REGULAMENTO TÉCNICO MERCOSUL DE IDENTIDADE E QUALIDADE DO CREME DE LEITE

Documentos relacionados
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO GABINETE DO MINISTRO INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 23, DE 30 DE AGOSTO DE 2012

IDENTIDADE E QUALIDADE DO LEITE EM PÓ

ANEXO REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE NATA

ANEXO REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE LEITE EM PÓ

CREME DE LEITE, MANTEIGA E REQUEIJÃO

IDENTIDADE E QUALIDADE DA CASEÍNA ALIMENTAR

Creme de leite e Manteiga

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ANIMAIS INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL

Art. 1º Aprovar a Inclusão de Coadjuvante de Tecnologia/Elaboração no Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Leite em Pó.

REGULAMENTO TÉCNICO MERCOSUL PARA FIXAÇÃO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE DOCE DE LEITE.

Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

ESTE TEXTO NÃO SUBSTITUI O PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 08/09/1997, SEÇÃO 1, PÁGINA

REGULAMENTO TÉCNICO MERCOSUL DE IDENTIDADE E QUALIDADE DO QUEIJO MOZZARELLA (MUZZARELLA OU MUSSARELA)

REGULAMENTO TÉCNICO MERCOSUL DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE QUEIJO EM PÓ.

Considerando a Resolução MERCOSUL GMC, nº 83/96, que aprovou o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Queijo Prato;

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 26, DE 12 DE JUNHO DE 2007 (*)

Considerando a Resolução MERCOSUL GMC, n 81/96, que aprovou o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Queijo Ralado;

REGULAMENTO TÉCNICO MERCOSUL DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE QUEIJO PROCESSADO OU FUNDIDO, PROCESSADO PASTEURIZADO E PROCESSADO OU FUNDIDO U.H.T (UAT).

Considerando a Resolução MERCOSUL GMC, nº 137/98, que aprovou o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Doce de leite;

Considerando a Resolução MERCOSUL GMC, nº 82/96, que aprovou o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Requeijão ou Requesón;

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE ALMÔNDEGA

Considerando a Resolução MERCOSUL GMC, n 136/96. que aprovou o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Queijo em Pó,

Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação. REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE QUEIJO AZUL

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE QUEIJOS

Art. 3 Esta Portaria entra em vigor sessenta dias após a sua publicação.

REGULAMENTO TÉCNICO MERCOSUL DE IDENTIDADE E QUALIDADE DO REQUEIJÃO

INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA Nº 30, DE

REGULAMENTO TÉCNICO MERCOSUL DE IDENTIDADE E QUALIDADE DO QUEIJO PARMESÃO, PARMESANO, REGGIANO, REGGIANITO E SBRINZ.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO. GABINETE DO MINISTRO. PORTARIA Nº 359, DE 04 DE SETEMBRO DE 1997.

6PIV026 - Inspeção de Leite e Derivados LEITE UHT. Profa. Dra. Vanerli Beloti LIPOA UEL

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE PATÊ.

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE PRESUNTO TIPO PARMA.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO. GABINETE DO MINISTRO. PORTARIA Nº 359, DE 04 DE SETEMBRO DE 1997.

ANEXO I REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE PALETA COZIDA

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE KIBE

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DO SALAME TIPO MILANO

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE CARNE BOVINA SALGADA CURADA DESSECADA OU JERKED BEEF

Elaboração para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de Alimentos. Brasília: Ministério da Agricultura e do Abastecimento, 1997.

ANEXO IV REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE PRESUNTO TIPO SERRANO

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE SALAME

Processamento Tecnológico e Inspeção de Creme de Leite e Manteiga

ANEXO I REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE PRODUTOS LÁCTEOS DESIDRATADOS COM ADIÇÕES

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE COPA.

