( ) Recebida para publicação em 3 de maio de 1968.

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Transcrição:

ESTUDO DE GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE PÊSSEGO (PRUNUS PÉRSICA BATSCH) DE DIVERSAS VARIEDA DES ( 1 ). MARIO OJIMA e ORLANDO RIGITANO. O conhecimento do poder germinativo das sementes de diferentes variedades de pêssego é útil sob diversos aspectos. Por exemplo, na formação de um viveiro comercial de mudas, permite calcular a quantidade de sementes necessárias para a obtenção de um determinado número de porta-enxertos. Além disso, quando se efetuam cruzamentos controlados, nos trabalhos de melhoramento, é desejável que as variedades-mães sejam aquelas cujas sementes tenham bom poder germinativo, a fim de assegurar um melhor rendimento em seedlings. Por outro lado, tratando-se de sementes envoltas por um tegumento bastante espesso, é útil, também, conhecer a quantidade de amêndoas em seu interior e o peso dos caroços. Este trabalho, que consiste em teste de germinação, teve por objetivo verificar a variação nas características germinativas das sementes de diferentes progenies. Material e método De outubro a dezembro de 1963 foram coletadas sementes de 40 variedades e hídridos, nas coleções das estações experimentais do Instituto Agronômico, em Campinas e Monte Alegre do Sul, e numa plantação comercial, em Campos do Jordão. Vinte e nove amostras continham mais de 100 sementes, e apenas três, menos de 5Q. Fêz-se a colheita dos frutos maduros, e em seguida a extração das sementes, as quais, lavadas e secas à sombra, foram conservadas em sacos de papel, em ambiente de laboratório, até 3 de abril de 1964. Nessa data, depois de anotado, por variedade, o peso de 100 sementes, os caroços foram partidos cuidadosamente, por meio de torno manual, e extraídas as amêndoas, que foram contadas. Essas amêndoas, envoltas apenas pela película parda, foram imersas em água, em caixas de Petri, por cerca de 15 horas. A seguir, fêz-se escorrer a água, e as caixas com as sementes foram colocadas na geladeira a 5-10 C. Uma vez em cada dois ou três dias efetuou-se a lavagem das sementes, em água corrente, a fim de mantê-las sempre úmidas e evitar o emboloramento. As caixas de Petri permaneceram sempre fechadas para assegurar um bom teor de umidade às sementes. Nessas condições, algumas sementes iniciaram a germinação já aos 10 dias. ( ) Recebida para publicação em 3 de maio de 1968.

A partir do 15. dia, e com intervalos de 15 dias, fizeram-se 5 contagens de germinação, separando as sementes germinadas, que foram sendo removidas para a sementeira. Durante esse período as sementes impróprias entraram em processo de deterioração, tomando uma coloração escura; foram então eliminadas. Após 5 quinzenas de permanência na geladeira, quando todas as sementes haviam germinado ou tinham sido eliminadas por estarem deterioradas, deu-se por encerrada a experiência. Resultados Os dados de contagens periódicas de germinação acham-se no quadro 1. Nesse quadro estão também anotados: o peso de 100 sementes, o número de sementes em caroço utilizadas, o número de amêndoas íntegras conseguidas após a quebra dos caroços, o total de sementes germinadas e, finalmente, as porcentagens de germinação calculadas em relação a esses números. Verificou-se variação muito grande na porcentagem de germinação das diferentes variedades. Entre essas, Jewel e Precoce Rosado de Campos do Jordão não tiveram as sementes germinadas, enquanto Florida, IAC 1153-5 e IAC 751 apresentaram menos de 20% de germinação. Na prática, pois, a utilização dessas variedades deverá ser evitada, quer como porta-enxertos, quer como variedades-mães, nos trabalhos de cruzamento. Ao contrário, 31 das 40 variedades testadas apresentaram germinação superior a 50%. Dez delas apresentaram mais de 90%, revelando alta capacidade de propagação. O quadro 1 mostra, para uma mesma variedade, diferentes porcentagens de germinação, quando calculadas em relação ao número de caroços ou de amêndoas. Isso se deve ao fato de nessas variedades ser comum a ocorrência de amêndoas chochas, às vezes em número elevado, a exemplo de IAC 159-1-A2. Outras vezes, a presença de duas amêndoas em um mesmo caroço torna o número de sementes maior que o de caroços utilizados, o que explica, por exemplo, a germinação de 101,3%, obtida com IAC 2-5, quando calculada em relação aos caroços utilizados. Com relação à exigência de certo período de frio úmido para se processar a quebra de dormência das sementes, observou-se nítida diferença entre as variedades. Os dados de germinação, por quinzenas sucessivas, constantes do quadro 1, dão idéia de como essa exigência é satisfeita para cada variedade nas condições da experiência.

Certas variedades mostraram pequena necessidade de frio para a quebra de dormência; é o caso de Rei da Conserva, Maracotão Branco, Sangüíneo, October, Lake City Branco, Campinas 1, IAC 147, IAC 153-3, IAC 2-99, de cujas sementes a maior parte germinou durante as duas primeiras quinzenas, em frigorífico. Nas seguintes variedades a germinação praticamente se completou até a 3. a quinzena de frigorificação: Sawabe, IAC 159-1, IAC 159-1-A1, IAC 159-1-A2, IAC 159-1-A4, IAC 1353-10, IAC 1353-11, IAC 2-73, IAC 1453-3, IAC 1153-4. Por outro lado, IAC 151-2 e IAC 73-3 mostraram ser bastante exigentes, pois a maior parte da germinação se verificou somente nas últimas quinzenas da experiência, isto é, após 45 dias de frigorificação. Podem ser consideradas como medianamente exigentes as seguintes variedades, que germinaram mais no período compreendido entre a 2. a e a 4. a quinzena de frigorificação: Suber, IAC 2-5, IAC 2-75, IAC 52-2 e IAC 551-1. É interessante observar o comportamento de certas variedades, como Angel, cuja germinação ocorreu uniformemente durante as 5 quinzenas de observação, não ficando bem definida a sua exigência para a quebra de dormência. SEÇÃO DE FRU TAS DE CLIMA TEMPERADO, INSTITUTO AGRONÔMICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. GERMINATION STUDY IN PEACH SEED VARIETIES SUMMARY This paper reports about the results obtained in germination tests regarding 40 peach seed varieties grown in the State of São Paulo. Great variations were observed in the seed characteristics, percentage of germination and chilling requirements to break dormancy. These variations are presented and discussed in view of their importance both in nursery and breeding work. 31 out of the 40 seed varieties tested germinated more than 50%, while only 10 showed more than 90% germination. Chilling requirements in moist cold storage (5-10 C) varied from 30 up to 75 days for the varieties of high percentage of germination.

( ) Porcentagem relativa ao número de amêndoas utilizadas.

XLV