AGRONEGÓCIO DA ALFACE NO BRASIL

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Transcrição:

AGRONEGÓCIO DA ALFACE NO BRASIL

Agronegócio da alface no Brasil Brasil: Área: 79.800 ha/ano; 1.876.800 t e 16 t/ha (2011) Estado de São Paulo (10,8% do total): 10.324 ha/ano; 203.493 t e 19,7 t/ha Volume comercializado no CEAGESP = 50 t (2012) Mão-de-obra = 5 pessoas/ha; Agricultura familiar e pequenas propriedades (São Paulo = 3.700 pequenas propriedades);

ALFACE Andradina 13,37 6.098,00engr.10 kg 81.519,57 ALFACE Araçatuba 13,37 23.904,00engr.10 kg 319.596,48 ALFACE Araraquara 13,37 78.900,00engr.10 kg 1.054.893,00 ALFACE Assis 13,37 10.800,00engr.10 kg 144.396,00 ALFACE Avaré 13,37 15.600,00engr.10 kg 208.572,00 ALFACE Barretos 13,37 18.641,00engr.10 kg 249.227,50 ALFACE Bauru 13,37 86.712,00engr.10 kg 1.159.339,44 ALFACE Botucatu 13,37 30.686,00engr.10 kg 410.277,16 ALFACE Bragança Paulista 13,37 177.755,00engr.10 kg 2.376.581,68 ALFACE Campinas 13,37 223.380,00engr.10 kg 2.986.590,60 ALFACE Catanduva 13,37 38.518,00engr.10 kg 514.980,31 ALFACE Dracena 13,37 45.660,00engr.10 kg 610.474,20 ALFACE Fernandópolis 13,37 2.778,00engr.10 kg 37.141,86 ALFACE Franca 13,37 74.040,00engr.10 kg 989.914,80 ALFACE General Salgado 13,37 7.660,00engr.10 kg 102.408,85 ALFACE Guaratingueta 13,37 100.111,00engr.10 kg 1.338.486,74 ALFACE Itapetininga 13,37 37.836,00 engr.10 kg 505.867,32 ALFACE Itapeva 13,37 25.903,00 engr.10 kg 346.325,78 ALFACE Jaboticabal 13,37 72.278,00 engr.10 kg 966.362,21 ALFACE Jales 13,37 22.344,00 engr.10 kg 298.739,28 ALFACE Jaú 13,37 28.380,00 engr.10 kg 379.440,60 ALFACE Limeira 13,37 19.212,00 engr.10 kg 256.864,44 ALFACE Lins 13,37 22.200,00 engr.10 kg 296.814,00 ALFACE Marília 13,37 28.885,00 engr.10 kg 386.195,12 ALFACE Mogi das Cruzes 13,37 2.475.744,00 engr.10 kg 33.100.697,28 ALFACE Mogi-Mirim 13,37 129.852,00 engr.10 kg 1.736.121,24 ALFACE Orlândia 13,37 7.680,00 engr.10 kg 102.681,60 ALFACE Ourinhos 13,37 32.550,00 engr.10 kg 435.193,50 ALFACE Pindamonhangaba 13,37 172.302,00 engr.10 kg 2.303.677,74 ALFACE Piracicaba 13,37 74.753,00 engr.10 kg 999.444,94 ALFACE Presidente Prudente 13,37 4.042,00 engr.10 kg 54.036,19 ALFACE Presidente Venceslau 13,37 132.594,00 engr.10 kg 1.772.781,78 ALFACE Registro 13,37 30.202,00 engr.10 kg 403.795,39 ALFACE Ribeirão Preto 13,37 28.344,00 engr.10 kg 378.959,28 ALFACE São João da Boa Vista 13,37 77.928,00 engr.10 kg 1.041.897,36 ALFACE São José do Rio Preto 13,37 38.042,00 engr.10 kg 508.626,89 ALFACE São Paulo 13,37 633.180,00 engr.10 kg 8.465.616,60 ALFACE Sorocaba 13,37 3.096.948,00 engr.10 kg 41.406.194,76 ALFACE Tupã 13,37 1.080,00 engr.10 kg 14.439,60 1

66% da produção do estado de São Paulo Ibiuna Piedade Mogi das Cruzes Biritiba Mirim

Setor sementeiro de alface Setor sementeiro > R$ 23 milhões/ano Sementes nuas = R$ 7.128.581,00 Sementes peletizadas = R$ 23.844.488,10 ABCSEM, 2009

Alface nua Volume (kg) Valor de mercado (R$) ha Lisa 4062.84 1.015.710,00-8125,68 Crespa 11170.74 3.351.222,00-22341,40 Americana 2135.49 1.708.392,00-5338,73 Roxa 425.44 340.352,00-1063,60 Romana 78.95 63.160,00-197,38 Salad Bowl 966.04 434.718,00-2415,10 Outras 934.90 215.027,00-3116,33 Peletizada Lisa 17177.36-1.932.453,00 5367,93 Crespa 69908.69-8.738.586,25 20.561,38 Americana 33035.16-6.607.032,00 11.011,72 Roxa 1385.68-277.136,00 407,55 Romana 151.92-30.384,00 44,68 Salad Bowl 5177.61-711.921,38 1618,00 Outras 343-171.500,00 -

Alface (Lactuca sativa L.) Origem: Mediterrâneo Domesticação: Egito e Roma Família: Asteraceae Gênero: Lactuca Espécie: Lactuca sativa

Biologia Floral Inflorescência capítulo 10 a 25 florets Cleistogamia (autopolinização) Sala, F.

