Centro de Treinamento Bíblico IBRVN 2011 Panorama do Antigo Testamento



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PARA QUEM QUER SE APROFUNDAR UM POUCO PERÍODOS DA HISTÓRIA DE ISRAEL ORIGENS PATRIARCAS ESCRAVIDÃO ÊXODO CONQUISTA... 2166-1876 a.c. 1876-1446 a.c. 1446-1406 a.c. 1406-1376 a.c. JUÍZES REINO UNIDO REINO DIVIDIDO CATIVEIRO RETORNO 1376-1050 a.c. 1050-931 a.c. 931-722 a.c. (Israel) 722 a.c.... 931-586 a.c. (Judá) 605-586 a.c. 538-444 a.c. A história relatada no livro de Rute ocorreu no período dos Juízes. Boaz, que casou com Rute, foi bisavô de Davi, que nasceu cerca do ano 1040 a.c. Davi reinou 40 anos (1010-970 a.c.) e começou a reinar com 30 (II Sm 5.4). TEMPLOS Templo de Salomão Templo de Zorobabel construção 966-959 a.c. duração 959-586 a.c. (destruído por Nabucodonosor) reconstrução 520-516 a.c. duração 516-19 a.c. (profanado em 169 a.c. por Antíoco Epifanes) Templo de Herodes ampliação e construção 19-9 a.c. (ampliação do de Zorobabel) duração 9 a.c.-70 d.c. (destruído por Tito) ZOROBABEL Zorobabel era filho de Salatiel ou Sealtiel (Ed 3.2,8; 5.2; Ne 12.1; Ag 1.1.12.14; 2.2). Ele era descendente do penúltimo rei de Judá, Jeconias (Joaquim) e fez parte da linhagem de Jesus (Mt 1.12). O último rei de Judá, Zedequias, não fez parte da linhagem de Jesus porque era irmão, e não filho, de Jeconias, embora este tenha tido um filho que também se chamava Zedequias (I Cr 3.15,16). Jeconias (Joaquim) ficou preso por 37 anos e, depois, viveu na corte do rei até a sua morte (II Re 25.27-30). Veja a linhagem de Josias a Jeconias (Joaquim) em: I Cr 3.10-16; II Re 23.30-34; 24.6. O filho que sucedeu a Josias foi Jeoacaz ou Joacaz, também conhecido por Salum (abreviação de Selemias), conforme vemos em Jr 22.11,12 e I Cr 3.15. Depois dele reinou, com apenas 18 anos e durante somente três meses, Jeconias (II Re 24.8), pai de Salatiel. DARIO, O MEDO; CIRO, O PERSA (Dn 5.31; 6.28); NABONIDO; BELSAZAR O último rei da Babilônia foi Nabonido (556-539 a.c.). Mas, segundo Daniel, cap. 5, foi Belsazar. Na verdade, Belsazar era filho de Nabonido. Este, por motivos religiosos e comerciais, mudou-se, em 548 a.c., para Tema, na Arábia, e, desde então, seu filho Belsazar foi co-regente com ele, morando na Babilônia (Schultz, S.J.; A História de Israel no Antigo Testamento, Ed. Vida Nova, São Paulo, SP, 2002, págs. 226,227). Essa é a razão pela qual Belsazar disse que quem interpretasse a misteriosa escrita na parede do palácio seria o terceiro no reino (Dn 5.16,29), logo abaixo dele.