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE APRESUNTADO

LEITE EM PÓ INTEGRAL

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 14, DE 22 DE ABRIL DE 2013

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE PRESUNTO

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE SORO DE LEITE 1. Alcance

Regulamento Técnico MERCOSUL de Identidade e Qualidade de Queijo em Pó

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE FIAMBRE

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE LOMBO

LEITES DESIDRATADOS. Profa. Dra. Vanerli Beloti LIPOA UEL

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE BACON E BARRIGA DEFUMADA

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE MORTADELA 1. Alcance

ANEXO III REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE LINGÜIÇA

LEITES DESIDRATADOS. Profa. Dra. Vanerli Beloti LIPOA UEL

ANEXO III REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE EMPANADOS

REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE MARGARINA

TECNOLOGIA DE PRODUTOS CÁRNEOS CURADOS E FERMENTADOS Tecnologia de Produção da Linguiça I PROF. DR. ESTEVÃN MARTINS DE OLIVEIRA

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, DO ABASTECIMENTO E DA REFORMA AGRÁRIA. Veja Também

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 83, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2003.

REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE MARGARINA 1. ALCANCE 1.1. OBJETIVO: Estabelecer a identidade e os requisitos mínimos de

LEITE UHT. Profa. Dra. Vanerli Beloti LIPOA UEL

Tecnologia de Derivados Lácteos Leites Concentrados Leite em pó

Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação. REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE PATÊ.

DECRETO Nº 1.812, DE 8 DE FEVEREIRO DE 1996

D E C R E T A: Art. 2.º Revogam-se as disposições em contrário. Art. 3.º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Profa. Dra. Vanerli Beloti LIPOA UEL

CARNE BOVINA SALGADA CURADA DESSECADA OU JERKED BEEF

Art. 2 Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação. REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE PALETA COZIDA

RESOLUÇÃO-RDC No- 46 DE 19 DE SETEMBRO DE 2011


PRÓMIX 300g SABOR LIMÃO Refresco em pó

curados e introdução à formulações

INSPEÇÃO DE QUEIJO 22/06/2011 REGULAMENTO DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL RIISPOA

Controle de qualidade na produção leiteira: Análises Físico- Químicas

Curso de rotulagem geral de alimentos embalados. 3º Módulo.

Leite. Disciplina de Bromatologia Básica FBA0201. Prof. Eduardo Purgatto

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 28, DE 12 DE JUNHO DE 2007

PREGÃO PRESENCIAL SRP Nº 16/2017 ATA DA REUNIÃO PARA DIVULGAÇÃO DA ANALISE DAS AMOSTRAS

Recepção. Beneficiamento do leite

Parágrafo Único - Os aditivos constantes da tabela anexa só poderão ser utilizados nas categorias de alimentos previstas na legislação vigente.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO GABINETE DO MINISTRO INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 17, DE 19 DE JUNHO DE 2013

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor sessenta dias após a sua publicação.

mhtml:file://f:\isa\in Aves Temperadas.mht

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PECUÁRIA E ABASTECIMENTO INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 8, DE 2 DE JUNHO DE 2005.

Portaria ADAB nº 207 DE 21/11/2014

Área de Atividade/Produto Classe de Ensaio/Descrição do Ensaio Norma e/ou Procedimento

Processamento artesanal do leite e seus derivados

Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Mel de Abelhas sem Ferrão Gênero Melipona

atos relacionados: Lei nº 6437, de 20 de agosto de 1977 Resolução nº 31, de 12 de outubro de 1992 Portaria nº 29, de 13 de janeiro de 1998

17/05/2014 POLPAS DE FRUTAS POLPAS DE FRUTAS

REVISÃO DAS NOMENCLATURAS/DENOMINAÇÕES - SIGSIF. Brasília, 25/11/2011

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E DO ABASTECIMENTO GABINETE DO MINISTRO INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 12, DE 4 DE SETEMBRO DE 2003

INTRODUÇÃO. Leites Fermentados LEITES FERMENTADOS. Leites Fermentados. Leites Fermentados 30/07/2014

ANEXO REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DOS PADRÕES DE IDENTIDADE E QUALIDADE PARA FERMENTADOS ACÉTICOS

item 5; revogada(o) por: Resolução RDC nº 24, de 15 de fevereiro de 2005

CONCORRÊNCIA Nº 03/2017 ATA DA REUNIÃO PARA DIVULGAÇÃO DA ANALISE DAS AMOSTRAS

Transcrição:

