CARACTERIZAÇÃO DE GRUPOS DE GENÓTIPOS DE MILHO SAFRINHA AVALIADOS EM DOURADOS, MS

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Transcrição:

CARACTERIZAÇÃO DE GRUPOS DE GENÓTIPOS DE MILHO SAFRINHA AVALIADOS EM DOURADOS, MS Luan Marlon Ribeiro (1), Priscilla Cunha Moreira dos Santos (1), Jorge Junior Theodoro Martins Prata (2), Gessí Ceccon (3) Introdução O milho safrinha é a principal cultura granífera cultivada no período de fevereiro a agosto na região Centro-Oeste do Brasil. O Estado de Mato Grosso do Sul é o terceiro maior produtor nacional de milho safrinha, com produtividade de 6.582 mil toneladas em 2013, depois de Paraná e Mato Grosso (IBGE, 2013). Na safra 2012/13 foram registradas 479 cultivares para comercialização, sendo 263 convencionais e 216 transgênicas; destes, 60,9 % são híbridos simples, 21,5% híbridos triplos, 10,2% híbridos duplos e 7,3% são variedades (CRUZ et al., 2012), o desempenho da cultivar está em função da interação entre genótipo x ambiente (SILVA, 2012). Com o grande número de materiais disponíveis no mercado, a escolha da melhor semente é embasada na sua produtividade (CRUZ; PEREIRA FILHO, 2008), tendo em vista a menor importância dos outros fatores, como ciclo e resistência a doenças. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho de grupos de genótipos de milho com diferentes graus de hibridação e ciclo, provenientes de ensaios nacionais, sendo um de variedades e dois híbridos. Material e Métodos O trabalho foi realizado na área experimental da Embrapa Agropecuária Oeste, em Dourados, MS, localizado nas coordenadas 22 013'S e 54 048'W a 380 m de altitude, em Latossolo Vermelho distroférrico, textura argilosa. 1 Acadêmico de Agronomia, Centro Universitário da Grande Dourados UNIGRAN, bolsista PIBIC/CNPq/Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados, MS, luanmarlon@hotmail.com 2 Acadêmico de Agronomia, Faculdade Anhanguera de Dourados FAD, bolsista PIBIC/CNPq/Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados, MS, jorge.prata10@aedu.com 3 Engenheiro Agrônomo, Dr. Em Agricultura, Analista da Embrapa Agropecuária Oeste, BR 163, km 253, 79.804-970 Dourados, MS. gessi.ceccon@embrapa.br [1]

Foram avaliados três grupos de genótipos (variedades, super-precoce e precocenormal), oriundos do Ensaio Nacional de Variedades (VA) e dos ensaios Nacional Superprecoce (SP) e Precoce-normal (PN), para a região Centro-Oeste, com 36 genótipos em cada grupo, totalizando 108 genótipos de diferentes empresas e instituições. Os ensaios foram implantados individualmente, em delineamento experimental em blocos ao acaso, com duas repetições, em parcelas de duas linhas de cinco metros, com 0,90 m entre linhas. A semeadura foi realizada em plantio direto, do dia 20/02/13, com adubação de 235 kg ha -1 da fórmula 10-25-15, e sem adubação de cobertura. A emergência das plantas foi considerada plena em 26/02/12. A floração foi considerada plena quando 50 % dos pendões estavam visíveis, quando se anotou também a altura de plantas e de inserção de espigas. As doenças foliares identificadas foram: ferrugem-polissora (Puccinia polysora), helmintosporiose comum (Exserohilum turcicum), cercosporiose ou mancha-cinzenta (Cercospora zeae-maydis), mancha-de-feosféria ou mancha-branca (Phaeosphaeria maydis) e antracnose-foliar-do-milho (Colletotrichum graminicola). A avaliação de incidência e severidade das doenças foi realizada entre o estádio R5 e R6, de acordo com escala de notas de 1 a 5, sendo: 1) lesões esparsas na planta; 2) até 50% das folhas com lesões, e lesões severas em 25% das folhas inferiores; 3) até 75% das folhas com lesões, e lesões severas em até 50% das folhas inferiores; 4) 100% das folhas com lesões, e lesões severas nos 75% das folhas inferiores; e 5) planta morta. Na maturação foram colhidas as duas linhas de cada parcela, utilizando colhedora de parcelas Wintersteiger, e o rendimento de grãos e massa de cem grãos corrigidos para 13 % de umidade. Os grãos foram identificados através de notas para cor e textura, de acordo com a seguinte escala para cor: 1) Amarelo, 2) Laranja e 3) Vermelho, e textura: 1) Dentado, 2) Semi-dentado, 3) Semi-duro e 4) Duro. Os resultados fitotécnicos foram submetidos à análise de variância e as médias agrupadas pelo teste de Scott Knott, a 5% de probabilidade. As notas de doenças foliares são apresentadas em porcentagem de incidência e notas de severidade. As classes de cor e de textura de grãos são apresentadas em percentuais de cada tipo de grão. [2]

