Página: 1 de 10 INTERCONEXÃO DE GERAÇÃO AO SISTEMA ELÉTRICO DA RGE SUL NTD

Documentos relacionados
GERAÇÃO PRÓPRIA Operação em Paralelismo Momentâneo

16- Para maiores informações e dúvidas, contatar o setor de proteção da Energisa MT através do telefone (65)

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

NT Nota Técnica. Diretoria de Operações e Engenharia Gerência de Engenharia da Distribuição. Elio Vicentini João Martins. Preparado.

DEMEI ITD-07. Departamento Municipal de Energia de Ijuí

ANEXO IX Leilão de Energia de Reserva 1º LER/2016 ANEXO IX MINUTA

Consumidor Autoprodutor de Energia

COMUNICADO TÉCNICO Nº

Gerência de Planejamento do Sistema e Atendimento Técnico

AULA 4 PROTEÇÃO DE GERADORES RAFAEL DE OLIVEIRA RIBEIRO 1

REQUISITOS MÍNIMOS PARA INTERLIGAÇÃO

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS. É característica que determina a um transformador operação com regulação máxima:

Gerencia de Planejamento do Sistema GPS FORMULÁRIO DE SOLICITAÇÃO DE ACESSO

CURSO A PROTEÇÃO E A SELETIVIDADE EM SISTEMAS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS

CNPJ: / INSC. EST.:

INSTRUÇÃO TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO. Critérios para Dimensionamento e Ajustes da Proteção de Redes Aéreas de Distribuição Classes 15 e 36,2 kv ITD-17

PADRÃO TÉCNICO SISTEMA NORMATIVO CORPORATIVO CONEXÃO DE CENTRAL GERADORA AO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO COM PARALELISMO MOMENTÂNEO E OU PERMANENTE

NORMA TÉCNICA NTE-G-045

TE 131 Proteção de Sistemas Elétricos. Capitulo 9 Proteção de Banco de Capacitores e Motores

Norma de Distribuição Unificada NDU Revisão 3.0 Junho/2018

A MAIS ALTA TECNOLOGIA EM TRANSFORMADORES

Proteção e Automação de Sistemas Elétricos de Potência I

Instrução de Trabalho no. 72. Versão no.01 data: 02/03/2018

IT DDE 01/19 APRESENTAÇÃO DESENVOLVIMENTO. Gustavo José Fontes Pacheco DDE. Layse de Vasconcellos Honório. Leandro Pires Espíndola

Normas Técnicas para Conexão de Mini GD. Definição da Solução de Mínimo Custo Global de Conexão. - Definição do Ponto de Conexão

2 Materiais e Equipamentos Elétricos Capítulo 9 Mamede

RECON MT. Até Classe 36,2kV

MANUAL DE INSTRUÇÕES TÉCNICAS

TE 131 Proteção de Sistemas Elétricos. Capitulo 8 Proteção de Sistemas de Distribuição

LABORATÓRIO DE SISTEMAS DE POTÊNCIA EXPERIÊNCIA: CURTO-CIRCUITO RELATÓRIO. Alunos: 1)... 2)... Professor:... Data:...

XVIII Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica. SENDI a 10 de outubro. Olinda - Pernambuco - Brasil

Proteção de Sistemas de. Distribuição

Proteção de Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica

Instituto SENAI de Tecnologia em Energia Gestão e Economia de Energia no Programa Indústria Paulista + Competitiva

ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DE MEDIÇÃO PARA FATURAMENTO DE CLIENTES OPTANTES AO MERCADO LIVRE

COMPORTAMENTO DOS GERADORES NA PRESENÇA DE CAPACITORES Por Eng. Jose Starosta, MSc

SISTEMA INTEGRADO PARA O CONTROLE DE PCHs - COACH JOSE LUIZ BOZZETTO,FLAVIO C. BIANCHI BCM ENGENHARIA

Manual de Procedimentos da Operação

Submódulo 2.6. Requisitos mínimos para os sistemas de proteção e de telecomunicações

TE 131 Proteção de Sistemas Elétricos. Capitulo 7 Proteção de Linhas de Transmissão

DESEQUILÍBRIO (DESBALANCEAMENTO) DE TENSÃO Por: Eng Jose Starosta; MSc. Diretor da Ação Engenharia e Instalações e Presidente da ABESCO

