites; Materiais de divulgação; Relatórios anuais de prestação de contas padronizado pela Central Cecred; Ouvidoria; SOA Serviço de Orientação ao Associado. 4

4.1.7. EDUCAÇÃO COOPERATIVISTA PARA COLABORADORES Os colaboradores das cooperativas do Sistema Cecred participam de programa de capacitação em educação cooperativista. Além de cursos específicos oferecidos pela Central Cecred, as cooperativas adotam mecanismos de capacitação e atualização contínuas de seus colaboradores, visando, não somente a capacitação técnica, mas também a prática cotidiana dos valores e princípios cooperativistas. Visando estimular a participação, o comprometimento e o desenvolvimento de uma visão mais abrangente dos negócios relacionados ao Cooperativismo de Crédito nos colaboradores no Sistema Cecred, as cooperativas adotam o modelo participativo na elaboração de seus Planejamentos Estratégicos, Plano de Ações e Metas e Orçamentos Anuais. 4.2. DIREÇÃO ESTRATÉTICA E GESTÃO EXECUTIVA As Cooperativas do Sistema Cecred zelam por desenvolver a clara separação entre os papeis desempenhados pelos administradores com funções estratégicas (Conselho de Administração) ou por aqueles com funções executivas (Diretoria Executiva). 4.2.1. DIREÇÃO ESTRATÉGICA A principal missão dos administradores eleitos é de traduzir as expectativas dos cooperados em orientações e estratégias, que serão desenvolvidas pelos executivos, além de acompanhar essa execução. Os representantes do Conselho de Administração das cooperativas do Sistema Cecred norteiam sua atuação através de Regimento Interno especifico que entre outras orientações, determina: Definição de missão, competências, deveres e responsabilidades; Modelo e escopo de reuniões; Publicação sistemática de atas e leitura compulsória das atas do Conselho Fiscal e da Cooperativa Central; Demonstrativos gerenciais padronizados; Formação de Comitês. A composição do Conselho de Administração deve representar diferentes grupos de interesses, setoriais, profissionais, tomadores, aplicadores e regiões de atuação, levando em consideração habilidades e conhecimentos específicos, capaz de contribuir para a boa condução das ações estratégicas da cooperativa. O Conselho de Administração reúne-se ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente, sempre que necessário. Respeitando os interesses dos cooperados e a singularidade de cada Cooperativa, o Conselho de Administração da Central Cecred é composto, de forma democrática, por um representante de cada Cooperativa filiada, compartilhando o poder de decisão e possibilitando às Cooperativas ajustar seus interesses e alinhar as diferentes expectativas. Os dirigentes eleitos devem prestar contas de sua atuação a quem os elegeu e responder integralmente por todos os atos praticados no exercício de seus mandatos. 5

Tendo em vista a capacitação e o aprimoramento contínuo da competência estratégica de seus dirigentes, os Conselheiros da Administração participam das ações previstas no Programa de Formação e Atualização de Dirigentes. 4.2.2. GESTÃO EXECUTIVA As cooperativas do Sistema Cecred possuem uma Diretoria Executiva, subordinada ao Conselho de Administração, composta de 3 (três) membros, associados ou não, compreendidos pelos cargos de Diretor Executivo, Diretor de Operações e Diretor Administrativo. A diretoria executiva reúne-se, ordinariamente, duas vezes por mês e, extraordinariamente, sempre que necessário O Diretor Executivo presta expediente diário na Cooperativa para melhor conduzir a gestão dos negócios e prestar contas às instâncias cabíveis. Os administradores com funções executivas são os responsáveis pela execução das diretrizes fixadas pelo órgão de direção estratégica, em consonância com as estratégias do Sistema Cecred. Têm como responsabilidades acompanhar o estado econômico-financeiro da instituição bem como conduzir as atividades ligadas aos negócios, através da avaliação contínua do desempenho dos produtos e serviços oferecidos ao quadro social e da efetividade de atuação da equipe de colaboradores, devendo prestar contas da sua atuação a todos os envolvidos sempre que solicitado. O posicionamento ético adotado nas ações dos administradores com funções executivas ou estratégicas das cooperativas do Sistema Cecred é pautado nos valores e os princípios cooperativistas. Os requisitos de capacitação técnica, as responsabilidades e as atribuições dos executivos estão definidas no Estatuto Social e no Regimento Interno da cooperativa, elaborados conforme modelo padrão do Sistema Cecred. A fim de aprimorar a competência técnica gerencial de seus executivos, as cooperativas do Sistema Cecred investem fortemente em programas de formação e atualização profissional, através de treinamentos, cursos, palestras, seminários, fóruns e outros. 4.3. FISCALIZAÇÃO E CONTROLE Os cooperados devem exercer efetivamente o seu direito-dever de fiscalizar e controlar os negócios da Cooperativa. Para tanto, o Sistema Cecred disponibiliza canais institucionais que asseguram o cumprimento dessa fiscalização e controle: Ampliação do nível de conhecimento do cooperado, através da realização de eventos e ações de desenvolvimento focadas na educação cooperativista; Informações transparentes aos cooperados; Padronização da prestação de contas nas AGO s; Conselho Fiscal com atuação direcionada por Regimento interno padrão para todas as Cooperativas do Sistema. Auditoria interna e externa; Formação de Comitês; Políticas institucionais. 6