Resultados e Discussão A análise de variância identificou efeito significativo de experimentos para rendimento de grãos (RG), massa de 100 grãos (M100), altura de plantas (AP) e altura da inserção da espiga (AE). No entanto, não houve efeito entre os grupos de genótipos para dias da emergência à floração masculina (DEF) e teor de umidade dos grãos (Tabela 1). Com isso, verifica-se que em condições de outono-inverno pode haver semelhança entre os diferentes grupos de genótipos quanto ao ciclo e umidade nos grãos, o que demanda por mais informações para o entendimento desse comportamento em condições de safrinha na região Centro-Oeste. Os híbridos PN apresentaram maior média de rendimento de grãos e massa de 100 grãos, mas com altura de plantas que não diferiu do ensaio de variedades e altura de espigas que não diferiu do ensaio SP. Isto permitiu inferir que mesmo sem diferir em dias da emergência à floração, os híbridos PN tem maior período para produção e translocação dos fotoassimilados para os grãos. Tabela 1. Comportamento médio de genótipos de milho safrinha em diferentes experimentos avaliados em Dourados, MS, 2013. Experimento (1) RG M100 AP AE DEF UMI kg ha -1 g...m... dias % Variedades 4.424 b 36,4 b 1,90 ab 0,92 b 54,9 a 13,4 a Híbridos SP 4.559 b 36,3 b 1,83 b 0,80 a 54,9 a 12,6 a Híbrido PN 5.042 a 38,3 a 1,91 a 0,89 a 55,6 a 13,9 a Média 4.675 37,0 1,88 0,87 55,1 13,3 C.V.(%) 25,7 36,9 1,9 16,5 5,8 32,7 (1) Grupo de genótipos tipo variedade, híbridos SP (super-precoce) e híbridos PN (precoce-normal), RG: rendimento de grãos, M100: peso de 100 grãos, AP: altura da plantas, AE: altura da inserção da espiga, DEF: dias da emergência à floração masculina, UMI: teor de umidade nos grãos. As doenças foliares identificadas e avaliadas apresentaram comportamento diferenciado para cada grupo de genótipos (Tabela 2). A incidência e severidade de cercosporiose foi maior que a média dos tratamentos nos híbridos do grupo PN, mas em contrapartida, ocorreu menor incidência e severidade de mancha-branca. Para helmintosporiose e antracnose, o grupo composto de variedades apresentou maior suscetibilidade, enquanto que esse grupo apresentou menor severidade de ferrugem, mas esta doença apresentou maior incidência no grupo SP. [3]

Tabela 2. Percentuais de incidência e notas de severidade de doenças em grupos de genótipos de milho safrinha avaliados em Dourados, MS, 2013. Cercosporiose Mancha branca Helmintosporiose Ferrugem polissora Antracnose Incidência (%) Variedades 88,9 68,1 43,1 s 15,3 63,9 s Híbridos SP 81,9 i 61,1 31,9 i 20,8 s 37,5 i Híbrido PN 91,7 s 40,3 i 37,5 13,9 45,8 Média 87,5 56,5 37,5 16,7 49,1 DP 4,1 11,8 4,5 3,0 11,0 Severidade (notas 1-5) Variedades 1,53 1,33 0,49 s 0,19 i 1,32 s Híbridos SP 1,31 1,15 0,38 i 0,26 0,76 i Híbrido PN 1,67 s 0,74 i 0,43 0,22 0,94 Média 1,50 1,07 0,43 0,23 1,01 DP 0,15 0,25 0,05 0,03 0,23 (i)inferior à média menos o desvio padrão e (s) superior à média mais o desvio padrão. Entre todos os grupos de genótipos há predomínio de grãos do tipo Amarelo, com percentuais de 77, 84 e 83, respectivamente, para variedades, SP e PN. No entanto, quanto à textura de grãos, os grupos estiveram distribuídos uniformemente em dentado, semidentado, semi-duro e duro; porém, o grupo das variedades apresentou pequena porcentagem de grãos do tipo dentado (2,78) (Tabela3). Tabela. 3 Notas de cor e textura dos grãos de cada grupos de genótipos de milho safrinha em diferentes experimentos avaliados em Dourados, MS, 2013. Grupos Cor (nota) Cor (%) Textura (nota) Textura(%) variedades 1 77,78 1 2,78 2 20,83 2 29,17 3 1,39 3 30,56 4 4 37,50 Híbridos SP 1 84,72 1 13,89 2 15,28 2 40,28 3 3 31,94 4 4 13,89 Híbridos PN 1 83,33 1 16,67 2 13,89 2 29,17 3 2,78 3 37,50 4 4 16,67 Notas para cor e textura, com as seguintes escalas: 1) Amarelo, 2) Laranja e 3) Vermelho, e a textura: 1) Dentado, 2) Semi-dentado, 3) Semi-duro e 4) Duro. [4]

Conclusões Grupos de híbridos de ciclo precoce-normal apresentam maior produtividade, mas com ciclo e umidade de grãos semelhante a híbridos super-precoce e variedades. A incidência e severidade de doenças foliares é variável entre grupos de genótipos. Em todos os grupos de genótipos há predomínio de grãos amarelos, mas com grande variedade em textura. Referências Bibliográficas CRUZ, J. C.; PEREIRA FILHO, I. A. Cultivares de milho. In: CRUZ, J. C.; KARAM, D.; MONTEIRO, M. A. R.; MAGALHÃES, P. C. (Ed.). A cultura do milho. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2008. p. 159-170. CRUZ, J. C.; QUEIROZ, L. R.; PEREIRA FILHO, I. da. Milho cultivares para 2012/2013. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, [2012?]. Disponível em: <http://www.cnpms.embrapa.br/milho/cultivares/index.php>. Acesso em: 3 out. 2013. IBGE. Levantamento sistemático da produção agrícola. Disponível em: <http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/prevsaf/default.asp>. Acesso em: 10 set. 2013. SILVA, T. R. C. Potencial de híbridos e variedades de milho-pipoca no norte e nordeste fluminense em ensaios de VCU e DHE. 2012. 69 p. Dissertação (Mestrado) - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, Campos dos Goytacazes. [5]