REGULAMENTO TÉCNICO MERCOSUL DE IDENTIDADE E QUALIDADE DO CREME DE LEITE 1. Alcance. 1.1. Objetivo. O presente Regulamento fixa a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que deverá obedecer o creme de leite submetido à pasteurização, esterilização ou a um tratamento sob temperatura ultra alta (UHT o UAT), homogeneizado ou não, destinado ao consumo humano. 1.2. Âmbito de aplicação. O presente Regulamento refere-se exclusivamente ao creme de leite a ser comercializado no MERCOSUL. 2. Descrição. 2.1. Definição. Por creme de leite, entende-se o produto lácteo relativamente rico em gordura separado do leite por procedimentos tecnologicamente adequados, que adota a forma de uma emulsão de gordura em água. 2.2. Definição dos procedimentos. 2.2.1. Denomina-se creme pasteurizado aquele que foi submetido ao procedimento de pasteurização, mediante um tratamento térmico tecnologicamente adequado. 2.2.2. Denomina-se creme esterilizado aquele que foi submetido ao procedimento de esterilização, mediante um tratamento térmico tecnologicamente adequado. 2.2.3. Denomina-se creme UHT, aquele que foi submetido a tratamento térmico de temperatura ultra alta, mediante um procedimento tecnologicamente adequado. 2.3. Designação (denominação de venda). Será denominado "creme de leite" ou simplesmente "creme", podendo-se indicar se é "de baixo teor de gordura" ou "leve" ou "desnatado", ou "de alto teor de gordura", de acordo com a classificação correspondente (2.4.1 a 2.4.3). O creme cujo conteúdo de matéria graxa seja superior a 40% m/m poderá ser designado "creme batido (crema doble)". O creme cujo conteúdo de matéria graxa seja superior a 35% m/m poderá, opcionalmente, ser denominado "creme para bater". O creme UHT ou UAT poderá denominar-se também "creme longa vida".

O creme submetido ao processo de homogeneização deverá incluir também a indicação "homogeneizado". 2.4. Classificação. De acordo ao seu conteúdo de matéria graxa, o creme de leite classifica-se em (Tabela 1): 2.4.1. Creme de baixo teor de gordura ou creme leve. 2.4.2. Creme. 2.4.3. Creme de alto teor de gordura. 3.Referências. AOAC 15 Ed.. 947.05 AOAC 15 Ed. 950.41 Fil 16C: 1987 Fil 5OB: 1985 Fil 73A: 1985 Fil 93A: l985 Fil 1OOB: 1990 Fil 145: 1990 CAC-VOL A 1985 APHA. Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods. 1992 Cap. 24. 4. Composição e requisitos. 4.1. Composição. 4.1.1. Ingredientes obrigatórios. Creme obtido a partir do leite de vaca. 4.1.2. Ingredientes opcionais: sólidos lácteos não graxos máx. 2% (m/m) ou caseinatos máx. 0,1% (m/m) ou soro lácteo em pó máx. 1,0% (m/m) 4.2. Requisitos. 4.2.1. Características sensoriais. 4.2.1.1. Cor. Branco ou ligeiramente amarelado. 4.2.1.2 Sabor e odor. Característicos, suaves, sem ranço, não ácidos, sem sabores ou odores estranhos.

4.2.2. Requisitos físicos e químicos. O creme de leite deve cumprir os requisitos físicos e químicos indicados na Tabela 1 onde também se especificam os métodos de análise correspondentes. TABELA 1 REQUISITOS FÍSICOS E QUÍMICOS PARA O CREME DE LEITE REQUISITOS Creme de baixo teor de gordura, leve ou desnatado Creme Creme de alto teor de gordura Método de Análise ACIDEZ % (m/m)g de ác láctico/ 100 g creme Máx. 0,20 0,20 0,20 AOAC15ed. 947.05 MATÉRIA GRAXA % (m/m} g de gordura/ 100 g de creme Máx. 19,9 49,9 Mínimo 10,0 20,0 50,0 FIL 16C:1987 4.2.3. Acondicionamento. 4.2.3.1. O creme de leite deverá ser conservado permanentemente em câmaras frias ou a uma temperatura inferior ou igual a 5º C para a manutenção de suas características. Estes requisitos não se aplicam ao creme esterilizado nem ao creme UHT que poderão ser conservados à temperatura ambiente. 4.2.3.2. Embalagens. O creme pasteurizado, esterilizado ou UHT deverá ser embalado em recipientes aptos para entrarem em contato com alimentos e que proporcionem proteção contra a contaminação do produto. 5. Aditivos e coadjuvantes de tecnologia/elaboração. 5.1. Não é aceito o acréscimo de nenhum tipo de aditivo ou coadjuvante para o creme pasteurizado. 5.2. O creme esterilizado e o creme UHT poderão conter os agentes espessantes e/ou estabilizadores permitidos pelo Regulamento MERCOSUL correspondente que se especificam a seguir, isoladamente ou em misturas, em quantidade total não superior a 0,5% (m/m) no produto final. Poderá conter também os sais estabilizadores permitidos, indicados a seguir, isoladamente ou em combinação com outros, em

