DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS MICROESTRUTURAIS DE ROCHAS RESERVATÓRIO DO AQUÍFERO GUARANI POR MICROTOMOGRAFIA

Documentos relacionados
Francieli Antunes de Lima 1 ; Jaquiel Salvi Fernandes 2 ; Solange Francieli Vieira 3 ; Paola dos Santos Balestieri 4 INTRODUÇÃO

Determinação de Parâmetros Microestruturais e Reconstrução de Imagens 3-D de Rochas Reservatório por Microtomografia de Raios X

Análise de Imagens de Micro-tomógrafo Digitalizadas para a Caracterização Microestrutural de Carbonatos

Análise Microestrutural de Cerâmicas Porosas de SiC por Transmissão de Raios Gama e Microtomografia de Raios X

Resumo. Abstract. Mestrando Junto ao Departamento de Física, Universidade Estadual de Londrina; 2

CARACTERIZAÇÃO DE ROCHAS RESERVATÓRIO POR MICROTOMOGRAFIA DE RAIOS X

ESTUDO DA VIABILIDADE DA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE CAPTAÇÃO E APROVEITAMENTO DA ÁGUA DA CHUVA NO IFC CÂMPUS VIDEIRA

Caracterização do sistema poroso de rochas-reservatório com microtomografia computadorizada de raios X

Água subterrânea... ou... Água no subsolo

TÍTULO TIPO BOLSA ORIENTADOR. Prof. Dr. Carlos R. Appoloni. Prof. Dr. Carlos R. Appoloni Prof. Dr. Carlos R. Appoloni. Prof. Dr. Carlos R.

CARACTERIZAÇÃO DE DEFEITOS EM JUNTAS ADESIVAS DE DUTOS COMPÓSITOS UTILIZANDO MICROTOMOGRAFIA 3D*

MEDIDA DA POROSIDADE DE MATERIAIS AMORFOS POR TRANSMISSÃO DE RAIOS GAMA. Walmir Eno Pottker * e Carlos Roberto Appoloni **

5º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM PETRÓLEO E GÁS

Universidade Federal de Santa Catarina. Engenharia Mecânica

4 Analise de Pressão de Poros

QUANTIFICAÇÃO HISTOMORFOMÉTRICA 2D A PARTIR DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 3D

Geografia. Claudio Hansen (Rhanna Leoncio) Água

A Microtomografia Computadorizada de Raios-x Aplicada ao Estudo Tridimensional de Porosidade em Pelotas de Minério de Ferro

Mini - curso Monitoramento de Águas Subterrâneas

Aplicações multidisciplinares da microtomografia de raios x e sua utilização na caracterização e análises não destrutivas de materiais.

ESTUDO DE PARÂMETROS MICROESTRUTURAIS DE ROCHAS-RESERVATÓRIO PARA DIFERENTES RESOLUÇÕES UTILIZANDO MICROTOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 3D

RECURSOS HÍDRICOS. Prof. Marcel Sena Campos (65)

A microtomografia computadorizada de raios x integrada à petrografia no estudo tridimensional de porosidade em rochas

2 Tomografia Computadorizada de Raios X

Em 1854, o chefe indígena Seatle dizia em carta ao presidente dos EUA: Isto sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra.

APRESENTAMOS O MEV & EDS

PROCESSAMENTO DE IMAGENS MICROTOMOGRÁFICAS DE ALTA RESOLUÇÃO NA CARACTERIZAÇÃO DE AMOSTRAS DE ARGAMASSA LEVE

UTILIZAÇÃO DO GRAFO DE CONEXÃO SERIAL PARA A DETERMINAÇÃO DA PERMEABILIDADE RELATIVA DE ROCHAS RESERVATÓRIO

Ciclo hidrológico e água subterrânea. Água como recurso natural Água como agente geológico Clima Reservatórios Aquíferos

(Adaptado de Revista Galileu, n.119, jun. de 2001, p.47).

A HIDROSFERA. É a camada líquida da terra

ESTIMATIVA DE RECARGA DO SISTEMA AQUÍFERO SERRA GERAL UTILIZANDO BALANÇO HÍDRICO

EFEITO DO TRÁFEGO DE MÁQUINAS SOBRE ATRIBUTOS FÍSICOS DO SOLO E DESENVOLVIMENTO DA AVEIA PRETA. Instituto Federal Catarinense, Rio do Sul/SC

15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental

PROJETO PARA PERFURAÇÃO DE POÇO TUBULAR PROFUNDO

Terra: Fogo, Água e Ar

DETERMINAÇÃO DA PERMEABILIDADE DE ROCHAS RESERVATÓRIO UTILIZANDO UM MODELO SÉRIE-PARALELO

Universidade Tecnológica Federal do Paraná. CC54Z - Hidrologia. Infiltração e água no solo. Prof. Fernando Andrade Curitiba, 2014