Florescimento sequencial e contínuo Sala, F.

Alface crespa, lisa, roxa, mimosa, romana e mini = pendoamento mais rápido Alface Americana = pendoamento depende da formação da cabeça Sala, F.

Fisiologia da germinação Influência da luz Influência da temperatura Influência da luz e da temperatura

Melhoramento genético Objetivos: Precocidade Qualidade da cabeça Adaptação às condições climáticas Resistência às doenças (míldio e viroses) Resistência ao pendoamento Resistência ao tipburn

Dormência Fatores responsáveis: luz e temperatura Quebra de dormência Câmara fria (4 ºC) por 48 horas Sementes peletizadas (pré-germinadas)

Peletização Vantagens: Favorece a semeadura Elimina a prática de desbaste Possibilita a incorporação de produtos no pelete. Pode ser associada com outra técnica (Priming)

Desvantagens Custo mais elevado Perda de vigor das sementes Menor velocidade de emissão da raiz primária

Sementes peletizadas Perda de vigor após determinado tempo

Produção de mudas Semeadora

Produção de mudas

Tipos varietais

Alface tipo lisa Com formação de cabeça Regina, Elisa, Letícia Sem formação de cabeça Resistente a Pythium

Alface tipo crespa Vera, Verônica, Hortência, Mariane, Vanda

Alface tipo americana Formação de cabeça Raider, Lucy Brown, Laurel, Gloriosa

Alface Gloriosa Massa fresca total, massa fresca comercial da cabeça, circunferência da cabeça, comprimento do caule e compacidade da cabeça de alface. Cultivar Variáveis MFT (g) MFC (g) D (cm) T (cm) C (notas) Gloriosa 416,75 A 305,45 A 44,99 A 3,99 A 3,95 A Lucy Brown 392,03 A 282,17 B 43,23 B 3,82 A 3,45 B C.V. 10,82 13,49 10,43 20,01 15,45

Percentual dos grupos de alface em função da quantidade de engradados comercializados na CEAGESP no quinqüênio 2000-2004. Trani et al. (4/10/2005)

Compacidade da cabeça Cabeça menos compacta Cabeça compacta

Formação de cabeça

Efeito de temperatura elevada

Tipo roxa e vermelha Banchu New Red Fire, Rubra, Loretta, Rubi, PiraRoxa

Alface roxa Elevado teor de antocianina - combate radicais livres

Embalagens com duas cores de alface

Tipo romana Mirella Belstar

Mimosa, Roxane Tipo mimosa

Escolha da cultivar Depende da época de plantio Depende da região (condições climáticas) Cultivares de verão: mais resistentes ao pendoamento Pendoamento: sabor amargo (Produção de látex)

Cultivo no verão: Gloriosa x Laurel

Cultivares de alface com folhas mais resistentes ao impacto das chuvas

Técnicas de manejo Cultivo em campo: limitações em função da época de cultivo e clima da região. Cultivo protegido: permite o plantio em épocas inadequadas

Cultivo em campo

Produção em túneis cobertos com malhas

Produção em telados

Produção em estufa no sistema convencional

Produção hidropônica

Produção hidropônica Hidroponia no campo

Hidroponia em estufa

Sistemas de irrigação

Dinâmica dos nutrientes no solo FERTILIZANTE Fixação P ABSORÇÃO SOLO Lixiviação N > K Volatilização N Erosão N=P=K

Nitrogênio (N) Falta de N: - Menor crescimento das plantas Redução no ciclo de cultivo Excesso de N: - Crescimento muito vigoroso das folhas; raízes menos desenvolvidas; - Acúmulo de nitrato, aminoácidos - Favorece o aparecimento de pragas e doenças

Fósforo (P) Essencial para a formação do sistema radicular. Menor desenvolvimento da parte aérea

Potássio (K) Essencial para a qualidade das hortaliças Alface americana fundamental para a formação da cabeça Necessário para a formação de proteínas nas plantas Falta: acúmulo de aminoácidos e nitrato Excesso menor absorção de Ca e Mg

Cálcio (Ca) Essencial para a formação dos tecidos Morte dos pontos de crescimento Deficiência de Ca

- Ca Distúrbio fisiológico Tip burn

Magnésio (Mg) Essencial para a manutenção da cor verde da folhagem (qualidade do produto)