Na mesma noite dessa oferta, Dario, o medo, tomou a cidade e Belsazar foi morto (Dn 5.30,31). Mas, não foi Ciro, o grande (559-530 a.c.), que tomou a Babilônia? Este Dario, o medo, não é Dario Histaspes, que reinou por 36 anos (522-486 a.c.) e, também, é mencionado na Bíblia (Dn 6.1,12,14). Dario, o medo, tinha 62 anos quando tomou a Babilônia. Se confundirmos os dois, Dario Histaspes teria governado até os 98 anos (além de ter começado a reinar bem depois da queda da Babilônia). Há duas hipóteses: (1) Dario seria o nome alternativo de Gubaru, subalterno de Ciro e governador da região da Babilônia. (2) Dario, o medo, seria outro nome do próprio Ciro (Baldwin, J.G.; Daniel, Introdução e Comentário, Ed. Vida Nova & Ed. Mundo Cristão, São Paulo, SP, 1987, págs. 26,27). É importante notar que a ocorrência de dois nomes para a mesma pessoa era comum. Conquistadores, às vezes, davam outros nomes a conquistados (ver II Re 23.34; 24.17; Dn 1.6,7). Podemos ver isso, também, em I Cr 5.26, onde Pul e Tiglate-Pileser referem-se à mesma pessoa. Neste caso, o significado de isto é é frequentemente o sentido da partícula hebraica que usualmente é entendida como a conjunção e (Baldwin, citação acima, pág. 29). A versão NVI traduz I Cr 5.26 assim: Por isso o Deus de Israel incitou Pul, que é Tiglate-Pileser.... Isso também esclarece Dn 6.28: Daniel, pois, prosperou no reinado de Dario e no reinado de Ciro, o persa. Pode parecer referência a duas pessoas diferentes. Mas, o sentido, talvez, seja... no reinado de Dario, isto é, no reinado de Ciro, o persa. A NVI diz que Daniel prosperou durante os reinados de Dario e de Ciro, o persa e, no rodapé, dá a alternativa: durante o reinado de Dario, isto é, o reinado de Ciro, o persa. SETENTA ANOS DE CATIVEIRO O início do retorno do cativeiro, mencionado em II Cr. 36.22 e em Ed 1.1, faz referência a uma profecia de Jeremias: Eis que mandarei buscar as tribos do norte, diz o Senhor, como também a Nabucodonosor, rei da Babilônia, meu servo, e os trarei contra esta terra, contra os seus moradores e contra todas estas nações em redor, e os destruirei totalmente... estas nações servirão ao rei da Babilônia setenta anos (Jr 25.9,11). Como são calculados os setenta anos? É importante ter em mente que tanto a deportação como o retorno ocorreram em três levas. Por isso, a visão dos 70 anos pode variar. De acordo com Harrison, R.K. (Jeremias e Lamentações, Introdução e Comentário; Ed. Vida Nova, São Paulo, SP, 2006, pág.100) os setenta anos são contados a partir do quarto ano de Jeoaquim (605 a.c.) até o ano da partida dos primeiros dos que voltaram sob o governo de Ciro, mais ou menos 536 a.c.. O retorno com Zorobabel pode ter ocorrido entre 538 e 537 a.c., o que, de qualquer modo, daria em torno de 70 anos. Um vez que a coisa mais importante para o povo de Israel, apesar da sua idolatria, era o templo, pois este representava a presença de Deus junto ao povo, podemos entender o exílio como a separação do símbolo da presença de Deus. Nesse caso, os 70 anos seriam entre 586 a.c. (destruição do templo por Nabucodonosor) e o término da construção do segundo templo (o de Zorobabel) em 516 a.c. Uma observação a respeito de Ciro. Ciro, no primeiro ano do seu reinado (539 a.c.), liberou os judeus para retornarem à sua terra, se assim o desejassem. Devolveu,