Departamento de Engenharia de Materiais b

O Homem sempre utilizou materiais de origem geológica que a Natureza lhe fornecia. Idade da Pedra Idade do Bronze Idade do Ferro

Tema 4 Uso da Água Subterrânea na RMSP

ÁGUA. Notas sobre a crise e sobre a situação do saneamento no Brasil

ESTIMATIVA DA COMPOSIÇÃO MINERAL DE ROCHAS SEDIMENTARES A PARTIR DE IMAGENS MICROTOMOGRÁFICAS DE RAIOS-X

Ciclo Hidrológico e Bacia Hidrográfica. Prof. D.Sc Enoque Pereira da Silva

Projeto 1: Desenvolvimento de Estratégias de Alocação de Zonas de Produção em Campos de Óleo por Modelagem Matemática

Professor Thiago Espindula - Geografia. Subterrânea. Gráfico (disponibilidade de água)

Dr. Mário Jorge de Souza Gonçalves

Água Subterrânea e o Abastecimento Urbano no Rio Grande do Sul

Resistência à Compressão do Concreto por Imagens Microtomográficas

LAUDO GEOTÉCNICO. Quilombo SC. Responsável Técnico Geólogo Custódio Crippa Crea SC

MICROTOMOGRAFIA COMPUTORIZADA DE RX APLICADA AO ESTUDO DE ARGAMASSAS XR µct applied to the study of mortars

% % 40

ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO DO TAMANHO DE POROS APLICADO A ROCHA RESERVATÓRIO UTILIZANDO IMAGEJ

RECONSTRUÇÃO TRIDIMENSIONAL DE MICROESTRUTURAS POROSAS COM O MÉTODO DAS ESFERAS SOBREPOSTAS

TOMÓGRAFO DE RESOLUÇÃO MICROMÉTRICA PARA ESTUDOS DO SISTEMA ÁGUA-SOLO-PLANTA 1 Álvaro Macedo 2

Um Estudo Comparativo Aplicado à Segmentação de Imagens de Rochas Reservatório ENEIDA ARENDT REGO

DETERMINAÇÃO DA POROSIDADE DA CORTIÇA ATRAVÉS DA METODOLOGIA DE TRANSMISSÃO DE RAIOS GAMA E ANÁLISE DE IMAGENS DE MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA

TÉCNICAS DE ESPACIALIZAÇÃO DE PARÂMETROS HIDROGEOLÓGICOS: ESTUDO DE CASO EM AQUÍFEROS SEDIMENTARES NO ESTADO DO PARANÁ

PALAVRAS CHAVE Aquífero Furnas, revestimento de poços tubulares profundos, qualidade da água.

Colégio São Paulo-Teresópolis/RJ. Disciplina: Ciências Data: /09/2014 Prof: Carolina série/ano: 6 o Ensino: Fundamental II. Exercícios ( ) Prova:( )

Características da hidrografia brasileira

16º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental. 3º Simpósio de Recursos Hídricos

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA I

ÁREAS CONTAMINADAS NO CONCELHO DO SEIXAL

APLICAÇÃO DO MÉTODO GEOFÍSICO DE ELETRORRESISTIVIDADE NA PROSPECÇÃO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA NO CAMPUS DA UFCG EM POMBAL-PB

Introdução ao Ciclo hidrológico

Evaluation of the effect of varying the workability in concrete pore structure by using X-ray microtomography

ANÁLISE DE ESTRUTURA ÓSSEA ATRAVÉS DE MICROTOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 3D

UFF-UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE GRADUAÇÃO EM GEOFÍSICA JULIANA DA MOTA COELHO

POÇO ARTESIANO. Acompanhe as explicações pelo desenho a seguir:

HIDROSFERA E AS ÁGUAS CONTINETAIS E BACIAS HIDROGRÁFICAS MÓDULOS 14 E 15

PROPOSTA DE PADRONIZAÇÃO DAS DENOMINAÇÕES DOS AQUÍFEROS NO ESTADO DE SÃO PAULO. José Luiz Galvão de Mendonça 1

PERFILAGEM DE POÇOS DE PETRÓLEO. José Eduardo Ferreira Jesus Eng. de Petróleo Petrobras S.A.

IMAGENS DE DISTRIBUIÇÃO ELEMENTAR POR MICROTOMOGRAFIA POR FLUORESCÊNCIA DE RAIOS X

DIAGNÓSTICO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO MUNICÍPIO DE VILA NOVA DO SUL / RS AUTORES: Autor: Diego Silveira Co-autor: Carlos Alberto Löbler Orientador:

Água Subterrânea 16/03/2016. Revisão: Composição do solo: Revisão: Porosidade do solo: Porosidade do solo:

Iara Frangiotti Mantovani

BLOCO V ÁGUA COMO RECURSO NO MOMENTO ATUAL. Temas: Escassez. Perda de qualidade do recurso (água) Impacto ambiental

COMPLETAÇÃO DO POÇO Z ATRAVÉS DA INTERPRETAÇÃO DE PERFIS ELÉTRICOS

ESPACIALIZAÇÃO DE DADOS SOBRE FONTES ALTERNATIVAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM CHAPECÓ-SC (2010)¹.