Apresentação de requisitos de acesso de Distribuidoras e Permissionárias ao Sistema de Distribuição da AES Eletropaulo

Operação, Manutenção e Ensaios em Subestações. João Carlos Bezerra Sanches Diretor da LPEng Engenharia

Proteção e Automação de Sistemas Elétricos de Potência I

Submódulo 2.6. Requisitos mínimos para os sistemas de proteção e de telecomunicações

CÓDIGO TÍTULO VERSÃO INTERLIGAÇÃO DE ACESSANTES GERADORES AO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO EM MÉDIA TENSÃO DA EDP BANDEIRANTE

SANTA MARIA Empresa Luz e Força Santa Maria S.A. PROCEDIMENTOS PARA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE MEDIÇÃO DE FATURAMENTO (SMF)

MANUAL DE INSTRUÇÕES TÉCNICAS

Relatório Situação de Emergência Maio/2017 Código Único do Relatório: EMS ISE Relatório Situação de Emergência Maio/2017

NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO

Manual de Procedimentos da Operação

FASCÍCULO NBR 5410 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO FASCÍCULO 54:

TE 131 Proteção de Sistemas Elétricos. Capitulo 6 Proteção de Barramentos Elétricos

Aula 05 Transitórios e Variações de Tensão de Longa Duração (VTLD)

NOTA TÉCNICA Página 1 de 29. Diretoria de Engenharia. Gerência de Planejamento do Sistema e Atendimento Técnico. Gerência de Padrões e P&D

Manual de Procedimentos da Operação

SOLUÇÕES EM QUALIDADE DE ENERGIA Soluções em média e alta tensão

Departamento de Engenharia Elétrica Conversão de Energia II Lista 7

ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DE MEDIÇÃO PARA FATURAMENTO DE CLIENTES OPTANTES AO MERCADO LIVRE

REQUISITOS MÍNIMOS PARA INTERLIGAÇÃO

XX Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica SENDI a 26 de outubro Rio de Janeiro - RJ - Brasil

Relatório Situação de Emergência Junho/2018 Código Único do Relatório: EMS ISE Relatório Situação de Emergência.

Manual de Procedimentos da Operação

Décimo Quinto Encontro Regional Ibero-americano do CIGRÉ Foz do Iguaçu-PR, Brasil 19 a 23 de maio de 2013

MANUAL DE INSTRUÇÕES TÉCNICAS

Manual de Procedimentos da Operação

Manual de Procedimentos da Operação Módulo 10 Submódulo Assunto: Instrução de Operação Específica do ONS Número Revisão Localização Vigência

GERAÇÃO PRÓPRIA Conforme Portaria MME nº 44 de 11 de março de 2015

Determinação da Reatância Síncrona Campos Girantes Máquina Síncrona ligada ao Sistema de Potência Gerador e Motor Síncrono

SISTEMA NORMATIVO CORPORATIVO PADRÃO TÉCNICO CÓDIGO TÍTULO VERSÃO PT.DT.PDN GERAÇÃO INCENTIVADA 01 MARCELO POLTRONIERI ENGENHARIA-ES (DEEE)

PROCESSO DE PROJETO E CONSTRUÇÃO SUBPROCESSO DE INSTALAÇÃO ELÉTRICA DE CONSUMIDOR

XIV SEMINÁRIO NACIONAL DE DISTRIBUIÇÃ0 DE ENERGIA ELÉTRICA

Geração Própria NT

3 TRANSFORMADORES DE CORRENTE (TC) E POTENCIAL (TP) PARA PROTEÇÃO

MODELO DE PLANO DE ENSINO FICHA N o 2 (variável)

CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA

1 FINALIDADE CAMPO DE APLICAÇÃO RESPONSABILIDADES DEFINIÇÕES REFERÊNCIAS... 6

ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO 11 2 LÓGICA DE FALHA DE DISJUNTOR (BF) 19 3 LÓGICA DE CHAVEAMENTO SOBRE FALTA (SOTF) 25

Princípio de funcionamento Aplicações Características elétricas Características mecânicas Entrada de tensão (medição)

SEL LABORATÓRIO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS. Professores: Luís Fernando Costa Alberto, José Carlos de Melo Vieira Júnior, Elmer Pablo Tito Cari

Soluções. Compactas. PPE - Produto Padronizado ENERGY

CNPJ: / INSC. EST.: CRITÉTRIOS CONSTRUTIVOS DO PADRÃO DE ENTRADA

Geração Própria NT

Mitigação de VTCDs (AMTs)