As cooperativas do Sistema Cecred adotam mecanismos de controles internos, dentro dos padrões recomendados pela Central e em cumprimento às determinações das autoridades regulatórias, atuando através de um sistema efetivo de gestão de riscos. A Central Cecred mantém, na sua estrutura organizacional, área específica de Controles Internos e Gestão de Riscos e a estrutura organizacional das cooperativas singulares do Sistema Cecred compreende clara divisão entre Setor de Operações Negócios e o Setor Administrativo, responsável pelos Controles Internos e Gestão de Riscos da cooperativa. A Política de Controles Internos e Compliance do Sistema Cecred tem como diretrizes básicas: Assegurar a conformidade com leis e regulamentos de órgãos oficiais e a aderência às políticas e procedimentos internos; Disseminar cultura que demonstre a todos os colaboradores do Sistema a importância dos controles internos; Manter sistema de controles internos alinhado aos objetivos do Sistema e aderente às melhores práticas de mercado; Garantir estrutura de controles internos que assegure que os principais riscos, sejam identificados, avaliados, monitorados, controlados e testados de forma eficiente e eficaz; Assegurar a existência de atribuição de responsabilidades, observada a estrutura organizacional estabelecida pelo Sistema, garantindo a apropriada segregação de funções, de modo a eliminar atribuições de responsabilidades conflitantes, assim como reduzir e monitorar conflitos de interesses existentes nas Áreas; Assegurar a consistência e tempestividade das informações que são relevantes para a tomada de decisões ou que afetem as atividades do Sistema, por meio de um processo de comunicação confiável; Propiciar a atuação efetiva e independente da auditoria interna sobre o sistema de controles internos; Elaborar relatórios periódicos sobre a situação dos controles internos, a serem apreciados e aprovados, pelos Comitês competentes e pelo Conselho de Administração. 4.3.1. CONSELHO FISCAL O Conselho Fiscal tem como missão exercer o controle da legitimidade das contas e da gestão dos administradores, verificando se as deliberações do Conselho de Administração e os atos de gestão estão em consonância com a lei, com o Estatuto Social e com as normas internas do Sistema, e ainda, se dão cumprimento às deliberações da Assembléia Geral. Deve, também, considerar o mérito dos negócios, de modo a verificar se estão em conformidade com o objetivo social e os fins próprios da Cooperativa. Os representantes do Conselho Fiscal das cooperativas do Sistema Cecred norteiam sua atuação através de Regimento Interno especifico. Assim como no Conselho de Administração, a composição do Conselho Fiscal deve representar diferentes grupos de interesses, setoriais, profissionais, tomadores, aplicadores e regiões de atuação. Os Conselheiros Fiscais participam, juntamente com os Conselheiros da Administração, das ações de capacitação e desenvolvimento previstas no Programa de Formação e Atualização de Dirigentes. 7

