As prioridades nacionais para a Eficiência Energética Cristina Cardoso, DGEG Lisboa, Ordem dos Engenheiros - Infoday da Eficiência Energética 4 de abril de 2017
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: O QUE É? Energy efficiency is "using less energy to provide the same service". Desligar uma lâmpada é conservação de energia. Substituir uma lâmpada compacta fluorescente por uma lâmpada LED é eficiência energética.
A segurança de abastecimento na UE é vulnerável, face a uma excessiva dependência energética devido a um nível de importações muito elevado A dependência energética na UE é bastante elevada. Em 2015, cerca de 53% das suas necessidades em petróleo e derivados e GN teve origem em importações (Rússia e Noruega, sobretudo)
A incorporação das renováveis e a melhoria da eficiência energética têm contribuído significativamente para a redução da dependência energética de Portugal 95% Produção Hidríca (GWh) Produção Eólica Dependência Energética 18 000 90% 88,8% 16 000 85% 85,7% 85,6% 84,6% 85,9% 84,1% 83,9% 14 000 82,5% 83,3% 81,2% 12 000 80% 75% 76,1% 79,4% 79,4% 73,7% 72,4% 78,3% 10 000 8 000 6 000 70% 4 000 65% 2 000 60% 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014P 2015P 0
O consumo de energia em Portugal regista uma tendência decrescente nos últimos anos, em resultado da contração da economia, aposta na eficiência energética e aumento da produção doméstica de energia Evolução do consumo de energia em Portugal (Mtep) 30 25 20 15 tcma 05-14 var. 13-14 10 PRIMÁRIA -2,8% -2,8% 5 FINAL -2,8% 0,0% 0 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014P Consumo de Energia Primária (Mtep) Consumo de Energia Final (Mtep) Fonte: DGEG
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014P Consumo final por setor de atividade: O setor dos transportes permanece como o setor com a maior fatia do consumo em Portugal Evolução do consumo de energia final em Portugal por setor de atividade (ktep) Mix de consumo de energia final por setor de atividade em 2014 20 000 15 000 Serviços 13% Agricultura e Pescas 3% 10 000 5 000 Doméstico 17% Transportes 36% 0 Indústria 31% Agricultura e Pescas Serviços Doméstico Indústria Transportes Fonte: DGEG
Os regulamentos de gestão de consumos ou sistemas de certificação energética existentes abrangem setores de atividade que representam 97% do consumo final de energia Sistemas de obrigação existentes RGCE-ST Regulamento de Gestão dos Consumos de Energia no Setor dos Transportes 36% 3% 31% SGCIE - Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia Decreto-Lei n.º 71/2008 Portaria n.º 228/90 Indústria 30% Transportes Edifícios SCE Sistema de Certificação Energética dos Edifícios Decreto-Lei n.º 118/2013
Metas de Eficiência Energética para 2020 e instrumentos de implementação Metas UE 2020 20% Energia Primária Metas PT 2020 25% Meta global 30% Meta Estado Instrumentos PNAEE Regulamentos Contratos de desempenho energético Eco.AP Na sequência da apresentação do pacote União para a Energia e confirmado pelo comunicação Energia Limpa para todos os Europeus, no final do ano passado, a Comissão propõe, para 2030, uma meta de eficiência energética de 30% Sistemas de Incentivos: FEE; POSEUR; IFE2020; IFRRU 2020; Casa Eficiente
Portugal 2020 Estrutura Operacional PO Temáticos PO Regionais Desenvolvimento Rural Assuntos Marítimos e Pescas Competitividade e Internacionalização Norte Centro Continente Assuntos Marítimos e Pescas Inclusão Social e Emprego Alentejo Lisboa Açores Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos Algarve Assistência Técnica Açores Madeira Madeira
Domínio Temático SEUR Prioridades de Investimentos e Montantes (OT4) PRIORIDADE DE INVESTIMENTO (PI) ÁREA DE INTERVENÇÃO (AI) PO SEUR PO REGIONAIS 4.1. Promoção da produção e distribuição de fontes de energia renováveis; 4.2. Promoção da eficiência energética e da utilização das energias renováveis nas empresas; 20. Produção e distribuição de fontes de energia renováveis 22. Eficiência e diversificação energéticas nas empresas 135 M - - 97M 4.3. Apoio à utilização da eficiência energética e das energias renováveis nas infraestruturas públicas, nomeadamente nos edifícios públicos e no setor da habitação. 23. Eficiência e diversificação energéticas nas infraestruturas públicas 24. Eficiência e diversificação energéticas na habitação 200 M 180 M 200 M 111 M 4.4. Desenvolvimento e aplicação de sistemas de distribuição inteligentes 25. Sistemas de distribuição inteligentes 120 M - 4.5. Promoção de estratégias de baixa emissão de carbono para todos os tipos de territórios, nomeadamente, as zonas urbanas, incluindo a promoção de mobilidade urbana sustentável e medidas de adaptação relevantes para a redução; 26. Estratégias Territoriais de baixa emissão de carbono (inclui mobilidade urbana sustentável) 46. Mobilidade ecológica e com baixa emissão de carbono frotas 46. Mobilidade ecológica e com baixa emissão de carbono - rede mobilidade elétrica - 51 M - 102 M -