também, todos os utensílios do templo, que haviam sido levados por Nabucodonosor em 586 a.c. (Ed 1.1-11). Esse decreto de libertação dos judeus por Ciro, rei da Pérsia, havia sido profetizado por Isaías pelo menos cento e sessenta anos antes. Ciro reinou entre 539 e 530 a.c. e Isaías profetizou entre 758 e 698 a. C., durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias (Is 1.1). Deus falou, por intermédio de Isaías, a respeito de Ciro, muito tempo antes do seu nascimento, quando o império Assírio ainda era o mais poderoso do mundo e que foi subjugado, depois, pelos babilônios, em 607 a.c., que, por sua vez, foram derrotados por Ciro em 539 a.c. Já nessa época, Deus chama Ciro pelo nome: Digo de Ciro: Ele é meu pastor e cumprirá tudo o que me apraz; que digo também de Jerusalém: Será edificada; e do templo: Será fundado. (Is 44.28). Deus disse que Ciro faria tudo o que Lhe aprouvesse e que, por amor de Jacó e de Israel, ele seria usado pelo Senhor para a restauração de Jerusalém e do templo (Is 45.1-6). NAÇÕES DOMINANTES E RETORNO Reis da Assíria Tiglate-Pileser (745-727 a.c.) Salmaneser (727-722 a.c.) Queda de Samaria (722 a.c.) Sargão (721-705 a.c.) Senaqueribe (704-681 a.c.) Esar-Hadom (681-669 a.c.) Assurbanipal (669-633 a.c.) Assuretililani (633-622 a.c.) Sinsuriscum (621-612 a.c.) Assur-Ubalite (612-608 a.c.) Queda de Nínive (612 a.c.) Queda de Harã (610 a.c.) Queda de Carquemis (607 a.c.) Fim do Império Assírio Reis da Babilônia Nabopolassar (625-605 a.c.) Nabocodonosor (605-562 a.c.) Queda de Jerusalém (586 a.c.) Evil-Merodaque (562-560 a.c.) Neriglissar (560-556 a.c.) Nabonido (556-539 a.c.) Belsazar (548-539 a.c.) (co-regente com seu pai, Nabonido) Queda da Babilônia (539 a.c.) Fim do Império Babilônico Reis Medo-Persas Ciro (539-530 a.c.) Zorobabel (538/537 a.c.) Cambises (530-522 a.c.) Gaumata (522 a.c.) usurpador Dario (522-486 a.c.) Xerxes (486-464 a.c.) = Assuero (Et 1.1) Ester (483-471 a.c.) Artaxerxes (464-423 a.c.) Esdras (458 a.c.)

Dario II (423-404 a.c.) Neemias (444 a.c.) Artaxerxes II (404-359 a.c.) Artaxerxes III (359-338 a.c.) Arces (338-335 a.c.) Dario III (335-331 a.c.) Fim do Império Medo-Persa Alexandre, o Grande (336-323 a.c.) derrotou Dario III em 333 a.c., na batalha de Issos. Os três profetas pós-exílicos proclamaram suas mensagens aproximadamente entre 520 e 425 a.c. Ageu 520 a.c. (Ag 1.1, 2.1,10 segundo ano do reinado de Dario) Zacarias 520-518 a.c. (Zc 1.1,7, 7.1 segundo a quarto anos do reinado de Dario) Malaquias 433-425 a.c. (data provável) Dessa época em diante, até a vinda de João Batista, Deus não mais falou ao Seu povo por meio de profetas. É o chamado silêncio profético. Depois veio, para preparar o caminho do Senhor, aquele que foi muito mais que profeta (Mt 11.9). No século IV a.c., com Alexandre, o Grande (336-323 a.c.), começou a expansão da cultura grega, que veio a dominar grande parte do mundo. Após sua morte, seu reino foi dividido em quatro partes: Trácia e parte da Ásia Menor Lisímaco Macedônia e Grécia Cassandro Síria e Oriente Selêuco Egito Ptolomeu Sob a dinastia dos Ptolomeus, o Egito ficou mais poderoso do que os outros três reinos. Foi nessa época que, em Alexandria, foi feita a tradução das Escrituras (Antigo Testamento) do hebraico para o grego (Septuaginta ou Tradução dos Setenta). A Judéia ficou sob o domínio dos Ptolomeus até 220 a.c. e dos Selêucidas até 142 a.c. Ocorreu, depois, a revolta dos Macabeus, cuja dinastia (denominada dos Hasmoneus; nome do bisavô de Matatias, pai de Judas Macabeu) permaneceu até 63 a.c., quando foi dominada pelos romanos. Ed 1.1 primeiro ano de Ciro (539-530 a.c.) 539 a.c. Ed 2.1 retorno com Zorobabel +/- 538 a.c. início da construção do templo segundo ano da chegada em Ed 3.8 +/- 536 a.c Israel construção do templo interrompida de +/- 530 a.c. até o segundo Ed 4.21-24 520 a.c ano de Dario(522-486 a.c.) término da construção do templo sexto ano de Dario Ed 6.15 516 a.c. (522-486 a.c.) Ed 7.1,7 Ne 1.1, 2.1 Ne 5.14 Ne 6.15 retorno com Esdras - sétimo ano de Artaxerxes (464-423 a.c.) Artaxerxes era filho de Xerxes (Assuero) e enteado de Ester. 458 a.c retorno com Neemias vigésimo ano de Artaxerxes (464-423 a.c.) 444 a.c. Neemias foi governador por 12 anos, do vigésimo ao trigésimo segundo ano de Artaxerxes (464-423 a.c.) reconstrução dos muros mesmo ano (444 a.c.), em 52 dias. 444-432 a.c.