quantidade total não superior a 0,2% (m/m) no produto final. Agentes espessantes e/ou estabilizadores: Ácido algínico e seus sais de cálcio, sódio, potássio e amônio Carboximetilcelulose e seu sal de sódio Goma arábica Goma jataí ou algarrobo Goma Guar Goma Xantana Carragenina e seus sais de sódio ou potássio Pectina Celulose microcristalina Sais estabilizadores: Citrato de sódio, Fosfatos (mono, di ou tri) de sódio, potássio ou cálcio, cloreto de cálcio, bicarbonato de sódio. Máx 0,20% (m/m) isoladamente ou combinados 6. Contaminadores. Os contaminadores orgânicos e inorgânicos não devem estar presentes em quantidades superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento MERCOSUL correspondente. 7. Higiene. 7.1. As práticas de higiene para a elaboração do produto estarão de acordo com o que se estabelece no Código Internacional Recomendado de Práticas, Princípios Gerais de Higiene dos Alimentos, (CAC/VOL A 1985). 7.2. Critérios macroscópicos e microscópicos. Ausência de qualquer tipo de impurezas ou elementos estranhos. 7.3. Critérios microbiológicos e tolerâncias. 7.3.1. O creme de leite submetido ao processo de pasteurização debe cumprir os requisitos microbiológicos indicados na Tabela 2 onde se especificam os métodos de análise correspondentes.

TABELA 2 REQUISITOS MICROBIOLÓGICOS PARA O CREME DE LEITE PASTEURIZADO Requisito Critério de aceitação (ICMSF) Aeróbios n=5 c=2 Mesófilos/g Categoria Método de Análise m=10.000 M=100.000 5 Fil 100B:1991 Coliformes totais/g n=5 c=2 m=l0 M=100 5 Fil 73A: 1985 Coliformes n=5 c=2 a 45ºC/g m<3 M=10 5 APHA (*) 1992 Cap. 24 Estafilococos n=5 c=1 Coagulasa positivos/g m=l0 M=100 8 Fil 145: 1990 7.3.2. O creme de leite submetido ao processo de esterilização ou tratamento a temperaturas ultra altas (UHT) deve cumprir os requisitos microbiológicos indicados na Tabela 3, onde se especificam os métodos de análise correspondentes. TABELA 3 REQUISITOS MICROBIOLÓGICOS PARA O CREME DE LEITE ESTERILIZADO OU UHT Requisito Aeróbios mesófilos/g (após a incubação a 35ºC por 7 dias) Categorização (ICNSF) Critério de aceitação (ICNSF) 10 n=5 c=0 m=100 Método de Análise FIL 100B: 1991 8. Pesos e medidas. Será aplicado o Regulamento MERCOSUL correspondente. 9. Rotulação. 9.1. Será aplicado o Regulamento MERCOSUL correspondente. 9.2. Será denominado "creme de leite" ou "creme", "creme de baixo teor de gordura" ou "creme leve" ou "desnatado", "creme de alto teor de gordura" conforme couber. Poderá opcionalmente ser denominado "creme para bater" ou "creme batido" quando couber. Tratando-se de creme esterilizado ou creme UHT ou UAT será denominado "creme esterilizado", "creme UHT" ou "creme UAT", podendo, neste caso, ser usado também o nome "longa vida". No caso de creme homogeneizado, se indicará no rótulo "homogeneizado". Em todos os casos deverá indicar-se na face principal do rótulo o

conteúdo % m/m de matéria graxa. 10. Métodos de análise. Os métodos de análise recomendados são os indicados nos pontos 4.2.2. e 7.3 do presente Regulamento. 11. Amostragem Serão seguidos os procedimentos recomendados na norma Fil 50B: 1985. NOTAS (*) Compendium of Methods for the Microbiológical Examination of Foods.