4.3.2. AUDITORIAS Auditoria Interna A auditoria interna avalia o controle interno exercido sobre cada segmento operacional das cooperativas do Sistema Cecred, sugere a elaboração ou a alteração de normas, a adoção de procedimentos e rotinas e a introdução de mecanismos de controle nas cooperativas. São objetivos da Auditoria Interna no Sistema Cecred: Verificar e apontar deficiências no cumprimento das políticas de risco de crédito, mercado e liquidez, e operacional, do Sistema Cecred; Analisar e emitir parecer sobre os itens previstos no programa de auditoria. As auditorias são executadas, no mínimo, semestralmente, envolvendo as áreas contábil, jurídica, organizacional e financeira das cooperativas singulares. Auditoria Independente O Conselho de Administração da Central Cecred contrata empresas de auditoria independente, garantindo transparência e credibilidade na análise das demonstrações contábeis das cooperativas do Sistema Cecred. As auditorias independentes são realizadas, no mínimo, anualmente. 4.3.3 COMITÊS ÓRGÃOS DE DECISÃO COLEGIADA A estruturação de comitês garante o tratamento formal e sistematizado dos assuntos de relevância para as cooperativas do Sistema Cecred, fornecendo subsídios e aprimorando os controles exercidos sobre a gestão. Comitê de Controle e Gestão de Riscos Composto pelo presidente, vice-presidente, diretor executivo e técnicos da área de controles internos e gestão de riscos da Central. O Comitê de Controle e Gestão de Riscos tem como principais responsabilidades: Analisar os relatórios das auditorias interna e externa e pareceres técnicos da área de controles internos e gestão de riscos; Solicitar providências necessárias à redução de riscos e correção de não conformidades, assegurando a solidez com o cumprimento dos limites operacionais estabelecidos pelo Sistema Cecred e pelo BACEN; Recomendar ao Conselho de Administração a aplicação de advertências ou multas em Cooperativas Filiadas que não cumpram as atribuições regimentais ou legais; Recomendar ao Conselho de Administração a contratação ou encerramento de contratos com empresas de Auditoria Interna e Externa. Comitê Técnico de Riscos Composto por Diretor Executivo, representante das áreas da Central Cecred e um representante de cada Cooperativa Filiada. O Comitê Técnico de Riscos tem como principais responsabilidades: 8

Avaliar e propor normas internas em todos os temas relacionados ao risco de crédito, de mercado e liquidez, e operacional; Sugerir procedimentos operacionais e ações mitigadoras de risco; Contribuir na elaboração ou alteração das políticas institucionais para os riscos do Sistema Cecred; Disseminar as práticas de prevenção de riscos entre os colaboradores. Grupo Permanente de Risco Composto por técnicos representantes de todas as áreas da Central Cecred, com coordenação do responsável pela área de Controles Internos e Gestão de Riscos. O Grupo Permanente de Risco tem como principais responsabilidades: Identificar riscos e necessidade de pontos de controle inerentes aos produtos, processos, sistemas e infraestrutura; Aplicar a metodologia de gestão para os riscos identificados, incluindo a classificação, avaliação, priorização, tratamento e monitoramento; Encaminhar formalmente os resultados dos trabalhos para a Diretoria Executiva. Comitê de Crédito As cooperativas do Sistema Cecred têm constituídos Comitês de Crédito, com alçadas decisórias definidas, premiando a agilidade e simplificação da concessão do crédito sem comprometer a segurança das operações. O Comitê de Crédito tem a função de decidir sobre a liberação das operações de crédito, de acordo com as definições das alçadas constantes no Manual de Crédito do Sistema Cecred. São atribuições do Comitê de Crédito: Deliberar sobre as propostas de crédito, obedecendo a procedimentos técnicos próprios de análise estabelecidos na política de concessão de crédito da Cooperativa Filiada e Manual de Crédito do Sistema Cecred; Responder e prestar contas aos Conselhos de Administração e Fiscal, referente aos pareceres das análises de crédito do Comitê. 4.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Através das boas práticas, o Sistema Cecred garante a pluralidade de interesses, torna as relações mais seguras e transparentes, reduz riscos diversos e garante a sustentabilidade do Sistema, permitindo a geração de resultados que proporcionem eficiência econômica e social aos cooperados. Florianópolis, 17 de novembro de 2011. Max Bayer Gomes Diretor Presidente Claudio Romanzini Diretor Financeiro 9

10