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Transcrição:

Prof. Breno Duarte Email: brenoldd@hotmail.com Site: www.fenemi.org.br/ifmec

Desenho Técnico é a linguagem técnica e gráfica empregada para expressar e documentar formas, dimensões, acabamento, tolerância, montagem, materiais e demais características de peças e produtos. É a única linguagem gráfica formal para representação de produtos de Engenharia. Como linguagem técnica deve obedecer a regras e normas internacionais e regionais. Para isto utiliza de um conjunto constituído por linhas, números, símbolos e representações.

O desenho pode ser entendido como uma ferramenta de criação e um processo de transferência de informação, através dele registramse ideias, propostas de projetos, planos e então se compartilha e transfere-se para outras pessoas. No sistema CAD este desenho pode ser impresso em diversas vistas, em um ambiente específico, em movimento e também serve de interface para o CAE e o CAM.

Os procedimentos para execução de desenhos técnicos aparecem em normas gerais que abordam desde a denominação e classificação dos desenhos até as formas de representação gráfica: NBR 5984 Norma geral de desenho técnico NBR 6402 Execução de desenhos técnicos de máquinas e estruturas metálicas.

Existem também as normas que tratam os assuntos separadamente: NBR 10647 Desenho Técnico O objetivo é definir os termos empregados em desenho técnico; NBR 10068 Folha de desenho lay-out e dimensões; NBR 10582 Apresentação da folha para desenho técnico, que normaliza a distribuição do espaço da folha; NBR 13142 Desenho técnico dobramento de cópias; NBR 8402 Execução de caracteres para escrita; NBR 8403 Aplicação de linhas em desenhos;

NBR10067 Princípios gerais de representação em desenho técnico; NBR 8196 Desenho técnico emprego de escalas; NBR 12298 Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico; NBR10126 Cotagem em desenho técnico; NBR8404 Indicação do estado de superfície; NBR 6158 Sistema de tolerâncias e ajustes; NBR 8993 Representação convencional de partes roscadas em desenho Técnico.

NBR 10647 DESENHO TÉCNICO NORMA GERAL (04/1989), cujo objetivo é definir os termos empregados em desenho técnico. Substituída por ABNT NBR ISO 10209-2. Tipos de desenho quanto ao seu aspecto geométrico (Desenho Projetivo e Não-Projetivo); Quanto ao grau de elaboração (Esboço, Desenho Preliminar e Definitivo); Quanto ao grau de pormenorização (Desenho de Componente, desenhos de Conjunto e Detalhe) Quanto à técnica de execução (À mão livre ou utilizando computador).

Perspectivas são figuras resultantes de projeção cilíndrica ou cônica sobre um único plano, com a finalidade de permitir a percepção da forma global de um objeto. Vistas ortográficas são figuras resultantes de projeções cilíndricas ortogonais de modo a representar com exatidão a forma do objeto com seus detalhes.

Desenho projetivo são os desenhos resultantes de projeções do objeto em um ou mais planos de projeção e correspondem às vistas ortográficas e às perspectivas. Desenho não-projetivo na maioria dos casos corresponde a desenhos resultantes dos cálculos algébricos e compreendem os desenhos de gráficos, diagramas, esquemas, ábacos, fluxogramas, organogramas etc.

A margem de arquivo e a legenda definem os horizontes de escrita e leitura do papel.

NBR 13142 - desenho técnico - dobramento de cópia (12/1999), que fixa a forma de dobramento de todos os formatos de folhas de desenho: para facilitar a fixação em pastas, eles são dobrados até as dimensões do formato A4.

O dobramento deve ser feito a partir do lado direito, em dobras verticais, de acordo com as medidas indicadas nas figuras a seguir.

O planejamento da execução do desenho na folha é necessário e deve-se respeitar os espaços para o desenho, a legenda e texto.

Esboços: desenhos elaborados à mão livre; Desenhos preliminares ou anteprojetos: desenhos correspondente ao estágio intermediário dos estudos; Croqui: desenhos a mão livre, sem escala, porém de acordo com normalização nas representações; Desenhos definitivos: são os desenhos completos, elaborados de acordo com a normalização envolvida, e contêm todas as informações necessárias à execução do projeto.

NBR 10068 Folha de desenho - Leiaute e dimensões (10/1987). Padroniza as características dimensionais das folhas em branco e pré - impressas aplicadas a todos os desenhos técnicos. Os Formatos da série A seguem as seguintes dimensões em milímetros:

As legendas nos desenhos industriais dependem das necessidades internas de cada empresa. Mas Todas obrigatoriamente deverão conter: 1 Nome da repartição, firma ou empresa; 2 Título do desenho; 3 Escala; 4 Número do desenho; 5 Datas e assinaturas dos responsáveis pela execução, verificação e aprovação; 6 Número da peça, quantidade, denominação, material e dimensões em bruto. 7 Simbologia do diedro.

No 1º diedro a simbologia será:

As linhas empregadas no desenho técnico dividem-se em: grosa, media e fina, sendo uma a metade da espessura da outra.

Linhas para arestas e contornos visíveis são de espessura grossa e de traço continuo. Linhas para arestas de contornos não visíveis são de espessura media e tracejada.

Linhas de centro e eixo de simetria são de espessura fina e formadas por traços e pontos. Linhas de corte são de espessura fina, formadas por traços e pontos. Servem para indicar cortes e seções.

Linhas para hachuras são de espessura fina, traço contínuo ou tracejas, geralmente inclinadas a 45º e mostram as partes cortadas da peça (veja a figura da linha de corte). Servem também para indicar o material de que é feita, de acordo com as convenções recomendadas pela ABNT.

Linhas de cota são de espessura fina, traço continuo, limitadas por setas nas extremidades. Linhas de chamada ou extensão são de espessura fina e traço continuo. Não devem tocar o contorno do desenho e prolongam-se além da ultima linha de cota que limitam.

Linhas de rupturas para rupturas curtas são de espessura média, traço continuo e sinuoso e servem para indicar pequenas rupturas e cortes parciais. Linha para representações simplificadas são de espessura media, traço continuo e servem para indicar o fundo de filetes de roscos e de dentes de engrenagens.

1. Trabalhar com prancheta e material de desenho limpos. 2. Fixar a folha de desenho sobre a mesa com fita adesiva. 3. Verificar os instrumentos antes de iniciar o trabalho. 4. Usar a escala apenas para medir. 5. Apontar o lápis ou lapiseira fora da mesa de desenho. 6. Usar a borracha o mínimo indispensável e eliminando as partículas com escova ou flanela. 7. Não apoiar sobre o desenho objetos que possam sujálo.