APLICAÇÃO DA TRANSMISSÃO DE RAIOS GAMA NO ESTUDO DE TELHAS ONDULADAS DE DIFERENTES IDADES

ALTERNATIVA DE TRATAMENTO DE ÁGUA DE ABASTECIMENTO PARA ÁREAS RURAIS

2 - Balanço Hídrico. A quantificação do ciclo hidrológico é um balanço de massa:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA MONIQUE BECKER CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E PETROFÍSICA DE LITOFÁCIES VULCÂNICAS DA FORMAÇÃO SERRA GERAL

UTILIZAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DO MUNICÍPIO DE PARAÍSO DO TOCANTINS

Palavras-chave: Microtomografia; Imagem; Morfometria; Ossos.

DIAGNÓSTICO DOS POÇOS TUBULARES E A QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DO MUNICIPIO DE JUAZEIRO DO NORTE, CEARÁ

2 Exploração e Produção de Petróleo

Aplicação da análise descritiva e espacial em dados de capacidade de troca de cátions

Bolsista PIBIC/CNPq, aluno do curso de graduação de Engenharia Elétrica da UNIJUÍ. 3. Aluno do curso de doutorado em Modelagem Matemática da UNIJUÍ.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DOS SOLOS E INTERAÇÃO COM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

DETERMINAÇÃO COMPUTACIONAL DA PERMEABILIDADE DE ROCHAS RESERVATÓRIO

ESTUDO DO DESGASTE ABRASIVO DE AÇO CARBONITRETADO EM DIFERENTES RELAÇÕES AMÔNIA/PROPANO

Projeto Bacia de Santos Atividades Exploratórias da Karoon

Água no Solo. V. Infiltração e água no solo Susana Prada. Representação esquemática das diferentes fases de um solo

Sensoriamento Remoto no Estudo da Água

CARACTERIZAÇÃO DE SOLDAS MOLHADAS PELA TÉCNICA DE MICROTOMOGRAFIA DE RAIOS X CHARACTERIZATION OF WELS WET BY THE X RAY MICROCOMPUTED TOMOGRAPHY

MODELAGEM DAS ZONAS DE FLUXO USANDO AS TÉCNICAS: ZONEAMENTO ESTATÍSTICO E FZI

ESPACIALIZAÇÃO DO REBAIXAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS SUBTERRÂNEOS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO TRAMANDAÍ, RS 1

Variabilidade dos Parâmetros de Deformabilidade do Solo da Cidade de Londrina/PR

Transcrição:

DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS MICROESTRUTURAIS DE ROCHAS RESERVATÓRIO DO AQUÍFERO GUARANI POR MICROTOMOGRAFIA Fernandes, Jaquiel Salvi 1 ; Balestieri, Paola dos Santos 2 ; Lima, Francieli Antunes 3 ; Vieira, Solange Francieli 4 1,2,3,4 Instituto Federal Catarinense, Videira/SC. INTRODUÇÃO A preservação das águas subterrâneas é crucial para a humanidade, pois as águas superficiais presentes nos rios e lagos estão cada vez mais poluídas e escassas, situação agravada pelo desmatamento e uso abusivo de agrotóxicos. Torna-se, assim, de extrema importância o conhecimento da capacidade de armazenamento dos aquíferos pela população. Mantendo como foco nesta pesquisa, o Aquífero Guarani, que ocupa uma área total de 1,2 milhões de km² e localiza-se na região centro-oeste da América do Sul, sendo constituído basicamente por arenito da formação Botucatu. Para isso, usa-se a técnica da microtomografia de raios-x, que é um método de inspeção que permite a obtenção de dados da microestrutura interna de materiais, na forma de imagens das seções transversais, a partir da irradiação externa das amostras (APPOLONI, 2004). Esta técnica necessita da utilização de softwares adequados de tratamento e análise de imagens, que possibilitam a determinação de parâmetros importantes para o melhor conhecimento do material analisado. A partir das imagens das seções transversais das rochas, realiza-se um processo de renderização, obtendo-se imagens tridimensionais (3-D) (APPOLONI, 2007). Estas imagens são utilizadas inicialmente para a caracterização de propriedades como: distribuição de tamanho de poro e de grãos, superfície específica e conectividade dos mesmos. 1 Orientador 2,3 Aluna do Curso Técnico Integrado em Informática 4 Coorientadora Trabalho financiado com apoio do CNPq e IFC