Aumento da eficiência energética nas infraestruturas públicas no âmbito da Administração Central do Estado Eficiência energética nas infraestruturas públicas da Administração Local e na Habitação Social
TIPOLOGIAS DE OPERAÇÕES (I) AVISO-CONCURSO POSEUR EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NOS EDIFÍCIOS DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL DATA LIMITE: 13-04-2017 São elegíveis as seguintes tipologias de investimento em edifícios e equipamentos públicos da administração central que visem: Aumentar a eficiência energética nos edifícios Envolvente opaca dos edifícios (instalação de isolamento térmico em paredes, pavimentos, coberturas e caixas de estore); Envolvente envidraçada dos edifícios (instalação de caixilharia com vidro duplo e corte térmico (ou equivalente), e respetivos dispositivos de sombreamento); Intervenção ou substituição dos sistemas técnicos existentes por sistemas de elevada eficiência (integração de água quente solar, micro geração, iluminação, aquecimento, AVAC); Instalação de sistemas e equipamentos para melhorar a gestão de consumos de energia. Iluminação interior e exterior, excluindo Iluminação Pública;
TIPOLOGIAS DE OPERAÇÕES (II) São também elegíveis as tipologias de investimento em edifícios e equipamentos públicos da administração central que visem: AVISO-CONCURSO POSEUR EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NOS EDIFÍCIOS DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL Promover as energias renováveis para autoconsumo Intervenções que façam parte de soluções integradas que visem o aumento de eficiência energética: Instalação de painéis solares térmicos para produção de água quente sanitária e climatização; Instalação de sistemas de produção de energia para autoconsumo a partir de fontes de energia renovável. Avaliar e acompanhar o desempenho e a eficiência energética do investimento Auditorias, estudos, diagnósticos e análises energéticas necessários à realização dos investimentos; Diagnóstico ex-ante e avaliação ex-post
TIPOLOGIAS DE OPERAÇÕES Para a administração local, são ainda elegíveis as tipologias de investimento em edifícios e equipamentos públicos que visem: AVISO-CONCURSO POREGIONAIS EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NOS EDIFÍCIOS DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL DATA LIMITE: 13-04-2017 Intervenções nos sistemas de iluminação pública, sistemas semafóricos e sistemas de iluminação decorativa, tais como monumentos, jardins, entre outros, com o objetivo de reduzir os consumos de energia Instalação de sistemas e tecnologias mais eficientes e introdução de sistemas de gestão capazes de potenciar reduções do consumo de energia elétrica associado a estes sistemas.
Orientação Técnica N.º 4 do RE SEUR Elegibilidade das Operações Seleção das operações: Apresentação de Certificado Energético válido, emitido pelo SCE 1, e com base na legislação de 2016. As operações não enquadráveis no SCE não são elegíveis aos Avisos. O certificado energético deverá ser acompanhado do respetivo Relatório de Avaliação Energética no âmbito do SCE, que caracterize o cenário de base e detalhe as medidas de eficiência energética que serão tidas em consideração no âmbito da candidatura. Só serão aceites projetos de eficiência energética que proponham no mínimo a implementação das medidas de eficiência energética identificadas no certificado energético que permitam subir, pelo menos, duas classes energéticas, entre outras medidas de eficiência energética, desde que constantes no relatório de avaliação energética. Caso os edifícios disponham de certificados energéticos emitidos com base nos requisitos anteriores a 2016, mas posteriores à entrada em vigor do Decreto-Lei 118/2013, de 20 de agosto, ficará ao critério dos beneficiários a oportunidade de realização da sua atualização. 1 Nos termos do Decreto-Lei n.º 118/2013, de 20 de agosto, com a redação mais recente aprovada pelo Decreto-Lei n.º 28/2016, de 23 de junho
TIPOLOGIAS DE OPERAÇÕES AVISO-CONCURSO POREGIONAIS EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NOS EDIFÍCIOS DE HABITAÇÃO SOCIAL DATA LIMITE: 31-08-2017 Semelhantes às tipologias para a Administração Central, mas incluem também: Intervenções nos sistemas de ventilação, iluminação e outros sistemas energéticos das partes comuns dos edifícios, que permitam gerar economias de energia FORMA DOS APOIOS: subvenções não reembolsáveis Não é exigida a subida de classes energéticas no certificado energético
Obrigada pela atenção!