Partes de uma máquina síncrona

Luis Fabiano 21/ago/2008. Rejeição de Cargas Inteligente

Agilidade Praticidade Economia Força Qualidade CABINES METÁLICAS PRÉ-FABRICADAS DESTINADAS À MEDIÇÃO, PROTEÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DE ENERGIA

Proteção de Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica

DISCIPLINA: SISTEMAS DE PROTEÇÃO I 1/9

ET720 Sistemas de Energia Elétrica I. Capítulo 4: Transformadores de potência. Exercícios

FATOR DE POTÊNCIA PARA ONDAS SENOIDAIS

Submódulo Controle da transmissão em operação normal

Submódulo Acompanhamento de manutenção: visão geral

Transdutor Digital MKM-01

XVIII Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica. Soluções eletrônicas aplicadas aos circuitos elétricos de Subestações e Usinas.

PEA LABORATÓRIO DE SISTEMAS DE POTÊNCIA EXPERIÊNCIA 2 MINI-SISTEMA DE POTÊNCIA

Outros tópicos transformadores. Placa de identificação trafo de potência Trafos de instrumentos

CONCURSO PÚBLICO TRANSCREVA PARA A FOLHA DE RESPOSTAS, COM CANETA DE

Transcrição:

Página: 1 de 10 1. Objetivo O presente documento visa estabelecer os requisitos técnicos mínimos necessários para o paralelismo permanente ou temporário de produtores independentes e autoprodutores de energia elétrica com os sistemas de distribuição (13,8/23kV) e sub-transmissão (69/138kV) da Distribuidora RGE Sul, sob os aspectos de: Operação do paralelismo Proteções dos sistemas Projeto elétrico Qualidade de fornecimento Será definido neste documento como acessante, os produtores independentes e autoprodutores com intenção de conexão aos sistemas de distribuição ou sub-transmissão da distribuidora RGE Sul Distribuidora Gaúcha de Energia S.A. Os autoprodutores com conexão da geração temporária ao sistema da RGE Sul, visando apenas o sincronismo do sistema, serão definidos como autoprodutores com sistema em rampa. Os demais casos serão considerados como paralelismo permanente. Este documento não aborda aspectos econômicos e comerciais da conexão de geradores no sistema elétrico, como também da disponibilidade de energia para o atendimento aos produtores independentes e autoprodutores. 2. Condições Gerais Para o Paralelismo 2.1. A RGE Sul somente permitirá o paralelismo do acessante, se esta interligação não resultar em problemas: a) Técnicos para o sistema elétrico da RGE Sul b) De segurança pessoal, tanto para as pessoas da RGE Sul quanto terceiros c) De segurança patrimonial, tanto para os equipamentos da RGE Sul quanto aos equipamentos dos consumidores ligados ao seu sistema 2.2. Somente será permitido o paralelismo de gerações trifásicas de corrente alternada na freqüência de 60 Hz. 2.3. O ponto de interligação, definido como ponto de conexão entre o acessante e a concessionária, será indicado através de estudo de viabilidade técnica pela concessionária, e as adequações que se fizerem necessárias para o estabelecimento da conexão são de responsabilidade do acessante. 2.4. A RGE Sul estabelecerá os reforços necessários para a conexão do acessante com o seu sistema elétrico, tanto em termos de fluxo de potência quanto em termos de curto-circuito, desde que a conexão não seja de uso comum pela RGE Sul. 2.5. Todos os equipamentos necessários ao paralelismo a serem instalados nas dependências do acessante, e no ponto de conexão, deverão ser custeados, instalados e operados pelo acessante. 2.6. O acessante terá total responsabilidade pela manutenção corretiva e preventiva de suas instalações, não cabendo a RGE Sul responder por problemas de falhas decorrentes destas manutenções. Os relatórios de manutenção deverão ser sempre conservados pelo acessante e estarem disponíveis para consultas e análises por parte da RGE Sul. 2.7. O acessante é totalmente responsável pela proteção de seus equipamentos de tal maneira que falhas, surtos atmosféricos, corrente de seqüência negativa excessiva ou outras perturbações no sistema elétrico da RGE Sul não resultem em danos às suas instalações.