Neste contexto, este artigo quantifica a porosidade de rochas que formam o aquífero Guarani através da microtomografia de raios-x, onde foi possível estimar a quantidade de água que o aquífero pode armazenar, pois determinando a porosidade das rochas e sabendo o volume total destas rochas, pode-se estimar a quantidade de água existente. MATERIAIS E MÉTODOS Para este trabalho foi utilizado um microtomógrafo da Skyscan, modelo 1172, instalado no Laboratório de Física Nuclear Aplicada (LFNA) da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no Paraná. As imagens microtomográficas foram reconstruídas pelo software NRecon. A porosidade foi obtida através do software Imago, desenvolvido no Laboratório de Meios Porosos e Propriedades Termofísicas de Materiais (LMPT) do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis, SC. As amostras estudadas foram arenitos da formação Botucatu, retiradas de dois poços artesianos perfurados na região de Videira-SC, com coordenadas UTM 0551412, 7022236 para a profundidade de 250 metros e coordenadas 0487041, 7013997 para a profundidade de 400 metros. A amostra de arenito retirada na profundidade de 250 m (arenito250) possui as dimensões de 4 x 5 x 10 mm e a retirada na profundidade de 400 m (arenito400) 6 x 6 x 14 mm. As amostras foram rotacionadas de 0º a 180º, com passos angulares de 0,25º, totalizando 1442 projeções. Estas projeções foram reconstruídas pelo software NRecon, resultando em 900 imagens bidimensionais para cada amostra. Para aquisição destes dados foi utilizado um filtro de Alumínio de 1 mm de espessura, no qual seu objetivo principal foi diminuir o efeito de beam hardening na amostra (KETCHAM, 2001). Após a geração das imagens 2-D, as mesmas são analisadas pelo software Imago, onde é definida uma região de interesse (ROI) e realizada a binarização, transformando a imagem em preto e branco, onde o preto representa a fase sólida e o branco a fase porosa, como pode ser visto na Figura 1. Estas imagens possuem uma resolução espacial de 4,8 µm. Com as imagens 2-D também foi possível a reconstrução de uma imagem 3-D, onde foi utilizado o software CTan para reconstruir a fase sólida e a fase porosa, demonstradas na Figura 2 para a amostra arenito250. 2

Figura 1 - Imagem do arenito250 reconstruídas pelo software NRecon; (a) imagem 2-D em escala de cinza; (b) imagem 2-D binarizada, preto representa a fase sólida e o branco a fase porosa. Binarização Figura 2 - Volume 3-D reconstruído o arenito250; (a) fase sólida reconstruída; (b) fase porosa reconstruída. RESULTADOS E DISCUSSÃO A porosidade das amostras arenito250 e arenito400, obtidas pelo software Imago, para cada seção 2-D, estão representadas no gráfico das Figuras 3 e 4, respectivamente, onde as linhas pretas indicam a porosidade média (18,8 ± 0,6 % e 20,8 ± 0,7 %, respectivamente) e as 3

barras vermelhas indicam o desvio estatístico de ± 3,2 % para cada seção, com 95 % de confiança. Figura 3 Porosidade das 900 seções 2-D da amostra de arenito para a profundidade de 250 metros e resolução espacial de 4,8 µm. Figura 4 - Porosidade das 900 seções 2-D da amostra de arenito para a profundidade de 400 metros e resolução espacial de 4,8 µm. 4

CONCLUSÕES Após a análise dos resultados foi possível verificar que a porosidade média destas rochas variou entre 18,8 e 20,8 %. Como o volume do aquífero é estimado em 272.460 km 3, pode-se sugerir um volume de água armazenada que varia entre 51.222 km 3 a 56.671 km 3. No entanto vale ressaltar que este trabalho analisou apenas rochas de dois poços artesianos, sendo assim tais resultados devem ser ratificados através da análise de mais amostras, para que, assim, se possa ter uma conclusão mais precisa quanto à porosidade destas rochas, consequentemente, da sua capacidade de armazenamento. REFERÊNCIAS APPOLONI, C. R.; FERNANDES, C. P.; INNOCENTINI, M. D. M.; MACEDO, A. Ceramic foams porous microstructure characterization by X-ray microtomography. Materials Research, v. 7, n. 4, p. 557-564, 2004. APPOLONI, C. R.; FERNANDES, C. P.; RODRIGUES, C. R. O. X-ray microtomography study of a sandstone reservoir rock. Nuclear Instruments and Methods in Physics Research Section A, v. 580, Issue 1, p. 629-632, 2007. KETCHAM, R. A.; CARLSON, W. D. Acquisition, optimization and interpretation of X- ray computed tomographic imagery: applications to the geosciences. Computers & Geosciences, n. 27, p. 381 400, 2001. 5