Et 1.3 Centro de Treinamento Bíblico IBRVN 2011 Vasti é destituída da posição de rainha terceiro ano de Assuero (Xerxes) 483 a.c. Et 2.16 Ester é feita rainha sétimo ano de Assuero (486-464 a.c.) 479 a.c. Et 3.7 Et 2.5,6 Et 3.7-9.15 Esdras 6 e 7 Incitação de Hamã contra os judeus décimo segundo ano de Assuero Mordecai, que criou Ester, e era da tribo de Benjamim, foi deportado com o rei Jeconias (Joaquim), em 597 a.c., quando Ezequiel também foi para o exílio. Nesse texto é relatado o episódio da conspiração contra os Judeus e da participação de Ester no livramento que Deus lhes proporcionou. Ester foi feita rainha em 479 a.c. e a conspiração se deu em 474 a.c. Portanto, o retorno com Esdras ocorreu 16 anos depois disso (458 a.c.) e com Neemias, 30 anos depois (444 a.c.). Assim sendo, Ester foi um instrumento nas mãos de Deus para preservar com vida grande parte do povo que retornou com Esdras e Neemias e, provavelmente, os dois líderes também tenham sido poupados pela atitude da rainha. O final do capítulo 6 de Esdras fala a respeito do término da reconstrução do templo, em 516 a.c. O início do capítulo 7 fala do segundo retorno dos judeus, com Esdras, em 458 a.c. Entre os capítulos 6 e 7 de Esdras decorrem, portanto, cerca de 60 anos, e é durante esse período que se passa a história relatada no livro de Ester 474 a.c. 540 530 520 510 500 490 480 470 460 450 440 430 retorno reconstrução Ester retorno com retorno com com do templo coroada Esdras Neemias Zorobabel (520-516 a.c.) rainha (458 a.c.) (444 a.c.) (538 a.c.) (479 a.c.) Interrupção conspiração da reconstrução contra o do templo povo judeu (+/- 530-520 a.c.) (474 a.c.)

ASSÍRIA Centro de Treinamento Bíblico IBRVN 2011 RELAÇÃO DE ISRAEL COM OS IMPÉRIOS DOMINANTES DA ÉPOCA Tiglate-Pileser (745-727 a.c.), também chamado Pul (I Cr 5.26) invadiu Israel durante os reinados de Menaém (II Re 15.19) e de Peca, ocasião em que deportou para a Assíria o povo da Galiléia (II Re 15.29) e das tribos a leste do Jordão (I Cr 5.26). Seu sucessor, Salmaneser (727-722 a.c.), sitiou e conquistou Samaria, e deportou o povo para a Assíria, no final do reinado de Oséias, em 722 a.c. (II Re 17.3-6; 18.9-12). Sargão II (722-705 a.c.), seu sucessor, mencionado apenas uma vez na Bíblia (Is 20.1), deixou a Palestina em paz. Seu filho, Senaqueribe (704-681 a.c.) atacou Judá durante o reinado de Ezequias (II Re 18.13-15;19.8,9) e o obrigou a pagar tributos. Senaqueribe foi assassinado por dois de seus filhos e outro filho, Esar-Hadom (681-669 a.c.), o sucedeu no trono (II Re 19.36,37; Is 37.37,38). É importante notar que os reis assírios, quando dominavam algum povo, espalhavam os dominados por outras terras e os faziam conviver com outros povos. Salmaneser fez isso logo após a conquista de Samaria (II Re 17.6) e, mais tarde, Assurbanipal (669-633 a.c.), mencionado na Bíblia como Osnapar (Ed 4.10), fez o mesmo. Essa mistura de povos aconteceu com as tribos do norte (Israel), mas não com as do sul (Judá) uma vez que, pela providência de Deus, estas mantiveram a sua identidade, pois a política de dominação dos babilônios era completamente diferente da dos assírios. A mistura das tribos do norte com outros povos deu origem à rivalidade entre judeus e samaritanos (Jo 4.9). BABILÔNIA A capital do império assírio, Nínive, foi conquistada em 612 a.c., por Nabopolassar (625-605 