Página: 2 de 10 2.8. A RGE Sul não tem qualquer responsabilidade por eventuais danos que possam ocorrer no(s) gerador (es) do acessante, bem como em qualquer outra parte do seu sistema elétrico. 2.9. São de responsabilidade do acessante a instalação, operação e manutenção dos seus equipamentos que permitem o estabelecimento das condições de sincronismo por ocasião de cada manobra de execução do paralelismo de seus geradores com a concessionária. 2.10. A RGE Sul poderá suspender o paralelismo com o acessante nos seguintes casos: a) Emergência no sistema b) Quando uma inspeção nas instalações do acessante revelar a existência de condições perigosas, falhas de manutenção, condições operativas e/ou de proteção deficientes c) Quando o equipamento do acessante reduzir a qualidade do serviço fornecido a outros consumidores, ou ainda quando prejudicar as condições operativas ou de segurança d) Quando os procedimentos operativos acordados entre a RGE Sul e o acessante não forem cumpridos integralmente pelo produtor independente 2.11. O acessante deve seguir as instruções operativas específicas, que constam no acordo operativo, onde são regulamentados os procedimentos de manobra em condições normais e emergenciais, os critérios de comunicação, etc. 2.12. Casos não previstos neste documento serão objeto de análise específica por ambas as partes. 2.13. A RGE Sul poderá solicitar requisitos adicionais de projeto não previstos nesta norma, caso necessário, conforme características próprias do sistema a ser acessado ou das instalações do acessante. 3. Requisitos Gerais Para o Paralelismo A seguir são relacionados os requisitos mínimos de segurança e técnicos, para a operação eficaz e segura do paralelismo do acessante com a concessionária. 3.1. Requisitos Básicos Para Conexão 3.1.1. Os disjuntores instalados no ponto de interligação devem ser acionados por relés secundários digitais que removam e bloqueiem prontamente, dentro do tempo previsto, o paralelismo sempre que ocorrer uma anomalia no sistema elétrico da concessionária ou na própria instalação do acessante, tais como, superexcitação, sobretensões, correntes desbalanceadas, freqüências anormais ou sobrecorrentes. 3.1.2. O acessante com conexão em rampa, poderá permanecer em paralelismo com o sistema da RGE Sul pelo período máximo de 15 segundos. 3.1.3. O acessante com conexão permanente da geração ao sistema da RGE Sul, deverá instalar, junto ao disjuntor no ponto de conexão, um registrador de qualidade de energia, ou similar, que possua no mínimo os seguintes registros: Tensões, correntes e freqüência Registro da forma de onda de tensão e corrente quando da ocorrência de alguma anomalia sistêmica Registros dos níveis de harmônicos de corrente no ponto de interligação 3.1.4. Não será permitido aos acessantes energizarem um circuito desenergizado da concessionária, sem a sua prévia autorização. Assim, é imprescindível a instalação de bloqueios por sub-tensão que inibam o fechamento do(s) disjuntor (es) de interligação no caso em que o sistema da concessionária estiver desenergizado. 3.1.5. Todos os ajustes dos relés e equipamentos auxiliares necessários ao paralelismo, bem como alterações nos ajustes dos relés e/ou equipamentos de proteção, deverão ser submetidos a RGE Sul para análises prévias e conseqüente aprovação.

