TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores SALLES ROSSI (Presidente sem voto), MOREIRA VIEGAS E LUIS MARIO GALBETTI.

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores RUI CASCALDI (Presidente sem voto), AUGUSTO REZENDE E LUIZ ANTONIO DE GODOY.

lauda 1

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ACÓRDÃO. (Presidente sem voto), EGIDIO GIACOIA E VIVIANI NICOLAU. São Paulo, 10 de fevereiro de 2017.

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores VITO GUGLIELMI (Presidente) e PERCIVAL NOGUEIRA. São Paulo, 18 de junho de 2015.

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores PAULO ALCIDES (Presidente sem voto), VITO GUGLIELMI E PERCIVAL NOGUEIRA.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores LUIZ ANTONIO DE GODOY (Presidente sem voto), CHRISTINE SANTINI E CLAUDIO GODOY.

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ACÓRDÃO. São Paulo, 20 de fevereiro de James Siano Relator Assinatura Eletrônica

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores DONEGÁ MORANDINI (Presidente sem voto), EGIDIO GIACOIA E VIVIANI NICOLAU.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores MARY GRÜN (Presidente) e LUIZ ANTONIO COSTA. São Paulo, 24 de julho de 2018.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores VITO GUGLIELMI (Presidente) e PERCIVAL NOGUEIRA. São Paulo, 11 de setembro de 2014.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores DONEGÁ MORANDINI (Presidente), EGIDIO GIACOIA E VIVIANI NICOLAU.

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores DONEGÁ MORANDINI (Presidente) e BERETTA DA SILVEIRA. São Paulo, 21 de abril de 2017.

Vistos. 1018XXX lauda 1

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores MOREIRA VIEGAS (Presidente), FÁBIO PODESTÁ E FERNANDA GOMES CAMACHO.

Vistos. Em sua contestação (fls. 108/138), a ré requer, preliminarmente, extinção do lauda 1

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Vistos lauda 1

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores MOREIRA VIEGAS (Presidente) e FÁBIO PODESTÁ. São Paulo, 26 de outubro de 2016.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ALEXANDRE LAZZARINI (Presidente) e THEODURETO CAMARGO.

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ERBETTA FILHO (Presidente) e RAUL DE FELICE. São Paulo, 20 de abril de 2017.

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lauda 1

Transcrição:

fls. 453 Registro: 2017.0000263732 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº 1022104-38.2014.8.26.0564, da Comarca de São Bernardo do Campo, em que é apelante ACS BETA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA., é apelada THELMA MARIA LALLI. ACORDAM, em 2ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de, proferir a seguinte decisão: "Negaram provimento ao recurso. V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores JOSÉ CARLOS FERREIRA ALVES (Presidente) e JOSÉ JOAQUIM DOS SANTOS., 18 de abril de 2017 ALCIDES LEOPOLDO E SILVA JÚNIOR RELATOR Assinatura Eletrônica

fls. 454 APELAÇÃO CÍVEL Processo n.1022104-38.2014.8.26.0564 Comarca: São Bernardo do Campo (7ª Vara Cível) Apelante: ACS Beta Empreendimentos Imobiliários Ltda. Apelada: Thelma Maria Lalli Juiz: Edson Nakamatu Voto n. 9.772 EMENTA: COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA Resolução - Culpa da compromissária vendedora - Aplicação da Súmula 543 do STJ - Restituição integral - Legitimidade passiva da vendedora para a devolução de todos os valores referentes ao contrato, inclusive a comissão de corretagem, sendo irrelevante que a compradora tenha inicialmente anuído com o seu pagamento, para que haja integral ressarcimento da parte que não deu causa ao desfazimento do contrato - Recurso desprovido. Trata-se de ação visando a rescisão contratual, pelo não cumprimento do prazo previsto para a entrega do empreendimento, com a devolução integral dos valores pagos (R$ 81.050,35), além da importância referente a comissão de corretagem (R$ 15.041,40), perfazendo a quantia de R$ 96.091,75. A r. sentença, cujo relatório se adota, julgou procedente a ação, resolvendo o contrato por culpa da requerida, condenando-a na devolução de todos os valores pagos em virtude do contrato, tanto os que foram desembolsados para a aquisição do imóvel, quanto os que foram quitados a título de comissão de corretagem e SATI, totalizando a quantia de R$ 96.091,75, corrigidos monetariamente a partir do desembolso e com juros de mora desde a citação, além de arcar com o pagamento das custas, despesas processuais e honorários advocatícios fixados em 10% do valor da condenação, nos termos do art. 20, 3º do CPC/1973 (fls. 271/275). Apelação nº 1022104-38.2014.8.26.0564 - São Bernardo do Campo 2/5