a.c.), pai de Nabucodonosor (605-562 a.c.). Em 605 a.c., Nabucodonosor derrotou o faraó Neco II (610-595 a.c.), em Carquemis (Jr 46.2). Esse mesmo Neco havia sido atacado por Josias, rei de Judá, que acabou morrendo na batalha (609 a.c.), em Megido, norte de Israel (II Cr 35.20-24). O filho de Josias, Jeoacaz reinou por três meses e foi deposto por Neco, que o levou para o Egito e colocou Eliaquim, irmão de Jeoacaz, em seu lugar. Neco mudou o nome de Eliaquim para Jeoaquim (II Cr 36.2-4). Foi no terceiro ou quarto ano (dependendo do sistema de contagem de tempo, se incluindo ou não o ano de ascensão) do reinado de Jeoaquim (605 a.c.) que Neco acabou sendo derrotado por Nabucodonosor, em Carquemis (Jr 46.2; quarto ano - sistema palestino e egípcio de contagem de tempo). Foi nessa ocasião que parte do povo, incluindo Daniel, foi levado para a Babilônia (Dn 1.1, terceiro ano ; sistema babilônico de contagem de tempo). Daniel acabou sendo, mais tarde, elevado a um alto posto no império (Dn 2.46-49). Jeoaquim (608-597 a.c.) reinou durante onze anos e foi, então, derrotado por Nabucodonosor e levado, com outra parcela do povo, para a Babilônia, em 597 a.c. (II Cr 36.5-7). Nessa ocasião foi também conduzido cativo o profeta Ezequiel. Joaquim, também chamado de Jeconias, que era filho de Jeoaquim, reinou três meses e dez dias, e Nabucodonosor também o levou para a Babilônia, deixando Matanias, tio de Joaquim (II Re 24.15-17) em seu lugar, depois de mudar-lhe o nome para Zedequias (II Re

24.17; II Cr 36.9,10). Os filhos de Joaquim (Jeconias) foram levados com ele para o exílio. Um dos filhos de Joaquim, Salatiel (ou Sealtiel) foi o pai de Zorobabel (Mt 1.12), que liderou a primeira leva de judeus que retornou do cativeiro, em 538 a.c. Em 586 a.c., no décimo primeiro ano do reinado de Zedequias (597-586 a.c.), Nabucodonosor tomou Jerusalém, destruiu o templo (II Re 25.1-12), e levou o povo cativo para a Babilônia (II Cr 36.17-20). Em Ribla (cidade ao norte de Damasco, na Síria) os filhos de Zedequias foram mortos e o rei teve os seus olhos vazados (II Re 25.7). Evil-Merodaque, filho de Nabucodonosor, mais tarde soltou Joaquim da prisão (onde havia permanecido por 37 anos) e o sustentou pelo resto de sua vida (II Re 25.27-30; Jr 52.31-34). MEDO-PÉRSIA O primeiro imperador persa, Ciro (539-530 a.c.), logo após sua ascensão ao poder, autorizou os judeus a retornarem do cativeiro da Babilônia para a Palestina e a reconstruírem o templo (II Cr 36.22,23; Ed 1.1-4). Isaías havia profetizado esses acontecimentos pelo menos 160 anos antes (Is 44.28; 45.1). Nessa ocasião, Zorobabel foi para Judá com mais de 42.000 judeus (Ed 2.2,64,65) e liderou a reconstrução do antigo templo de Salomão, destruído por Nabucodonosor (Ed 3.8-13), e que ficou conhecido como templo de Zorobabel. Essa reconstrução acabou sendo interrompida e só foi retomada em 520 a.c. (Ed 4.24), no segundo ano do reinado de Dario (522-486 a.c.), e concluída em 516 a.c., no sexto ano do seu reinado (Ed 6.15). A terceira leva de repatriados volta com Neemias, em 444 a.c. (Ne 2.1), vigésimo ano de Artaxerxes (464-423 a.c.), filho de Xerxes (Assuero). Neemias liderou a reconstrução dos muros de Jerusalém. Apesar de toda a oposição dos inimigos, a obra foi concluída em apenas 52 dias (Ne 6.15). Com isso terminou de ser cumprida a profecia de Is 44.28.