Página: 3 de 10 3.1.6. A RGE Sul se reserva o direito de inspecionar periodicamente os dispositivos de proteção e equipamentos auxiliares, bem como seus ajustes. Essa inspeção poderá constar de abertura do paralelismo, desligamento da geração e acionamento simulado do disjuntor. 3.1.7. Em caso de alteração permanente no sistema da concessionária ou do acessante, as eventuais mudanças nos sistemas de proteção e controle, serão coordenadas pela RGE Sul. 3.2. Requisitos Para os Sistemas de Proteção 3.2.1. Nas instalações do acessante: a) É obrigatória a existência de um disjuntor localizado de tal forma que separe a instalação do acessante da rede da RGE Sul. Este disjuntor é denominado de disjuntor de interligação e deve ser acionado por relés secundários digitais. Não é permitida a utilização de disjuntores de pequeno volume de óleo PVO. b) A RGE Sul se reserva o direito de solicitar ao acessante, caso necessário, a instalação de um sistema de proteção dual ao disjuntor de interligação, ou seja, um segundo grupo de relés, com o objetivo de retaguarda à proteção principal. c) Os geradores do acessante devem ser removidos do paralelo através de disjuntores acionados por relés secundários digitais. d) Para o acessante com conexão permanente é obrigatória a instalação de uma chave seccionadora trifásica com lâmina de terra eletricamente em ponto anterior ao disjuntor de interligação com valores máximos de aterramento em 10 Ohms. e) O paralelismo acessante-concessionária deverá ser sempre removido quando ocorrer uma anomalia no sistema elétrico da RGE Sul ou na própria instalação do acessante, caso essa anomalia for capaz de produzir riscos ao sistema elétrico da RGE Sul. f) A RGE Sul se reserva o direito de solicitar ao acessante a instalação de um sistema de equivalência de disparo do disjuntor da subestação da SE RGE Sul e o de interligação com o acessante. Este sistema terá a finalidade de remover o paralelismo sempre que houver a abertura dos contatos do disjuntor da subestação da SE RGE Sul, permitindo o religamento automático deste último. Sistema conhecido como Transfer Trip. g) Todos os geradores do acessante devem estar acoplados ao sistema elétrico da concessionária através de um transformador de potência. Este transformador deve isolar o circuito de seqüência zero da geração do acessante do circuito de seqüência zero da concessionária. Um enrolamento deste transformador deve ser ligado em delta, visando também o bloqueio do harmônico de terceira ordem e seus múltiplos impares. Preferencialmente o lado da RGE Sul deverá ser aterrado, visando manter o sistema com característica de efetivamente aterrada (X 0 /X 1 3). h) Os disjuntores, chaves seccionadoras e/ou qualquer equipamento de manobra que possa permitir o paralelismo sem a supervisão do relé de sincronismo deverão possuir intertravamentos que evitem o fechamento do paralelismo. i) É permitido o religamento automático nos disjuntores que executam o paralelismo permanente, somente se este for realizado através do relé de cheque de sincronismo (religamento automático supervisionado). Desta forma, o disjuntor de isolação do transformador do acessante deve estar ligado com a supervisão do relé de cheque de sincronismo e este deve permitir o fechamento nas condições linha viva-barra viva (usual) e linha viva-barra morta (casos específicos definidos pela RGE Sul).

Página: 4 de 10 3.2.2. Na Subestação da RGE Sul (sistemas de paralelismo permanente) a) O equipamento de manobra que conectará o acessante à subestação da RGE Sul deverá ser um disjuntor e caso não haja na subestação RGE Sul a disponibilidade de tal equipamento caberá ao acessante a adequação e/ou instalação de um novo módulo. b) Caso haja a necessidade da instalação de um novo módulo na subestação da RGE Sul, o disjuntor deste deverá ter características adequadas para operar em paralelo com o produtor independente. c) Todos os equipamentos instalados em subestações da RGE Sul ou no ponto de conexão deverão atender aos requisitos técnicos informados pela RGE Sul. d) Nos casos onde houver mau desempenho da proteção, alterações permanentes no sistema da RGE Sul ou do acessante, as eventuais mudanças nos relés de proteção e controle necessários ao paralelismo serão definidas pela RGE Sul. O acessante será informado com antecedência a fim de que possa reajustar as proteções em seu sistema elétrico. 3.3. Requisitos Para a Operação da Geração 3.3.1. O acessante será o único responsável pela sincronização apropriada do(s) seu(s) gerador(es) com o sistema elétrico da concessionária, após a obtenção da devida permissão. 3.3.2. Durante a operação normal, em qualquer horário de carga, a variação contínua da excitação das unidades geradoras do acessante, entre seus valores máximos e mínimos, não poderá provocar variações da tensão fora do intervalo entre 95% e 103% da tensão nominal no ponto de interligação, ou conforme definição específica da RGE Sul. 3.3.3. A perda total da geração do acessante não poderá originar tensão inferior a 95% do valor nominal em nenhum ponto do sistema a qual o acessante estiver conectado e não poderá provocar sobrecarga em nenhum equipamento da RGE Sul. 3.3.4. A elevação do nível de curto-circuito, provocada pela operação em paralelo, não poderá colocar em risco equipamentos da RGE Sul e de outros consumidores. A RGE Sul poderá exigir do acessante providências que visem manter a capacidade total de curto-circuito no ponto de interligação (com os sistemas em paralelo) inferior a certos valores já tradicionalmente utilizados nos seus sistemas. 3.3.5. O limite de fluxo de potência reativa será aquela que ocorrerá devido às necessidades do regulador de tensão da geração em manter os níveis de tensão pré-definidos, porém o acessante deverá manter, no ponto de interligação, o fator de potência entre 0,92 indutivo e 0,92 capacitivo. Caberá ao acessante instalar por sua conta, os equipamentos corretivos que se fizerem necessários para o ajuste do fator de potência. 3.3.6. A RGE Sul não executará e/ou permitirá nenhum serviço de manutenção no sistema de distribuição, se o sistema estiver em paralelo com o acessante sem que antes seja aberto o disjuntor de interligação do acessante e tomadas as demais providências para garantir a segurança das pessoas e das instalações. 3.3.7. Como medida de segurança do pessoal de manutenção e operação, deverá ser instalada pela concessionária, no posto imediatamente anterior às instalações do acessante (lado concessionária), um conjunto de chaves seccionadoras. Estas chaves deverão ser operadas exclusivamente pelo pessoal da RGE Sul, sempre que houver a