fls. 455 A requerida apelou arguindo preliminarmente sua ilegitimidade para devolução da quantia referente à corretagem, uma vez que o serviço foi prestado e recebido por terceiros, e no mérito afirmou que o atraso é justificável, de apenas três dias para a expedição do habite-se, e se deve levar em conta ainda a ocorrência de circunstâncias imprevisíveis que fogem ao controle do quanto previsto no cronograma de obra, tendo o comprador ciência prévia, devendo ser distribuído o risco às partes contratantes, pelo equilíbrio contratual, razão pela qual não há culpa da vendedora pela desistência do negócio, devendo ser aplicadas as regras do contrato, com retenção dos custos pela desistência, uma vez que foi a apelada que optou pelo término do negócio jurídico e havia penalidade específica prevista contratualmente para o caso em questão, não sendo viável ainda a devolução dos valores referentes à comissão de corretagem, livremente contratada e cujos serviços foram efetivamente prestados, razão pela qual requer a reforma para que seja julgada improcedente a ação (fls. 282/303). Foram apresentadas contrarrazões sustentando-se a manutenção da r. sentença (fls. 309/334). É o Relatório. A data da decisão é que estabelece a legislação processual a ser aplicada ao recurso, no caso o CPC/1973, por ter sido prolatada a sentença em 08/09/2015 (fls. 275). É regra de direito intertemporal, em observância ao ato jurídico processual perfeito, como deflui da interpretação do art. 14 do CPC/2015. Apelação nº 1022104-38.2014.8.26.0564 - São Bernardo do Campo 3/5

fls. 456 Como acentuam Marinoni-Arenhart-Mitidiero 1 : "a lei do recurso é a lei do dia em que se tornou recorrível a decisão". Com os julgamentos dos Repetitivos REsp 1599511/SP, REsp 1551956/SP, REsp 1551951/SP e REsp 1551968/SP não há óbice à apreciação do recurso interposto. As partes firmaram Instrumento Particular de Promessa de Compra e Venda e Outros Pactos de Unidade Autônoma relativo ao imóvel descrito na inicial, com previsão de entrega para 31/03/2014 (fls. 36), com tolerância de 180 dias (cláusula 9.1 - fls. 36), vencendo-se em 30 de setembro de 2014, o que não foi cumprido, conforme se observa do comunicado de fls. 61. Cabia à apelante a comprovação de que o retardamento na entrega da obra deveu-se exclusivamente por culpa da apelada (art. 14, 3º, II, CDC), do que não se desincumbiu, podendo a consumidora invocar o art. 476 do Código Civil. Não se confunde a obtenção do habite-se com a entrega das chaves, pois após aquele há que se constituir o condomínio, individualizar as matrículas, e tomar a vendedora inúmeras outras providências de forma a disponibilizar o imóvel ao comprador, caracterizando-se a mora. Neste sentido a Súmula n. 160 deste TJSP que dispõe: "a expedição do habite-se, quando não coincidir com a imediata disponibilização física do imóvel ao promitente comprador, não afasta a mora contratual atribuída à vendedora". 1 MARINONI, Luiz Guilherme. Novo Código de Processo Civil Comentado. Luiz Guilherme Marinoni e al. 1ª ed. : RT, 2015, p.113. Apelação nº 1022104-38.2014.8.26.0564 - São Bernardo do Campo 4/5

fls. 457 Deve a ré restituir integralmente o sinal e prestações pagas, além da comissão de corretagem, de forma que haja integral ressarcimento do dano, sendo irrelevante que a compradora tenha inicialmente anuído com o pagamento da corretagem, estando pacificado pelo STJ, por sua Súmula n. 543 que: "na hipótese de resolução de contrato de promessa de compra e venda de imóvel submetido ao Código de Defesa do Consumidor, deve ocorrer a imediata restituição das parcelas pagas pelo promitente comprador - integralmente, em caso de culpa exclusiva do promitente vendedor/construtor, ou parcialmente, caso tenha sido o comprador quem deu causa ao desfazimento" (Súmula 543, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 26/08/2015, DJe 31/08/2015), afigurando-se inaplicável a cláusula de retenção. Restou assentada no REsp Repetitivo n. 1551951/SP a legitimidade passiva "ad causam" da incorporadora, na condição de promitente-vendedora, para responder pela restituição ao consumidor dos valores pagos a título de comissão de corretagem e de taxa de assessoria técnico-imobiliária, nas demandas em que se alega prática abusiva na transferência desses encargos ao consumidor, sendo a apelante parte legítima. Assim, deve ser mantida a r. sentença por seus judiciosos fundamentos. Pelo exposto, NEGA-SE PROVIMENTO ao recurso de apelação. ALCIDES LEOPOLDO E SILVA JÚNIOR RELATOR Assinatura Eletrônica Apelação nº 1022104-38.2014.8.26.0564 - São Bernardo do Campo 5/5