Desenvolvimento da alface Sistema radicular superficial e sensível: necessidade de solo estruturado (drenagem, aeração)

Compactação do solo Redução da atividade microbiana Presença de mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum)

Adubação verde Promove aporte de fitomassa Aumenta a capacidade de retenção de água do solo Diminui as amplitudes térmicas da superfície do solo Recupera solos degradados Fixação biológica do N Reduz a população de ervas invasoras

Adubação verde Verão Crotalária juncea Crotalária espectabilis Mucuna anã Inverno Aveia Preta

Cobertura morta Aveia Preta Hortaliças (Inverno) Plástico Hortaliças Crotalária juncea, Mucuna anã Hortaliças (Verão)

Massa seca e N remanescentes em diferentes resíduos vegetais para cobertura morta do solo, após 35 dias de cultivo de alface Massa seca remanescente (%) C. juncea 49,3 b 32,7 c N remanescente (%) C. Cajan (Guandu) M. Pruriens (Mucuna cinza) 70,1 a 61,1 a 51,7 b 47,4 b Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste Tukey a 5%. Oliveira et al., 2008.

COBERTURA DO SOLO Peso fresco de cabeças de alface Verônica e número de plantas daninhas. (Pereira et al., 2000) Tratamentos Peso (g) Plantas daninhas Plástico preto 238,31 a 1,18 c Plástico prata 255,08 a 1,77 c Sem capina 65,40 c 5,28 a Bagacilho de cana 130,07 bc 3,41 b Tecido não tecido 145,93 b 5,62 a Testemunha 148,20 b - CV% 17,03 18,75

Fatores ambientais Temperaturas elevadas: Aceleram o pendoamento da planta; Induzem o aparecimento de sintomas de deficiência de cálcio; Induzem a produção de cabeças mal formadas de alface americana

Efeito de temperatura elevada

Ambientes para a produção de folhosas

Cultivo em campo

Produção em túneis cobertos com malhas

Produção em telados

Produção em estufa no sistema convencional

Resultados de análises químicas de solos da região de Biritiba Mirim. Parâmetros Solo da área elevada Solo da área baixa ph (CaCl 2 ) 5,8 5,5 ph (H 2 O) 6,5 6,1 Cálcio mmol c /dm 3 60 200 Magnésio mmol c /dm 3 16 60 Potássio mmol c /dm 3 3,2 4,8 Fósforo (resina) mg/dm 3 135 175 CTC mmolc/dm 3 100,2 314,8 Saturação por bases % 79,04 85,71 Matéria orgânica % 2,1 11,9 Boro mg/dm 3 0,5 0,5 Cobre mg/dm 3 6,4 0,2 Ferro mg/dm 3 80,0 7,2 Manganês mg/dm 3 10,5 11,5 Zinco mg/dm 3 42,0 9,0

Práticas de adubação realizadas por produtores da região de Biritiba Mirim. Período Fertilizante Quantidade N P 2 O 5 K 2 O t/ha Kg/ha Kg/ha Kg/ha Plantio 4-14-08 1 40 140 80 25-07-15 1 250 70 150 *20-05-15 1 200 50 150 Cobertura 4-14-08 1 2 40 140 80 25-07-15 1 2 250 70 150 *20-05-15 1 2 200 50 150 Total *20-05-15 2 400 100 300

Disponibilidade de P ou K Alface Dose total P 2 O 5 K 2 O N Baixa 400 120 150 Média 300 90 150 Boa 100 60 150 Muito boa 50 0 150 Nutriente Plantio 1ª 2ª 3ª N 20 20 30 30 P 100 0 0 0 K 20 20 30 30 Fontes, 1999

Cobertura do solo Materiais vegetais Polietileno

Doenças causadas por vírus

MOSAICO (LMV Lettuce mosaic virus) Myzus persicae Alface Vanda e Elisa (resistência ao LMV)

VIRA CABEÇA Sala, F.

Doenças causadas por bactérias

MANCHA BACTERIANA Pseudomonas cichorii

Erwinia carotovora subsp. carotovora

Doenças causadas por fungos

SEPTORIOSE Septoria lactucae Alta UR e T entre 10 e 28ºC Picnídio e conídio

Podridão de Esclerotinia Sclerotinia sclerotiorum

MÍLDIO Bremia lactucae

MURCHADEIRA - Thielaviopsis basicola

QUEIMA DA SAIA Rhizoctonia solani Elevada UR e T entre 15 e 25 C

CERCOSPORIOSE - Cercospora longissima conidióforos conídio

Pythium

Pythium

Alface Vera Pythium Alface Pira Verde

Pragas Mosca branca Pulgão Tripes Larva minadora

Colheita e comercialização Colheita: depende da cultivar e da época de cultivo Fase vegetativa Alface americana: ciclo de 40 a 70 DAT Alface lisa e crespa (35 a 40 DAT)

Comercialização Alface produzida no campo:

Engradados de madeira

Alface hidropônica

Alface minimamente processada