Página: 5 de 10 necessidade para manutenções preventivas, corretivas ou qualquer outra eventualidade no circuito de distribuição. 3.4. Comunicação A implementação de serviços de comunicação de dados e a disponibilidade dos dados de supervisão para a RGE Sul, que permitam monitorar em tempo real os estados e grandezas elétricas da usina no ponto de conexão, serão de responsabilidade da Acessante. O acessante também deverá dispor, na sala de operação da usina, de um canal de comunicação direto com a RGE Sul, durante o período de operação da usina, que poderá ser por telefone, rádio ou satélite. 3.5. Ensaio dos Equipamentos 3.5.1. Após a conclusão das instalações necessárias ao paralelismo, cujo projeto foi aprovado pela RGE Sul, o acessante deverá executar, nos equipamentos dessas instalações, os ensaios necessários à operação em paralelo. 3.5.2. Estes ensaios serão previamente definidos pela RGE Sul, após verificação e aprovação do projeto executivo. 3.5.3. Os resultados destes ensaios deverão ser apresentados, para exame da RGE Sul, com antecedência mínima de 20 dias em relação à data de interligação. 3.5.4. Os ensaios serão custeados pelo acessante através de empresa indicada pela RGE Sul. 4. Proteções Básicas no Ponto Conexão - Paralelismo Permanente As funções dos sistemas de proteção do ponto de interligação necessárias ao paralelismo permanente devem atender os requisitos previstos neste documento. A RGE Sul se reserva o direito de solicitar a inclusão de equipamentos adicionais aos recomendados neste documento, em função de características particulares do sistema elétrico do acessante ou de seu próprio sistema. Todas as funções de proteção devem ser independentes. 4.1. Acesso ao Sistema de Distribuição Alternativa A Com a conexão na barra de média tensão da subestação da RGE Sul. Função 67 - direcional de sobrecorrente de fase, 3φ, Função 67N - direcional de sobrecorrente de neutro, Função 50/51 - sobrecorrente de fase, 3φ, Função 50N/51N- sobrecorrente de neutro, Função 51NS - Relé de sobrecorrente de neutro sensitivo, Função 81 freqüência (níveis alto e baixo), Função 27 subtensão, Função 59 sobretensão, Função 25 - cheque de sincronismo*, Função 79 religamento (somente vinculada à função 25), Função 62BF - falha de disjuntor, Detecção de falta de potencial CC.

Página: 6 de 10 Função 86* Bloqueio por presença de tensão de linha. * Função 25, dispensável em redes exclusivas desde que utilizada a função 86 Alternativa B Com a conexão ao longo do alimentador de média tensão Função 67 - direcional de sobrecorrente de fase, 3φ, Função 67N - direcional de sobrecorrente de neutro, Função 50/51 - sobrecorrente de fase, 3φ, Função 50N/51N- sobrecorrente de neutro, Função 51NS - Relé de sobrecorrente de neutro sensitivo, Função 27 subtensão, Função 59 sobretensão, Função 25 - cheque de sincronismo, Função 79 religamento (somente vinculada a função 25). 4.2. Acesso ao Sistema de Subtransmissão Função 67 - direcional de sobrecorrente de fase, 3φ, Função 67N - direcional de sobrecorrente de neutro, Função 50/51 - sobrecorrente de fase, 3φ, Função 50N/51N- sobrecorrente de neutro, Função 21 distância de fase, 3φ (linhas longas), Função 21N distância de neutro (linhas longas), Função 27 subtensão, Função 59 sobretensão, Função 62BF - falha de disjuntor, Função 25 - cheque de sincronismo*, Função 79 religamento (somente vinculada à função 25), Detecção de falta de potencial CC, Função 86* Bloqueio por presença de tensão de linha. * Função 25, dispensável em redes exclusivas desde que utilizada a função 86 5. Proteções Básicas - Instalações do Acessante Paralelismo Permanente As funções dos sistemas de proteção das instalações do acessante necessárias ao paralelismo devem atender no mínimo os requisitos previstos neste documento. A RGE Sul se reserva o direito de solicitar a inclusão de equipamentos adicionais aos recomendados neste documento, em função de características particulares do sistema elétrico do acessante ou de seu próprio sistema. 5.1. Proteção do Grupo Gerador Função 32 Relé direcional de potência Função 49T Relé térmico do gerador Função 81 - Relé de freqüência Função 51V - Sobrecorrente com restrição de tensão Função 27 Relé de subtensão Função 51V Relé de sobrecorrente temporizado (com restrição de tensão)

Página: 7 de 10 Função 51N Relé de sobrecorrente temporizado de neutro Função 59 Relé de sobretensão Função 60 - Relé de equilíbrio de tensão 5.2. Proteção do Transformador de Conexão Lado Distribuidora Função 50 Relé de sobrecorrente instantâneo de fase, 3φ Função 51 Relé de sobrecorrente temporizado de fase, 3φ Função 50N Relé de sobrecorrente instantâneo de neutro Função 51N Relé de sobrecorrente temporizado de neutro 6. Proteções Básicas - Instalações do Acessante Paralelismo em Rampa As funções dos sistemas de proteção das instalações do acessante necessárias ao paralelismo em rampa devem atender no mínimo os requisitos previstos neste documento. A RGE Sul se reserva o direito de solicitar a inclusão de equipamentos adicionais aos recomendados neste documento, em função de características particulares do sistema elétrico do acessante ou de seu próprio sistema. Todas as funções de proteção devem ser independentes. Função 67 - direcional de sobrecorrente de fase, Função 32 potência reversa, Função 47 seqüência de fase Função 50/51 - sobrecorrente de fase, 3φ Função 50N/51N- sobrecorrente de neutro, Função 51NS - Relé de sobrecorrente de neutro sensitivo, Função 81 freqüência (níveis alto e baixo), Função 27 subtensão, Função 59 sobretensão. 7. Documentação Técnica Básica Solicitada pela RGE Sul A documentação necessária para análise dos pedidos de paralelismo deverá compor-se de um projeto elétrico a ser apresentado para verificação e aprovação da RGE Sul, conforme descrito a seguir: a) Diagrama unifilar completo das instalações, inclusive do sistema elétrico industrial, quando de autoprodutores. b) Características técnicas dos equipamentos principais que interligam sua geração própria ao ponto de interligação com o sistema RGE Sul, quais sejam: - Dados de Rede - Desde a geração até a subestação RGE Sul Bitola dos condutores, comprimento, resistência, reatância (seqüência positiva e zero) na base de 100 MVA, carregamento máximo admissível em regime permanente. - Transformadores Potência nominal, tensão nominal, relação de transformação, reatâncias com a base da potência adotada (seqüência positiva e zero), níveis de isolamento, suportabilidade do curto-circuito, conexão dos enrolamentos, tensão máxima de operação em regime contínuo com potência nominal e tensão máxima de operação a vazio.

Página: 8 de 10 - Geradores (para cada unidade) capacidade nominal e operativa, freqüência, tensão máxima e mínima, curva de capabilidade, reatâncias de eixo direto e em quadratura saturadas com base de potência adotada, constante de tempo de eixo direto e em quadratura e constante de inércia. - Sistema de excitação e reguladores de tensão tipo, funções de transferência, tempo de resposta, parâmetros dos controles de excitação e regulação de tensão. - Reguladores de Velocidade tipo, funções de transferência e parâmetros dos controles do regulador. - Dados de placa de equipamentos terminais tais como: reguladores de tensão, capacitores, pára-raios, disjuntores, transformadores de corrente e potencial, etc. c) No caso de autoprodutor com sistemas de paralelismo permanente, a relação dos equipamentos industriais de porte (fornos, laminadores, moinhos, britadores, motores, etc.), indicando suas características principais, tais como: capacidade nominal e em uso, fator de carga, tensão de alimentação, ciclo de operação, sistema de controle, etc. d) No caso de geração térmica: tipo de combustível usado, consumo específico, característica de tomada de carga, freqüência mínima admissível pelo conjunto turbina-gerador em função do tempo, condições de partida e parada, serviços auxiliares, tempos de sincronização e tomada de carga, regime de operação, tipo de geração (sazonal ou permanente), taxa de falhas e tempo de reparos desejados. e) No caso de autoprodutor com sistemas de paralelismo permanente, especificar o número de motores síncronos e assíncronos com potência igual ou superior a 500 CV, com os seguintes dados: tipo do motor, potência nominal, dispositivo de partida, regime de funcionamento. f) Apresentar o diagrama de impedâncias transitórias e subtransitórias do sistema elétrico industrial, na base de 100 MVA. g) Estudo de fluxo de potência do sistema elétrico para sistemas de paralelismo permanente. h) Estudo de curto-circuito do sistema elétrico para as condições com e sem geração. i) Estudo de estabilidade transitória /dinâmica e, se for o caso, rejeição de cargas para sistemas de paralelismo permanente.. j) Coordenograma das proteções k) Ajustes dos relés e seus respectivos manuais l) Projeto da medição de faturamento conforme requisitos do CCEE/ONS para sistemas de paralelismo permanente.

Página: 9 de 10 Diagrama Orientativo Conexão NF 25 * Alternativa 1 Medição 59N 59 27 81L 81H 21* * Proteções alternativas 51V* 67N 67 51 51N 50 50N 25 * Alternativa 2 25 * Alternativa 4 25 * Alternativa 3 * Sistema de Check de Sincronismo Proteções do Grupo Carga Prioritária Carga Não Prioritária G

Página: 10 de 10 7 Ajustes dos dispositivos de proteção Deve ser apresentado a RGE Sul, para aprovação, o estudo de coordenação e seletividade, dos equipamentos de conexão, constando os ajustes de proteção a serem utilizados, bem como os relatórios de parametrização dos relés de proteção. O Acessante deve fornecer a RGE Sul, para conhecimento, os ajustes de proteção dos dispositivos de suas instalações, sendo de o acessante exclusivo responsável pela proteção de seus equipamentos. O estudo de coordenação e seletividade deve apresentar o tempo de operação de todos os dispositivos de proteção para as diversas condições de operação do sistema em análise. Função de proteção Exigências mínimas - Informar a relação de transformação; Transformadores de - Calculo de saturação dos equipamentos; proteção (TC s e TP s) - Classe de precisão e carga nominal. - Curva de atuação tempo x corrente conforme norma IEC 60255-3; - Limitado a 120% da capacidade dos equipamentos; 51 - Tempo de seletividade entre acessante e RGE Sul igual ou superior a 300ms. - Valor inferior a capacidade dos equipamentos; - Valor inferior ao praticado pela RGE Sul; 50 - Superior ao somatório das correntes de magnetização de todos os transformadores do acessante. - Curva de atuação tempo x corrente conforme norma IEC 60255-3; 51N - Tempo de seletividade entre acessante e RGE Sul superior a 300ms. - Valor inferior a capacidade dos equipamentos; 50N - Valor inferior ao praticado pela RGE Sul; - Curva de atuação tempo x corrente = Tempo definido; 51NS (neutro sensível) - Ajustado conforme solicitação RGE Sul. - Atuação para corrente reversa - Informar o ângulo de máximo torque 67 e 67N - Tempo de seletividade entre acessante e RGE Sul superior a 300ms. - Atuação tempo x corrente = Tempo definido; 32 - Máximo 10% da soma das potências dos geradores 25 - Diferença de ângulo máximo de 10º. - Pick-up = 80% 27 - Tempo de atuação máximo = 1,0 segundo - Pick-up = 120% 59 - Tempo de atuação máximo = 1,0 segundo - Pick-up = 90% da tensão 3Vo (3xTensão nominal) 59 N - Tempo de atuação máximo = 0,5 segundos - Pick-up = 95% (57Hz) - Tempo de atuação máximo = 0,2 segundos 81 - Pick-up = 105% (63Hz) - Tempo de atuação máximo = 0,2 segundos